3 de setembro de 2013

SATTVA ROCK: PRONTOS PARA O MAINSTREAM

“Quarteto formado por ex-integrantes da RavenLand mostra um som mais clean, que mesmo assim agradará muitos headbangers"

 Texto e fotos: João Messias Jr

Sattva Rock
João Messias Jr.
O último sábado (31), foi um dia aguardado por muitos fãs de rock e metal. A data marcou o primeiro show do Sattva Rock. Formada pelos ex-integrantes da RavenLand Juliana Rossi (voz), Banes Gonçalves (guitarra), Fernando Tropz (bateria), que juntos do baixista Ricardo Hurla, montaram esse novo grupo.

Para celebrar essa estréia, nada melhor do que a “casa” de alguns dos membros, a estação Paraíso do Metrô. O evento, foi mais uma iniciativa do Projeto Encontros, que proporciona ao público conhecer diversas manifestações culturais (música, cinema, exposições) sem sair das estações e de forma gratuita.

Surpresas e participações especiais

A expectativa era grande, pois apesar de quase todos os membros virem de uma banda gótica, restavam dúvidas em relação a sonoridade do grupo. Tratei de chegar cedo para não ter nenhuma surpresa desagradável com o transporte coletivo. Felizmente quando cheguei, os músicos ainda estavam ajeitando as coisas. Às 13h e com um ótimo público, Juliana Rossi comentou com os presentes o repertório da apresentação, que mesclou covers e músicas autorais.

Alexandre e Juliana Rossi (frente)
Fernando Tropz (fundo)
Foto: João Messias Jr.
O início com Falling In Love (Is Hard on the Knees), do Aerosmith foi uma surpresa, em que a banda já mostrou porque veio, graças a uma postura segura de seus integrantes, em especial a do guitarrista Banes, que apesar da postura "solitária" é um guitarrista de mão cheia. Zoombie (Cramberries) e Going Under (Evanescence) foram outros momentos em que ganharam os presentes.

A primeira própria foi On the Run, que embora tenha contornos soturnos e uma levada “down” é extremamente acessível e dona de partes cativantes. Como o negócio era surpreender, a trupe chamou ao palco Alexandre Grunheidt (Ancesttral) para um dueto emocionante em Broken (Seether). Nessa canção foi possível constatar um fato: embora a maioria dos headbangers curta usar camisas de bandas trues, TODOS gostam de música mais acessível, inclusive este que escreve as linhas desta resenha.

Voltando ao show, Silêncio do Olhar foi a segunda autoral apresentada. Com ritmo denso, possui uma levada bem pop e um ótimo refrão. A banda ainda mandou versões para Aerials (S.O.A.D) e The Kill (30 Seconds to Mars). 

Juliana Rossi e Banes Gonçalves
Foto: João Messias Jr.
Infelizmente a banda anunciou que o show estava terminando. Irreal foi a saideira. Mas devo dizer que essa música é SENSACIONAL, LINDA E EMOCIONANTE. Esses adjetivos são poucos para descrever essa canção, que é dona de uma melodia gostosa (impossível de resistir) e um refrão que é para cantar junto. Imagino o arraso que farão nos palcos com ela.

Foram apenas 50 minutos de show, mais que suficientes para mostrar uma banda que merece todas as chances de estrelato, inclusive do mainstream, principalmente por ter em sua formação uma das melhores vocalistas desse país. Em casos como esse, torço para que haja justiça na história da música.

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