17 de dezembro de 2013

GOATLOVE: PARA ESQUECER DOS PROBLEMAS

The Goats Are Not What They Seem, primeiro CD do grupo paulista transita pelo hard rock, pop oitentista , gothic rock e essa mistura consegue prender o ouvinte com sons empolgantes

Por João Messias Jr.

The Goat Are Not What They Seem
Divulgação
No final do ano, até por causa dos fechamentos, balanços e festas da época, é natural que todos fiquem cansados e esgotados, querendo que venham logo as festas para poder se distrair e descansar. Mas enquanto esses dias não chegam, o negócio é buscar formas para renovar as energias e seguir em frente. Uma das formas que encontrei foi no primeiro álbum full da banda Goatlove, que sem dúvida deveria vir com o rótulo “Para esquecer dos problemas”.

Formado pelo vocalista Roger Lombardi (ex-Sunset Midnight) e além do cantor, os guitarristas Marco Nunes, Fábio Gusmão e Frank Gasparotto, o baixista Renato Canônico e o baterista Alexandre Watt, a banda faz um som que não possui rótulos, mas flertes, que vão desde o pop oitentista, hard rock, gothic rock e algo inusitado que comentarei no final desta resenha.

As canções são perfeitas para tocar ao vivo e em festivais temáticos como a Autobahn, pois elas possuem o dom de fazer o mais pacato fã de música levantar da cadeira e se mexer, como na abertura com as explosivas Brand New Horse e Beautiful Bomb. Mas, o primeiro pico do trabalho vem com as deliciosas Here She Comes (Hot Stuff) e Blade of Love. A primeira, dona de uma linha pop oitentista envolvente, que ganha guitarras hard e tem como destaque os vocais de Roger e os backings da convidada Anita Cecília Pacheco. A segunda é aquela que incendeia qualquer festa, com uma ponte que ao vivo deve ser repetida por todos e pela mistura de hard rock com algo do MC5 e Stooges, assim como Kill Somebody.

Os contornos góticos aparecem em Desperate Passion e I don’t Believe é praticamente um hardcore, mas o negócio aqui é deixar o astral lá nas alturas e Ultramarine Dog, Automatic Fire e St. Pity fazem isso com maestria, com destaque para a última, com uma linha vocal mais falada e solos dignos de guitar heroes.

Só que numa espécie de aviso “Está melhor? Então resolva o que tem de resolver” o final com Devil Sun é surreal. Com um começo a lá Johnny Cash, a canção que tem como base a melancolia, ganha passagens orquestradas e até um acordeão aparece no meio da música, até o fim, com passagens que lembra o flamenco e a música latina. Muito bom e inusitado!

Sem dúvidas uma banda para ouvir o CD, ver o show, pedir para autografar o CD e tirar foto com os caras.

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