11 de setembro de 2017

SEM SOAR COMO CÓPIA

Cariocas apostam no thrash oitentista com passagens cadenciadas e trabalhadas

Por João Messias Jr.

Breathing Hate
Divulgação
Tarefa complicada ouvir, absorver e resenhar discos num espaço tão curto de tempo. O quesito complicado reside no fato de passar o recado em poucos caracteres, sem soar como um sermão ou um TCC. Felizmente existem bandas que facilitam a vida, como a galera do Forkill, com o álbum Breathing Hate, cuja capa feita por Marcus Venicius chama a atenção logo de cara.

Claro que o nome e o título entregam que estamos diante de uma banda de Thrash Metal que bebe nos anos 80, mas a galera composta na época por Joe Neto (voz e guitarra), Ronnie Giehl (guitarra), Gus NS (baixo) e Marc Costa (bateria) aposta em sons mais pesados, dinâmicos e trabalhados.

A intro climática de Frequency of War abre caminho para a faixa que nomeia o disquinho. que nos seus seis minutos, ganha velocidade aos poucos em meio aos momentos cadenciados e trabalhados. Vendetta chama a atenção pela variação de vozes, enquanto os momentos mais viscerais ficam por conta de War Dance e The Joker.

Brainwashed começa flamenca e ganha riffs poderosos e que nos traz na mente bandas como Nuclear Assault (a exceção dos vocais). Após o interlúdio de Radio, temos uma curta versão (pouco mais de um minuto) e Metal Mania (Robertinho do Recife) com a participação do Stress (outro ícone do metal nacional). O que foi uma grande sacada, pelo fato de ser uma canção que não foi over martelada.

Breathing Hate apresenta mais alguns momentos dignos de nota. A produção feita por Robertinho do Recife e a embalagem em digipack e um encante que vira poster, fazendo deste disquinho um trabalho digno de elogios.

Que felizmente não soa como cópias não autenticadas dos discos da Woodstock lançados no Brasil nos anos 80.

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