Após alguns anos sem lançar um novo trabalho de estúdio, este quinteto do interior paulista lançou seu novo trabalho chamado Heroes of Tomorrow, que mostra um grande futuro para a banda, pois se por um lado se manteve fiel ao seu estilo, escutando o trabalho percebemos uma banda caminhando cada vez mais para o Heavy Tradicional, o que ao meu ver é muito bom!
Confira entrevista feita com os membros Jr. e Person!
NEW HORIZONS ZINE: Lembro-me que em 2001 a banda lançou o álbum Defenders of Metal e causou um “boom” no Underground, por fazerem um som bem true e com isso vocês conseguiram ótimos cometários em revistas e zines. Vocês esperavam toda essa repercussão logo no álbum de estréia?
JR: Não. Não esperávamos que o Defender fosse ter a repercussão que teve. Dizer que não esperavámos nada também é mentira (risos). Mas não imaginávamos que o album fosse ter o sucesso de crítica que teve. Foi muito gratificante, ainda mais por ser o primeiro lançamento oficial da banda.
NHZ: O debut foi lançado pela gravadora Megahard Records . Como avaliam o trabalho da gravadora e como foi para vocês a gravadora fechar as portas alguns anos depois?
JR: Os primeiros anos com a gravadora foram bons, pois a mesma disponibilizou o album e fez um bom trabalho de divulgação, mas com o passar do tempo a Megahard Records teve um declinio muito grande, onde não foi surpresa alguma pra nós quando ela fechou as portas.
NHZ: Vocês lançaram o novo álbum apenas em 2008, intitulado Heroes of Tomorrow. Por que um intervalo tão grande entre os dois trabalhos?
JR: Esse híato de tempo foi devido a problemas com a Megahard Records, pois desde de 2003 eles não tinham mais verba e nem iniciativa de lançar o Heroes, e mesmo assim não queriam nos liberar do contrato. Então quando venceu o contrato em 2005, nós não renovamos. Após ficarmos livres do contrato começamos a pesquisar estúdios para gravação, gravando algumas pré-produções, até que achamos o Sincopa Studios em Campinas - SP.
NHZ: Ouvindo o novo trabalho, percebemos uma banda que apesar de manter-se fiel ao seu estilo, está soando mais para o Heavy Tradicional do que para o true, com destaque para o trabalho de guitarras, que soam em perfeita harmonia. O que os fãs estão achando da atual fase da banda?
JR: Até o momento todos têm aprovado o novo album e a atual fase da banda, que está mais madura e precisa, afinal estamos com a mesma formação há sete anos. Não tivemos uma resenha negativa que fosse, o que prova eu estmos no caminho certo.
NHZ: Outro destaque do disco é a produção, que não soa “plastificada” como as produções atuais e que privilegia todos os instrumentos por igual, sem destacar esse ou aquele músico. Como foi chegar nesse resultado e se foi algo planejado?
JR: Chegar a esse resultado foi gratificante pra nós, pois ele ficou superior ao Defender e fez jus a todo este tempo sem lançar nada. Não planejamos nada, apenas saiu naturalmente.
NHZ: Ao lado de bandas como Apocalypse, Laudany, U-Ganga, entre outras, vocês fazem parte da O Som do Darma. Como vocês avaliam esta parceria quais as expectativas nessa nova experiência?
PERSON: O suporte dado pela Som do Darma ao longo deste ano tem sido fundamental para o sucesso do nosso novo álbum Heroes of Tomorrow. Por intermédio deles, viabilizamos uma estrutura de distribuição em nível nacional. Basicamente, o Hellish War conta hoje com um novo álbum lançado de maneira independente, mas com uma estrutura semelhante à de uma grande gravadora por trás. Em resumo, a parceria com a Som do Darma tem sido excelente.
NHZ: O que vocês acham desse review do metal dos anos 80 e de bandas como Bywar, Violator, Dominus Praelli e Comando Nuclear?
PERSON: Todas estas bandas que você citou são muito honestas em suas propostas, gosto bastante. A proposta do Comando Nuclear é ainda mais peculiar, pois não é um simples review do metal dos anos 80, mas sim um review da cena nacional, remetendo claramente aos tempos das coletâneas SP Metal. Muito bom!
NHZ: Vocês fariam a abertura do show do êx-vocalista do Iron Maiden Blaze Bailey, mas estas apresentações foram canceladas por problemas de saúde da esposa de Blaze. Qual a sensação de serem “open act” de um artista que já cantou em uma das maiores bandas do planeta e o que acham dos discos que ele cantou na Donzela de Ferro?
JR: É muito foda. Pois você vai dividir o palco com um artista já consagrado pela música e que passou por uma grande banda como o Iron Maiden. Já tivemos este tipo de experiência quando fizemos opening-act pro Saxon (o próprio Iron Maiden chegou a abrir shows do Saxon em 79) em Curitiba - PR e pro U.D.O. em São Paulo - SP. Mas voltando ao Blaze, cara eu sou fã de carteirinha do Maiden (risos), assim como todos na banda. Quantos aos albuns que ele fez com o Maiden, eu acho muito foda, apesar de Virtual XI ser mais fraquinho que X Factor, mas eu sou maidenmaniaco cara (risos).
NHZ: Fora estes shows cancelados, como estão os shows de divulgação do álbum?
Há planos de tocarem na capital ou em outros estados?
JR: Os shows vão de vento em popa, estamos tocando bastante. Temos planos e shows confirmados em outros estados como Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina. Na capital apesar de já termos tocado recentemente, temos planos de voltar mas nada confirmado ainda. N.doR.: Enquanto você lê esta entrevista a banda estará fazendo shows pela Alemanha!
NHZ: E como o assunto está girando em torno do Heavy Tradicional, citarei alguns discos e queria que comentassem cada um deles: Iron Maiden – The Number of the Beast; Judas Priest – Painkiller; Saxon – Power and Glory; Grave Digger – Heavy Metal Breakdown – Manowar – Battle Hymms.
PERSON: The Number of the Beast: Clássico absoluto do Maiden, este foi um álbum que marcou grandes mudanças no Iron, já que marcou a estréia de Bruce nos vocais, além de ter sido o último álbum com a participação do batera Clive Burr. O amadurecimento musical da banda era claro, embora alguns resquícios da excelente fase com Paul Dianno ainda se fazem presentes neste album tambem, como se percebe nas faixas Invaders e Gangland. Embora não seja o meu álbum preferido da Donzela, é impossível um músico de heavy metal não ter sido minimamente influenciado por este disco, que contém no mínimo 3 canções clássicas dos heavy metal.
Judas Priest – Painkiller: este é meu álbum preferido do Judas, pois possui todas as características os albuns anteriores, no entanto, com uma dose de peso extra. Qual batera nunca quebrou a cabeça tentando tirar o famoso começo da faixa título? Hell Patrol e Metal Meltdown são as minhas preferidas deste álbum.
Saxon – Power and Glory: Este álbum é uma referência quando se fala da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), e provavelmente o Biff Byford não agüenta mais cantar este som, depois de tantos anos (risos). Com o Hellish War, já chegamos a tocar uns covers do Saxon em alguns shows, tais como Crusader e Denim n’ Leather.
Grave Digger – Heavy Metal Breakdown: Clássico do metal germânico, grande debut do Grave Digger. Chris Boltendahl possui um estilo tão único de cantar, é possível identificar sua voz em qualquer canção rapidamente. O metal alemão é uma grande influência para o Hellish War, sobretudo as bandas Running Wild e o Helloween da fase Walls of Jericho.
Manowar – Battle Hymns: Debut que conta com excelentes canções e que mostra o Manowar ainda construindo seu estilo de tocar heavy metal. Enquanto alguns sons remetem a algo mais hard e contam até com uma pegada mais rock n roll, como na faixa Metal Daze, Battle Hymns apresenta também canções mais épicas, tais como a clássica faixa título e a sombria Dark Avenger. Acho que o Manowar acabou produzindo discos mais consistentes do que este ao longo de sua carreira, tais como Hail to England, Kings of Metal, Triumph of Steel e até mesmo o Louder Than Hell de 1996. No entanto, é inegável a importância histórica de Metal Hymns.
NHZ: Antes de encerrar, é verdade que alguns êx-integrantes do Manowar conhecem o som de vocês? O que eles acharam?
JR: Sim, é verdade. O Rhyno chegou a ouvir nosso material pelo myspace (www.myspace.com/warhellishwar) e rasgou elogios ao trabalho.
NHZ: Muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine!
JR: Gostaria de agradecer a todos do NHZ e todos os nossos fãs e leitores do zine. São vocês que fazem bandas como o Hellish War existir. Muito Obrigado!!! Metal Still Burns!!!
Confira entrevista feita com os membros Jr. e Person!
NEW HORIZONS ZINE: Lembro-me que em 2001 a banda lançou o álbum Defenders of Metal e causou um “boom” no Underground, por fazerem um som bem true e com isso vocês conseguiram ótimos cometários em revistas e zines. Vocês esperavam toda essa repercussão logo no álbum de estréia?
JR: Não. Não esperávamos que o Defender fosse ter a repercussão que teve. Dizer que não esperavámos nada também é mentira (risos). Mas não imaginávamos que o album fosse ter o sucesso de crítica que teve. Foi muito gratificante, ainda mais por ser o primeiro lançamento oficial da banda.
NHZ: O debut foi lançado pela gravadora Megahard Records . Como avaliam o trabalho da gravadora e como foi para vocês a gravadora fechar as portas alguns anos depois?
JR: Os primeiros anos com a gravadora foram bons, pois a mesma disponibilizou o album e fez um bom trabalho de divulgação, mas com o passar do tempo a Megahard Records teve um declinio muito grande, onde não foi surpresa alguma pra nós quando ela fechou as portas.
NHZ: Vocês lançaram o novo álbum apenas em 2008, intitulado Heroes of Tomorrow. Por que um intervalo tão grande entre os dois trabalhos?
JR: Esse híato de tempo foi devido a problemas com a Megahard Records, pois desde de 2003 eles não tinham mais verba e nem iniciativa de lançar o Heroes, e mesmo assim não queriam nos liberar do contrato. Então quando venceu o contrato em 2005, nós não renovamos. Após ficarmos livres do contrato começamos a pesquisar estúdios para gravação, gravando algumas pré-produções, até que achamos o Sincopa Studios em Campinas - SP.
NHZ: Ouvindo o novo trabalho, percebemos uma banda que apesar de manter-se fiel ao seu estilo, está soando mais para o Heavy Tradicional do que para o true, com destaque para o trabalho de guitarras, que soam em perfeita harmonia. O que os fãs estão achando da atual fase da banda?
JR: Até o momento todos têm aprovado o novo album e a atual fase da banda, que está mais madura e precisa, afinal estamos com a mesma formação há sete anos. Não tivemos uma resenha negativa que fosse, o que prova eu estmos no caminho certo.
NHZ: Outro destaque do disco é a produção, que não soa “plastificada” como as produções atuais e que privilegia todos os instrumentos por igual, sem destacar esse ou aquele músico. Como foi chegar nesse resultado e se foi algo planejado?
JR: Chegar a esse resultado foi gratificante pra nós, pois ele ficou superior ao Defender e fez jus a todo este tempo sem lançar nada. Não planejamos nada, apenas saiu naturalmente.
NHZ: Ao lado de bandas como Apocalypse, Laudany, U-Ganga, entre outras, vocês fazem parte da O Som do Darma. Como vocês avaliam esta parceria quais as expectativas nessa nova experiência?
PERSON: O suporte dado pela Som do Darma ao longo deste ano tem sido fundamental para o sucesso do nosso novo álbum Heroes of Tomorrow. Por intermédio deles, viabilizamos uma estrutura de distribuição em nível nacional. Basicamente, o Hellish War conta hoje com um novo álbum lançado de maneira independente, mas com uma estrutura semelhante à de uma grande gravadora por trás. Em resumo, a parceria com a Som do Darma tem sido excelente.
NHZ: O que vocês acham desse review do metal dos anos 80 e de bandas como Bywar, Violator, Dominus Praelli e Comando Nuclear?
PERSON: Todas estas bandas que você citou são muito honestas em suas propostas, gosto bastante. A proposta do Comando Nuclear é ainda mais peculiar, pois não é um simples review do metal dos anos 80, mas sim um review da cena nacional, remetendo claramente aos tempos das coletâneas SP Metal. Muito bom!
NHZ: Vocês fariam a abertura do show do êx-vocalista do Iron Maiden Blaze Bailey, mas estas apresentações foram canceladas por problemas de saúde da esposa de Blaze. Qual a sensação de serem “open act” de um artista que já cantou em uma das maiores bandas do planeta e o que acham dos discos que ele cantou na Donzela de Ferro?
JR: É muito foda. Pois você vai dividir o palco com um artista já consagrado pela música e que passou por uma grande banda como o Iron Maiden. Já tivemos este tipo de experiência quando fizemos opening-act pro Saxon (o próprio Iron Maiden chegou a abrir shows do Saxon em 79) em Curitiba - PR e pro U.D.O. em São Paulo - SP. Mas voltando ao Blaze, cara eu sou fã de carteirinha do Maiden (risos), assim como todos na banda. Quantos aos albuns que ele fez com o Maiden, eu acho muito foda, apesar de Virtual XI ser mais fraquinho que X Factor, mas eu sou maidenmaniaco cara (risos).
NHZ: Fora estes shows cancelados, como estão os shows de divulgação do álbum?
Há planos de tocarem na capital ou em outros estados?
JR: Os shows vão de vento em popa, estamos tocando bastante. Temos planos e shows confirmados em outros estados como Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina. Na capital apesar de já termos tocado recentemente, temos planos de voltar mas nada confirmado ainda. N.doR.: Enquanto você lê esta entrevista a banda estará fazendo shows pela Alemanha!
NHZ: E como o assunto está girando em torno do Heavy Tradicional, citarei alguns discos e queria que comentassem cada um deles: Iron Maiden – The Number of the Beast; Judas Priest – Painkiller; Saxon – Power and Glory; Grave Digger – Heavy Metal Breakdown – Manowar – Battle Hymms.
PERSON: The Number of the Beast: Clássico absoluto do Maiden, este foi um álbum que marcou grandes mudanças no Iron, já que marcou a estréia de Bruce nos vocais, além de ter sido o último álbum com a participação do batera Clive Burr. O amadurecimento musical da banda era claro, embora alguns resquícios da excelente fase com Paul Dianno ainda se fazem presentes neste album tambem, como se percebe nas faixas Invaders e Gangland. Embora não seja o meu álbum preferido da Donzela, é impossível um músico de heavy metal não ter sido minimamente influenciado por este disco, que contém no mínimo 3 canções clássicas dos heavy metal.
Judas Priest – Painkiller: este é meu álbum preferido do Judas, pois possui todas as características os albuns anteriores, no entanto, com uma dose de peso extra. Qual batera nunca quebrou a cabeça tentando tirar o famoso começo da faixa título? Hell Patrol e Metal Meltdown são as minhas preferidas deste álbum.
Saxon – Power and Glory: Este álbum é uma referência quando se fala da NWOBHM (New Wave of British Heavy Metal), e provavelmente o Biff Byford não agüenta mais cantar este som, depois de tantos anos (risos). Com o Hellish War, já chegamos a tocar uns covers do Saxon em alguns shows, tais como Crusader e Denim n’ Leather.
Grave Digger – Heavy Metal Breakdown: Clássico do metal germânico, grande debut do Grave Digger. Chris Boltendahl possui um estilo tão único de cantar, é possível identificar sua voz em qualquer canção rapidamente. O metal alemão é uma grande influência para o Hellish War, sobretudo as bandas Running Wild e o Helloween da fase Walls of Jericho.
Manowar – Battle Hymns: Debut que conta com excelentes canções e que mostra o Manowar ainda construindo seu estilo de tocar heavy metal. Enquanto alguns sons remetem a algo mais hard e contam até com uma pegada mais rock n roll, como na faixa Metal Daze, Battle Hymns apresenta também canções mais épicas, tais como a clássica faixa título e a sombria Dark Avenger. Acho que o Manowar acabou produzindo discos mais consistentes do que este ao longo de sua carreira, tais como Hail to England, Kings of Metal, Triumph of Steel e até mesmo o Louder Than Hell de 1996. No entanto, é inegável a importância histórica de Metal Hymns.
NHZ: Antes de encerrar, é verdade que alguns êx-integrantes do Manowar conhecem o som de vocês? O que eles acharam?
JR: Sim, é verdade. O Rhyno chegou a ouvir nosso material pelo myspace (www.myspace.com/warhellishwar) e rasgou elogios ao trabalho.
NHZ: Muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine!
JR: Gostaria de agradecer a todos do NHZ e todos os nossos fãs e leitores do zine. São vocês que fazem bandas como o Hellish War existir. Muito Obrigado!!! Metal Still Burns!!!
HELLISH WAR – HEROES OF TOMORROW
INDEPENDENTE – NAC
Valeu a pena esperar por tanto tempo pelo novo trabalho deste quinteto do interior de São Paulo, onde nos mostram uma grande evolução e maturidade.
A começar da produção já citada nesta entrevista e o estilo, que deu uma guinada para o Heavy Tradicional, que com certeza foi muito positivo para a banda, principalmente para as guitarras de Vulcano e Daniel Job, mesclando ótimos riffs e solos!
E para mostrar que os caras não estão para brincadeira, o disco tem mais de uma hora e não soa cansativo para os nossos ouvidos e com isso Heroes ganha um ar épico, onde seria uma enorme covardia ficar destacando esta ou aquela faixa, esse trabalho é para ser ouvido por inteiro!
E que não demorem mais tanto tempo para lançarem outro trabalho!
www.myspace.com/warhellishwar
http://www.hellishwar.net/
FOTO: DIVULGAÇÃO
RESENHA E ENTREVISTA: JOÃO MESSIAS “THE ROCKER”
Nenhum comentário:
Postar um comentário