Por João Messias THE ROCKER
Não é porque nada se cria que devemos ouvir o
mesmo disco sempre!
Kamala Foto: Divulgação |
É muito legal ouvir bandas que fazem o mesmo som há tempos como Motorhead, AC/DC,
Ramones e a nossa Baranga. Mas ao mesmo tempo, é prazeroso ouvir e
conhecer trabalhos que acabam instigando nossos ouvidos, nos “obrigando” a ler
o encarte e descobrir tudo que é informação na internet.
E hoje temos aqui nessas linhas duas bandas
que não se importaram em colocar criatividade no seu som: a paulista Kamala e a
mineira Krow.
Vamos começar falando do quarteto de Thrash
Metal Kamala. A banda existe desde 2003
e lançou os álbuns Kamala e Fractal, mas é com seu terceiro trabalho, The
Seven Deadly Chakras que o som atingiu o ápice.
Para esse trabalho, o quarteto formado por
Raphael Olmos (Guitarra/Vocal), Andréas Dehn (Guitarra), André Rudge (Baixo,
substituído por Diego Valente), Nicolas Andrade (Bateria) fizeram um trabalho
conceitual baseado nos sete pecados capitais e os sete Chakras.
The Seven Deadly Chakras Divulgação |
Apesar da banda sempre ter inserido novos
elementos em suas músicas, aqui tudo ficou mais forte e intenso, fazendo seu
melhor trabalho. O disco agrega influências que vão do Hard Rock ao
eletrônico. Em quase uma hora de som os destaques são Gluttony (com solos Hard
Rock), Heart, Greed, o interlúdio Sloth, Lust e Throat.
Outro atrativo do trabalho é a arte do
encarte, que tem como modelo a atriz de filmes adultos Bruna Vieira, que mesmo
suas fotos sendo artísticas proporcionam no mínimo a curiosidade de conhecer o
som da banda.
Já os mineiros do Krow, que tem na formação
Guilherme Miranda (Guitarra/Vocal), Lucas The Carcass (Guitarra), Humberto
Costa (Baixo) e Jhoka Ribeiro (Bateria), possuem no curriculum apresentações na Europa
e Chile (abrindo para o Dimmu Borgir), optou pelo tema da escravidão que aliada
ao Death/Black praticado, deixou o som ainda mais forte e brutal.
Traces of the Trade Divulgação |
O trabalho gráfico também é muito legal, pois
foi concebido no formato digipack com uma capa forte (feita por Costin
Chioranu) que serve de “entrada” para a brutalidade de faixas como Outbreak Of
A Maniac, Endless Lashings e System Unfolds.
As melhores são a percussiva March Of
Vendetta e Retaliated, que conta com Álvaro Lillo (Undercroft, Watain) nos backings, cuja voz em
desespero lembra uma pessoa que implora pela vida. O trabalho, apesar de curto, deixa o pescoço em frangalhos.
Não estou pedindo para que deixem
de ouvir as bandas que citei lá no começo, mas que de vez em quando procurem
por novos nomes, principalmente os que não tem medo de ousar.
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