25 de setembro de 2015

INDIVIDUAL: A PREOCUPAÇÃO COM O TODO

Quarteto paulista lança novo trabalho com canções fortes embaladas por ótimas produção e acabamento gráfico

Por João Messias Jr.

Worst Case Scenario
Divulgação
Não é necessário dizer a ninguém que formações do death metal como Benediction, Death, Atheist e Morbid Angel são ícones dentro do estilo. Seja pela música competente ou por revolucionar em paradas que já apresentavam sinais de estagnação, conseguiram se destacar perante seus concorrentes.

Embora os grupos citados tenham inúmeros clássicos em sua discografia, o fato é que muitos destes trabalhos não possuem um trabalho de produção e apresentação gráfica a sua altura. Não por culpa das bandas, mas por não haver pessoas especializadas nessas etapas, até por ser algo novo e que seria desenvolvido com o tempo.

Passados mais de trinta anos, essas sementes lançadas não produziram apenas novos grupos, mas também produtores e designers, que dão um colorido especial nos trabalhos das bandas, que também passaram a se preocupar com o todo, por meio de produtos caprichados e que dão gosto de ter em uma coleção. Exemplo seguido pelos paulistas do Individual.

Formado hoje por Marco Aurelio (voz e baixo), Carlos Deloss (guitarra), Vinicius Dias Bebeto (guitarra) e Fernando Tropz (bateria, ex-RavenLand),o quarteto faz bonito em seu primeiro EP, que recebe o nome de Worst Case Scenário.

Adeptos do technical death metal, o quarteto manda canções que privilegiam a intensidade, com poucos momentos agressivos e muita técnica. Técnica que neste caso funciona na música do grupo sem soar como aquelas videoaulas que muitos músicos colocam no Youtube.

O disquinho de cinco faixas possui uma excelente gravação, a cargo de Rafael Augusto Lopes (Imminent Attack, Fantasma), que prima pela nitidez e que assim, deixa que o ouvinte ouça todos os elementos presentes na música do quarteto.

Os destaques do trabalho ficam por conta da faixa que dá nome ao disco, The Synthetic Joy  e Blindfold, que começa bem intimista e vai ganhando peso, mas privilegiando o clima mais lento e soturno, com momentos quase progressivos.

Junto com a boa combinação de música e produção, temos um acabamento em digipack, feito no capricho e uma capa detalhada, a cargo de Gustavo Sazes. 

Pensamento e atitude vencedoras, de que sabe que os próximos passos serão ainda mais altos.

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