28 de abril de 2016

BELEZA E REFINAMENTO

We Are Lost, primeiro álbum dos gaúchos da Darkship se destaca pelas estruturas bem encaixadas e por passear por diversos estilos

Por João Messias Jr.

We Are Lost
Divulgação
Concordo que nem tudo são flores para resenhar discos, pois chega um ponto na vida que você não resenha apenas o que quer e chega na sua caixa de caixa de correio um balaio de gatos que vai de tudo que é estilo, inclusive coisas que fogem do seu repertório musical.

Sabem porque digo isso? Pois a possibilidade de estar saindo de casa para ia à loja e comprar um álbum do Darkship seria nula...e eu estaria cometendo um erro daqueles. Pois hoje temos uma infinidade de lançamentos e infelizmente você não consegue acompanhar tudo, mas felizmente esse CD chegou em casa.

A proposta do sexteto gaúcho formado por Silvia Cristina Schneider Knob (voz), Joel Milani (voz), Ismael Borsoi (guitarra), Rodrigo Schäfer (baixo), Joel Pagliarini (bateria) e Andrei Kunzler (teclado) é fundir vertentes variadas do metal e estilos como o clássico e o eletrônico. Cuja miscelânea atinge ótimos resultados no debut, We Are Lost.

O que temos aqui são músicas preocupadas em cativar o ouvinte, principalmente pela beleza e pelo clima singelo que causam ao ouvinte. Isso acontece em todas as canções, desde as mais agitadas como Prision of Dreams, que agradará aos de metal melódico, como as mais intimistas como II Hearts. Estrutura que combina com o conceito lírico do grupo, cuja história passeia por amor e conflitos.

Outros pontos de destaque ficam por conta  de Black Tears, que passeia por vários estilos e a faixa título, que tem tudo para ser um dos pontos altos das apresentações do grupo. Mas a verdade é que a gauchada deixou o melhor para o fim, onde somos premiados com três belas faixas.

You Can Go Back é mais intimista e nos remete aos melhores momentos do Savatage. Eternal Pain é dona de melodias marcantes e Frozen Feelings pelos climas góticos, que vão desde os climas soturnos até os eletrônicos, que pode também ser considerada um cartão de visita do grupo, além de possui um belo vídeoclipe.

E pensar que essa é apenas a primeira parte da trilogia...aguardemos ansiosos pelos desdobramentos futuros.

27 de abril de 2016

PARA OUVIR, RELAXAR E CURTR

Eterno goleiro do Corinthians apresenta um rock and roll consistente e bem elaborado em novo trabalho, o EP "Onde Está o Rock and Roll?"

Por João Messias Jr.

Onde Está o Rock And Roll?
Divulgação
Quando uma personalidade se atreve a fazer música, há aquela divisão de comentários, alguns apoiando e outros criticando, mas a verdade é que sempre colocam o devido artista em evidência. No caso do eterno goleiro do Timão, vale dizer que há pelo menos duas décadas Ronaldo Soares Giovanelli vem fazendo rock and roll à sua maneira. Quem aí não se lembra do vídeo O Nome Dela?

Pois bem, depois de retomar sua carreira, o cantor e hoje comentarista de TV, ao lado dos competentes Fares Junior (guitarra), Tico Rizzo (guitarra), Bola Moraes (baixo) e Nina Pará (bateria) lançou recentemente o EP Onde Está o Rock and Roll?, que desfila canções agradáveis e acessíveis, que sem nenhum esforço fariam sucesso nas rádios.

A faixa de abertura, Invisível, é dona de guitarras gostosas e uma linha vocal que contagia, assim como a já conhecida T.N.T. A faixa que nomeia o disco tem aquele jeitão de hit, com guitarras "que cantam" e uma linha vocal quase falada que tem tudo para conquistar novos fãs ao quinteto.

Jet Love é bem The Cult e AC/DC e com guitarras bem interessantes, enquanto Eu Quero Mais (outra conhecida dos fãs) é outra que pode emplacar na rádio, sendo a mais acessível do EP. 

Embora a produção seja acima de qualquer suspeita (a cargo de Marcello Pompeu, Heros Trench e Fares Junior), penso que os resultados seriam melhores se ela fosse um pouco mais suja.

Um bom trabalho que não vai mudar o mundo, tampouco a história do rock, porém é honesto e você acaba curtindo numa boa!

25 de abril de 2016

UM DISCO QUE TODO FÃ DE MÚSICA DEVE OUVIR

Marcio Sanches mostra em seu disco solo o quão interessante pode ser um trabalho instrumental

Por João Messias Jr.

Marcio Sanches
Divulgação
Uma das vantagens de ter o material físico para resenhar, é que ele te permite uma proximidade maior com todos os detalhes da concepção do mesmo. Um deles, que no primeiro momento pode soar arrogante é o o depoimento do jornalista Henrique Inglez de Souza, que fala do sentimento que emana deste CD do guitarrista Marcio Sanches, onde dentre outras coisas (num texto curto e completo por sinal) fala  que o trabalho deste músico é repleto de alma e uma performance "viva".

E passadas algumas audições...quem somos nós para discordar? Marcio tem um bom tempo de estrada, é professor e tocou/toca com músicos como Andreas Kisser (Sepultura), Jeff Scott Soto (S.O.T.O.), entre muitos outros, além de recentemente ter sido integrado a banda solo do baixista/vocalista Bruno Sutter (mais conhecido como Detonator).

Mas vamos deixar de papo e vamos ao que interessa: o CD. Dono de um competente trabalho de produção (limpo e sem os artificialismos de hoje), é recheado de músicas digamos, inspiradoras. Sim, aquelas canções, que embora não tenham esse fim, acaba nos motivando a buscar o nosso melhor. 

The Great Beggining funciona como uma "apresentação" do trabalho, mostrando as habilidades do músico. Mas o disco começa de verdade na seguinte, The Great Beggining. Pesada, com bases que vão do hard ao heavy, nos faz crer que a música instrumental merece ser ouvida por mais pessoas.

Emotion, como o nome sugere, é uma balada recheada de positividade e nos remete as coisas mais épicas e melódicas que o Queen fez. Carnaval mescla de forma homogênea hard rock com alguns ritmos da nossa terra. Radio Feedback destaca o trampo do baixo de Sandro Lunna. Já Roots é dona de um pique mais festivo com algumas fritações bem vindas. The Feelin e Brothers I são mais intimistas e nos preparam para o final do trabalho, com No Words (Only Sounds of the Heart).

Faixa que nos dá a sensação de limpeza, por "extrair" tudo que é ruim que tem na gente, nos fazendo mais leves e motivados. 

Quer saber mais do que? Se for fã de música instrumental, procure conhecer!

19 de abril de 2016

THRASH METAL, SORRISOS E SATISFAÇÃO PLENA

Thrashers da Woslom recebem imprensa em convidados no lançamento de seu terceiro álbum de estúdio, A Near Life Experience

Por João Messias Jr.
Fotos: Edu Lawless

Woslom
Edu Lawless
É aquela máxima: quem trabalha sério, com determinação e da forma correta, cedo ou tarde colhe os frutos. Frutos que o pessoal da Woslom vem colhendo gradativamente, principalmente após o lançamento de seu segundo álbum de estúdio, Evolustruction, de 2013, que mostrou uma banda fiel ao som que praticam, porém expandindo os horizontes. Ousadia que rendeu shows memoráveis por diversos estados brasileiros e pela Europa, terra que os caras voltarão em breve.

Pois bem...e o próximo passo? Regredir aos tempos do debut ou continuar a evolução? O que podemos dizer que não foi nenhuma das duas coisas, pois o que Silvano Aguilera (guitarra e voz), Rafael Iak (guitarra), André Mellado (baixo) e Fernando Oster (bateria) fizeram em A Near Life Experience foi um verdadeiro clássico do thrash contemporâneo, cuja resenha estará no fim desta matéria. E tal façanha foi comemorada com imprensa e convidados nesta última quinta-feira (14), no Espaço Som, em São Paulo.

Chegando no local, era possível trombar com músicos de diversas bandas como Timor Trail, Bywar, Chaos Synospis, Panzer, Anthares, entre muitas outras. Após o tempo de todos se ambientarem, às 20h30 foi iniciada a audição do novo trabalho até às 21h15, com a banda no palco agradecendo a presença de todos.

(Parênteses) Agradáveis Notícias

Walcir Chalas e Fabrício Ravelli
Edu Lawless
Nesse momento, a banda chama ao palco dois convidados. O primeiro foi Fabricio Ravelli, baterista que faz/fez parte de grupos com Imbyra, Hirax e que hoje é responsável pelo projeto Rock Na Praça, que é um evento gratuito que acontece no final de cada mês em frente à Galeria do Rock e que terá nessa nova edição as bandas Torture Squad, John Wayne, Woslom e Sinaya. 

"Temos de mostrar a importância do headbanger, que não somos apenas caras de preto, mas uma cultura, uma nação." Palavras ditas pelo músico que merecem incentivo.

O que dizer de Walcir Chalas? Para aqueles que beiram os 40, época que não havia internet e o rádio era uma bela forma de se atualizar sobre o que andava rolando. Um desses canais era o Comando Metal, que era apresentado por Walcir. Além de radialista e proprietário da loja Woodstock (que lançou discos de suma importância por aqui) era responsável por eventos em frente ao seu comércio. 

E falando nesses eventos, o Walcir recebeu a notícia no palco que o espaço para shows da Woodstock pode voltar a ser feito (digo isso, pois não há uma data para acontecer). O veterano, de 62 anos, emocionado, retribuiu com um "Heavy Metal Is the Law".

De volta ao thrash

Woslom
Edu Lawless
Após duas boas notícias, o momento foi de bater cabeça. E o quarteto foi mostrando o novo poder bélico com as novas Underworld of Aggression e A Near Life Experience. A primeira é dona de um refrão marcante e a segunda tem mais de oito minutos de pura viagem. Os tempos de Time to Rise e Evolustruction foram lembrados com Beyond Inferno, Purgatory e Pray to Kill. Mas a noite era para músicas novas, como Unleash Your Violence, que é outra que nasceu para os palcos.

Infelizmente Time to Rise, do debut de mesmo nome deu fim ao show do quarteto, que após o show tirou fotos e autografou os materiais que os fãs traziam/adquiriam no local.

Uma noite maravilhosa, que deixou todos satisfeitos. Em especial ao quarteto por ver tamanha aceitação em relação ao novo trabalho. Enfim, mais um degrau que os caras subiram e podem ter certeza que daqui há alguns anos estarão no topo como uma das melhores bandas do thrash contemporâneo. Eu não tenho dúvidas. E você?

A Near Life Experience...primeiras impressões

A Near Life Experience
Divulgação
O que mais se ouviu no dia foi algo assim: "É a velocidade do Time to Rise com a técnica e melodia do Evolustrucion". Respeito todas as opções, afinal todas devem ser consideradas. Mas, acho que definir o novo álbum dos caras é simplório e vago demais. 

Soa como se as pessoas quisessem fazer um "lead" do disco (técnica jornalística que no primeiro parágrafo responde perguntas como o que, quando, onde, como e porque). Não podemos esquecer que música é emoção e sensibilidade e por isso que acho que um disco desses não deve ser avaliado de forma fria.

Por que digo isso? Porque A Near Life Experience é um álbum que vai te conquistando aos poucos (assim como Evolustruction) e após essa adaptação você está entregue ao thrash do quarteto. Se tem algo que podemos definir é que para tudo aqui Silvano, Rafael, André e Fernando apertaram a tecla "+", pois aqui temos mais riffs, mais melodias, mais musicalidade e claro, mais músicas legais.

As três primeiras faixas, Underworld of Aggression (com seus coros de time de futebol), a faixa que nomeia o disco, com seus mais de oito minutos de riffs cortantes e solos melódicos e Brokenbones, que quebra o pescoço. Mas não parou por aí, Unleash Your Violence com sua pegada que lembra Haunted By The Past tem tudo para ser um hino do grupo, assim como Lords of War, talvez a música mais diferente da trajetória do grupo e uma bela versão para Thrasher's Return  do saudoso grupo thrash Bywar são alguns destaques do álbum.

Alguns? Sim, pois temos de apontar que o quarteto está tocando como nunca. Os vocais de Silvano estão mais intensos e agressivos, Rafael Iak mostra que logo estará junto com caras como Jeff Waters (Annihilator) e Alex Skolnick (Testament), André Mellado deu um gás speed às canções graças ao seu baixo estalado e Fernando Oster é o maior destaque entre os músicos com uma performance sensacional e empolgante.

Ainda não acabou, pois se for fã do trampo físico, vai sacar a preocupação dos caras com o todo. Uma capa que fica na mente, a concepção do encarte, desde o equilíbrio das cores, onde cada coisa deve ficar e a pose para as fotos. Coisa de quem quer chegar ao topo.

Dizem que um jornalista não pode rasgar seda para um trabalho, mas pelo menos aqui, fodam-se normas e métricas, pois o trampo dos caras merece todos os parabéns possíveis.

14 de abril de 2016

NÃO É COMO PARECE SER...

Mesmo sem incluir novidades no som, Sistema Sangria mostra uma música que surpreende em vários aspectos

Por João Messias Jr.

Sistema Sangria
Divulgação
Quando se fala da mistura de hardcore, metal e crust vem na cabeça bandas como Ratos de Porão, Extreme Noise Terror e Napalm Death. Embora grupos citados (em especial o primeiro) apareçam como referência, o Sistema Sangria mostra em seu álbum que tem muito mais a mostrar neste álbum que ganha o nome do grupo, que recebe a versão em CD após ter saído em LP.

Músicas que saltam aos ouvidos como Corpo Fechado, Malucifer (com uma trecho de uma famosa frase do político Paulo Maluf), a visceral Ramelão, Vá em Frente, Barak e Maicon do Sertão evidenciam que Antonio (voz), Fabio (guitarra), Nader (baixo) e Igor (bateria) são mais do que competentes na proposta musical adotada. Pois são bons músicos e mostram que mesmo fazendo um som direto, incluem detalhes nas canções que as tornam especiais.

A escolha do processo de gravação foi outro ponto positivo do trabalho. A opção por Marcello Pompeu e Heros Trench no Mr. Som (Oficina G3, Baranga, Carro Bomba, Hicsos)  deixou tudo claro, pesado e definido, o que facilita na audição e avaliação, pois não é porque fazem um som derivado do hardcore que deve ser tosco e malfeito.

A "embalagem" mantém a linearidade com a proposta musical. Um encarte dobrável que vira um poster foi uma boa escolha, pois apesar de muitos dizerem o contrário, ainda existe muita gente que aprecia ter o trampo físico, acompanhar as letras, que estão presentes e tudo de forma nítida.

Antes de "apagar a luz", peço que não desliguem após o último som, pois há belas homenagens/tributos para alguns ícones do hardcore/metal!

7 de abril de 2016

MELODIAS SOTURNAS

Cariocas apostam no resgate dos primórdios do doom metal carregado e arrastado

Por João Messias Jr.

Dead Inside
Divulgação
Uma das grandes sacadas dos cariocas da Dark Slumber foi ter desenvolvido uma música pesada e arrastada, mas que abre espaço para melodias e momentos quase virtuosos. Essa é uma forma simples de falar da música praticada pelo quarteto formado por Guilherme Corbo (guitarra e voz), Sandro Leite (guitarra), Heyder Fonseca (baixo) e Jorge Zamluti (bateria), que juntos lançaram em 2015 o álbum Dead Inside.

Praticantes do que chamam hoje de dark metal, que nada mais é do que uma das facetas do doom metal, onde as guitarras não são velozes e sobressaem os vocais guturais. Impressão realçada logo pela capa, feita por Marcel Briani. E claro, as canções possuem climas densos, carregados, mas que graças a melodias bem empregadas, faz com que o álbum não se torne cansativo.

O que logo ouvimos na belíssima faixa de abertura, Reverbering Emptiness, um belo contraste de melodias soturnas com vocais guturais. As seguintes, Sorrowful Winter Breeze e Vomiting Upon the Cross são mais rápidas, mas sem fugir da proposta.

A faixa que dá nome ao álbum prima pela variedade. Ora com momentos mais cadenciados, reforçados por boas levadas de baixo e climas lentos e mais rápidos. Já Dark Slumber soa bem instigante, graças aos riffs hipnotizantes.

Enquanto Lucifer esbarra no death metal, All the Lights Fade Away é dona de melodias que beiram o thrash americano, mas ganham climas, reforçados por belos solos e resgata o clima doom da primeira faixa.

Claro que algumas coisas devem ser melhoradas, mas os caras estão no caminho certo. Ao começar pelo fato de colocarem apenas sete faixas no trabalho, o que foi bem pensado. Vamos aguardar novos trampos da banda, que tem tudo para ser um dos grandes nomes deste segmento musical!

TRISTEZA, CAOS E FELICIDADE

Sensações distintas marcam o segundo registro do quarteto Astafix, Internal Saboteur

Por João Messias Jr.

Internal Saboteur
Divulgação
O debut da banda, End Ever, de 2009, embora englobasse a proposta musical dos caras, era nítido que faltava uma ou outra coisa para que seu som chegasse aos ouvidos de mais pessoas. Bem, o tempo passou, a banda lançou um DVD em 2011, foi para a Europa e lidou com a repentina perda do guitarrista Paulo Schroeber.

Um turbilhão de coisas que resultaram no seu segundo álbum, batizado de Internal Saboteur. Lançado em 2015, em relação ao debut, ele apresenta uma amplitude da sua proposta musical, que bebe em várias vertentes do thrash metal, além de flertar com estilos como o hardcore e o industrial, o que garante mais variedade ao disquinho, que tem a participação de Paulo em algumas músicas.

Amparado por uma ótima produção, a cargo de Brendan Duffrey (Norcal Studios) e uma arte que combina com a proposta musical, feita por Marcelo Vasco, que dispensa apresentações, Wally (guitarra e voz), Cássio Viana (guitarra), Ayka (baixo, Reboco) e Thiago Cáurio (bateria) mostram que sabem como deixar nossos pescoços doloridos. Impressão deixada logo na primeira faixa, Karma Kill, as cadenciadas Blood Sun e Doomsday Device. O hardcore de Say No! é outro belo exemplo do poderio de fogo dos caras.

Só que o álbum mostra o grupo atacando em outras praias. A pesada e lenta The Scourge e Ghosts, talvez a mais diferente de Infernal Saboteur são alguns exemplos do que o grupo pode fazer, porém, vale a pena indicar a faixa de encerramento, Traitor, que é melódica e cheia de climas a lá Black Sabbath.

Pesado, competente e de certa forma, uma bela forma de homenagear um grande músico, que infelizmente nos deixou muito cedo. Porém, o Astafix soube como manter o seu legado, que permanecerá por décadas e décadas.

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...