2 de dezembro de 2010

ANDRAGONIA: TALENTO A SERVIÇO DA BOA MÚSICA

Já passando dos seus três anos de existência, a banda formada pelos professores de música Ricardo DeStefano (Vocal) e Cauê Leitão (Guitarra) e pelos produtores Thiago Laurenttes (Guitarra), Yuri Boyadjian (Baixo), e Daniel de Sá (Bateria) surpreende em todos os aspectos!
Principalmente  por conseguirem  fazer Prog Metal sem soar repetitivo ou enjoativo, a banda alia toda a técnica que o estilo pede em suas canções, aliando outros estilos como o Hard Rock, AOR, deixando a sua música mais pessoal e emocional,  fazendo de  seu debut, Secrets In The Mirror, uma das gratas surpresas do ano de 2010!
Nesta entrevista feita com quase toda a banda (a exceção do baterista Daniel), o papo rolou solto , onde produções, produtores, o CD foram alguns dos assuntos abordados que vocês conferem nas linhas abaixo!
Com vocês – Andragonia:

New Horizons Zine: Olá amigos! Vou iniciar a entrevista perguntando sobre uma curiosidade: a banda possui três produtores: o guitarrista Thiago Larenttes, o baixista Yuri Boyadjian e o baterista Daniel de Sá, e dentre os trabalhos que já produziram incluem as bandas voltadas ao mainstream como Hori, Cine, Fake Number, entre outras. Como é produzir um som diferente do que ouvem/tocam e em que ponto elas podem servir como referência no som da Andragonia?
Thiago Larenttes: Produzir bandas de Pop/Rock é muito natural para nós, pois no meu ponto de vista aprendemos mais produzindo um som diferente do que produzir bandas de generos próximos ao do Andragonia, porque através dessa experiência de trabalho podemos obter composições objetivas e mais criativas, ter mais liberdade na criação e usar a simplicidade na música, sem se prender aos elementos do metal progressivo.

New Horizons Zine: E a banda possui além dos produtores, dois professores de música: o vocalista Ricardo de Stéfano e o guitarrista Cauê Leitão. Como funciona o processo criativo dentro de uma banda, que pode ser considerada "universitária"?
Cauê Leitão: O processo criativo funciona de uma forma bem natural e bem prazerosa, onde todos levam suas composições e suas idéias, e com isso toda a banda escuta bastante, e muitas das idéias são modificadas até chegar no resultado que satisfaça a todos. No caso meu e do Ricardo, que somos professores, ficamos muito felizes em colocar nossas idéias onde trabalhamos nas salas de aulas no Andragonia, que é nosso laboratório onde podemos testar e armazenar tudo que aprendemos e ensinamos ao longo dos anos...

New Horizons Zine: Vocês lançaram um vídeo para a música Undead. Conte-nos como foi o processo de gravação e se vocês acham que este tipo de divulgação ainda é funcional?
Ricardo DeStefano: Sem dúvida é super funcional! Na verdade, hoje em dia, com os canais de vídeo como Youtube, a visibilidade da banda é muito maior, basta entrar no site , procurar pela banda e assim, alguém em alguma parte do mundo já está vendo e ouvindo a banda. Além disso, conseguimos, no final de agosto, colocar o vídeo na programação da MTV, o que aumentou muito a visibilidade da banda.
Gravamos o vídeo no teatro Commune, na Rua da Consolação. Nós gravamos o vídeo em pouco mais de 3 horas, já que tínhamos pouco tempo para entregar o teatro. Então, tivemos que chegar no local já ligados no 220V. Foi muito divertido!

New Horizons Zine: Vocês são uma banda que faz Metal Progressivo, um estilo que hoje é muito mal visto pelas pessoas devido ao excesso de virtuosismos que a maioria das bandas insere nas canções, mas vocês vão na contramão, pois, ouvinfo o CD, nota-se que todos os elementos que ultilizam são apenas o que as canções "pedem". Queria a opinião de vocês sobre o que acham em da cena Prog hoje e quais bandas destacariam?
Ricardo DeStefano: A cena prog saturou um pouco de uns anos pra cá, com muitas bandas fazendo praticamente a mesma coisa.
Quando começamos a compor para o “Secrets”, tínhamos em mente explorar mais as melodias, deixar o som mais voltado para o público “leigo” e não somente para os músicos ou apreciadores do Prog Metal. Claro que abrimos espaço para o virtuosismo, mas sempre na hora certa. Um exemplo do que estou falando, está na faixa “Undead” que possui um instrumental bem complicado para se tocar, mas fica marcado pelas fortes melodias, principalmente no refrão.
Cauê Leitão: Gostamos muito do virtuosismo, mas sem exageros e sem deixar a música chata e maçante para os ouvintes, procuramos fazer um Prog Metal direto onde chegamos, damos o recado e os ouvintes entenda. No meu caso, eu cresci ouvindo guitarristas virtuosos e amo isso, só que tento fazer de uma forma mais simples e direta... Uma banda que se destacou muito de um tempo pra cá foi a Freak Kitchen, onde o guitarrista e vocalista Mattias “IA” Eklundh explora idéias muito diferentes e muito interessantes que não é comum de se escutar (o cara é pirado – risos)!

New Horizons Zine: Algo marcante no som que fazem é que vocês nos remetem a década de 90 e nos fazem vir a cabeça nomes como Fates Warining, Dream Theater, Rush, Shadow Gallery, além do bom e velho Hard Rock. Queria saber se vocês concordam com a comparação e o que acham destes trabalhos dos anos 90?
Ricardo DeStefano: Muitos desses grupos tem trabalhos maravilhosos mesmo, que muito nos influenciaram! Também temos infuencias de bandas clássicas com Iron Maiden, Purple, Metallica, Megadeath, Savatage, Journey, etc, e muita coisa moderna também, principalmente na parte de melodias e timbres. A parte do Hard Rock entra principalmente na voz, já que vim dessa escola também e, de certa forma, transparece na hora que estou cantando.

New Horizons Zine: O álbum Secrets In The Mirror é conceitual. Como surgiu a idéia de desenvolver este tipo de conceito para o CD e quais as dificuldades de fazer um trabalho com esta temática?
Yuri Boyadjian: O SITM se tornou um álbum conceitual à medida em que fomos escrevendo as letras. Em nenhum momento antes do álbum pensamos nisso... foi algo que aconteceu. Notamos que havia intertextualidade entre algumas das músicas e decidimos apontar de vez pra esse lado. Músicas como “Draining My Heart”, “Secrets in the Mirror” e “Shadowmaker” vieram antes disso. Aí, quando resolvemos direcionar para o enfoque conceitual já pudemos fazer de forma intencional, como na “Pull the trigger”, aonde é citado um verso da “Shadowmaker”, e na “Silent Screams” aonde o protagonista se encontra com a sua consciência.
O que torna mais difícil escrever algo assim é criar uma historia com começo, meio e fim, tendo que encaixar tudo em atmosferas e harmonias que nem sempre tem a mesma intenção inicial. É um processo muito desafiador, mas o resultado compensa muito.
Quanto à temática, não tivemos tantos problemas, pois falamos sobre desilusões, casos mal resolvidos, escolhas erradas... enfim... tudo que faz parte da vida de qualquer ser humano. O que fizemos foi potencializar algumas dessas experiências na pele de um personagem e transformar isso em canções.

New Horizons Zine: Ainda falando no debut, ele conta com a participação do vocalista BJ (Tempestt/Jeff Scott Soto) em uma faixa. Como surgiu a oportunidade e o que acham das bandas que ele toca e participa?
Ricardo DeStefano: O BJ é um excelente músico e um grande amigo meu! Sempre quis ter a voz dele em algum projeto que eu estivesse fazendo parte. Quando estávamos gravando, pensamos em ter alguém que pudesse dividir comigo os vocais em alguma faixa, e na mesma hora lembrei dele e a banda concordou! Ai, fiz o convite para el, que topou na mesma hora! Foi uma experiência maravilhosa, pois ele colocou a sua interpretação na música, não se limitando apenas a gravar o que estava combinado. A sua dinâmica de voz e interpretação caíram como uma luva para a música e a proposta da mesma. Além disso, a troca de experiência foi muito rica, uma grande escola mesmo! Adoro a banda Tempestt e, como vim da escola do Hard Rock, óbvio que adoro seu trabalho na banda do Jeff Scott Soto!

New Horizons Zine: Essa pergunta é para os produtores Thiago Larenttes (G), Yuri Boyadjian (B) e Daniel de Sá (D): Quais os produtores do Brasil e exterior que mais gostam e citem (apenas 1) trabalho que gostariam de ter produzido.
Thiago Larenttes: Aqui no Brasil temos poucos produtores de Rock/Metal consagrados, além disso, essa profissão não é muito reconhecida por aqui, mas temos o produtor Rick Bonadio, conhecido por produzir artistas como Mamonas Assassinas, Charlie Brown Jr, NxZero, CPM 22, e também o Brendan Duffey, com um portfólio recheado de nomes como Linkin Park, Maroon 5 e Black Crowes, é um produtor californiano, que está produzindo bandas de renome na cena do metal nacional, já no exterior, temos o Robert John “Mutt” Lange, já trabalhou em produções de bandas como, AC/DC, Nickelback e Def Leppard, e também o produtor Ben Grosse , famoso por trabalhar com, Marilyn Manson, 30 Seconds to Mars e Alter Bridge(N.do R.: Que também produziu Destructive Device dos brasileiros do Mindflow), gostamos muito da produção e mixagem dos discos do Nickelback, “Dark Horse” é um álbum que gostaria de ter produzido.
Yuri Boyadjian: Eu gosto muito dos trabalhos do Fleming Rasmussen com o Metallica. Acho que os acertos dele principalmente no Master Of Puppets e no ...And Justice for All (apesar de eu não gostar muito da mixagem deste último) foram sensacionais. E o próprio Bob Rock pela ousadia que teve ao produzir o Black Álbum, também do Metallica. Muita gente fala mal, mas é um álbum extremamente bem produzido e bem pensado. Algo, até então, inimaginável para uma banda de Thrash Metal. Ele colocou muita coisa em jogo, mas provou estar certo, tanto que o Black Album é um dos discos mais vendidos da historia, batendo a marca dos 22 milhões de cópias.
Um Trabalho que eu gostaria de ter assinado como produtor é o “Accident of Birth” do Bruce Dicknson. O Roy Z fez um trabalho muito acima da média neste disco. Os timbres e a mixagem são incríveis!

New Horizons Zine: No dia 30 de junho, houve uma Listening Session promovendo o debut de vocês Secrets In The Mirror para a imprensa, onde além da audição, vocês fizeram um Pocket Show apresentando algumas músicas do CD. Qual a interação das pessoas com o trabalho da banda e o que acham deste tipo de evento?
Yuri Boyadjian: A Listening Session foi algo realmente fantástico. Pudemos conhecer algumas das pessoas mais importantes do cenário musical e mostrar um pouco do nosso trabalho. Todos os comentários sobre o evento foram altamente positivos. Mostramos também uma nova roupagem às músicas mais antigas da banda, numa versão sem guitarras. Quem já conhecia as músicas achou bem interessante e original, pois não simplesmente tocamos as musicas com violão ao invés de guitarras. Nós realmente nos preocupamos em rearranjar as músicas e principalmente as linhas de voz, que não poderiam ser tão agressivas.O lançamento oficial do clipe de “Undead” também ocorreu nesse evento e serviu de termômetro para sabermos que tinha chance de agradar ao público.

New Horizons Zine: Conte-nos como estão os shows de divulgação e se há planos para apresentações em outros estados.
Cauê Leitão: Acabamos de lançar nosso álbum Secrets in The Mirror e começamos os shows de divulgação e concerteza a planos de irmos para outros estados e divulgá-lo ao máximo, quem quiser contratar nosso show é só entrar em contato... Muito Obrigado

New Horizons Zine: Antes de encerrar, há pouco tempo fora confirmada a participação da banda no CD Tributo Ao Stress, um dos desbravadores do Heavy Metal no Brasil. Conte nos a importancia de participar deste tributo e queria saber se vocês já conheciam o trabalho do trio paraense?
Thiago Larenttes: Não conhecíamos o trio paraense, para nós foi um grande desafio fazer uma versão da música “Heavy Metal” quando ouvimos pela primeira vez, de cara não queriamos manter a sonoridade daquela época, portando queriamos deixar a música bem moderna, trazendo todos os recursos que temos hoje, mapa de música diferente, bit diferente, uma estrutura nova para os arranjos e linhas vocais, para que soasse Andragonia.

New Horizons Zine: Muito obrigado pela entrevista! Deixem um recado para os leitores do New Horizons Zine!
Ricardo DeStefano: Muito obrigado pelo espaço galera! Confiram o trabalho do Andragonia bem como de outras bandas da cena nacional. Precisamos continuar contando com o apoio de todos vocês!!!
Cauê Leitão: É isso ai galera muito obrigado e estamos muito felizes pela aceitação do nosso álbum Secrets in The Mirror e quem ainda não tem por favor providenciem (risos)! Estamos trabalhando duro e muitas novidades estão chegando...Valeu!
Thiago Larenttes: Valeu pela força pessoal!! Contamos sempre com vocês. Abraços!
Yuri Boyadjian: O metal nacional tem ótimas bandas. Elas precisam ser ouvidas! Se você está lendo essa entrevista é porque realmente procura por algo novo. Contagie a todos com isso e garanto que teremos uma cena muito mais forte, com mais bandas e melhores shows. Obrigado e um abraço a todos!

Fotos: Divulgação
Entrevista: João Messias THE ROCKER



10 de setembro de 2010

INTERVIEW - FERNANDA DUARTE

Fernanda Duarte é vocalista da banda Status e uma das mentoras da Revista Rock Post, que vem conquistando seu espaço conn conteúdo de qualidade para todos os tipos de leitores, desde os "Diehards" até os novatos que estão sedentos por conhecimento!
Nesta entrevista exclusiva para o New Horizons, ela fala dos seus projetos, shows, música física, entre outras coisas mais!
Confiram:

The Rocker: Olá Fernanda! Para dar início a entrevista, conte-nos como é a cena Rock/Metal na sua região (casas de shows, lojas, etc).
Fernanda Duarte: Olá The Rocker, primeiramente agradeço pelo interesse em nosso trabalho, tanto na banda quanto na revista. Quanto a cena aqui na região, temos cidades como Araraquara, que promove o Araraquara Rock, Franca também com o Arraial do Rock, além de Ribeirão que tem grandes shows e bandas muitos boas. Casas específicas para shows de metal são raras, lojas de CD também, porém tem o Rafael em Jaboticabal que faz um excelente trabalho na Região com a loja de CDs dele. Aqui na cidade de Matão é bem fraco, temos algumas pessoas que lutam para manter alguns eventos, porém é bem complicado.


The Rocker: Você é vocalista da banda de Heavy Metal Status, que se prepara para lançar seu primeiro trabalho, que será um EP. Qual a previsão de lançamento e as expectativas para este trabalho?
Fernanda: Por enquanto paramos com a produção do EP, pois a Status deu uma pausa em suas atividades. Estaremos na Virtual Colection da Rádio Rock Freeday com a música The History, a coletânea conta com a produção de Thiago Bianchi (Shaman), e estamos ansiosos por este lançamento.


The Rocker: Além do EP, vocês participaram de um grande evento que teve a participação do Hellish War e bandas internacionais. Como a galera reagiu ao Status e o que vocês acharam das bandas participantes?
Fernanda: Foi um belo evento. Tivemos a oportunidade de abrir os show para o Hellish War, Split Heaven (México) e o Enchanter (EUA), e o público curtiu bastante nosso repertório que traz muito Helloween e Iron Maiden, além de Metallica. Tocamos também nossa música de trabalho, a galera curtiu muito e pudemos ver a atuação das outras bandas de perto. O Hellish War realmente merece todo o reconhecimento nacional, pois são profissionais extremamente carismáticos e “tocam muito mesmo”. O Split Heaven levou a galera a loucura com seu “Psycho Samurai”, com um vocal agudo e muito potente os caras mostraram que no México tem metal de qualidade mesmo. E o Enchanter dominou o palco com seu metal Old School. Acredito que os que presenciaram este evento não esquecerão tão cedo!


The Rocker: Como você vê a forma de ouvir música hoje, que a maioria das pessoas ao invés de terem o material físico (CD/DVD), as pessoas preferem ter as canções em aparelhos como MP3, Ipods, celulares, etc.
Fernanda: Eu acredito que cada um procura a melhor forma de se atualizar e saber o que rola de novo por ai. Porém eu cresci vendo meus irmãos colecionarem CDs, e isso me faz ter a ideia de que nada melhor do que ter o material na mão, ver o encarte, resumindo ter o original mesmo. Isso pra mim é muito importante, mas ouço CDs virtuais também que são ótimos e não discrimino quem prefira esta forma, afinal estamos em uma democracia (risos)!


The Rocker: Você acha que os CD'S e DVD'S desaparecerão do mercado, restando apenas o produto virtual?
Fernanda: Eu acredito que não. Apesar de todo este trabalho que a internet faz por nós, sempre existirão pessoas que estarão interessadas no trabalho físico, pelo menos acredito nisso por enquanto (risos)!
The Rocker: Além da banda, você tem a Revista Rock Post, que já lançou até o momento 20 edições. Como surgiu a idéia de fazer um veículo voltado a divulgação da cena underground e como você concilia estes dois trabalhos?
Fernanda: A idéia surgiu há uns 2 anos partindo de Douglas Santos, meu esposo, que também é guitarrista da Status. Desde o inicio a ideia era fazer uma revista voltada ao público Heavy/Rock e apoiar o underground, visto que nestes quase dez anos de Status, pudemos ver o quanto é difícil conseguir shows, fazer um CD e aparecer na mídia. A gente realmente pensava que para bandas que não tinham espaço seria uma boa oportunidade de juntos levar informação ao público, e assim, fomos estudando a melhor forma. Acabou saindo melhor do que o esperado e tivemos muitas pessoas, que logo de cara, ficaram interessadas em ajudar a escrever e assim formamos nossa identidade.

The Rocker: O legal da revista é que ela é gratuita, bastando apenas entrar no site e fazer o download. Como estão os acessos e se há planos de se ter uma revista física?
Fernanda: Nós sabemos que geralmente o que é gratuito não tem muito valor, mas as pessoas têm acessado bastante e isso nos deixa contentes de ver que o trabalho é lido e muito elogiado pelos que vêem. Há sempre aquele que acha que não está bom, mas eu acredito no seguinte: Se você vê que falta algo na cena não critique os que fazem alguma coisa, vai lá e faça algo também, some não subtraia. É fácil criticar quando se está de braços cruzados vendo os outros trabalharem.
Quanto a edição impressa já era para ter saído, porém tivemos uns problemas com a impressão e não deu para distribuir como queríamos fazer. Estamos tentando fazer isso de alguma forma, pois não temos nenhum tipo de patrocínio e todos os gastos que temos é do nosso bolso, então realmente é difícil.


The Rocker: Para encerrar, citarei algumas frontwomans e queria a opinião em relação a elas:

• Cristina Scabbia (Lacuna Coil);

• Dani Nolden (Shadowside);

• Annete Olzon (Nightwish);

• Angela Gossow (Arch Enemy);

• Doro Pesch (Warlock);
Fernanda: Acho que todas representam muito bem a mulher no metal, são talentosas, donas de vozes excelentes e muito bonitas. A Dani Nolden, representando o Brasil nesta lista, representa muitas de nós que estamos no underground há anos, e ela conseguiu transpor esta barreira, assim como outras vocalistas nacionais muito talentosas que sabemos que estão aí na luta por um espaço na mídia. Sou fã de todas (risos)!
The Rocker: Muito obrigado pela entrevista! Deixe uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine!
Fernanda: Eu que agradeço pelo espaço e acredito que com a união de todos por um cenário melhor vai ficar mais fácil de levar informação, trabalhar uma banda e encher casas de shows sempre. Um abraço a todos!
Fotos: Divulgação

1 de setembro de 2010

UNDERGROUND MEETS MAINSTREAM...


Hoje faremos algo diferente das edições anteriores, pois ao invés de comentar trabalhos de diferentes estilos comentarei discos da mesma linha musical, tendo como diferença o fato de um ter sido lançado por uma grande gravadora e outro por um selo independente. São eles: Luxúria com seu trabalho auto-intitulado e Anoxika com seu recém lançado As Fadas Morrem Ao Amanhecer:

Luxúria – Luxúria
Sony Music/Nac - 8,5

Formado por membros de bandas conhecidas do Heavy Metal nacional como Megaton, Viper, entre outras, o quinteto surpreendeu por fazer um som mais voltado ao pop com muita classe, requinte e muito peso.
Tendo nos vocais a charmosa Megh Stock, Luxúria chama a atenção em todos os aspectos, começando da capa, passando pelo repertório que une influências do Punk, Gótico (estes em menor escala) e o Pop, tendo um produto único e de qualidade.
As duas faixas iniciais Ódio e Imperecível (ambas tiveram videoclipes rolando por muito tempo), mas quase todo o CD é imperdível como Pés No Chão, Cinderela Compulsiva, Dura Feito Aço, Contrariada e Artifício Mágico, todas feitas para embalar a trilha sonora de sua vida. A única exceção é a música Lama, que é bem lenta e arrastada, e acaba quebrando o clima do CD, mas as faixas acima compensam este pequeno deslize.
Além de músicas de qualidade, não posso deixar de comentar a timbragem dos instrumentos, que deixam o som bem "cheio e gordo", graças a excelente produção e os vocais de Megh, que nos remetem aos anos 80, sem as afetações dos lançamentos de hoje.
Obrigatório!
Anoxika – As Fadas Morrem Ao Amanhecer
Oversonic Music/Nac - 8,5

Apesar de ouvir Rock e Metal há quase 20 anos, ainda me bate aquela curiosidade de conhecer novas bandas dos mais variados estilos musicais, e estava procurando informações sobre uma outra banda e acabei me interessando em conhecer o som deste quinteto por causa da capa do CD. E mais uma vez o meu "faro" me fez descobrir mais uma ótima banda de rock!
"As Fadas Morrem Ao Amanhecer" aposta na mescla de diversos estilos como o Poppy Punk, Hardcore Melódico, Ska, Reggae e até algumas pinceladas de Heavy Metal aparecem no trabalho, mas o quinteto tem a seu favor a coesão e a construção de temas curtos, que tem no máximo quatro minutos, e que garantem a sensação de uma agradável audição.
Outro aspecto que se destaca são as letras e títulos, pois apesar de contarem situações do nosso cotidiano, eles usam uma linguagem diferenciada, como Espinafres Em Dó Maior, mas as melhores faixas do trabalho são Mr. Otário (cujo clipe sai em breve), Flores, Bombons e Violência Gratuita e a faixa título, cujo refrão é contagiante!
Se houver um bom trabalho da gravadora, o público comprar seu debut e comparecer aos shows, muito em breve teremos mais uma banda atingindo a grande mídia!

Se você não for radical e gosta de acompanhar o que de melhor acontece na cena Rock And Roll nacional, duas ótimas pedidas!

19 de julho de 2010

INTERVIEW - DEVENTTER

Sem dúvida o Deventter é uma das bandas mais legais que surgiram nestes tempos, pois através do seu debut álbum, The 7th Dimension, deu uma nova cara a cena Prog Rock/Metal, unindo belas melodias a passagens intrincadas e influências mais contemporâneas, sem cair no jogo da repetição e da monotonia.
O seu mais recente trabalho, o conceitual Lead... On não apenas realça estas características, como mostra uma grande evolução da sua música que atualmente está enaltecida por uma grande carga emocional, como podemos ouvir em All Rights Removed.
Nesta entrevista, respondida pelos membros André Marengo, Felipe Schaffer e Leonardo Milani eles nos falam da origem do nome da banda, influências, entre outras coisas mais. Confiram a entrevista!
New Horizons Zine: Olá amigos! Vou iniciar a entrevista perguntando qual a origem do nome Deventter e o por que dar este nome a banda?
André Marengo: A escolha do nome Deventter surgiu através de uma lista de possíveis nomes para a banda. Na época, o Hugo Bertolaccini (tecladista da banda) estava à procura de um nome forte e com apelo sonoro. Após relacionar diversos nomes, escolheu Deventter. A título de curiosidade, Deventer (com um “t”) é uma cidade da Holanda, que inclusive foi palco de batalhas na 2ª Guerra Mundial.

New Horizons Zine: Apesar de estarem inseridos no nicho do Metal Progressivo, vocês possuem uma pegada mais rock que metal, onde eu percebi influências de bandas como Keane e Radiohead. O que vocês acham destas bandas e até que ponto elas servem de referência ao Deventter?
Leonardo Milani: Nós nos acostumamos ao título de Metal Progressivo, e creio que isso foi resultado das influências que a banda tinha na produção do primeiro álbum. Quando estávamos produzindo o Lead... On, percebemos que estávamos nos distanciando desse nicho, e chegamos a pensar em alguns outros rótulos para classificar nossa música. Mas percebemos que isso não era exatamente nosso problema, e resolvemos deixar para que a mídia especializada cuide disso.
Confesso que esses dois grupos provavelmente não foram bandas que definiram nosso pensamento musical. Eu pessoalmente gosto de Radiohead e um pouco de Keane, mas não o suficiente para que eu possa citar como uma influência. Por outro lado, com certeza que o nosso vocalista (Felipe Schaffer) é o que mais teve influência dessas duas bandas, o que é perceptível em algumas linhas de voz.
New Horizons Zine: Vocês possuem dois álbuns, no qual perguntarei algumas coisas, começando do debut The 7th Dimension, que foi destaque em várias publicações por apresentar novas características a já saturada cena do metal progressivo. Como foi desenvolver esta sonoridade para este primeiro trabalho?
André Marengo: Esta sonoridade se deve a fase em que estávamos na época de sua composição. Não tínhamos pretensão maior do que fazer um álbum sincero e de qualidade, sem limitações de estilos ou fórmulas prontas. E colocamos toda nossa energia para tal. As influências em comum, e as diferentes de cada membro da banda somaram-se para que o resultado fosse, pelo menos, algo diferente do usual. As composições surgiam naturalmente, e foram refinadas até o lançamento do The 7th Dimension.

New Horizons Zine: Outra coisa que chama a atenção, foi a produção e gravação, que por soar mais orgânica, enalteceu ainda mais o lado "rock" nos remetendo a bandas como Beatles, sendo enaltecido pela divisão das faixas em forma de "suítes". Me respondam: The 7th Dimension é um álbum conceitual e a sonoridade da gravação fora proposital?
Felipe Schaffer: Sim, o The 7th Dimension é um álbum conceitual que remete a toda uma situação que a banda passava na época. Tudo nesse disco foi gravado de uma maneira quase que “inocente” e muito verdadeira de nossa parte. O resultado é esse que todos podem conferir. Portanto, se observarmos por este ângulo, eu diria que a sonoridade do álbum foi sim proposital. Foi tudo aquilo que a gente precisava na época.

New Horizons Zine: E graças a estas particularidades, vocês participaram do festival Roça And Roll, que é organizado pelo pessoal do Tuatha de Danann e foram "open act" do Dream Theater num dos shows que a banda fez por aqui. O que vocês acharam destes shows e se ocorreram hostórias curiosas nestes espetáculos.
Felipe Schaffer: Esses shows foram frutos de toda a correria que a gente tinha feito desde então. Foram experiências únicas, maravilhosas e indescritíveis! De certa forma, serviram também como combustível pra que a banda não perdesse o pique.

New Horizons Zine: Com este até então grande momento que a banda, vocês se sentiram pressionados a fazer um novo trabalho?
Leonardo Milani: Realmente estamos muito empolgados com a repercussão do Lead... On, mas por enquanto pretendemos nos focar em trabalhar com as composições do que já temos em mãos, apresentando-as em shows e divulgando nossa obra, em termos gerais.
É fato, uma hora ou outra nós iremos fazer novos álbuns, mas se eventualmente sentirmos alguma pressão, ela terá origem dos nossos próprios objetivos, e não de fontes externas.

New Horizons Zine: E este novo trabalho, que atende pelo nome de Lead On, que ao mesmo tempo que mostra a sonoridade da banda intacta, vê uma banda aliando mais peso e melodia, deixando a sua música ainda mais marcante e pessoal. Vocês acham que os vários shows de divulgação e por terem gravado um CD anterior ajudaram a moldar a sonoridade do novo trabalho?
Leonardo Milani: Apesar de não ter participado da composição e gravação do primeiro álbum, posso afirmar com segurança que ele, e os diversos shows que fizemos com suas músicas, sem dúvida nos deram a experiência e a maturidade sem as quais jamais conseguiríamos criar algo como o Lead... On. Realmente tivemos um ótimo começo.
Sem contar, é claro, que o Lead... On é a continuação do The 7th Dimension, e todo mundo tem que começar de algum lugar!

New Horizons Zine: A faixa All Rights Removed é para mim a melhor faixa do trabalho, pois é uma bela balada que alia vocais melódicos e uma sonoridade quase pop que daria um belo vídeo. Existe a possibilidade de ser feita um clipe de promoção de alguma faixa de Lead On, em especial a já citada All Rights Removed?
André Marengo: Existe a possibilidade de se fazer um clipe, mas não sabemos para qual música ainda. A All Rights Removed seria uma ótima idéia, pois retrata, em linhas gerais, sobre como o mundo se tornou tão violento, sobre as pessoas que já não sabem mais a real motivação das guerras, ou por quem estão lutando, e continuam matando umas as outras, seja em guerras, ou por omissão e comodismo. Partindo do princípio de que somos todos irmãos, quando se mata alguém, você está matando seu próprio irmão. Além dessa música, outras dariam ótimos clipes, como a “Lead...Off”, faixa final do disco, a “6000”, “Down to the Apex”, etc.

New Horizons Zine: Ainda falando de Lead On, os vocais de Felipe Schäffer estão mais emotivos e cativantes. Quais os cuidados que você teve ao gravar este trabalho e qual a sua identificação com o conceito de Lead On para interpretar as canções?
Felipe Schaffer: Acredito que todo o conceito do Lead... On esteja impregnado em cada membro do Deventter. A banda sempre acaba canalizando toda essa energia na maneira que a gente toca, e isso é algo que eu realmente tento dar muita ênfase no meu trabalho vocal. Não só na hora de gravar e interpretar, mas na maneira em como foram compostas as letras e as melodias. Eu sinceramente não sou o tipo de vocal tão técnico e acabo dando preferência para a dramaticidade da obra. Portanto, eu tentei enxugar muitos elementos, e simplificar alguns aspectos para poder pesar mais a interpretação, dando um aspecto mais vivo, orgânico e até visceral para as músicas. Vejo como o discurso de cada um de nós nesse nosso trabalho.

New Horizons Zine: Vocês, juntamente com as bandas UGanga, Hellish War, Apocalypse e Banda do Sol fazem parte do cast da Som do Darma, que é comandada pelo grande batalhador do underground Eliton Tomasi. Como funciona esta parceria e o que ela representa para o Deventter hoje?
André Marengo: Essa parceria nos representa um laço de amizade, que se consolidou após nos conhecermos, visto que, não só alguns gostos musicais eram semelhantes, mas também a postura que adotamos, focada mais na arte e na cultura, do que na indústria maçante que está aí e que continua empurrando e enfiando sucessos, que duram no máximo 4 meses, em nossas cabeças. Essa parceria rendeu bons frutos e irá colher melhores ainda. A Som do Darma vem demonstrando um trabalho exemplar.

New Horizons Zine: No myspace de vocês temos além das músicas dos dois trabalhos da banda, tem uma belíssima versão para Eleanor Rigby dos Beatles. Há planos de lançarem esta música em algum trabalho da banda, visto que a versão ficou tão pessoal?
Leonardo Milani: Essa música é muito especial para nós. Inclusive foi a primeira música que gravei com o Deventter. O público em geral gosta muito – que foi o motivo de termos decidido gravá-la – e abriu várias portas na nossa carreira.
Nós já pensamos em utilizá-la como eventual faixa bônus de algum eventual lançamento, mas como os nossos trabalhos são essencialmente conceituais, fica bastante difícil de encaixá-la em alguma coisa. Por enquanto, não temos planos de lançar a “Eleanor Rigby”, e agora que ela já está no nosso MySpace há um bom tempo, acho que dificilmente isso irá ocorrer.

New Horizons Zine: Amigos, foi um grande prazer entrevistá-los! Deixem uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine!
Felipe Schaffer: Agradecemos à galera do New Horizons Zine e a todos os leitores que acompanham e apóiam o rock nacional! Sem vocês nada disso estaria acontecendo! Vocês são responsáveis pela sua própria realidade, portanto, vamos fazer dela a melhor possível, sempre!

www.myspace.com/deventter

Fotos: Divulgação
Entrevista: The Rocker

13 de julho de 2010

INTERVIEW - RAVENLAND

Esse fora um dos trabalhos mais aguardados do ano que se passou, e só podemos dizer que ele compensou a espera, pois And A Crow Brings Me Back conseguiu a façanha de unir fãs do lado Underground e Mainstream da hoje mais que diversificada cena Gothic.
E nessa entrevista respondida pelos vocalistas Dewindson e Camilla, eles nos contam além da repercussão do álbum, as dificuldades e conquistas, a aparição da banda em uma novela,  novos integrantes e a participação de ambos no show do Moonspell.
Confiram!

New Horizons Zine: Passado algum tempo após o lançamento do seu primeiro álbum “Full” And A Crow Brings Me Back, como vocês vêem sua repercussão perante público e mídia?
Camilla Raven: Acredito que estamos tendo uma ótima repercussão, tanto da mídia especializada como do público. Percebemos também que estamos conseguindo expandir mais o conhecimento do nosso álbum para outras mídias e diferentes tribos. Isso é muito bacana, pois abre a mente das pessoas. Estamos recebendo muitas mensagens de elogio ao álbum e isso é gratificante, valoriza os nossos esforços para entregar um trabalho de qualidade e fazer com que a cena nacional seja mais reconhecida.
Dewindson Wolfheart: O CD realmente está sendo bem elogiado, obtivemos média entre 8 e 9 de 10 nos principais sites especializados, e média 8 nas duas principais revistas de Rock/Metal do nosso país, a Roadie Crew e Rock Brigade. Fora isso, todos os recados que temos recebido via orkut, myspace e youtube elogiam muito o disco. Saímos também em 2º lugar como banda revelação de 2009 e entre as melhores capas de 2009.

New Horizons Zine: Essa questão é para o vocalista Dewindson, houve uma época em que a banda “congelou” suas atividades, onde inclusive você foi trabalhar em outro estado, tendo inclusive a chegar a participar de outras bandas e projetos, e neste seu período em outro estado, você viu a oportunidade de reformular a banda. A apartir de que instante você percebeu que poderia ressurgir a Ravenland?
Dewindson Wolfheart: Eu fui obrigado a desativar a Ravenland quando ficamos por muitos meses sem baterista em 2003 e a gravadora Moonshadow Records havia fechado as portas sem lançar o nosso primeiro álbum “After the Sun Hides” já todo gravado e com a arte gráfica completa, isto me deixou muito mal. Neste mesmo ano recebi uma proposta para coordenar uma escola de informática em Fortaleza-CE, onde sempre quis morar, aceitei a proposta, lá eu quis recomeçar, mas nunca encontrei pessoas com o mesmo objetivo.
Acreditei que lá tivesse a oportunidade de reformular a RAVENLAND, mas a maioria da cena nordestina é composta por fãs de metal extremo, tanto que me envolvi em outro projeto lá em Fortaleza de uma excelente banda local chamada PANTÁCULO MÍSTICO de Pagan/Doom/Metal.

NHZ: E um fator determinante foi a entrada da vocalista e violinista Camilla Raven. Como você a conheceu e em que momento você viu que ela poderia integrar a banda?
Dewindson Wolfheart: Então, em 2004, uma aluna minha chamada Sara, me chamou para tocar baixo numa banda que ela cantava, a Thiphareth, ela me apresentou a líder e violinista da banda, Camilla, eu me encantei com o talento dela, daí, nossa parceria foi selada, logo integramos juntos também o Pantáculo Místico), mas após 6 meses juntos nestes projetos, o Andralls me chamou para cumprir umas datas com a banda devido a saída do Alex (ex-vocal do Andralls). Eu realmente não tinha mais a intenção de reativar a Ravenland até então, mas de iniciar uma nova banda com a mesma proposta.
A Camilla me apoiou muito e me incentivou bastante para que nós reativássemos a RAVENLAND. Como percebi nela a mesma empolgação e dedicação que eu possuía, nos tornamos parceiros musicais com o mesmo objetivo e por isso que a RAVENLAND tem crescido bastante, pois respiramos juntos o dia inteiro o mesmo ideal.

NHZ: Como uma forma de pré-divulgação do debut vocês fizeram um vídeo para End of Light. Como foi a escolha do local, figurino e o que acharam do resultado final?
Dewindson Wolfheart: Desde a primeira vez que vi aquele castelo em ruínas abandonado, pensei “Que lugar perfeito para gravar um clipe da RAVENLAND!” Mas quando assisti em um programa de TV sobre crimes não solucionados, e contava que além da família assassinada no local e todo o mistério que envolvia o crime, ainda por cima o castelo era visto como mal assombrado! Bem, não existiria lugar melhor, mais original e verdadeiro para gravarmos o nosso primeiro vídeo clipe. O figurino é o mesmo que usamos em nossos shows, temos o apoio da marca LADY SNAKE, a maior grife neste estilo Rock/Metal/Gótico, as roupas tem muito a nossa cara, transmitem a atitude que o nosso som possui, gostaríamos aqui até agradecer pelo apoio que eles têm dado não só a RAVENLAND, mas a toda a cena rock/metal nacional.
Ficamos muito satisfeitos sim com o resultado do vídeo clipe, o produtor Luiz Amorim fez um excelente trabalho diante do baixo orçamento que possuíamos. E imaginar que este vídeo clipe foi o primeiro de uma banda de Gothic Metal brasileira a entrar para a programação da MTV e é exibido até hoje. Sem falar em outros programas de metal que sempre o exibem também como o Stay Heavy, Metalsplash...

NHZ: O vídeo contou com a participação da atriz, apresentadora e vocalista da banda Insane Kreation, Elaine Thrash. Como surgiu o contato para a sua participação?
Dewindson Wolfheart: Conhecemos a Elaine quando a RAVENLAND foi convidada a dar uma entrevista no programa que ela apresentava, o METALSPLASH na All TV, então, ela se tornou fã, amiga e sempre nos apoiou, ela é uma excelente atriz e dançarina também, já participou de mais de duzentas peças teatrais, então, quando surgiu a idéia do clipe, ela seria a atriz ideal para representar a personagem.
Em shows onde podemos montar toda a nossa estrutura de palco, ela participa em duas músicas, encenando a personagem da capa do CD, não posso contar mais detalhes porque os fãs devem ir ao nosso show para comprovar tudo ao vivo e que faz parte de toda a magia que tentamos passar ao vivo.

NHZ: E ainda falando em vídeos, vocês pretendem fazer um para a faixa Soulmoon, como anda este projeto e se há uma previsão para o seu lançamento?
Camilla Raven: Pretendemos lançá-lo antes de mostrar algo do nosso novo álbum. Estamos ainda definindo alguns detalhes e em breve já começaremos a gravar.

NHZ: E os vídeos andam sendo algo corriqueiro para alguns músicos da banda, pois alguns deles apareceram em alguns capítulos da novela global Tempos Modernos, cujas externas ocorreram na Galeria do Rock. Como isto ajuda na promoção da banda?
Camilla Raven: A intenção é encaixar a RavenLand tocando em uma cena. Até agora não surgiu oportunidade, de acordo com a história. Mas eles gostaram muito da banda e comentaram que talvez role uma cena que será uma festa e poderá nos encaixar tocando. Isso seria ótimo, apesar de termos quebrado algumas barreiras, ainda é difícil divulgar a banda no Brasil e queremos ter a oportunidade de apresentar a banda para um publico maior. Então fizemos essa participação, que foi uma experiência legal, ver como tudo funciona. E a história também de defender a Galeria do Rock e estar presente para poder divulgar a banda por lá, foi bem legal.

NHZ: Agora vamos falar um pouquinho do álbum, que mostra que pode agradar fãs de várias vertentes do gothic, desde aqueles ligados no lado mais mainstream e de bandas como The Cure, The Mission e até algo mais pesado, como Paradise Lost e Theatre of Tragedy , além de um público fora deste nicho. Para vocês esta variedade de público acaba sendo mais um diferencial para a banda no meio de tantos lançamentos que surgem a toda hora?
Camilla Raven: Acredito que seja sim um diferencial. É ótimo saber que a RavenLand atraiu vários tipos de público. Isso significa que estamos conseguindo mostrar algo novo, algo nosso e quebrar barreiras. Tentamos misturar o Gothic pop 80’s com o peso do metal.
Dewindson Wolfheart: Eu sou bem eclético, venho da cena metal, sempre ouvi metal desde 1986 quanto tinha ainda nove anos, mas nesta época também o gothic rock e pop oitentista estava em alta e bombando nas rádios, então não teve como tudo isso não influenciar na minha formação musical, assim como refletir nas composições e direcionamento da RAVENLAND. Por isso nosso som agrada muito e conquista fãs diversificados.

NHZ: Além da música de qualidade, o álbum veio com participações especiais marcantes, como a do baterista Ricardo Confessori (Shaman/Angra) e do êx guitarrista do Theatre of Tragedy, Tommy Lindal. Como foi ter esses grandes nomes da música pesada no disco e quais palavras vocês podem definir suas performances no disco?
Camilla Raven: O Tommy é um grande amigo, poder ter o toque dele no nosso álbum foi simplesmente maravilhoso. Somos fãs de Theatre of Tragedy antigo e ele proporcionou um toque dessa época mágica do Gothic Metal em duas músicas nossas. Quando começamos a pré-produção do álbum com o Confessori, logo o nosso ex-batera teve que nos deixar por causa de problemas no joelho. Não é tão simples, somos uma família e queríamos procurar alguém com calma, alguém que tivesse os mesmos objetivos que os nossos para poder integrar a banda. Como o Confessori já estava conhecendo melhor as musicas, ofereceu-se para gravar a bateria, para que pudéssemos ter esse tempo. Ele é um excelente músico, apesar de já termos em mente o que queríamos na bateria, ele acrescentou muito ao trabalho. Enfim, é o cara que gravou o Holy Land, um dos clássicos do metal nacional, acho que essas palavras já bastam. (risos)

NHZ: E após o lançamento do disco vocês estão com um novo baterista e tecladista. Comente-nos como se deu a entrada de ambos na banda e o que podemos esperar de novidades no estilo da banda?
Dewindson Wolfheart: O Fernando Tropesso (baterista) foi e é a melhor opção como baterista da RAVENLAND, somos grandes amigos há cinco anos, tenho uma enorme admiração por ele tanto como amigo e também como músico. Já havia o convidado antes, desde 2006 quando reativamos a RAVENLAND. Ele sempre foi a minha preferência como baterista, mas ele nunca teve como aceitar porque não teria o tempo e a dedicação que a RAVENLAND precisava, então em 2008 após a saída do Ariel (antigo baterista) e após a gravação do CD, o convidei novamente e ele me disse que desta vez aceitaria por poder se dedicar 100% a banda.
Quanto ao Fermann (tecladista), já estávamos convencidos a usar samplers ao vivo, quando a Camilla insistiu novamente em buscar um músico e encontrou o Fermann na internet, logo então o convidou, e ele foi testado por nós, não só como músico, mas como pessoa e ele está conosco desde Maio de 2009, quando o CD já estava na fábrica.
Estamos vendo qual será a participação deles no novo disco, mas desde já gostaria de comentar que estamos tranqüilos, pois os dois são excelentes músicos e que possuem idéias fantásticas para nossas músicas.

NHZ: Vocês participaram do show do Moonspell no Brasil. Como pintou a oportunidade e qual foi a repercussão do público com os vocalistas da Ravenland?
Camilla Raven: Então, estávamos no camarim com eles, curtindo. Já tínhamos contato com eles pela net, mas era a primeira vez que nos encontrávamos com os Moonspell pessoalmente. E no camarim surgiu o convite e aceitamos honrados. Foi muito legal, pois estávamos entre amigos. Todos estavam muito a vontade, os Moonspell participaram do show do Tiamat e depois o Tiamat participou do show dos Moonspell, aquele foi um showzaço! Uma noite para recordar. Nas palavras de Fernando: “Uma noite eterna!”, com certeza. Com relação a repercussão, acho que foi ótima, foi uma surpresa para todos, ninguém esperava, nem nós mesmos esperávamos por isso. (risos)
Dewindson Wolfheart: Para mim que sou fã e amigo do Moonspell há alguns anos, foi uma satisfação muito grande cantar com eles ao vivo e aqui no Brasil. O Fernando Ribeiro é muito amigo nosso e trouxe alguns presentes para nós, assim como eu separei alguns LP’s para ele duma banda que sou muito fã também assim como ele, os dois primeiros discos do THE MIST.

NHZ: Antes de encerrar, qual o sentimento de hoje vocês terem um disco bem aceito, suporte de algumas empresas como a Lady Snake, participação em shows importantes, clipe veiculando em diversos lugares, vocês se sentem vencedores por terem passado por muitas dificuldades e manterem a banda viva até hoje?
Camilla Raven: Nos sentimos vencedores sim, mas temos um bom caminho ainda pela frente e muito o que conquistar ainda. Queremos muito mais e quebrar mais barreiras para a nossa música poder chegar a pessoas que ainda não tiveram oportunidade de conhecer a banda. Mas acho que demos um grande passo sim, pois sabemos das dificuldades de ser uma banda, levando em conta o estilo que fazemos no Brasil.
Dewindson Wolfheart: É fascinante ver o seu disco ser o preferido de alguém, sua música virar clipe, passar na TV e ouvir seus ídolos dizer que curtem o seu trabalho.

NHZ: Muito obrigado pela entrevista! Deixem um recado aos leitores do New Horizons Zine!
Camilla Raven: Nós é que agradecemos o espaço! Muito obrigada a todos! Quero vê-lo nos shows!


Fotos: Divulgação
Entrevista: The Rocker


EDITORIAL...

Em 2007, ou seja, há três anos, eu iniciava a primeira edição do New Horizons Zine, cheio de sonhos e expectativas, e curiosamente, no mesmo dia em que se comemora o Dia Mundial do Rock, e neste caminho ocorreram muitas coisas boas e ruins, mas o importante é poder estar dando continuidade a este projeto, que me ajudou muito (e continua ajudando) nos períodos difíceis que tive.
E hoje estou lançando esta nova edição, que como disse anteriormente, num primeiro momento não terá a sua versão impressa, mas há a intenção que tudo seja disponibilizado em formato PDF e enviado para quem estiver interessado, mas quando isso ocorrer, informo a todos!
Falando um pouquinho nesta edição, que terá seus conteúdos disponibilizados aos poucos, teremos de cara dois presentes a vocês leitores: entrevistas feitas com as bandas Ravenland e Deventter(em breve), cujos trabalhos figuraram entre os melhores de 2009 e continuam arrebatando tudo que encontram pela frente. As seções de álbuns e DVD’S continuarão ativas, assim como as News, My Honour (onde teremos um especial sobre o J-Rock), a On Target (que será uma seção de shows), e uma seção destinada a resenhas de livros lançados por personalidades do Rock, entre outras coisas mais, onde mais uma vez digo: tudo feito de quem ama este estilo que aniversaria hoje para todos que acreditam que o rock é mais do que guitarras distorcidas.
Obrigado a todos que acreditaram (e acreditam) no New Horizons e boa leitura a todos!

João Messias THE ROCKER – O Editor
Agradecimentos: Deus acima de tudo, meus pais (in memorian), minha esposa Kátia, meus irmãos Fernando e André, Eliton Tomasi (O Som do Darma), Airton Diniz (Rádio Shock Box), Rodrigo Montezzo (Rádio Shock Box), Khali (Scypher Magazine), Fernanda Duarte (Revista Rock Post), Fernando Mariano (Rede Ultra), Camilla Raven e Dewindson Wolfheart (Ravenland), Toninho (Programa Tudo Ao Vivo), Deventter, Império Social, Astafix, Elaine Thrash, ChimeraH, Andragonia, Ace 4 Trays e a todos que ajudam a manter a cena Underground viva!

Influências Sonoras desta edição:

Lacuna Coil – Visual Karma: Body, Mind and Soul (DVD)
Lacuna Coil – Shallow Life
Unsun – The End Of Life
Deventter – Lead On
Korzus – Discipline of Hate

Contatos:

16 de junho de 2010

COMUNICADO IMPORTANTE...

Muitas vezes em nossas vidas, somos obrigados a fazermos escolhas e ficar entre dilemas.
E devido a tradicional rotina de trabalhos, estudos e família, para não haver a desatualização das matérias e o longo período de lançamento entre uma edição e outra, a estrutura do New Horizons foi alterada para que o fanzine não perca a sua qualidade e conteúdo, a partir de julho ficará da seguinte forma:
• A edição impressa deixará de existir, mas a intenção é que no futuro todo o conteúdo do zine (desde as primeiras matérias de 2007 até os dias de hoje) sejam disponibilizados de forma gratuita em PDF;
• No mês de julho a nova edição do New Horizons será lançada, tendo o mesmo conteúdo de anteriormente, com entrevistas, resenhas de álbuns, livros, shows, news, entre outras coisas, mas de uma forma um pouco diferente, pois toda a semana serão publicadas matérias inéditas, visando uma maior interatividade com o público, pois fora percebido que os acessos vem sido mais constantes, e esta é uma forma de agradecer e presentear a todos que mantém esta fidelidade com o fanzine com matérias inéditas e atualizadas;
• E além das matérias semanais, as enquetes estarão de volta para que através delas sabermos o que os leitores querem em relação a conteúdo.

Aguardem o lançamento da nova edição do New Horizons, pois muita coisa boa vem por aí e continuem acessando o blog!

19 de abril de 2010

ÁLBUNS CLÁSSICOS DO METAL NACIONAL NA SCYPHER MAGAZINE

Neste mês de abril, a Scypher Magazine através da coluna The Race comenta três álbuns clássicos de três bandas nacionais que fizeram (e ainda fazem) a cabeça de muitos headbangers no final dos anos 80 e início dos 90: Taurus com Trapped In Lies, Leviaethan com Smile e o Viper com Evolution.

A resenha destes trabalhos podem ser conferidas através do link abaixo:
http://www.scypher.com.br/pt/17/a2ec3d74f9c2789190695f59e95311e2


9 de abril de 2010

REVISTA ROCK POST É COMENTADA NA THE ROCKER...

Neste seu décimo sexto número esta revista que tem na sua frente de comando a também vocalista da banda Status, Fernanda Duarte, consiste em trazer o melhor do Rock And Roll em todas as suas vertentes, sem radicalismos e com muita informação, com entrevistas, discografias, curiosidades e muito mais!
Confiram a resenha da revista no link abaixo:


1 de abril de 2010

MÁRCIA STIVAL É A NOVA ENTREVISTADA NA THE ROCKER

Márcia Stival (foto), a nossa entrevistada desta semana, é Assessora de Imprensa, que tem entre seus clientes as bandas de rock Mindflow e Mutantes. E neste bate papo, ela nos conta um pouquinho da sua história, o por que de estar neste meio e como nossos entrevistados sempre nos surpreeendem, ela encerrou a matéria com uma frase que me fez querer correr ainda mais atrás do meu sonho, e que pode servir para vocês lutarem pelos seus!
Confiram a matéria através do link abaixo:

http://redeultra.com.br/therocker/2010/04/01/entrevista-marcia-stival/


22 de março de 2010

THE ROCKER NO PROGRAMA TUDO AO VIVO

THE ROCKER, ou João Messias(foto), é o entrevistado do programa Tudo Ao Vivo do dia 22/03. Dentre outros assuntos, o entrevistado contará um pouco de sua trajetória nestes 13 anos de divulgação da cena Underground, shows, entrevistas e muito mais. Além de The Rocker, estará no programa a banda Imperio Social.
O programa Tudo Ao Vivo é apresentado por Priscila Freitas, que ficou conhecida por seu trabalho no SBT no programa Dedé e o Comando Maluco.
Não percam dia 22/03 ás 20:00 programa Tudo Ao Vivo com The Rocker e a banda Imperio Social.


Foto: Kátia Bucci

19 de março de 2010

COSMU: O MAIOR PORTAL DE INTERATIVIDADE MUSICAL DA REDE

Ondas sonoras e eletrônicas anunciam a chegada de um gigante. Com pisadas firmes, ele vai invadir, com permissões e convites, o mundo da música. Seu nome: COSMU! O MAIS NOVO PORTAL DE MÚSICA DA REDE!
O universo musical terá endereço fixo: www.cosmu.com.br. Os habitantes receberão visitas e novos moradores. Músicos, bandas e fãs terão amplo espaço para se comunicar e interagir através dos mais diversos canais, com privacidade e segurança.
Apaixonados pela música poderão se comunicar de várias maneiras: vendendo, comprando e divulgando músicas; compartilhando fotos de shows e eventos; trocando informações com profissionais do mercado da música; participando de comunidades; fazendo parcerias e se informando através de notícias do meio.
O novo Portal Social terá lugar pra todos os estilos e ritmos que poderão curtir o som da Rádio Cosmu enquanto navegam pelos diversos ambientes. Para se cadastrar, basta preencher o formulário e receber o código de ativação.
Em março, apenas 50 bandas pré-selecionadas participarão do site para, posteriormente, dar às boas vindas a todas as outras que quiserem entrar. Cada banda, músico ou fã, poderá criar seu perfil para interagir com os demais, divulgando, vendendo e proclamando música através de conteúdo colaborativo.
Música, interatividade comunicação e diversidade em um só lugar: www.cosmu.com.br

Veja em Alto e Bom Som
Lançamento do site: 22 de Março de 2010

Fonte: Cosmu Imprensa

15 de março de 2010

THE RACE E ENTREVISTA COM MINDFLOW BRINDAM O MÊS DE MARÇO NA SCYPHER MAGAZINE

Neste mês de março a Scypher Magazine vem com o melhor do Heavy/Hard através da coluna The Race e de uma entrevista feita com a banda Mindflow.
Na entrevista feita com a banda, eles nos contam sobre a primeira mudança em sua formação, a sensação de tocarem no festival americano Prog Power e sobre o seu novo trabalho: o álbum 365.
E a coluna The Race comentou álbuns das bandas Hangar, Acid Storm e Rosa de Saron,  que passaram pela difícil prova de encontrar um novo vocalista.
Confiram tanto a entrevista quanto a coluna visitando o site: www.scypher.com.br

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...