30 de setembro de 2019

VERDADEIROS



Um verdadeiro tributo aos fãs de metal tradicional é a receita vencedora do Hellish War

Por João Messias Jr.

Numa cena que é rodeada por bandas de mentira, audiência (likes) falsa e intolerância com o próximo é de aplaudir bandas que mandam um foda-se para essas tendências e mantém o foco na música.

Só por esse motivo, Wine of Gods novo disco de estúdio do Hellish War, merece ser ouvido. Seis anos após o excelente Keep it Hellish, Bil Martins (vocal), Vulcano (guitarra), Daniel Job (guitarra), JR (baixo) e Daniel Person (batera), soltam um novo trabalho que mantém o alto nível musical.

Logo nos primeiros segundos da faixa título, sacamos o que virá pela frente, metal tradicional raiz, recheado de um ótimo trampo de guitarras (talvez o melhor da banda), cozinha consistente e um vocal que conduz com maestria o clima do disco.

Wine of Gods já possui alguns clássicos como Falcon, dona de uma linha pra lá de empolgante e a variada Devin.

Outros exemplos ficam por conta das excelentes Dawn of the Brave e House in the Hill, que evidenciam que Bil está mais do que entrosado com o grupo.

A épica/melódica Paradox Empire
a poderosa Warbringer, que conta com a participação de Chris Boltendahl (Grave Digger) são outros pontos altos do disquinho.

Que possui outros atrativos, como a bela qualidade sonora, cuja mixagem/masterização ficaram por conta de Ricardo Piccoli, além da capa feita por Eduardo Burato, que é fiel ao som do grupo.

Tudo embalado num belo digipack que recebeu um projeto gráfico feito por Juh Leidl (Freesome) e que cairá nas graças dos apreciadores do produto físico.

Wine of Gods é daqueles disquinhos que merecem aquele ritual dos saudosistas/fiéis: comprar o produto físico, tirar o CD e botar pra rolar.

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