9 de dezembro de 2011

MAYAN E MELLINNE: AGRESSIVIDADE COM TOQUES FEMININOS

Mark Jansen (MaYaN)
Foto: João Messias THE ROCKER
O Mayan é um superprojeto que conta com membros e ex membros das bandas Epica, After Forever, Delain, entre outras, lançou neste ano o álbum Quarterpast, que consegue unir elementos do Progressivo e Metal Extremo (o que não é surpresa, pois ambas as bandas foram adicionando estes elementos com o tempo), mesclando passagens densas com alguns interlúdios operísticos. Tudo com muita coesão e sensibilidade, tendo uma música forte, intensa e intrincada, e que merece ser ouvido com toda a atenção.

 A tour que passaria por outros estados como Curitiba e Rio de Janeiro, teve como único show este realizado em São Paulo, dia 26 de novembro, no já tradicional Carioca Club, que de uns anos para cá vem sendo o reduto da nação de Rock/Metal em São Paulo.
Cheguei por volta das 18h30, e a banda de abertura, Mellinne, de São José dos Campos já fazia o seu show, que mostrou um Metal Melódico/Progressivo bem estruturado, que se destacou pelo entusiasmo dos seus músicos e pela beleza da vocalista Christie Mary.

A banda levou músicas próprias e uma boa versão para The Trooper, dos britânicos do Iron Maiden, e que apesar do pouco tempo e do som não estar tão bom, conseguiram passar bem o recado.

Passados poucos instantes, o MaYaN iniciou a sua apresentação, e era visível o entusiasmo dos músicos, principalmente Mark Jansen, que nesta apresentação atuou apenas nos vocais, e se mostrou um excelente frontman, com uma postura insana, agitando sem parar e esbanjando potência nos vocais ora berrados, ora guturais, com o público (que compareceu num ótimo número) respondendo a altura. Mas o que estava bom ficou muito melhor quando entraram no palco as divas Floor Jansen (After Forever), Simone Simmons (Épica), Laura Macri, e o vocalista Henning Basse (Metalium, Sons Of Seasons) com seu visual Jack Sparrow, onde cada um ao seu estilo deu um contraste todo especial a apresentação.


Floor Jansen (MaYan)
Foto: João Messias THE ROCKER

E a apresentação caminhava para ser uma das melhores do ano, pois as músicas soam mais brutais e diretas, como Symphony Of Aggression, The Savage Massacre, Quarterpast e Course Of Life, que deixaram muitos headbangers com os pescoços doloridos com sons tão fortes e intensos, com destaque para a alternância de vozes entre Jansen e Basse, esse numa linha próxima do Metal Tradicional e o trio feminino auxiliando nos backing vocals e em algumas linhas principais.
Em Essenza de Ti, era a hora de Laura Macri mostrar seus dotes operísticos, que deixou muitos marmanjos babando pelo seu vozeirão e pela sua beleza. E após esse momento mais tranqüilo, a banda mandou Celibate Aphrodite, que depois entrou para um momento diferente do show, quando Henning Basse mostrava a camiseta do Iron Maiden, e aí a dica foi dada com a banda mandando um medley da Donzela de Ferro, com trechos de The Number Of The Beast, The Trooper, Fear Of The Dark e Run To The Hills, que embora tenham sido executadas com maestria, com direito a bumbos duplos do baterista Arien Van Weesenbeek, e de ter levado o público ao delírio, achei desnecessário levarem esses covers. Poderiam ter levado sons do Metalium, visto que a mesma tem muitos fãs por aqui!

Mas após esse momento nostálgico, a banda caminhava para o final da primeira parte da apresentação com Bite The Bullet e Drown The Demon, onde a banda saiu ovacionada, aliás, a resposta do público ao som da banda era algo digno dos gigantes do Rock.

E no bis, claro, Laura Macri nos brindou com mais um pouco da sua voz e beleza em O Sole Mio, e depois as pedradas Way On Terror (que possui um clipe de fortes emoções) e Sinner's Last Retreat, já com todos os integrantes no palco.

Mas ainda tinha mais, e para infartarem os fãs do Épica, o tecladista dá lugar a e Simone Simmons vem a frente do palco para executarem Cry For The Moon, numa versão mais pesada. Só que a apresentação ainda contou com Floor Jansen cantando Follow In The Cry do After Forever, mostrando que os problemas que a vocalista teve no passado foram superados e sua voz continua excelente!
Simone Simmons (MaYan)
Foto: João Messias THE ROCKER

E infelizmente chegou ao fim a apresentação dessa superbanda, que pelo material apresentado em Quarterpast e pelo poder de sua apresentação, tem que continuar a sua história lançado discos e fazendo tours.

Só fica um recado, assim como o público fez muito bem a sua parte neste show, nós como pessoas que apóiam o Metal Nacional, devemos fazer o mesmo em apresentações com as bandas nacionais como a, Ecliptyka, Shadowside, Torture Squad, Diafanes, Korzus e muitas outras.

Nenhum comentário:

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...