Por João Messias THE ROCKER
"Se toda aula fosse assim, não haveriam tantas desistências e péssimos profissionais no mercado"
Essa é a melhor definição da noite de aniversário do Rock, que foi comemorada em grande estilo.
Chegamos ao local, onde já se apresentaram bandas conhecidas da região como Montanha e Combate Vertical, me deparei com uma agradável surpresa: o local estava com poltronas, onde assim era possível assistir ao espetáculo com maior conforto e uma lanchonete ao lado.
E antes de iniciarmos a matéria em si, são necessárias algumas palavras a respeito de Rolando Castello Junior, que com 33 anos de estrada, um dos melhores do país na técnica de dois bumbos, já figurou por bandas cultuadas como Made In Brazil e Aeroblus e leva há decadas a Patrulha do Espaço, que sempre primou em seus lançamentos e performances ao vivo o Rock And Roll na sua verdadeira essência, sem modismos e modernices.
Diferente de um show, a noite de hoje foi dedicada a contar a história da bateria, mas ao contrário do que poderia se esperar, não foi uma aula com aquele monte de slides, data show e explicações tecnicas, científicas que imediatamente leva ao sono e o desinteresse. A aula aqui foi como o Rock And Roll pede: uma explicação direta, citando os grandes músicos e com um auxilio visual simples e funcional: banners com as fotos dos monstros do instrumento: dos anos 50/60/70, falando de monstros como todos conhecem como Ian Paice, John Bonham, Ginger Baker até desconhecidos do público, mas fundamentais para a história da bateria como Gene Kruppa, Earl Palmer (baterista que gravou todos os rocks dos anos 50), até os heróis brazucas como Dinho Leite (Mutantes)e Gustavo Schroeter (A Bolha, A Cor Do Som).
As explicações eram bem didáticas e de fácil compreensão (digo isso porque não sou músico), onde é interessante saber o que hoje é feito por um baterista, nos primordios do instrumento, eram executados por três, sendo uma pessoa no prato, outra no surdo e outra no surdo, e que após o formato definido, não houve uma evolução e sim um aperfeiçoamento do instrumento, que contradizendo o que muitos pensam, tem como as chinesas como uma das melhores.
Mas voltando a aula, outro ponto interessante foi que não ficou restrito as técnicas do instrumento, e acompanhado de seus companheiros de Patrulha, o guitarrista Danilo Zanite e o baixista Paulo Carvalho, a parte histórica era mesclada com músicas ao vivo, onde foram executados trechos de clássicos do The Who, Beatles, Stones, Purple, além de sons do Aeroblus (diga se passagem era muito pesado, técnico e elaborado para a sua época) e da própria Patrulha.
Uma pena que essa aula durou cerca de uma hora, e que não teve o público que merecia ter, pois apesar de ter acontecido no meio da semana e de ter jogo da Seleção, foi uma oportunidade única, que como eu disse nas primeiras linhas: "Se toda aula fosse assim, não haveriam tantas desistências e péssimos profissionais", além de agradecer ao Alan e a Prefeitura de Santo André por estarem incentivando a Cultura Musical em nossa cidade, mostrando as pessoas que é possível oferecer entretenimento de qualidade e de forma gratuita.
Procure conhecer mais sobre o trabalho do baterista nos sites abaixo:
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