29 de março de 2016

EXTREMO

Apesar de manter a proposta dos primeiros trabalhos, nota-se uma banda cada vez mais voltada ao brutal e extremo

Por João Messias Jr.

Hell On Earth
Divulgação
Chega a ser triste chamar Hell On Earth,  novo trabalho do Visceral Slaughter de EP, pois apesar de ter apenas 25 minutos, chama atenção pela coesão e a preocupação com todos os detalhes. Desde o trabalho de produção/gravação até a confecção de capa (feita por Rafael Tavares) e o encarte, que faz o ouvinte sacar de cara a proposta musical do grupo: Death Metal com toques Grind.

Após uma intro, algo quase obrigatório em trampos do estilo, Hell On Earth começa de fato com Nuclear Holocaust, que mescla passagens extremamente brutais com momentos ora lentos, ora cadenciados. A seguinte, Frenzy of Sadism conta com a participação de Luiz Carlos Louzada (Vulcano, Chemical Disaster) dividindo os vocais com Victor Figueiredo, em que o clima de insanidade prevalece.

Não acabou não...o pescoço fica em frangalhos com as brutais Abyss of Stupidity e Hell On Earth. Uma trégua é anunciada na seguinte Cadaver Business, que chama a atenção pelos vocais "possuídos" e o bom trabalho de guitarra de Fabricio Goes. 

Outro instrumento que se destaca é a bateria de Alberto Martinez, que chama a responsabilidade em The Great Extermination, fazendo um grande trabalho nessa canção.

A bolachinha encerra com chave de ouro com uma foderosa versão para Deathcrush, dos noruegueses do Mayhem. Apesar de manter a essência da original, ela ficou mais brutal, eliminando por completo o clima caótico e elevando a extremidade, o que aqui funcionou muito bem.

O trabalho marca a despedida de Victor Figueiredo das vozes do grupo, que hoje conta com Leon Ferreira. Agora é torcer para que essa nova formação traga trabalhos tão fortes e intensos quanto esse Hell On Earth.

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