30 de junho de 2011

MÊS DE ANIVERSÁRIO COM MATÉRIAS ESPECIAIS

Julho é o mês de aniversário do Rock e também do New Horizons, que completa seu quarto ano de existência, e neste mês daremos início as matérias especiais deste mês, onde foram feitas entrevistas, reviews de álbuns e shows que foram feitos especialmente como um tributo a esse estilo que está cada vez mais inserido nas pessoas!
Aguardem que apartir de amanhã as matérias já estarão sendo postadas!

Por João Messias THE ROCKER

24 de junho de 2011

THE AGONIST E ECLIPTYKA: AS BELAS QUE DOMARAM AS FERAS

The Agonist – Ecliptyka
Carioca Club 12/06/2011

Ecliptyka
Foto: Kátia Bucci
Uma noite perfeita! Essa é a melhor definição desta noite do dia dos namorados, onde como num conto de fadas não houveram contratempos com o transporte coletivo e nem com a organização do evento!
Esta foi a primeira vez que fomos ao Carioca Club, uma casa que é tradicional a estilos como o samba e pagode, e que de uns anos para cá vem abrindo suas portas para o Rock, e me surpreendi com a estrutura que a casa oferece, pois embora esteja longe de ser uma arena, ela oferece todas as condições para que as bandas façam seu trabalho da melhor forma possível.
Com um ótimo público e assim como o programado, as portas do Carioca abriram ás 18 horas, e após breve credenciamento de imprensa, entramos na casa e a banda de abertura, o Ecliptyka estava fazendo os últimos ajustes no som.
Logo ás 18:45 o quinteto paulista inicia a sua apresentação, que nos aproximadamente 45 minutos provou mais uma vez que os excelentes reviews recebidos são frutos de um grande trabalho, pois a banda mostrou muita segurança e carisma, além de serem muito mais pesados ao vivo, deixando músicas como Dead Eyes e Splendid Cradle ainda mais vibrantes e intensas.
A vocalista Helena Martins mostrou uma atuação bem segura, assim como os guitarristas Guilherme Bollini e Helio Valisc, que auxiliavam a frontwoman nos backing vocals, sendo o primeiro nos guturais e o segundo nos limpos, e que mostraram muita competencia numa versão de Rose of Sharyn do Killswitch Engage.
The Agonist
Foto: Kátia Bucci
O encerramento com Why Should They Pay coroou essa grande apresentação da banda, que se continuar com esse grande trabalho, se tornará um dos maiores nomes do estilo no país.
Pontualmente ás 20:00 se inicia a apresentação dos canadenses The Agonist, que se iniciou com os integrantes se adentrando um a um no palco, até a entrada da belíssima frontwoman Alissa White-Gluz, agora ruiva, que com um modelito muito sexy comandou o público com uma performance insana e com um grande domínio dos vocais limpos e guturais (que ao vivo são reforçados pelo baixista Chris Kells), que junto com seus asseclas Simon McKay (bateria), Daniel Marino (guitarra) e o guitarrista convidado Pascal "Paco" Jobin fizeram uma apresentação direta, brutal e sem rodeios, onde música após música a banda foi evidenciando por que são um dos grandes nomes do Metalcore mundial, fazendo o público pogar nas rodas que se formavam durante a apresentação, cujos ápices foram as músicas de trabalho como Thank You Pain (nessa canção o público ficou ainda mais insandecido) e Business Suits And Combat Boots que encerrou o show, que embora curto, saciou a todos que estavam presentes, embora And Their Eulogies Sang Me To Sleep, Martyr Art e When The Bought Breaks também merecem serem citadas!
Parabéns a todos envolvidos produção, assessoria, bandas e público que proporcionaram uma noite fantástica, onde as belas domaram as feras!

Por João Messias THE ROCKER

15 de junho de 2011

CARRO BOMBA: CARCAÇA METÁLICA

Carro Bomba 2011
Divulgação
Formado em 2004, o Carro Bomba conta com músicos que já figuraram em bandas renomadas como Patrulha do Espaço e Golpe de Estado, e que desde seu primeiro trabalho auto-intutulado chamava a atenção por ter uma sonoridade que resgatava o rock pesado dos anos 70. Mas foi a partir da entrada do vocalista Rogério Fernandes e do baterista Heitor Shewchenko, que geraram o álbum Nervoso foi que deixaram este carro mais explosivo.
E coroando esta atual fase, a banda lançou em 2011 o seu quarto trabalho, Carcaça, que pode ser considerado seu melhor e mais pesado trabalho, por conter passagens que beiram o Thrash americano, além de uma grande atuação do vocalista Rogério Fernandes.
Nesta entrevista feita com o baixista Fabrizio Micheloni, o vocalista Rogerio Fernandes e o baterista Heitor Shewchenko eles nos contam da sonoridade do trabalho, e dos próximos passos da banda!
New Horizons Zine: Carcaça pode ser considerado o melhor e o mais pesado trabalho da banda. Acredito que boa parte disso se deve a estabilização da atual formação. Pode se dizer que esta é o melhor line up que a banda já teve?
Fabrizio Micheloni: O melhor e o mais forte, com certeza!

NHZ: E o que evidencia estas qualidades é a produção feita no Mr. Som, com os "magos" Heros Trench e Marcello Pompeu (Korzus), que equilibrou o peso e a rispidez da música do Carro Bomba. Podemos dizer que o Mr. Som e a dupla do Korzus são perfeitos para produzirem o som da banda?
Heitor Shewchenko: Foi uma parceria que deu muito certo no Nervoso. O novo disco foi uma evolução desta parceria. Chegamos com as músicas prontas e eles direcionaram a sonoridade. Chegamos exatamente onde queríamos com a ajuda deles.


NHZ: Além dos riffs na cara, cozinha pesada ao extremo, o vocalista Rogério Fernandes fez um excelente trabalho, acredito que seja este o seu melhor trabalho, lembrando muito o mestre DIO. Qual a importância do trabalho do "baixinho" na música pesada?
Rogerio Fernandes
Divulgação
Rogério Fernandes: Total influência e importância. Quando gravei o disco levei comigo um vinil do DIO, assinado pelo próprio. Coloquei o vinil no vidro da técnica e enquanto eu gravava podia ver o DIO apontando pra cima na capa de HUNGRY FOR HEAVEN. Ronnie morreu no dia 16 de Maio e começamos a gravar o disco dia 21. O meu trabalho e acho que o de qualquer outro cantor que tem o DIO como mestre foi afetado, e o fato de ter gravado o disco logo após a sua morte foi determinante na emoção e interpretação que coloquei no disco. Vida eterna ao mestre!


NHZ: A faixa de abertura do álbum, Bala Perdida daria um ótimo clipe. Aliás, vocês possuem planos para um vídeo para a promoção do trabalho?
Fabrizio: Parece que você adivinhou! É justamente essa faixa que está sendo cogitada para o clipe e inclusive já temos algumas idéias para o roteiro.


NHZ: O Foda-se III tem algumas partes cadenciadas e pesadas que lembram as fases do Exodus e Forbidden nos anos 90. Qual membro da banda é o mais extremo em termos de som?

Fabrizio Micheloni
Divulgação
Fabrizio: Todos nós gostamos de uma boa pancadaria...No meu caso, além dos medalhões que nem precisam ser citados, gosto muito do Coroner e da fase mais “encrenca” do Death, principalmente do Individual Thought Patterns. A influência do Exodus vem do Marcello, grande fã do Gary Holt.


NHZ: Tortura conta com a participação de Vitor Rodrigues (Torture Squad) cuja canção casou bem seus vocais mais ríspidos com a temática do Carro Bomba. Como surgiu essa participação?
Rogério: Conheci o Vitinho através do meu irmão Nando Fernandes.O cara é muito gente boa, humilde e talentoso pra cacete. Quando colocamos o nome Tortura na música, a idéia do convite foi quase imediata. Ganhamos uma puta participação especial e um grande amigo. Valeu Torture Squad!!


Capa do novo álbum - Carcaça
Divulgação
NHZ: E o álbum é o primeiro trabalho pelo novo selo, a Laser Company (Krisiun, Korzus e Torture Squad) após estarem trabalhando com a Voice Music. Por que mudaram de selo e quais as expectativas com esta nova parceria?
Fabrizio: Quando pintou a oportunidade de nos unirmos à Laser Company, todos concordamos que o que eles tinham a oferecer ia exatamente de encontro com o que queríamos, e precisávamos. As expectativas de uma maior exposição da banda acompanhada de toda uma estrutura para que isso aconteça de forma eficiente já começaram a render frutos!


NHZ: Vocês fizeram o show de lançamento do álbum no Manifesto há poucos dias. Qual a reação das pessoas aos sons do novo trabalho?

Heitor Shewchenko
Divulgação
Heitor: A reação foi extremamente positiva!
Todo o público aprovou a mudança da sonoridade a partir do “Nervoso”, que para nós foi uma evolução natural. Agora com as músicas do “Carcaça”, o peso está ainda maior e as letras estão ainda mais incisivas, elementos apontados como chave pelo público.
E nós sempre fazemos o melhor show possível. Sempre com muita força, peso, energia e sempre subimos no palco com sangue nos olhos. Ninguém sai de um show do Carro Bomba sem se surpreender com a banda.
Fabrizio: E lotamos a casa, diga-se de passagem...

NHZ: Falando em shows, vocês fizeram algumas apresentações no Chile em março deste ano. Como surgiu esta oportnudade e quais as características do público chileno?
Heitor: Essa oportunidade surgiu através de um intercâmbio de bandas que estamos tentando fortalecer entre países da América do Sul. Ainda estamos no começo, mas já criamos um laço fortíssimo com o Chile.
O começo disso tudo foi com a vinda da banda Tabernários, com quem fizemos shows juntos, para o Brasil em 2010, com suporte da banda Baranga.
Imediatamente selamos um acordo de troca de shows, que foi concretizado com nossa ida pra lá em Março, com o Tabernários nos apoiando. Tocamos lá com Tabernários, Bocaseca e Lethal Fist.
Fizemos muitos fãs por lá, conhecemos um cenário totalmente novo e o mais importante: aumentamos nossa família com novos “hermanos”.
Realmente criamos uma ponte que vai durar pra sempre.


NHZ: E no Brasil, como estão os preparativos para os shows?
Fabrizio: Já temos algumas datas, que podem ser conferidas em nosso site, e várias outras estão pintando. Quanto aos preparativos, estamos mais cuidadosos no sentido de preservar ao máximo nossa configuração de palco, que inclui equipamento, pano de fundo, etc... e também de não nos metermos mais em roubadas.


Marcello Schevano
Divulgação
NHZ: O encarte do trabalho é muito legal, fugindo um pouco do esquema plástico das produções gráficas de hoje, pois o disco parece um story board contando um enredo de um filme. De quem foi a idéia deste conceito para o encarte?
Heitor: O encarte do disco “Nervoso” foi feito pelo desenhista André Kitagawa, que foi muito competente em traduzir não só as letras, mas também o sentido das músicas, através de desenhos. Antes mesmo de terminar o “Carcaça” já tínhamos certeza que trabalharíamos novamente com ele, pois achamos que o teor das novas músicas casaria bem com o traçado agressivo do Kitagawa.
Percebemos que, apesar de o disco não ser uma história, todas as músicas estão interligadas, logo surgiu a idéia do encarte ilustrar um enredo.


NHZ: Bandas como o Carro Bomba e a Baranga fizeram acontecer uma espécie de renascimento do rock pesado cantado em português. Como é para vocês ver as novas bandas fugindo do esquema de cantar em inglês e qual a importância de bandas como Made In Brasil, Patrulha do Espaço e O Peso para esta nova cena?
Fabrizio: Cara, essa história de “em português não rola” é coisa de quem não tem a manha de fazer. Porém, creio que esse estigma também foi alimentado por bandas toscas e suas letras pavorosas, que mostram apenas falta total de conhecimento da língua e também de cultura, principalmente no metal. Por outro lado, sempre existiram bandas, como as citadas por você e muitas outras, que acreditaram e acreditam no lance de cantar em nossa língua. É uma tradição que está sendo mais respeitada agora, graças à saturação e falta de identidade que está assolando a música atualmente.


NHZ: Para encerrar, com 4 álbuns de estúdio e um grande repertório ao vivo , vocês pensam num DVD como próximo passo?
Fabrizio: Não necessariamente como próximo passo, mas temos isso em mente e sabemos que rolará quando todos os aspectos que envolvem sua produção e realização conspirarem a favor.


NHZ: Amigos, muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem para os leitores do New Horizons Zine!
Carro Bomba: Agradecemos pela oportunidade e pelo espaço. Pedimos também que as pessoas continuem acreditando na nossa música e que o Rock Nacional está voltando.
http://www.carrobombaoficial.com.br/

Entrevista: João Messias THE ROCKER

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