Nos anos 90, deu-se o “BOOM” do METAL MELÓDICO, e conseqüentemente milhares de bandas surgiram, mas poucas sobreviveram e este quinteto holandês merecia mais sorte.
O álbum tem tudo que um fã do estilo gosta: bumbos velozes, guitarras “VESPAS LOUCAS” e um vocal que alcança as notas mais altas, mas aqui tudo funciona (e bem).
O vocalista Eduard Hovinga é dono de uma bela voz, e sabe onde usá-la, seja nas músicas velozes (Windows of the World, Angels Grace, Circles in The Sand), e nas baladas (a belíssima Lust for Life), seu timbre nas partes mais melódicas lembra o de Jon Bom Jovi.
Após alguns álbuns, Hovinga deixa a banda, e fica com o PRIME TIME (projeto com André Andresen do ROYAL HUNT) que recruta Ian Parry, dá continuidade na carreira, mas caiu no ostracismo, uma pena!
Emi – Nac
Para a vaga de CC foi recrutado Ritchie Kotzen que tinha um estilo mais bluesy que trouxe muito feeling, onde se destacou também o vocalista Bret Michaels que se mostrou um interprete de mão cheia.
Embora os fãs tenham torcido o nariz, NATIVE TONGUE é um dos melhores discos da banda, perdendo apenas para Flesh and Blood, onde temos ótimas canções como Stand, Ride Child Ride, Body Talk, Until and Suffer (Fire and Ice) e Theatre of a Soul são os maiores destaques de um grande disco que infelizmente não pegou.
Ritchie não ficou muito tempo no posto, sendo substituído por Blues Saraceno (inclusive se apresentaram no Brasil com esta formação), mas os fãs queriam CC de volta, e foi o que a banda fez anos depois (e mantém esta formação até hoje).
Shiva – Desert Dreams(8,0)
Wet – Nac
Muita criatividade desta dupla alemã, composta da gatíssima Anette Johansson (V), e Mats Edström (B, G, K), que mesclam muito peso em seu HARD ROCK, dando muita originalidade no som.
E o show vai para a vocalista, pois ela se sai bem nas músicas rápidas como em Unjustify the Truth (paulada THRASH), The Preacher e Crucufied (um hino para se cantar nos shows) e nas baladas Completely Strangers e Passenger of Life (que lembra aquelas baladas HEAVY dos anos 80).
Altamente recomendado para você que acha que procura renovação no HARD ROCK.
Giant – Time To Burn(9,0)
Sony/Bmg – Nac
Além de exímio guitarrista, Dann canta muito, e acompanhado de um time de primeira, detona em faixas como Chained, Lay it in The Line, I’ll be There (When it’s Over), Without You e Stay(cujo clip é muito legal) são os maiores destaques de mais uma de muitas bandas do estilo que mereciam melhor sorte.
Confira!
Warner – Nac
Para muitos, o “PATINHO FEIO” da banda, para mim, um clássico do estilo, pois os músicos mesclaram muita técnica e bom gosto, e por uma dessas ironias do destino, não lançaram o seu “BLACK ALBUM”, pois essa era uma tendência das bandas THRASH do começo dos anos 90, mesclarem o seu som com as nuances do HARD ROCK.
THE RITUAL em quase nada lembra o THRASHÃO característico da banda, se aproxima do HEAVY/HARD trazendo diversificação e guitarras inspiradíssimas de Alex Skolnick e Eric Peterson, além do vocalista Chuck Billy que se adaptou muito bem a nova fase, cantando músicas definitivas como So Many Lies, Electric Crown, Let Go of My World, Deadline e as baladas The Ritual(tétrica) e Return to Serenity, que teve boa aceitação nas rádios rock e na MTV brasileira.
Embora muitos não gostem, é um clássico, pois apesar das críticas, passou no teste do tempo.
White Lion – Main Attraction(8,5)
Warner – Imp
A começar pelos solos e riffs muito bem sacados pelo guitarrista Vito Bratta, que esbanjam feeling e o vocalista Mike Tramp, que com sua voz anasalada cativa o ouvinte nas músicas Broken Heart, Love Don’t Come Easy, She’s Got Everything, Out With The Boys e It’s Over (essa uma lida balada) são os maiores destaques, além da produção caprichada de Ritchie Zito (POISON, MR. BIG, BAD ENGLISH).
Com a baixa do estilo, a banda se desfez, e recentemente o WHITE LION voltou à ativa somente com Mike Tramp, e com planos de um novo álbum de estúdio.
Cornestone – Human Stain(8,0)
Hellion – Nac
Musicalmente mesclam HARD e POP com um tempero sinfônico, com destaque para as linhas vocais de Doogie, além dos solos do guitarrista Kasper Daamgard, dignos de guitar hero.
Os maiores destaques são Singing Alone, Midnight In Tokyo e Ressurection Sympathy, com um enorme potencial para tocarem em rádio, sem desmerecer o potencial das outras.
Um bom trabalho que merecia uma melhor divulgação e exposição e que possui mais dois excelentes trabalhos!
Jazz – Nac
Cansados das gravadoras, resolveram gravar um álbum e vendê-lo com uma revista nas bancas de todo o Brasil, e o resultado...
Contando com o vocalista Michael Vescera (LOUDNESS, MALMSTEEN, OBSSESSION), lançam um disco maduro, aperfeiçoando a formula do anterior, INSINITY que empolga em faixas como Time After Time, Gates of Madness, Danger, Fly Away, Pain e o encerramento com Suffocation, além da técnica apuradíssima da banda, que não soa como música de conservatório além do “Eduzinho” tocar uma barbaridade!
Uma pena que essa formação não durou muito tempo, pois acredito que alavancaria ainda mais a carreira do DR. SIN.
Dreamtide – Here Comes The Flood(8,5)
Frontiers – Nac
E um dos responsáveis por isso é o vocalista Olaf Seinkbeil que possui um timbre bem Sammy Hagar (êx-VAN HALEN) que dá um molho legal no álbum como em Across the Line, I Take the Weight off Your Shoulders (se rolasse “JABÁ”, essa música faria sucesso nas rádios) e a hipnotizante Come With Me com o seu refrão grudento.
Grande disco!
Sadus – A Vision Of Misery(9,0)
Roadrunner – Nac
Com destaque para as linhas vocais insanas de Darren Travis mescladas a técnica absurda da banda, onde se destacam músicas como Under the Knife, Slave to Misery, Through the Eyes if Greed, Facelift e Throwing Away the Day, onde outro atrativo são as criativas linhas de baixo de Steve Di Giorgio (DEATH, SEBASTIAN BACH, e tantos outros), que fazem deste um dos melhores álbuns do estilo!
Para quem ficou interessado, quando você estiver lendo essa resenha, a banda já passou por essas terras numa tour com o OBITUARY(outra grande banda)!
Imago Mortis – Vida: The Play Of Change (9,0)
Die Hard – Nac
Parte disso tem a ver com o conceito do álbum, que retrata a vida terminal de uma pessoa (os músicos “ESTUDARAM” pessoas nesse estado para criarem o álbum), daí a carga forte de tristeza que compõe o álbum.
Musicalmente a banda mescla várias vertentes do METAL, desde o DOOM, BLACK, HEAVY e o PROGRESSIVO, onde destacamos músicas como Envy, com uma levada empolgante, Me And God, e The Silent e The Silent King, embora o disco seja homogêneo, além dos vocais de Alex Voorhess, que lembram um pouco os de Wagner Lamounier (SARCÓFAGO).
Outro destaque é a porção multimídia com um oráculo numa espécie de jogo, que tem tudo a ver com a temática VIDA.
Mais um grande nome do Underground nacional!
Nelson – After The Rain(9,5)
BMG – Nac
Destaco as músicas After The Rain, Only Time Will Tell, Desire, More Than Ever, Everywhere I Go, Love and Affection e Bites And Pieces (cantada pelo vocalista John Cathcart) num disco que só tem música legal.
Outra curiosidade são as figurinhas carimbadas que estavam no line-up: o baterista Bob Rock (que produziu METALLICA, THE CULT, BON JOVI) e o tecladista Paul Mirkovich (WHITESNAKE, THE CALLING).
Rosa Tattoada - Devotion (8,0)
Paradoxx – Nac
Dando início ao massacre após a intro Ritual, temos as pesadas Cold Lovin Woman, Cheap Thrill e Motor (perfeita para embalar o seu rolê), River of Madness, Broken Bones, Livin’ In a Dead Body até o encerramento com Hangman’s Noose.
Além das músicas citadas, dois aspectos valem ser citados: a bem vinda influências dos mestres do Black Sabbath e a ausência de baladas no disco!
Uma pena que logo aos esse disco a banda sumiu, retornando anos mais tarde e em 2007 lançou o trabalho Rezden Vouz, numa linha mais Rock and Roll!
Taurus – Trapped in Lies(8,0)
Marquee – Nac
Fugindo do padrão power/speed, a banda optou por um som mais trabalhado e com vocais limpos(a cargo de Jeziel, que fazia sua estréia na banda, onde os maiores destaques são as faixas Trapped In Lies, Ária, a balada Behind the Flags e More Than You See, Napalm Taste e os bônus que consistem em versões ao vivo para faixas de várias fases da banda!
Muitos irão sentir falta da versão de Communication Breakdown do Led Zeppelin, mas falando a verdade, pelo formato do relançamento, sua ausência nem é sentida!
Ficamos no aguardo de um disco de inéditas desta grande banda!
RESENHAS: JOÃO MESSIAS ”THE ROCKER”
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