Texto e fotos: João Messias THE ROCKER
São Bernardo do Campo comemorou 459 anos no dia 20, e nada melhor do que presentear o público com apresentações de arte e cultura. Para evidenciar a data, proporcionou três dias de música: um dia para o Rock, outro para o Rap e o encerramento com samba/pagode.
Cranial Crusher |
E como o papo aqui gira em torno do rock, vamos falar apenas do dia que foi destinado ao estilo (18/08). Depois de chegar em cima da hora e quase tomar um tombo homérico, num Paço Municipal quase vazio, o Dr. Rock deu a benção inicial para a maratona de 10 horas de música, que fez a felicidade de muitos rockers.
A primeira banda foi o Cranial Crusher, trio formado por uma rapaziada bem jovem, que apresentou um repertório baseado no Thrash/Hardcore com alguma coisa de Punk Rock. Usando e abusando de riffs “navalha”, mesclou sons em inglês e português, com destaque para as músicas A Queda, My Lai e a versão para Sofrer (R.D.P).
Chaos Inc |
A próxima banda seria o Murder, mas a mesma cancelou a apresentação dias antes por ter encerrado às atividades. A mesma foi substituída pelo Chaos Inc, que estava lançando seu novo trabalho, o EP Death Train.
Mesmo com baixista e vocalista convidados, deixaram uma boa impressão, pois essa formação deixou o som mais para o Death Metal, praticamente repelindo toda a aura Black que havia antigamente. Vamos torcer para que logo arrumem membros definitivos para continuarem sua saga.
Chaoslace |
Já o Chaoslace, pratica o chamado Death Metal tradicional e nessa apresentação, além de estrear o novo baixista, Giovanni Fregnanni, que aliado aos remanescentes Leandro Nunes (Guitarra/Vocal) e Diogo Rodrigues (Bateria) despejaram sons dos seus quatro EP’s e versões monstruosas para Necromancer e Troops of Doom (Sepultura).
Ainda estava só começando!
Guillotine |
Adeptos do som oitentista, o Guillotine pratica uma mescla de Heavy/Thrash/Death, que vale de ótimas harmonias de guitarras e vocais crus.
O quarteto lembra muito as bandas que a Woodstock lançou nos anos 80 e esta apresentação ficou marcada, pois foi apartir daí que o público começou realmente a aparecer. Se depender do material novo que a banda apresentou, que aliada a capa "generosa", vem um dos melhores discos do ano de 2012.
Necromesis |
Havia uma grande curiosidade para assistir a apresentação do Necromesis, pois devido a um problema na mão, o baixista/vocalista Victor Próspero ficou apenas nas vozes, tendo nas seis cordas (sim, isso mesmo), Gustavo Marabiza (ex-Sakramento), e a banda mostrou que isso não seria problema.
Com a “faca nos dentes”, o quarteto executou sons de seus dois trabalhos, mostrando muita segurança, peso e virtuosismo. A apresentação encerrou com Demonic Source. O Necromesis é uma das bandas nacionais que já fazem por merecer uma tour pela Europa!
Depois de um hiato de mais de uma década, o Depressed vem buscando recuperar o tempo perdido.
Contando com Giovani Venttura (ex-Corpses Conductor e Violent) nos vocais, a banda conta hoje com novos asseclas e fazem uma mescla bem feita de bandas como Death, Slayer e Morbid Angel.
Que venham novos trabalhos com a mesma força e fúria.
Woslom |
Uma das melhores apresentações do dia foi a dos thrashers do Woslom.
Recém chegados de shows pela Europa, o quarteto mostrou o porquê de tamanho status, numa performance energética, com coesão e raiva, os caras mandaram as faixas do debut Time to Rise, com destaque para a faixa título e Mortal Effect.
O mais legal é que embora sejam praticantes do “80’s Thrash”, não ficam presos ao estilo.
Spiritual Hate |
O Spiritual Hate foi o representante do Death/Thrash/Black. Contando com músicos “banhados em sangue” no melhor estilo Belphegor e Naglfar. Apesar da qualidade, não conseguiu manter o mesmo nível das apresentações anteriores.
Mas o quarteto possui além do visual, um som forte, que pode conseguir vôos mais altos, principalmente por ter em suas formações antigos membros do Chaos Inc.
Seven7'h Seal |
Com quase 20 anos de estrada, o Seven7’h Seal fez apresentou uma formação diferente dos últimos shows.
Contando com o retorno do baterista Roberto Moratti e a participação do guitarrista Affonso Jr no lugar de Thiago Oliveira (apenas neste show), além de Gustavo Marabiza no baixo, Leandro Caçoilo no vocal e Tiago Claro (Guitarra).
O repertório mesclou sons dos dois primeiros trabalhos, covers inspirados de AC/DC, Black Sabbath e Judas Priest. Posso dizer que hoje a banda vive o seu melhor momento!
Negative Control |
Após o show de Leandro Caçoilo e Cia, foi o momento Punk/Hardcore do evento, que contou com a apresentação do Negative Control, que após anos parado, retornou com a mesma força de antes, com os músicos mais aprimorados em seus instrumentos.
O quarteto soube ganhar a galera, graças aos discursos inspirados da vocalista Claudia.
Ação Direta |
O que dizer do Ação Direta? Tudo que eu dizer vai soar redundante...mas vamos lá.
Prestes a lançar o novo trabalho, o quarteto liderado pelo vocalista Gepeto, mescla a fúria do HC com bem vindas influências de Thrash, mandou verdadeiras pedradas como 10 Por Cento, No Poder, Massacre Humano e o encerramento com Entre a Benção e o Caos.
Uma apresentação que deixou os fãs de HC e Metal extasiados!
Antes do show do Ação Direta, o Dr. Rock anuncia o pessoal da banda Executer, que veio de Amparo (interior do estado) ao evento divulgar sobre o Executer Fest, que ocorrerá em outubro, que além deles contará com o Andralls, Sangrena e o retorno do MX!
Forka |
MMA Metal!
Essa seria a melhor forma de descrever o som do quinteto Forka! Com músicos insandecidos que pulam e agitam o tempo todo, o quinteto mostra o quão agressivo pode ser o Thrash Metal. Com músicas de seus dois álbuns como Blasphemy e covers para Slave New World e Angel Of Death (ambas com Leandro Nunes do Chaoslace dividindo os vocais).
Os caras ganharam o público de vez quando o vocalista Ronaldo Coelho mandou o público formar um Wall Of Death. E foi prontamente correspondido!
Coube ao Necromancia encerrar o festival.
Necromancia |
O trio formado por Marcelo “Índio” D’Castro, Roberto Fornero e Kiko D’Castro mandou composições de toda a sua carreira, com destaque para Action/Reaction, Check Mate, No Way Out (música de maior sucesso da banda), Cold Wish, Death Lust, Overkill (Motorhead) e o encerramento com Greed Up to Kill. Mais uma vez mostraram que é um acaso não terem alcançado o mesmo patamar de nomes como Korzus e Sepultura, pois “Thashicamente” eles não devem nada a elas e nem a ninguém.
Com o fim dessa apresentação, terminou o sábado metálico em SBC, numa noite que não rolou treta (um princípio que logo foi interrompido), todos curtiram na boa e que o público compareceu em peso.
Não dá para não deixar de agradecer a Prefeitura do município pela estrutura para as bandas, ambulâncias, banheiros, enfim, tudo que um evento merece ter. Espero que esses shows continuem, o que continuara fazendo a alegria de muitos bangers.
3 comentários:
EU estive lá , gostei , mas eu vi pouca gente no evento , por ser um sábado , quando foram os pagodeiros e os sertanejos , o publico , lotaram o paço municipal . O evento foi mal divulgado ,eu pro exemplo fiquei sabendo no dia do show ,isto porque eu nasci e moro lá só 38 anos , não houve divulgação na galeria do rock em São Paulo , tinha que ter bandas mais expressivas do cenário metal , não desmerecendo as que tocaram , mas para ter mais público .
EU estive lá , gostei , mas eu vi pouca gente no evento , por ser um sábado , quando foram os pagodeiros e os sertanejos , o publico , lotaram o paço municipal . O evento foi mal divulgado ,eu pro exemplo fiquei sabendo no dia do show ,isto porque eu nasci e moro lá só 38 anos , não houve divulgação na galeria do rock em São Paulo , tinha que ter bandas mais expressivas do cenário metal , não desmerecendo as que tocaram , mas para ter mais público .
NÃO CONCORDO COM VC RONE CORRERIA, LÁ EXISTIAM BANDA QUE FAZEM MUITA CORRERIA PELO BRASIL QUE O CASO DO FORKA, AÇÃO DIRETA, NEGATIVE CONTROL E NECROMANCIA, E MESMO SENDO BANDAS INDEPENDETES COLOCARAM 3.000 PESSOAS NO PAÇO, ISSO DE COLOCAR BANDA COMO NOME NÃO CONCORDO,PORQUE MUITAS BANDAS QUE TOCARAM ALI TEM HISTORIA E NOME TANTO É VERDADE QUE LEVARAM UM BOM PUBLICO, AO CONTRÁRIO DO QUE VC FALOU, VALORIZE A CENA INDEPENDENTE, ROBERTO NUNES
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