23 de agosto de 2011

CRUACHAN: "NÓS SOMOS OS VERDADEIROS CRIADORES DO FOLK METAL"

Confiram entrevista com a banda Cruachan feita por Costábile Salzano Jr.

Cruachan
Foto: Divulgação
O ano de 2011 realmente poderá ser considerado como o ano da invasão Folk, Viking, Pagan no Brasil. Após a enxurrada de shows e eventos voltados à esta cultura, quem irá desbravar pela primeira vez as longínquas terras de além mar será a banda irlandesa Cruachan, um dos nomes mais famosos do Celtic/Folk Metal Mundial.
Confiram entrevista com a banda Cruachan feita por Costábile Salzano Jr.
O grupo formado por Keith Fay (vocal, guitarra, teclado, bodhrán, mandolin, percussão), John Clohessy (baixo), Colin Purcell (bateria, percussão), John Ryan Will (tin whistle, violino, banjo, bouzouki, teclado) e John O' Fathaigh (tin whistle) está em plena turnê de divulgação do álbum "Blood on the Black Robe" lançado recentemente via Candlelight Records UK.
A reportagem conversou com o líder Keith Fay para saber como está a expectativa dos músicos para conhecer os seus obcecados fãs brasileiros, a repercussão do novo álbum, além de revelações sobre o backstage da banda. “Blood on the Black Robe” revela uma notável mudança na sonoridade do Cruachan. O que você tem a declarar sobre este novo trabalho?
Keith Fay: Há várias razões para isso. Nós sempre quisemos retornar a um estilo mais pesado e isso aconteceu com o passar dos anos. Em "The Morrigans Call", você definitivamente pode ouvir o nosso lado mais extremo de volta. Nós também nos sentimos responsáveis pela tendência do Folk Metal. Hoje encontramos bandas piadistas, cantando e bebendo ou merdas desse tipo. Quando nós começamos nos idos anos de 1992, nós éramos uma banda série e assim continuamos. A música Folk não é sempre divertida e animada, na música folclórica real - a música folclórica irlandesa especialmente há tanta tristeza, tanta dor, queríamos trazer isso em nossa música e mostrar às pessoas a música popular real e, por sua vez, folk metal real! Quando Karen deixou foi o último passo que precisávamos para retornarmos totalmente ao nosso som mais pesado, sendo os vocais agressivos na vanguarda!

O que te inspira a compor. Você precisa de algum estado de espírito para começar seu processo de criação?
Keith: Eu me inspiro com qualquer coisa. Na verdade, não preciso estar em um modo especial, mas eu definitivamente preciso estar focado no que estou fazendo e assim por diante.

Quais músicas deste novo trabalho que mais te agrada? O atual feedback dos fãs é o que realmente determina este trabalho com o melhor da sua carreira?
Keith: As respostas a todas as canções tem sido muito forte. Os fãs estão gostando da nossa nova obra como um todo o que é ótimo e realmente mostra o foco que colocamos no CD. Pessoalmente, estou muito feliz com "The Nine Year War".
 
Há algumas composições deste novo álbum que foram compostas pensando na performance ao vivo?
Keith: Sim, nós tentaremos tocar o máximo de músicas novas ao vivo em virtude dos festivais de verão aqui na Europa. A principio, iremos tocar "I am Warrior", "Blood on the Black Robe", "Thy Kingdom Gone", "Pagan Hate" and "Primeval Odium".

Um tipo de vírus do Folk Metal está se alastrando pelo Mundo. Todos os dias surgem novas bandas englobando elementos folclóricos com o Metal sem contar Korpiklaani, Finntroll, Eluveitie, Týr e outros nomes. De alguma forma este vírus chegou a promover o Cruachan?
Keith: Bem, nós e o Skyclad somos criadores deste vírus. Eu acredito que tivemos ganhos em popularidade. Infelizmente ficamos em turnê por longos meses como muitas das bandas que você mencionou, mas nós tentamos sair tão freqüentemente quando podemos.

O que significa o paganismo para você?
Keith: O Paganismo sempre foi algo bastante particular para mim. Minhas crenças podem ser um tanto diferente para os outros, mas ainda muito relevante.

Como precursores de um estilo musical, o que faz da música do Cruachan especial?
Keith: Nós somos completamente diferentes das outras bandas que se intitulam Folk Metal e que apareceram do nada nos últimos 10 anos. Sem contar que nós estávamos aqui antes de todos eles. O mais interessante é que nossa música ainda é atual, diferente e assim será no futuro!

Qual foi a melhor platéia do Cruachan até o momento?
Keith: Eu não sei. Essa pergunta é um tanto provocativa! (risos)

Qual foi a coisa mais curiosa ou engraçada que já aconteceu em um show ou no backstage?
Keith:
Oh! Por onde eu devo começar? (risos) Ok, Uma vez, em um trem noturno na Rússia, de São Petersburgo para Moscou estávamos muito bêbados e fazendo muito barulho, nós não pensamos assim, mas isso não importa. Um dos seguranças do vagão chamou a polícia para parar o trem na estação seguinte. Então, nós estávamos bebendo na nossa cabine e a nossa porta foi arrombada por dois policiais com fuzis de assalto apontando para nós! Eu quase morri de susto. A nossa descrença fora o tour manager explicando que o proprietário da empresa de turismo é de algum tipo grande mafioso em Moscou e depois os policiais pedirem desculpas para nós. Enquanto tudo isso estava acontecendo, o motor do trem foi roubado por bandidos russos! Tudo isso é verdade, tivemos que esperar por duas horas para um novo motor para seguir viagem. Insano, não? (risos)

Você tem algum tipo de ritual antes de entrar no palco?
Keith: Acredito que o nosso ritual deve ser colocarmos os nossos trajes de show (risos). É sempre um pesadelo nos prepararmos em camarins apertados e arrumarmos espaço para nos preparamos em meio aos caos de instrumentos, tour manager, promotores, fãs.
 
O que você pensa sobre a aumento do Pagan/Folk Metal na América do Sul?
Keith: Isso é fantástico!!! Eu vi isso acontecer desde a década de 90. Sempre recebemos e-mails de fãs da América do Sul e será um enorme prazer tocar para nossos seguidores!

O que o público pode esperar desta primeira apresentação do Cruachan no Brasil?
Keith: Esperemos ter uma experiência incrível. Adoramos tocar ao vivo, especialmente quando a multidão está animada para uma boa festa. Eu só ouvi elogios do público brasileiro e esperamos conhecer essa famosa insanidade.

Qual é a principal impressão que você realmente espera dos shows no Brasil?
Keith: Eu realmente quero mostrar aos nossos fãs o quanto nós adoramos eles. Eu espero encontar e conversar com todos. Esta é a parte mais legal de qualquer show.

Quais são os seus planos para 2011?
Keith: Esperamos ter nosso novo álbum composto por inteiro e em 2012 já entrar em estúdio. Queremos fazer o máximo de shows este ano e acredito que teremos o ano mais ocupado dos últimos anos em nossa carreira o que será excelente é claro!

Muito obrigado pela atenção e pela chance de conversar contigo. Sinta-se a vontade para deixar uma mensagem aos fãs do Brasil.
Keith: Eu que agradeço pelo espaço e um grande abraço aos nossos fãs brasileiros. Espero que realmente vocês gostem do nosso show e estamos ansiosos para encontrar vocês. Pode esperar o nosso melhor!

8 de agosto de 2011

BARANGA: "ELES SÃO OS CULPADOS"

Entrevista feita por João Messias THE ROCKER

Baranga
Foto: Carol Mendonça
Sim, o quarteto formado por Xande (Voz/Guitarra), Deca (Guitarra), Soneca (Baixo/Coros) e Paulão (Bateria/Coros) são uma das bandas responsáveis pelo ressurgimento do Rock Pesado cantado em português!
Contando com ótimos trabalhos, em especial seus mais recentes trabalhos, Meu Mal e O Céu é o Hell a banda vem conquistando muitos fãs no Brasil pela autenticidade e energia que emanam de suas músicas, principalmente ao vivo, onde banda e público praticamente se tornam uma coisa só!
Nesta entrevista com a banda, os caras falam sobre bandas, cantar em português e muito mais!

New Horizons Zine: A banda foi formada por ex-integrantes de bandas como Pitbulls On Crack, Firebox e Centúrias, que tinham um som um pouco diferente da Baranga. Como foi juntar as peças e simplesmente e fazer um som em homenagem aos primórdios do Rock And Roll?
Deca: Seja qual fosse o estilo de cada uma dessas bandas que você mencionou, todas têm o Rock 'n’ Roll como raiz... E provavelmente nós éramos os mais Rockers dessas bandas!!!
Paulão: Na verdade eu sempre ouvi Rock ‘n’ Roll... Slade, Status Quo, Alice Cooper, etc. Mesmo nos anos 80, o Metal e Hard Rock eram influenciados pelo Blues e Rock ‘n’ Roll... Depois virou essa coisa de música clássica... Então pra mim foi fácil entrar em uma banda mais direta.
NHZ: E olhando um pouquinho para o passado, na opinião de vocês, o que aconteceu para que os trabalhos anteriores não dessem tão certo como aconteceu com a Baranga?
Deca: Só posso falar pelo Pitbulls, que toquei desde o primeiro ensaio até o último show, a banda até que deu certo, com bastante TV, rádio e imprensa em geral, mas foi por pouco tempo e com apenas duas músicas lançadas numa coletânea legal e, um CD com qualidade ruim de áudio e com um monte de estilos em 10 faixas - já era sintoma que cada um dos quatro membros estava indo cada um para um lado... Eu era o Rocker, o vocal Indie, o baixista Psicodélico e o Batera nem estava mais tão afim de continuar tocando... A diferença da Baranga é que todo mundo está focado e com vontade inesgotável! Logo de cara, lançamos em 2003, um CD cheio de músicas bem legais e ultra bem gravado e mantivemos esse bom costume até hoje, com mais planos de lançar novos trabalhos!!!
Paulão: Faltou atitude, investimento e acreditar no som.
NHZ:A Baranga, desde o início das atividades se mantém com a mesma formação. Qual é o segredo de manter a banda unida e com o mesmo foco?
Deca: Cerveja!!!
Xande: Ser amigos antes mesmo de tocar! Todo mundo sabe que não é fácil ficar na estrada mas nós gostamos dela!
Paulão: Acho que a cerveja! hahaha...
Soneca: O segredo é ser viciado em Rock ‘n’ Roll!

NHZ: Sei que devem estar cansados de responder, mas o que levaram a chamar a banda de Baranga?
Deca:
Essa só o Xande está autorizado a explicar... A "culpa" é dele!!! (risos)
Xande: Sei lá, já respondi tanto que esqueci...hehehe
Paulão: Putz cara, até hoje não sei responder essa pergunta! (Risos)
Soneca: Foi de bobeira, para marcar ensaio no estúdio precisava ter um nome. Colocamos Baranga e foi ficando, ficando, o Xande fez uma música com esse nome e taí até hoje. (Risos)

NHZ: O som de vocês é um Rock And Roll com muita energia, perfeito para dançar e curtir numa roda de amigos. E a duração dos seus discos evidencia ainda mais essa impressão, pois eles têm em média 30 minutos, fazendo uma alusão aos primórdios do estilo, onde tudo era mais direto e feito com paixão, ao contrário de hoje, que está muito mais mecanizado e formal. Vocês acham que o Rock em geral hoje ficou "sério" demais?
Deca: Rock 'n’ Roll virou uma expressão bacaninha... Virou estampa de camiseta que vende em shopping center... Virou tema de adolescente que fala de amorzinho e faz aquele gesto horrendo com as duas mãos pra formar um coraçãozinho... E ficam doidões com toddynho... Ou seja, muito pasteurizados, o contrário do que o Rock de verdade é!
Xande: Se a música é pra dançar e curtir porque ela vai ser séria?
Paulão: Com certeza! Sério e careta! Um bando de nerds sem atitude, por isso o Rap deu tão certo...
Soneca: O mundo todo ficou careta com essa hipocrisia ridícula de ser politicamente correto. E isso passou para o Rock da geração telettubie... Mas atualmente, no mundo todo existem bandas fazendo Rock como deve ser feito. Tabernarios, Bonafide, Airbourne, Devil Presley, Blackberry Smoke, Viticus, Nashville Pussy, Rhino Bucket, entre outras. Como diria o Rose Tattoo: “Nice Boys Don’t Play Rock ‘n’ Roll”!

NHZ: Vocês possuem quatro álbuns e mantém a mesma linha musical desde o início, mas os dois últimos trabalhos Meu Mal e O Céu É O Hell vocês aprimororaram o seu estilo, utilizando melodias irresistíveis nas guitarras, como podemos ouvir em Meu Mal, Vai Se Dar Mal, Aplica Mais Uma Dose, Na Madrugada, entre outras. Quais as influências "guitarreiras" que vocês têm hoje?
Deca: Pra mim são os caras do AC/DC, Status Quo e mais outras bandas antigas e novas que são simples e diretas.
Xande: Tem muita coisa boa nova e muita coisa boa velha.
Soneca: AC/DC, Status Quo, Motorhead, Ramones, Rose Tattoo, Chuck Berry e muito Blues velho!

Capa do álbum O Céu é o Hell
Extraída do Site
NHZ: A capa de O Céu É O Hell me fez ter um delírio: a cena do carro seria perfeita tendo vocês como "guias" de astros do rock como Paul Stanley (Kiss), Vince Neil (Motley Crue), Lemmy (Motorhead), levando-os de Limusine para conhecerem a noite Paulistana, em especial a Rua Augusta. Vocês topariam mostrar o que de melhor a noite tem a oferecer para os caras?
Deca: Lógico!
Xande: Lógico!
Paulão: Porra! Com certeza! Eu já fiz isso com uma grande banda chilena os Tabernarios e foi duca!
Soneca: Vão conhecer os “melhores” dos “piores” botecos da Zona Sul e Centro de São Paulo! (risos)
NHZ: E falando em Lemmy, ele é um exemplo do que é o Rock And Roll, pois o Motorhead está na ativa há décadas, fazendo tours mundiais e lançando discos regularmente. Esse tipo de atitude influencia a banda a sempre estar seguindo em frente?
Deca:
Sim, Rock 'n’ Roll é basicamente isso... ATITUDE!!!
Xande: Nós devemos pensar parecidos. Adoro estar no estúdio gravando, adoro os ensaios e adoro estrada, então porque não gravar algo que está acontecendo? Não gravar por gravar... Gravar pra ter o que falar.
Paulão: Sim, realmente pra mim o Lemmy é uma puta inspiração como Rocker!
Soneca: Sempre! Não ficamos olhando muito para o que já fizemos, estamos sempre armando o que vai vir daqui pra frente, sem acomodar após lançar um disco novo!

NHZ: E para encerrar o assunto sobre o Motorhead, vocês tiveram a oportunidade de abrir shows dos caras em SP e SC. Qual a sensação de estar no mesmo palco que os caras e se conseguiram conversar com esse ícone do estilo?
Deca: Tocar no mesmo palco e até chegar a falar com eles foi muito legal. Mas sensacional, foram os roadies elogiando a gente e assistindo ao show! E o melhor foi o Phil Campbell levar, pessoalmente, um balde de cerveja pra gente no camarim, depois do show em Floripa. Cara, isso sim é legal!
Xande: Sampa, Floripa são capitais muito boas, o público viaja horas pra ver essas bandas. E tocar com eles foi e sempre será muito louco! O Phil Campbell veio falar comigo, depois levou cerveja Stella no camarim, trataram a gente melhor que a produção.
Paulão: Para mim foi um sonho realizado e, principalmente, em Floripa que o show foi demais e a recepção melhor ainda!
Soneca: Além da loucura toda que é estar tocando na mesma noite que os caras, o mais legal foi ter feito shows bacanas com uma receptividade legal do público. Afinal, banda de abertura sempre tem está numa posição perigosa.
NHZ:Outras bandas que estão fazendo um som em português e estão conseguindo bastante destaque na cena são: o Carro Bomba, Tomada e Cracker Blues. Queria saber o que acham do som dessas bandas.
Deca: Eu me identifico bastante com o som mais Rocker e Blues do Cracker, mas acho Tomada e Carro Bomba bem legais e super importantes para manter vivo e levar o Rock pra frente nesse país.
Xande: Muito boas e de grandes amigos. Fica suspeito eu falar algo mais, aí vai à dica, assistam aos shows desses caras, vale à pena conferir!
Paulão: Eu sou fã do Cracker Blues e acho Carro Bomba à melhor banda de Metal em português, atualmente, no Brasil. E o Tomada está buscando o espaço deles, ainda pelo fato da variação de estilos em suas músicas.
Soneca: São bandas de Rock com personalidade e sonoridades próprias. Assim como nós, estão na estrada porque gostam do que fazem e sempre afim de fazer Rock de qualidade!
NHZ: Obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores desta publicação.
Deca: Sejam felizes, ouçam Rock 'n Roll!!!
Xande: Como diria uma letra nossa: “A vida é uma só pra curtir sem dó”!!
Paulão: Aê! Obrigado pelo espaço e compareçam aos shows das bandas nacionais, só existimos por causa de vocês e do público. Abraço!
Soneca: Obrigado pelo espaço e apareçam nos shows! Valeu!!!

3 de agosto de 2011

FINAL DAS MATÉRIAS ESPECIAIS

Entrevista: João Messias THE ROCKER
Encerrando as matérias especiais temos uma mini entrevista feita com o editor do Blog Pilha Na Vitrola Vinicius Castelli:

Imagem extraída do site
New Horizons Zine: Como você conheceu o Rock/Metal e quando percebeu que o som não era apenas uma distração e sim algo que te acompanharia dia a dia?
Vinicius Castelli: Conheci quando o Kiss veio ao Brasil, em 1983. Todo mundo falava disso na escola, eu era muito pequeno, mas gostei imediatamente. Antes disso sabia que havia Beatles, por conta dos discos da minha mãe. A paixão nasceu, a música passou a fazer parte de todos os meus dias, no meu trabalho, das minhas viagens, da minha vida. O bom é que com o tempo, o leque musical se abre infinitamente.

NHZ: Quando e por que surgiu a vontade de criar um veículo para divulgar o estilo?
Vinicius: Na verdade comecei a escrever, e tudo foi automático. Passei a falar sobre música e calhou de juntar o útil ao agradável.

NHZ: Para encerrar, cite cinco álbuns do estilo que mudaram sua vida!
Vinicius:
Kiss – Alive!
Captain Beyond – Captain Beyond
The Jimi Hendrix Experience - Axis Bold As Love
The Beatles – Revolver
The Who – Who’s Next

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...