10 de setembro de 2010

INTERVIEW - FERNANDA DUARTE

Fernanda Duarte é vocalista da banda Status e uma das mentoras da Revista Rock Post, que vem conquistando seu espaço conn conteúdo de qualidade para todos os tipos de leitores, desde os "Diehards" até os novatos que estão sedentos por conhecimento!
Nesta entrevista exclusiva para o New Horizons, ela fala dos seus projetos, shows, música física, entre outras coisas mais!
Confiram:

The Rocker: Olá Fernanda! Para dar início a entrevista, conte-nos como é a cena Rock/Metal na sua região (casas de shows, lojas, etc).
Fernanda Duarte: Olá The Rocker, primeiramente agradeço pelo interesse em nosso trabalho, tanto na banda quanto na revista. Quanto a cena aqui na região, temos cidades como Araraquara, que promove o Araraquara Rock, Franca também com o Arraial do Rock, além de Ribeirão que tem grandes shows e bandas muitos boas. Casas específicas para shows de metal são raras, lojas de CD também, porém tem o Rafael em Jaboticabal que faz um excelente trabalho na Região com a loja de CDs dele. Aqui na cidade de Matão é bem fraco, temos algumas pessoas que lutam para manter alguns eventos, porém é bem complicado.


The Rocker: Você é vocalista da banda de Heavy Metal Status, que se prepara para lançar seu primeiro trabalho, que será um EP. Qual a previsão de lançamento e as expectativas para este trabalho?
Fernanda: Por enquanto paramos com a produção do EP, pois a Status deu uma pausa em suas atividades. Estaremos na Virtual Colection da Rádio Rock Freeday com a música The History, a coletânea conta com a produção de Thiago Bianchi (Shaman), e estamos ansiosos por este lançamento.


The Rocker: Além do EP, vocês participaram de um grande evento que teve a participação do Hellish War e bandas internacionais. Como a galera reagiu ao Status e o que vocês acharam das bandas participantes?
Fernanda: Foi um belo evento. Tivemos a oportunidade de abrir os show para o Hellish War, Split Heaven (México) e o Enchanter (EUA), e o público curtiu bastante nosso repertório que traz muito Helloween e Iron Maiden, além de Metallica. Tocamos também nossa música de trabalho, a galera curtiu muito e pudemos ver a atuação das outras bandas de perto. O Hellish War realmente merece todo o reconhecimento nacional, pois são profissionais extremamente carismáticos e “tocam muito mesmo”. O Split Heaven levou a galera a loucura com seu “Psycho Samurai”, com um vocal agudo e muito potente os caras mostraram que no México tem metal de qualidade mesmo. E o Enchanter dominou o palco com seu metal Old School. Acredito que os que presenciaram este evento não esquecerão tão cedo!


The Rocker: Como você vê a forma de ouvir música hoje, que a maioria das pessoas ao invés de terem o material físico (CD/DVD), as pessoas preferem ter as canções em aparelhos como MP3, Ipods, celulares, etc.
Fernanda: Eu acredito que cada um procura a melhor forma de se atualizar e saber o que rola de novo por ai. Porém eu cresci vendo meus irmãos colecionarem CDs, e isso me faz ter a ideia de que nada melhor do que ter o material na mão, ver o encarte, resumindo ter o original mesmo. Isso pra mim é muito importante, mas ouço CDs virtuais também que são ótimos e não discrimino quem prefira esta forma, afinal estamos em uma democracia (risos)!


The Rocker: Você acha que os CD'S e DVD'S desaparecerão do mercado, restando apenas o produto virtual?
Fernanda: Eu acredito que não. Apesar de todo este trabalho que a internet faz por nós, sempre existirão pessoas que estarão interessadas no trabalho físico, pelo menos acredito nisso por enquanto (risos)!
The Rocker: Além da banda, você tem a Revista Rock Post, que já lançou até o momento 20 edições. Como surgiu a idéia de fazer um veículo voltado a divulgação da cena underground e como você concilia estes dois trabalhos?
Fernanda: A idéia surgiu há uns 2 anos partindo de Douglas Santos, meu esposo, que também é guitarrista da Status. Desde o inicio a ideia era fazer uma revista voltada ao público Heavy/Rock e apoiar o underground, visto que nestes quase dez anos de Status, pudemos ver o quanto é difícil conseguir shows, fazer um CD e aparecer na mídia. A gente realmente pensava que para bandas que não tinham espaço seria uma boa oportunidade de juntos levar informação ao público, e assim, fomos estudando a melhor forma. Acabou saindo melhor do que o esperado e tivemos muitas pessoas, que logo de cara, ficaram interessadas em ajudar a escrever e assim formamos nossa identidade.

The Rocker: O legal da revista é que ela é gratuita, bastando apenas entrar no site e fazer o download. Como estão os acessos e se há planos de se ter uma revista física?
Fernanda: Nós sabemos que geralmente o que é gratuito não tem muito valor, mas as pessoas têm acessado bastante e isso nos deixa contentes de ver que o trabalho é lido e muito elogiado pelos que vêem. Há sempre aquele que acha que não está bom, mas eu acredito no seguinte: Se você vê que falta algo na cena não critique os que fazem alguma coisa, vai lá e faça algo também, some não subtraia. É fácil criticar quando se está de braços cruzados vendo os outros trabalharem.
Quanto a edição impressa já era para ter saído, porém tivemos uns problemas com a impressão e não deu para distribuir como queríamos fazer. Estamos tentando fazer isso de alguma forma, pois não temos nenhum tipo de patrocínio e todos os gastos que temos é do nosso bolso, então realmente é difícil.


The Rocker: Para encerrar, citarei algumas frontwomans e queria a opinião em relação a elas:

• Cristina Scabbia (Lacuna Coil);

• Dani Nolden (Shadowside);

• Annete Olzon (Nightwish);

• Angela Gossow (Arch Enemy);

• Doro Pesch (Warlock);
Fernanda: Acho que todas representam muito bem a mulher no metal, são talentosas, donas de vozes excelentes e muito bonitas. A Dani Nolden, representando o Brasil nesta lista, representa muitas de nós que estamos no underground há anos, e ela conseguiu transpor esta barreira, assim como outras vocalistas nacionais muito talentosas que sabemos que estão aí na luta por um espaço na mídia. Sou fã de todas (risos)!
The Rocker: Muito obrigado pela entrevista! Deixe uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine!
Fernanda: Eu que agradeço pelo espaço e acredito que com a união de todos por um cenário melhor vai ficar mais fácil de levar informação, trabalhar uma banda e encher casas de shows sempre. Um abraço a todos!
Fotos: Divulgação

1 de setembro de 2010

UNDERGROUND MEETS MAINSTREAM...


Hoje faremos algo diferente das edições anteriores, pois ao invés de comentar trabalhos de diferentes estilos comentarei discos da mesma linha musical, tendo como diferença o fato de um ter sido lançado por uma grande gravadora e outro por um selo independente. São eles: Luxúria com seu trabalho auto-intitulado e Anoxika com seu recém lançado As Fadas Morrem Ao Amanhecer:

Luxúria – Luxúria
Sony Music/Nac - 8,5

Formado por membros de bandas conhecidas do Heavy Metal nacional como Megaton, Viper, entre outras, o quinteto surpreendeu por fazer um som mais voltado ao pop com muita classe, requinte e muito peso.
Tendo nos vocais a charmosa Megh Stock, Luxúria chama a atenção em todos os aspectos, começando da capa, passando pelo repertório que une influências do Punk, Gótico (estes em menor escala) e o Pop, tendo um produto único e de qualidade.
As duas faixas iniciais Ódio e Imperecível (ambas tiveram videoclipes rolando por muito tempo), mas quase todo o CD é imperdível como Pés No Chão, Cinderela Compulsiva, Dura Feito Aço, Contrariada e Artifício Mágico, todas feitas para embalar a trilha sonora de sua vida. A única exceção é a música Lama, que é bem lenta e arrastada, e acaba quebrando o clima do CD, mas as faixas acima compensam este pequeno deslize.
Além de músicas de qualidade, não posso deixar de comentar a timbragem dos instrumentos, que deixam o som bem "cheio e gordo", graças a excelente produção e os vocais de Megh, que nos remetem aos anos 80, sem as afetações dos lançamentos de hoje.
Obrigatório!
Anoxika – As Fadas Morrem Ao Amanhecer
Oversonic Music/Nac - 8,5

Apesar de ouvir Rock e Metal há quase 20 anos, ainda me bate aquela curiosidade de conhecer novas bandas dos mais variados estilos musicais, e estava procurando informações sobre uma outra banda e acabei me interessando em conhecer o som deste quinteto por causa da capa do CD. E mais uma vez o meu "faro" me fez descobrir mais uma ótima banda de rock!
"As Fadas Morrem Ao Amanhecer" aposta na mescla de diversos estilos como o Poppy Punk, Hardcore Melódico, Ska, Reggae e até algumas pinceladas de Heavy Metal aparecem no trabalho, mas o quinteto tem a seu favor a coesão e a construção de temas curtos, que tem no máximo quatro minutos, e que garantem a sensação de uma agradável audição.
Outro aspecto que se destaca são as letras e títulos, pois apesar de contarem situações do nosso cotidiano, eles usam uma linguagem diferenciada, como Espinafres Em Dó Maior, mas as melhores faixas do trabalho são Mr. Otário (cujo clipe sai em breve), Flores, Bombons e Violência Gratuita e a faixa título, cujo refrão é contagiante!
Se houver um bom trabalho da gravadora, o público comprar seu debut e comparecer aos shows, muito em breve teremos mais uma banda atingindo a grande mídia!

Se você não for radical e gosta de acompanhar o que de melhor acontece na cena Rock And Roll nacional, duas ótimas pedidas!

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...