14 de abril de 2014

STATIK MAJIK: “WRATH OF MIND SE APRESENTA COMO UM ÁLBUM MAIS HOMOGÊNEO, RESULTADO DE UMA FORMAÇÃO MAIS SÓLIDA”

Realmente é gritante a evolução musical contida em Wrath of Mind, segundo álbum da banda Statik Mind é gigante. Mais equilibrado e com canções cheias de tesão como God in the Mirror, o trio atualmente formado por Thiago Velásquez (voz e baixo), Leonardo Cintra (guitarra) e Luis Carlos (bateria) comemoram o bom momento do disco, que vem recebido ótimas resenhas e como consequência, proporcionando ao grupo a oportunidade de se apresentar mais e mais.

Nesta entrevista feita com Luis e Thiago, a dupla nos fala da repercussão de Wrath of Mind, as diferenças dos públicos europeu e sul americano e a entrada do guitarrista Leonardo após o lançamento do disco.

Por João Messias Jr.
Fotos: Luciano Piantonni
Capa: Divulgação

NEW HORIZONS ZINE:  Recentemente o trio lançou seu segundo álbum “full”, que carrega o nome de Wrath of Mind. Como está a repercussão e divulgação perante mídia e fãs?
Luis Carlos: A melhor possível! Se no ano passado fizemos turnês intensas para o começo da divulgação deste trabalho, neste ano começamos a colher os frutos com ótimas resenhas em sites e revistas, assim como a possibilidade de começarmos a fazer shows em lugares que pretendíamos fazer e levar nosso trabalho para onde não imaginávamos antes, então, tem sido incrível a repercussão do Wrath.

Statik Majik
Luciano Piantonni
NHZ: Em relação ao debut, Stoned on Musik, vocês deram um salto de qualidade como músicos e nas canções, nas quais falarei mais adiante. Quais as diferenças de um disco para o outro em relação ao preparo das composições e gravações?
Thiago Velasquez: Wrath of Mind se apresenta como um álbum mais homogêneo, resultado de uma formação mais sólida trabalhando com um maior prazo. Nossa desenvoltura musical enquanto conjunto e conhecimento das influencias pessoais de cada um, foi o que eu diria como o fator determinante que foi pouco a pouco “moldando” as faixas do nosso debut. Tínhamos em mente que queríamos um álbum com refrões mais fortes, riffs grudentos e músicas empolgantes e pesadas e quando começamos a compor tudo fluiu da forma mais natural possível. Fora que também investimos em uma produção maior nesse álbum.

NHZ: Agora vamos falar um pouquinho das músicas do disco. Aproveito para parabeniza-los pela abertura em God in the Mirror, que possui levadas para ganhar os fãs que nos remete a clássicos como Love Gun (Kiss). O que os fãs estão achando desse som nos shows?
Luis Carlos: O feedback tem sido incrível, recentemente tocamos na Colômbia e tivemos palcos invadiso após o show, um até caiu em cima da bateria (risos). Essa faixa é bem legal mesmo, não é minha preferida, mas acertadamente ela abre o CD.

Thiago: Particularmente “God in the Mirror” é uma das minhas favoritas. Acho uma música matadora tanto pra começar o álbum quanto para começar os shows. Ela possui um astral muito elevado, uma verdadeira “porradaria” de riffs logo na primeira linha,com muito peso e melodia. Creio que ao abrir o show com ela, estamos fazendo-o com chave de ouro, pois conseguimos transmitir a nossa energia pra galera, mostrando que viemos para destruir tudo (risos). Em geral a reação da galera é a melhor possível começando a “aquecer” para ir à loucura.

NHZ: Acid Reign é empolgante do inicio ao fim, com linhas de voz que chamam o ouvinte pra cantar junto. Conte-nos da criação dos vocais dessa canção.
Luis Carlos: Ela tem uma pegada mais doom e eu e Thiago imaginamos uma coisa meio “Alice in Chains” nela, doi isso, creio que deu certo (risos). É incrível como ela é uma música lenta e grande, mas s pessoas curtem ela demais ao vivo.

Thiago : A Acid Reign é uma música mais cadenciada. Queríamos fazer uma faixa que literalmente derretesse o cérebro das pessoas e “tomasse a sua mente” (risos), por isso seu nome de “Reino Ácido”. Começamos com um riff com uma pegada bem doom, e começamos a criar a música separada em momentos. Eu diria que nitidamente a Acid Reign é uma faixa crescente que consegue transmitir bem  sua energia a medida em que se acompanha o contexto da letra, dos momentos musicais e a melodia em si. Acredite, toda essa divisão foi muito pensada (risos). A linha vocal foi totalmente inspirada no contexto da música em si, nas suas flutuações e sentimentos referentes a cada passagem até o verdadeiro “boom” final.

Wrath of Mind
Divulgação
NHZ: O disco traz convidados como o vocalista e produtor Renato Tribuzy e o guitarrista Bebeto Daroz. Este último, que ficou muito conhecido em São Paulo por seu trabalho com o Libra fez um belo trabalho em Remembrance, com violões acústicos que nos fazem lembrar a fase pós-glam dos grupos de hard rock. Vocês deram carta branca para o músico criar nesta musica ou foi feito em conjunto?
Thiago: Já tínhamos a ideia anteriormente de ter uma faixa acústica e a Remembrance surgiu de uma forma completamente natural durante um ensaio. Eu já havia trabalhado anteriormente em alguns projetos com Bebeto Daroz e sempre gostei bastante dele tocando. Ele tem uma “pegada” muito limpa com bastante feeling e peso,. Sempre curti demais o timbre que ele tirava em seus acústicos, foi quando lhe fizemos o convite para que gravasse a nossa faixa e apesar de a faixa já ter o seu “esqueleto” pré-estabelecido demos total liberdade para que ele criasse na mesma. O resultado, bom a faixa fala por si (risos).

NHZ: A banda tem investido muito em promoção no novo disco, tanto que já lançou dois vídeos. O primeiro foi para Drowning in Despair e recentemente publicou a versão em película para Paradoxof Self Existence. Como estão os acessos e o que a galera vem achando desses trabalhos?
Luis Carlos: O acesso de Paradox foi nosso recorde, pois em uma semana ultrapassou mil visualizações.

Thiago: Acho que vídeo clipe é uma ferramenta essencial de divulgação, mostra digamos que a “fantasia” da música e transmite uma maior “intimidade” com a mesma, passa a ser a associação que se é feita ao ouvir a faixa. A galera tem curtido bastante e movimentado bastante o nosso canal no youtube.
NHZ: Wrath of Mind foi lançado pelos selos X-Press On Records e Rock Brigade, além de contar com a distribuição da Voice Music e Xaninho Discos. O que estão achando da promoção e o que os motivaram a assinar com esses selos/gravadoras?
Luis Carlos: Foi um bom acordo e todos eles estão cumprindo bem a sua parte. São ótimos amigos e parceiros e pode aguardar mais novidades por aí.

NHZ: Mas de nada vale tudo isso se o grupo não faz show. Felizmente a banda gosta de estar na estrada, tendo se apresentado por diversos estados e recentemente fez um giro por países sul americanos como a Colômbia. Em relação a Europa e ao próprio Brasil, o que o lado latino americano possui de diferenças?
Luis Carlos: O latino americano é mais amável. Claro que na Europa foi bem legal, mas aqui é mais “caliente” (risos). No segundo semestre deste ano tocaremos no Peru e na Bolívia e talvez role Europa em 2015.
Thiago: Realmente não tenho palavras para descrever o como bem fomos recebidos em todas as nossas passagens pela América do Sul. Tivemos realmente uma união de público e banda em um só, uma sensação, uma energia e uma receptividade realmente fora de série (risos).

NHZ: Infelizmente, nem tudo são flores. Após a gravação de Wrath of Mind, o guitarrista Thiago D’Lopes deixou o grupo, sendo substituído por Leonardo Cintra. Para você, Luis Carlos, que está desde o início do grupo, como é ter de correr atrás de novos membros que se encaixem não apenas no perfil musical, mas pessoal também, pois banda é relacionamento e convivência?
Luis Carlos: Nada de anormal. Não é a primeira vez que isso acontece com a Statik, porque a entrada do Leonardo foi perfeita e é isso o que importa pra banda. Afinal, o importante é a banda continuar firme e forte e isso já está mais do que comprovado, pois o que prevalece aqui é o “espírito de equipe”. Léo é um cara que reúne grandes qualidades não só como músico, mas como profissional. É dedicado, se empenha demais e investe muito do seu tempo na banda. Então, creio que agora sim, estamos com uma formação excelente e pronta para encarar novos desafios.

NHZ: Para encerrar, como é ver que a banda está com 12 anos de
Statik Majik
Luciano Piantonni
carreira, dois discos lançados, com uma ótima repercussão? Consideram este o melhor momento da StatikMajik?
Luis Carlos:  Sim, a entrada do Léo veio coroar isso. Eu criei a banda em 2002 e vi entrar e sair integrantes durante essa jornada. Estou muito feliz com o que tem acontecido ultimamente com a Statik, afinal, não é um trabalho de um, dois anos, são 12  e quem conhece a Statik sabe disso. Só tenho a agradecer ao Thiago e ao Léo porque o mérito é deles, a equipe da statik e aos fãs que sempre nos inspiraram e apoiaram.
Thiago: Pouco posso falar sobre os 12 anos, mas faço parte de pelo menos sete anos de história (risos). Para mim é uma alegria, uma satisfação e um orgulho imenso, ter investido toda a minha dedicação e paixão pela música nesses anos de banda e vê-la crescendo cada vez mais. Sem sombra de dúvidas posso dizer que esse é o nosso melhor momento e ainda temos muita poeira para comer!!

NHZ: Obrigado pela entrevista. Deixem uma mensagem aos leitores desta publicação.
Thiago: Gostaria de agradecer pelo espaço cedido, principalmente a todos que nos apoiam ao longo dessa difícil jornada, que acompanham o nosso trabalho e aos que lutam ao nosso lado. Se não fossem vocês, nada disso seria possível! Vocês são a nossa energia e a nossa maior inspiração. Quero ter o prazer de conhecer pessoalmente cada um de vocês e abraça-los como irmãos! Estamos juntos! Obrigado por tudo!

Luis Carlos: Leiam, curtam e compartilhem esta entrevista. Apoiem o metal nacional. Agradeço pelo espaço cedido a Statik e obrigado pelo grande apoio. Afinal, sem vocês não seríamos nada ! OBRIGADO !

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