Debut album Menina do Espelho foge do ponto comum dos trabalhos do estilo lançados recentemente
Por João Messias THE ROCKER
A Menina do Espelho, primeiro álbum da cantora Manu Littièry consegue
fugir do padrão de trabalhos lançados recentemente. Para isso, Manu não criou formulas
e invenções mirabolantes, apenas boas músicas que ora transitam entre rock,
metal e baladas.
Para a concepção do álbum, Manu Littièry contou com um time de músicos
competentes: o guitarrista Alessandro Alves “Fuminho”, o baixista Arthur Dias e
o baterista Ricardo César e para o “recheio” da sonoridade contou com um dos
maiores produtores do país: Thiago Bianchi, vocalista da banda Shaman.
Algumas muito especiais como a pesada Insônia, a sentimental Mandy e o
hit do álbum: É Assim que É, que une fãs de música de diversos segmentos.
Nesta entrevista, a vocalista nos conta das músicas, conceito, planos
para o futuro e muito mais!
Confiram:
Manu Littièry Foto: Divulgação |
Manu Littièry: Não. Muito pelo contrário. Nunca tive um conceito
pronto. A primeira música que fiz foi “As Coisas Que Eu Vivi”. Fiz a letra, e
dei para o meu guitarrista, Fuminho, que compõe comigo.
Ele construiu a melodia em cima
da minha letra. Nasceu o primeiro esboço. Depois começamos a nos encontrar pra
compor e funcionamos melhor trabalhando juntos.
Foi assim que as músicas
começaram a tomar vida.
NHZ: E depois desses esboços,
qual à sensação de ver todas aquelas linhas transformadas em CD, capa e encarte?
Manu: É incrível! Não dá para
descrever. O processo inteiro foi maravilhoso. É maravilhoso ver o resultado,
de muito trabalho em equipe, finalizado.
NHZ: Analisando o trabalho, se
percebe uma preocupação muito grande com a família, o que é refletido nas
letras do álbum. Para você, qual a importância da família para o indivíduo,
independente de seu estilo ou carreira?
Manu: Família é a base de tudo.
Eu não seria nada sem a minha família.
NHZ: Vamos falar um pouco das
músicas, Insônia, uma das mais pesadas e que conta com a participação da cantora
Débora Reis, que também participa em outras faixas do álbum. Como surgiu a
idéia dos duetos para o trabalho?
Manu: Eu trabalhei com a Debi no
Uruguai, numa peça chamada “Mulheres à Beira de um Ataque de nervos”. Nós
ficamos no mesmo quarto durante a viagem e nos tornamos muito amigas. Ela é uma
grande cantora, trabalha com a Rita Lee há anos e foi a pessoa que mais me
incentivou a compor as minhas músicas.
Eu estava muito triste um dia,
porque não tinha passado num teste para um Musical. Ela me disse “Para com
isso, você precisa fazer suas músicas, esquece essa vida de Musical. Vai fazer
o que você sabe fazer e não depender dos outros para conseguir cantar”!
Comecei a levar minhas
composições a sério, uma semana depois. Então pra mim, sempre foi óbvio que a
Debi tinha que fazer parte de alguma faixa.
Capa do álbum A Menina do Espelho Divulgação |
Manu: A Mandy era minha prima querida.
Ela virou um anjinho aos 18 anos e eu sofri demais. Sempre quis escrever uma
música para ela e não conseguia.
Foi muito difícil, ainda é!
Mas fiquei feliz com o resultado,
gosto dessa música. E musicar meus sentimentos é uma das coisas que mais gosto
de fazer na vida.
NHZ: A música que eu mais gostei
foi É Assim que É, pela melodia fácil, que foge do esquema de “disco de rock”,
e poderia até ser direcionada para o público infantil. Já pensou nesta
possibilidade?
Manu: Nunca pensei na possibilidade
de ter uma música que agrade o público infantil. Mas acho que seria bem legal.
Existem coisas que não são
mutáveis, você tem que aceitar. Porque é assim que é. Eu demorei para aprender
isso.
Se essa frase fizer algum sentido
para as crianças, ficaria muito feliz.
NHZ: A gravação do trabalho
privilegiou a sua voz. Quais álbuns que te inspiraram a ter essa produção, assinada por Thiago Bianchi?
Manu: Muito obrigada! Nenhum
álbum me inspirou.
O Fuminho, é a minha alma gêmea
da música. É quase impossível ele me entregar uma melodia que eu não goste. E
trabalhamos muito bem juntos.
Acho que nossas inspirações
vieram dos artistas e discos que gostamos como Iron Maiden e Dream Theater.
NHZ: Como estão os shows para
promover A Menina do Espelho?
Manu: Quero fazer mais shows.
Quero fazer muuuitos shows! Fizemos dois shows antes do lançamento depois
fizemos um show de lançamento e no mês passado fizemos outro para ajudar um
projeto de proteção aos animais.
No momento estamos pensando numa
turnê.
Débora Reis e Manu Littiery Foto: Divulgação |
Manu: Antes do CD ser lançado,
nós trabalhos muito com divulgação na internet.
E tivemos um retorno incrível.
Não dá pra ter ideia da proporção que a internet toma. Ficamos em primeiro
lugar no MySpace por quase duas semanas.
O disco está indo bem. Estou
muito feliz com o resultado.
NHZ: Já tem planos para um novo
trabalho?
Manu: Sim. Queremos gravar dois
vídeo clips ainda esse ano. E ano que vem pretendemos começar a trabalhar num
novo álbum.
NHZ: Para encerrar, você montou
um perfil nas redes sociais contra a violência com os animais. O que pensa
sobre aqueles que abusam deles, que confiam cegamente em nós e se enxerga uma
solução para isso.
Manu: Eu sempre me identifiquei
muito com essa causa. Sempre disse a mim mesma que se algum dia eu tivesse
algum recurso para poder ajudar, eu ajudaria. O que faço ainda é muito pequeno,
mas já é um começo.
As pessoas que maltratam os
animais tem muito pouco conhecimento sobre a vida, na minha opinião. E
realmente acredito que um ser humano que entende que o animal é um ser que
merece respeito, automaticamente aprende a se respeitar e a respeitar o
próximo. Isso está ligado a miséria cultural e social do nosso país.
É disso que as pessoas precisam,
entendimento para expandir a consciência.
NHZ: Obrigado pela entrevista!
Deixe uma mensagem aos leitores desta publicação.
Manu: Eu que agradeço! Escutem
ROCK!!! Faz bem para a alma!
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