21 de janeiro de 2008

ROCK NÃO É MÚSICA DE GENTE PERDIDA

Estava zapeando na TV quando me deparei com um desses programas de auditório, onde o tópico dizia algo como “MEU FILHO VIROU UM MONSTRO”, e que de uma pessoa calma passou a ser agressivo... até aí tudo bem, mas os filhos em questão eram fãs de ROCK/METAL e trajavam roupas pretas, unhas pintadas, corpse paint*.
No decorrer do caso, os três diziam serem pessoas revoltadas (problemas familiares) e aí se via o despreparo da apresentadora em insinuar que a música que ouviam não era uma boa para eles, pois influenciava negativamente.
Vejam bem, quando começamos a ouvir música, é natural que nos influenciamos demasiadamente por nossos ídolos, por exemplo, quantos não pintaram a cara como o KISS ou não rasparam a cabeça para ficar que nem o Phil Anselmo*, mas logo assumem sua própria identidade, pois a música é muito mais do que imitar alguém.
Claro que em todo o lugar há pessoas que extrapolam, e no ROCK não seria diferente, como os HOOLIGANS estão no futebol ou como os políticos corruptos em Brasília, ou você vai me dizer que na Guerra do Oriente Médio eles cometem chacinas influenciados por bandas de DEATH/BLACK METAL* ou que o presidente dos Estados Unidos antes de mandar executar um ataque aos países da Ásia ouve um disco do SODOM*.
Ah! Se a pessoa começa a roubar e matar é porque já possui tendências para isso e não porque ouve discos de ROCK sente vontade de cometer atrocidades.
O que tentei passa nessas linhas é que nenhum estilo musical “PERDE” as pessoas, pois conheço muitos roqueiros que são as melhores pessoas do mundo...


CORPSE PAINT: Maquiagem que as bandas (especialmente as de BLACK METAL) que simulam caveiras, cadáveres ou mesmo uma pintura de guerra.
PHIL ANSELMO: Êx-vocalista do PANTERA, banda que revolucionou o HEAVY METAL nos anos 90.
DEATH/BLACK METAL: Estilos musicais que inicialmente foram sinônimos de morte e satanismo em suas letras.
SODOM: Banda alemã que em alguns álbuns usou temáticas voltadas a guerra.


TEXTO: JOÃO MESSIAS

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