31 de julho de 2019

ROCK ROCK ROCK

Capital paulista foi recheada de atrações especiais no dia mundial do rock



Por João Messias Jr.
Fotos: Pri Secco

O dia 13 de julho é um dia mais que especial para quem vive o rock, pois graças ao Live Aid, idealizado por Bob Geldof, temos uma data para celebrar o estilo que tanto amamos.

E não há melhor forma de comemorar a data assistindo shows. A cidade de São Paulo preparou uma programação repleta de atrações de rock/metal. Como seria algo inviável cobrir tudo, foquei na apresentação que o quarteto thrash Woslom faria no SESC 24 de Maio.

Ingresso na mão e poltrona garantida, até que ás 12h15, Silvano Aguilera (vocal/guitarra), Rafael Iak (guitarra), André Mellado (baixo) e Fernando Oster (bateria) entraram no palco.

Conhecidos pela competência ao vivo, não decepcionaram os presentes e já mandaram as cacetadas Time to Rise e Beyond Inferno, do debut Time to Rise (2010).

Lançamento do EP Paranoia, os caras mandaram a faixa título do novo trabalho e as três músicas deram a tônica da apresentação:
uma pegada mais visceral, mesmo nas músicas mais trampadas, sem descaracterizá-las.

Era só o começo. Purgatory e Evolustruction, mantiveram o nível. Ao fim do último som, a banda deixa momentaneamente o palco.
Sem cerimônias e direto ao ponto, mandaram Underworld of Aggression, de A Near Life Experience (2016),  New Faith e Haunted by the Past, onde Silvano apresenta a banda.

O show chegou ao fim com Mortal Effect e Game Over, do recém lançado EP, cujo saldo final foi pra lá de positivo, mesmo com poucos presentes no local. Aliás, sorte de quem foi!

Veja outras fotos do evento em:


30 de julho de 2019

CURANDO AS FERIDAS



Quarteto supera saída de vocalista e lançam um belo petardo death/thrash

Por João Messias Jr.

A saida do vocalista Vitor Rodrigues colocou um enorme ponto de interrogação ao futuro do Voodoopriest. 

Seguindo a máxima que o show deve continuar, os remanescentes Bruno Pompeo (baixo), César Covero (guitarra), Renato de Luccas (guitarra) e Edu Nicolini (bateria) mantiveram a unidade e soltaram no dia 19 de abril o novo álbum, Cipó dos Mortos, cuja capa assinada por Rodrigo Penna é belíssima.

Com o baixista assumindo os vocais, logo aos primeiros minutos de Comando Tronado, percebemos algumas diferenças marcantes.

Os vocais de Bruno soam mais brutais, o que deixou a pegada da banda mais extrema, sem deixar de lado a técnica apurada dos seus músicos.

A temática indígena fora mantida, aqui focada na espiritualidade e as letras aqui são em português. Cujo  conjunto de ações fizeram de Cipó dos Mortos um disco mais introspectivo, onde são necessárias algumas audições para captar a mensagem.

Passada essa fase, o lance é curtir os sons. Tanto as ritualísticas Mandu e o Povo do Pó e a já citada Comando Tronado. Caboclo é brutal, enquanto Sinistro Governo Secreto é cheia de groove.

Inteligência Artificial chama a atenção pela dinâmica das guitarras, Cipó das Almas é densa e sombria.

Só que o melhor ficou para o fim. A narrativa Voodoopriest - O Cacique e o Cocar conecta os fãs do grupo a momentos antes de Cipó dos Mortos ganhar a luz do dia.

Claro que caberá aos fãs decidirem se aprovam o renascimeto do grupo. Mas o fato é que o hoje quarteto curou as feridas, focou na música e soltou um puta disco.

27 de julho de 2019

VIVA OS 70



Ritmo explosivo baseado em Black Sabbath, Trouble e Kyuss marca novo trabalho do trio paulista

Por João Messias Jr.

Os caras trabalham rápido! Pouco mais de um ano que iniciaram as atividades, Edson Graseffi (vocal/bateria), Henrique Rocha (guitarra) e Rodrigo Felix (baixo) já soltaram dois EP's e agora cravam mais um passo em sua ainda curta trajetória, o primeiro trabalho full.

Chamado Spitting Fire, chama a atenção logo de prima pela belíssima capa, feita pelo vocalista.
Inspirada em Frank Frazetta (Conan), se destaca pelo clima psicodélico e equilíbrio das cores.

E as expectativas continuam altas ao escutarmos o trabalho. Apesar da pegada ter sido mantida, percebe um aprimoramento maior nas canções e principalmente nos vocais.

Se antes a referência mais sentida era Eric Wagner (ex-Trouble), hoje temos um lance mais Ronnie James Dio, o que deu um ar mais classudo as canções.

Falando nelas, Our Tattoos evidencia todo o talento do guitarrista Henrique Rocha, enquanto Yesterday was Crazy é mais festeira. Já Bright Highway  nos remete ao Kyuss.

Os ápices musicais ficam por conta de Lessons in a Bottle e Electrify. Pesadas e contagiantes.

Tudo embalado numa produção de primeira, a cargo de Henrique Baboom (Supla), que mais uma vez soube captar toda a energia do trio.

Que venha mais!



DEVASTADOR




Brasilienses dão uma bela dica de como fazer um som coeso e agressivo

Por João Messias Jr.

Quando coloquei o disquinho desses caras pra rolar, veio na mente a apresentação que o Violator fez no ABC paulista, cujo saldo final foi um show avassalador, que saciou todos os presentes.

Embora os caras tenham um som na mesma vibe, Emiliano Gomes (vocal), Arthur Colonna (guitarra), Rodrigo "Shakal" Loreto (guitarra), Pedro Dinis (baixo) e Gustavo Melhorança (bateria) são mais selvagens e coesos.

Nos dezoito minutos de audição, temos riffs cortantes, backing vocals irados e muita, muita energia, onde se saca que os meninos aprenderam bem as lições passadas pelos mestres SOD, DRI, Ratos de Porão, Exodus e Metallica.

Um exemplo é a raivosa Mountain of Origin, que une momentos agressivos e cadenciados. Só que a melhor é a saideira We Are Metal, que possui um andamento e backings contagiantes, em que se faz os chifrinhos e "bangeia" automaticamente.

Tudo isso embalado na ótima produção feita por Caio Cortonesi (Dynahead, Miasthenia) que deixou tudo pesado e nítido.

Sem mais!

SIMPLES E ENERGÉTICO



Crueza das escolas do thrash e punk são os ingredientes do power trio feminino

Por João Messias Jr.

Algumas coisas chamam a atenção no trampo das meninas. São sete anos de luta no underground e o trio que hoje conta com Marilia Massaro (guitarra/vocal), Rebecca Prado (baixo) e Jhully Silva (bateria) investe num som visceral, com referências dos primeiros dias do thrash, com doses do punk rock.

Esse último elemento ocorre graças a crueza das canções, donas de riffs simples e bem feitos e uma cozinha bem veloz. A capa, criação da vocalista, merece elogios por sintetizar a proposta do trio.

Apesar da atitude, energia e músicas boas como Cyco Pit, Scars of Guilty e Circulo de Sangre, algumas coisas devem ser melhor trabalhadas para futuros lançamentos.

Os solos são um exemplo, além de uma melhor gravação, muito suja e deixou os vocal e backings abafados.

Quesitos que têm tudo para serem sanados nos vindouros trampos.

25 de julho de 2019

SINCERIDADE AGRESSIVA


Som peso pesado e letras agressivas é o que brinda o debut do quarteto santista

Por João Messias Jr.

Ah Santos! Terra de gente bacana como Vulcano, Shadowside, Empire of Souls, entre outros, ganha um seleto nome para essa repleta lista: Tosco.

Com um nome desses dá pra imaginar o que vem pela frente. Osvaldo Fernandez (vocal), Ricardo Lima (guitarra), Anderson Casarini (baixo) e Paulo Mariz (bateria) fazem uma espécie de thrash peso pesado. Tendo como referências formações como Pantera, Slayer, Crowbar e Ratos de Porão, temos um CD feito pra agitar e com isso, não deixar ninguém parado.

Soberba, Amigo Seu e Sinceridade Agressiva saltam aos ouvidos logo de cara, assim como as polêmicas Cala a boca Globo e O Trump Quer que se Foda, todas feitas para as rodas.

O que salta aos olhos (e ouvidos) é a facilidade dos caras sairem de temas extremos e partirem para algo lento e cadenciado com desenvoltura, sem perder a essência, mostrando que de "Tosco" a banda tem apenas o nome.

Começaram muito bem!
toscothrashcore (facebook)

SEM ESPAÇO PARA INOVAÇÕES



Feito para bater cabeça, Ominous Ritus é uma boa opcão aos fãs de thrash metal

Por João Messias Jr.

A banda é nova, mas formada por músicos que já estão na estrada. Surgida após o fim do Infected e que conta com Ricky (vocal/guitarra), Rhodz (guitarra), Drugz (baixo) e Hugor (bateria), investem no thrash metal praticado na década de 1980.

Mesclando elementos americanos (Exodus) e europeus (Kreator/Destruction) do estilo, o quarteto passa o recado de forma simples e direta, ou seja, por meio de músicas viscerais, vocais gritados/berrados/desesperados e bateria veloz, ou seja, sem tempo para inovações, que agradará a galera "old school" e talvez não anime a galera voltada ao som mais contemporâneo.

Feito para agitar, o disco mantém o pique nessa vibe do início ao fim, tendo como destaques as faixas Raise Hell e Midnight Kill, ambas com um belo trampo de guitarras.

Se a sua praia for um thrash rápido, urgente e feito para o mosh, essa banda é altamente indicada.

24 de julho de 2019

HONESTIDADE



Uma viagem ao metal oitentista é o que temos no primeiro álbum desse projeto


Por João Messias Jr.

Conhecido por integrar formações como Infected, Heritage e Cemitério, o guitarrista Rhodz Costa apresenta sua nova empreitada, o projeto solo Bewitchment, que tem como primeiro registro o álbum Towards Desolation.

Atuando na produção, vocais, cordas e utilizando uma bateria eletrônica, temos um mix de heavy/thrash/death metal praticado na década de 1980, ou seja não faltam melodias inspiradas e velocidade.

Todos esses ingredientes, unidos a vozes inspiradas em caras como Peter Steele (na época do Carnivore) e Tom Angelripper (Sodom), possui como destaque Poisoned Inheritance, que começa voltada ao technical death metal, e depois ganha vocais caóticos e muita velocidade.

Outros pontos altos ficam por conta de Morella, Inquisition Messiah, esta é dona de um clima visceral e vocais desesperadores. O Machado é a Cura flerta com o hardcore e a faixa título é um instrumental inspirado no metal tradicional.

Além do material autoral, temos versões fiéis para Broken Witchcraft (Bywar) e Death by Bewitchment (Exorcist).

Não podemos deixar de citar a belíssima capa. Feita por Marcio Aranha, leva o ouvinte direto na proposta musical do projeto.

Como se trata de um primeiro registro, algumas coisas necessitam de uma maior lapidação, mas o Bewitchment está no caminho certo. E (claro), a galera do colete de patches e tênis branco agradece.

Honestidade sempre!

UM PASSEIO PELAS ESCOLAS DO METAL



Coesão musical e criatividade são a receita musical de Hellscrew

Por João Messias Jr.

Esse universo de resenhas nos reserva cada coisa. De trabalhos faltando cuidado e lapidação até grupos prontos para novos vôos, nunca sabemos em que vez chegará cada uma dessas verdades.

Hoje o material que chegou em minhas mãos foi o primeiro trampo da banda Hellskitchen, chamado Hellscrew. E os caras souberam mandar bem o recado.

Flertando com o metal, grunge, stoner e sem se prender a nenhum deles, Gustavo Palito (vocal/guitarra), Guilherme Mastrandrea (guitarra), Rodrigo Barros (baixo) e Guilherme Azizi (bateria) nos faz recordar que o rock é transgressor, ou seja, livre de regras e cartilhas.

Falando das canções, as que se destacam de primeira são Keep Running (um stoner repleto de feeling), 29112013 (baita heavy/rock) , os vocais de Hellbound e a cheia de 'punch', Public Enemy.

Além das músicas, temos um material muito bem produzido com uma capa que retrata bem a proposta do grupo.

A única ressalva fica por conta da saideira do disco, We Are the Hellscrew, que soa espontânea demais em relação ao restante do material, porém, trata-se de uma banda competente, principalmente por botar pimenta nas coisas, numa cena repleta de "receita de bolo".

The way it is!

23 de julho de 2019

RESGATE CERTEIRO



Uma pegada mais ríspida e rock and roll é o que ouvimos no segundo álbum do quarteto

Por João Messias Jr.

O amigo leitor/navegante possui a noção de quantos lançamentos são concebidos diariamente, seja no formato físico ou nas plataformas de streaming?

Pois é, uma conta que dificilmente se chega a um número exato. O que dificulta (ainda) mais a vida de uma banda underground. 

É clichê dizer isso mas, não basta tocar bem e ter discos lançados, e sim, possuir diferenciais para de destacar nessa inúmera selva chamada underground.

Algo que o Deathgeist vem fazendo desde seus primeiros dias. Os experientes Adriano Perfetto (vocal/guitarra), Victor Regep (guitarra), Maurício "Cliff" Bertoni (baixo) e Goro (bateria) fizeram um disquinho que não apenas cairá no gosto dos thrashers, mas tem tudo para ser um clássico. 

Exagero? De jeito nenhum, basta se atentar aos sinais...

...Começando do título, carinhosamente chamado de 666, possui uma bela capa, a cargo de Ran Silva, que deve ficar linda num vinil.

Só que é musicalmente que o grupo cativa de vez, por ousar num território cada vez mais conhecido pelo mais do mesmo. Ao invés de ficarem pro lado mais tradicional do estilo, os caras buscaram aquela vibe dos primeiros discos thrash, uma pegada mais crua e rock and roll, que resultou em sons matadores.

A faixa título e Domain são belos exemplos dessa vibração, que sao adrenalina pura. Já Human Slaughter (o primeiro videoclipe do disco) e Returning to Sodom são feitas pra bater cabeça.

O lado speed volta com Creepshow e Black Moon Rites, que mostram outro trunfo de 666: os vocais de Adriano, que combinam perfeitamente ao meio de tanta variedade thrasheira. 

Aos fãs do estilo mais uma coisinha...a intro de Darkness Around encerra o disco, como era feito em álbuns clássicos do estilo, como Ticket to Mayhem (Whiplash).

E ter pouco mais de meia hora foi o desfecho perfeito para esse trabalho, que como disse anteriormente, tem tudo para ser um clássico!
deathgeist666@gmail.com

16 de julho de 2019

ÁPICE MUSICAL




Melodias grudentas e riffs bem sacados são o enredo do nono disco dos goianos

Por João Messias Jr.

São mais de duas décadas de estrada, discos gravados e  apresentações com grandes nomes da música nacional/internacional (Petra, Stryper, Narnia) e uma carreira vencedora, assim é a trajetória da banda goiana Sunroad. 

Por todos esses anos, a sonoridade do grupo foi tendo algumas mudanças, mas em seu nono trabalho, Heatstrokes, a banda assume seu maior risco musical e o resultado disso é um dos mais fortes trabalhos feitos por eles.

Inspirado em formações como UFO, Scorpions, Van Halen e Blue Murder, os caras não mostraram que apenas possuem a manha de forjarem temas nessa linha musical, mas de surpreender o ouvinte com uma musicalidade rica e cheia de feeling, que chama a atenção por dois motivos:

Um belo trabalho de guitarras e vocais inspiradíssimos de André Adonis (que já deixou o grupo), cuja voz deu o colorido que cada canção precisava.

Nessa viagem musical pelo hard/heavy das décadas de 1970/1980 temos músicas prontas para conquistar fãs do estilo. Unleash Your Heat e Heatstrokes são pesadonas com aquelas linhas pra cantar junto. Assim como Given and Taken, essa bem mais próxima do metal tradicional. 

Ainda tem mais...

... Spellbound Age tem um climão Queensryche (Empire), já Lick my Life é uma semi balada repleta  de coros a lá Europe, enquanto  Overwhelmed é um hard classe A. O final do disco é com a apoteótica Dare to Dream, que foca no peso, introspecção na melhor linha Alice Cooper Group.

O ápice musical dos goianos, num disco ousado e de extremo bom gosto. 

Vamos ver se a atual formação composta por Warlley Oliveira (vocal/guitarra), Mayck Vieira (guitarra), Van Alexandre (baixo) e o incansável Fred Mika (bateria) leva esse material nos palcos com a mesma desenvoltura do material de estúdio.




15 de julho de 2019

BELEZA DOOM

Projeto de ex-Desdominus une momentos distintos do estilo




Por João Messias Jr.

Ah, o doom metal, estilo que ficou conhecido e venerado pelas guitarras arrastadas, peso fúnebre e pelos vocais ora guturais, ora melancólicos, que embora não tenha atingido a massa, possui um infinito número de devotos.

Que com certeza adotarão mais uma banda a sua lista: Lowlevels of Serotonin, que na verdade é uma one-man-band comandada pelo ex-Desdominus, William Gonçalves.

O material, um compacto de duas faixas, apresenta uma excelente qualidade de gravação e músicas bonitas e cheias de detalhes.

Detalhes que abordam desde o ritmo arrastado, vocais limpos e guturais, que possuem como grande mérito não serem muito longas.

Os vocais, feitos por Guilherme Malosso (Motherwood) se saem bem tanto nos guturais como nos limpos. Além do instrumental coeso e ao mesmo tempo refinado, cuja combinação garante uma audição tranquila. Reforçada pela mix/master feitas por Douglas Martins (Deep Memories, ex-Desdominus.

Sobre os sons, Chaos é mais voltada a escola tradicional do estilo, enquanto The Wind Tries to Say Something é totalmente fora da caixinha, com muitos elementos que fogem inclusive do rock/metal, gerando uma ansiedade  boa do que virá pela frente.

Se não conhece muito o doom metal e quer uma referência de passado e presente do estilo, pode conhecer este trampo aqui. 

12 de julho de 2019

DETALHES



Quarteto investe na fusão de progressivo, metal e classic rock em seu sétimo trabalho de estúdio

Por João Messias Jr.

Quando se lê o material de divulgação do grupo que diz que o mesmo possui onze anos de estrada e sete registros de estúdio, é esperado um determinado padrão de qualidade no disco.

Característica que é ouvida em Ancient Acts of Survival. Bruno Neves (vocal), Joe Martignetti (guitarra), David Joy (baixo) e Ted MacInnes (bateria) praticam um mix de progressivo/classic rock e metal, com ênfase no estilo que consagrou nomes como Rush.

Ou seja, não é um disco para se bater cabeça, mas de se apreciar cada nuance, como nas belas Inner Vision, The Scout e Prophecy of Red Skies, que nos remete ao período noventista de grupos como Dream Theater e Fates Warning.

Outros pontos altos são Palaver, que em seus oito minutos mostra elementos introspectivos e climáticos e a variada instrumental Arrive, Survive, Awaken, Thrive.

Um disco para ser apreciado nos mínimos detalhes, especialmente se for fã de bandas como Shadow Gallery e formações da gravadora Magna Carta.

5 de julho de 2019

ENTUSIASMO


Peso, variedade e um ar moderno marcam o primeiro trabalho de quarteto paulista

Por João Messias Jr.

Em meio a tanta mesmice/modinha que ronda  cenário pesado nacional, eis que temos uma galera empolgada mostrando música de qualidade e feita pra bater cabeça, o AnganT, (ex- Senses of Black Owl), com o EP Deep and Far.

Willi Schults (baixo/vocal), Valtão Jr. (guitarra), Higor Campos (guitarra) e Samuel Matioli gravaram no Acústica Studios (Woslom), o que deu uma qualidade top ao trabalho. O disquinho apresenta quatro faixas que musicalmente distintas umas das outras, mostrando a  variedade e qualidade do material.

Hypocrisies se caracteriza pelas mudanças e dinâmicas de andamento, enquanto The Race é dona de um peso absurdo.

A faixa título soa um encontro do stoner e sludge e Monster possui um ótimo groove e uma rifferama que nos remete ao Slayer, em especial os sons compostos pelo saudoso Jeff Hannemann.

Não chega a ser uma ressalva, mas tanta variedade pode assustar o ouvinte. A favor da banda pesa o fato do primeiro trabalho ser um cartão de visitas e devem apresentar o que possuem de melhor.

Com certeza esse porém estará "costurado" nos futuros trabalhos dessa rapaziada que começou muito bem!
www.angant.net

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...