31 de agosto de 2012

ROSA DE SARON: TRILHANDO NOVOS CAMINHOS

Grupo de rock católico busca novas sonoridades com mais recente trabalho, O Agora e o Eterno

Por João Messias THE ROCKER

Capa do CD O Agora e o Eterno
Divulgação
Desde a sua fundação no final dos anos 80, o Rosa de Saron sempre primou por tocar música pesada, independente de rótulos e estilos. A banda iniciou a carreira fazendo Heavy Metal e após períodos turbolentos e experimentar novas texturas, se consolidou fazendo um Pop/rock que mescla baladas e temas pesados.

O novo trabalho, chamado O Agora e o Eterno mesmo tendo canções no estilo tradicional da banda como Casino Boulevard, Autor Desconhecido, Acenda a Luz e Distante do que Sou, aponta para outras direções.

É o caso de Ninguém Mais, dona de uma melodia “sertaneja”, tem tudo para ser um dos carros chefes do CD. Outra é a divertida Máquina do Tempo, que lembra Mulher de Fases (Raimundos). Além dessas duas músicas, nota-se um disco mais pesado e menos introspectivo que o anterior, Horizonte Distante, com uma grande atuação do vocalista Guilherme de Sá.

O cantor também assumiu a produção e pode ser considerado um dos responsáveis pelo sucesso conquistado pelo quarteto. Assim, só resta dizer que O Agora e o Eterno figura entre os melhores álbuns da banda e vai figurar na lista de melhores do ano de muitas pessoas, sejam fãs ou não.

23 de agosto de 2012

SÃO BERNARDO COMEMORA ANIVERSÁRIO COM MUITO METAL

Apresentação de grupos fez parte da comemoração do aniversário do município

Texto e fotos: João Messias THE ROCKER

São Bernardo do Campo comemorou 459 anos no dia 20, e nada melhor do que presentear o público com apresentações de arte e cultura. Para evidenciar a data, proporcionou três dias de música: um dia para o Rock, outro para o Rap e o encerramento com samba/pagode.

Cranial Crusher
E como o papo aqui gira em torno do rock, vamos falar apenas do dia que foi destinado ao estilo (18/08). Depois de chegar em cima da hora e quase tomar um tombo homérico, num Paço Municipal quase vazio, o Dr. Rock deu a benção inicial para a  maratona de 10 horas de música, que fez a felicidade de muitos rockers.

A primeira banda foi o Cranial Crusher, trio formado por uma rapaziada bem jovem, que apresentou um repertório baseado no Thrash/Hardcore com alguma coisa de Punk Rock. Usando e abusando de riffs “navalha”, mesclou sons em inglês e português, com destaque para as músicas A Queda, My Lai e a versão para Sofrer (R.D.P).

Chaos Inc
A próxima banda seria o Murder, mas a mesma cancelou a apresentação dias antes por ter encerrado às atividades. A mesma foi substituída pelo Chaos Inc, que estava lançando seu novo trabalho, o EP Death Train. 

Mesmo com baixista e vocalista convidados, deixaram uma boa impressão, pois essa formação deixou o som mais para o Death Metal, praticamente repelindo toda a aura Black que havia antigamente. Vamos torcer para que logo arrumem membros definitivos para continuarem sua saga.

Chaoslace
Já o Chaoslace, pratica o chamado Death Metal tradicional e nessa apresentação, além de estrear o novo baixista, Giovanni Fregnanni, que aliado aos remanescentes Leandro Nunes (Guitarra/Vocal) e Diogo Rodrigues (Bateria) despejaram sons dos seus quatro EP’s e versões monstruosas para Necromancer e Troops of Doom (Sepultura). 
Ainda estava só começando!

Guillotine
Adeptos do som oitentista, o Guillotine pratica uma mescla de Heavy/Thrash/Death, que vale de ótimas harmonias de guitarras e vocais crus. 

O quarteto  lembra  muito as bandas que a Woodstock lançou nos anos 80 e esta apresentação ficou marcada, pois foi apartir daí que o público começou realmente a aparecer. Se depender do material novo que a banda apresentou, que aliada a capa "generosa", vem um dos melhores discos do ano de 2012.

Necromesis
Havia uma grande curiosidade para assistir a apresentação do Necromesis, pois devido a um problema na mão, o baixista/vocalista Victor Próspero ficou apenas nas vozes, tendo nas seis cordas (sim, isso mesmo), Gustavo Marabiza (ex-Sakramento), e a banda mostrou que isso não seria problema.
Com a “faca nos dentes”, o quarteto executou sons de seus dois trabalhos, mostrando muita segurança, peso e virtuosismo. A apresentação encerrou com Demonic Source. O Necromesis é uma das bandas nacionais que já fazem por merecer uma tour pela Europa!

Depois de um hiato de mais de uma década, o Depressed vem buscando recuperar o tempo perdido. 

Contando com Giovani Venttura (ex-Corpses Conductor e Violent) nos vocais, a banda conta hoje com novos asseclas e fazem uma mescla bem feita de bandas como Death, Slayer e Morbid Angel

Que venham novos trabalhos com a mesma força e fúria.



Woslom
Uma das melhores apresentações do dia foi a dos thrashers do Woslom.

Recém chegados de shows pela Europa, o quarteto mostrou o porquê de tamanho status, numa performance energética, com coesão e raiva, os caras mandaram as faixas do debut Time to Rise, com destaque para a faixa título e Mortal Effect. 

O mais legal é que embora sejam praticantes do “80’s Thrash”, não ficam presos ao estilo.

Spiritual Hate
O Spiritual Hate foi o representante do Death/Thrash/Black. Contando com músicos “banhados em sangue” no melhor estilo Belphegor e Naglfar. Apesar da qualidade, não conseguiu manter o mesmo nível das apresentações anteriores.

Mas o quarteto possui além do visual, um som forte, que pode conseguir vôos mais altos, principalmente por ter em suas formações antigos membros do Chaos Inc.

Seven7'h Seal
Com quase 20 anos de estrada, o Seven7’h Seal fez apresentou uma formação diferente dos últimos shows. 

Contando com  o retorno do baterista Roberto Moratti e a participação do guitarrista Affonso Jr no lugar de Thiago Oliveira (apenas neste show), além de Gustavo Marabiza no baixo, Leandro Caçoilo no vocal e Tiago Claro (Guitarra). 

O repertório mesclou sons dos dois primeiros trabalhos, covers inspirados de AC/DC, Black Sabbath e Judas Priest. Posso dizer que hoje a banda vive o seu melhor momento!

Negative Control
Após o show de Leandro Caçoilo e Cia, foi o momento Punk/Hardcore do evento, que contou com a apresentação do Negative Control, que após anos parado, retornou com a mesma força de antes, com os músicos mais aprimorados em seus instrumentos. 

O quarteto soube ganhar a galera, graças aos discursos inspirados da vocalista Claudia.



Ação Direta
O que dizer do Ação Direta? Tudo que eu dizer vai soar redundante...mas vamos lá. 

Prestes a lançar o novo trabalho, o quarteto liderado pelo vocalista Gepeto, mescla a fúria do HC com bem vindas influências de Thrash, mandou verdadeiras pedradas como 10 Por Cento, No Poder, Massacre Humano e o encerramento com Entre a Benção e o Caos.

Uma apresentação que deixou os fãs de HC e Metal extasiados!

Antes do show do Ação Direta, o Dr. Rock anuncia o pessoal da banda Executer, que veio de Amparo (interior do estado) ao evento divulgar sobre o Executer Fest, que ocorrerá em outubro, que além deles contará com o Andralls, Sangrena e o retorno do MX!

Forka
MMA Metal

Essa seria a melhor forma de descrever o som do quinteto Forka! Com músicos insandecidos que pulam e agitam o tempo todo, o quinteto mostra o quão agressivo pode ser o Thrash Metal. Com músicas de seus dois álbuns como Blasphemy e covers para Slave New World e Angel Of Death (ambas com Leandro Nunes do Chaoslace dividindo os vocais). 

Os caras ganharam o público de vez quando o vocalista Ronaldo Coelho mandou o público formar um Wall Of Death. E foi prontamente correspondido!

Coube ao Necromancia encerrar o festival. 

Necromancia
O trio formado por Marcelo “Índio” D’Castro, Roberto Fornero e Kiko D’Castro mandou composições de toda a sua carreira, com destaque para Action/Reaction, Check Mate, No Way Out (música de maior sucesso da banda), Cold Wish, Death Lust, Overkill (Motorhead) e o encerramento com Greed Up to Kill. Mais uma vez mostraram que é um acaso não terem alcançado o mesmo patamar de nomes como Korzus e Sepultura, pois “Thashicamente” eles não devem nada a elas e nem a ninguém.

Com o fim dessa apresentação, terminou o sábado metálico em SBC, numa noite que não rolou treta (um princípio que logo foi interrompido), todos curtiram na boa e que o público compareceu em peso.

Não dá para não deixar de agradecer a Prefeitura do município pela estrutura para as bandas, ambulâncias, banheiros, enfim, tudo que um evento merece ter. Espero que esses shows continuem, o que continuara fazendo a alegria de muitos bangers.

15 de agosto de 2012

KROW: BRUTALIDADE REFINADA


Novo trabalho dos mineiros aposta em temática sofisticada e som mais refinado

Por João Messias THE ROCKER

O quarteto mineiro Krow, formado por Guilherme Miranda (G/V), Lucas The Carcass (G), Humberto Costa (B) e Jhoka Ribeiro (D) apostou numa temática não usual para o seu novo trabalho: a escravidão.

E com esse conceito fizeram o seu melhor trabalho até o momento. Traces of The Trade marca o amadurecimento do Death/Black pelo quarteto, que também pensou na arte gráfica, que é uma das melhores lançadas nos últimos tempos.

Em entrevista, a banda comentou sobre a concepção do trabalho, músicas e sobre a participação de Álvaro Lillo (Watain/Undercroft).

Confiram:

KroW
Foto: Divulgação
NEW HORIZONS ZINE: Antes de falar do novo trabalho, conte-nos da repercussão do giro que fizeram pela Europa promovendo o debut Before The Ashes e do show que fizeram no Chile com o Dimmu Borgir no Chile.
KroW: O Before the Ashes foi o nosso primeiro full, o cartão de visitas, é o que fez a banda existir de fato e abriu portas para que fizéssemos vários shows de maior porte. O disco repercutiu bem fora do país, tivemos boas resenhas. Fazer turnês sempre agrega muita coisa à banda e não foi diferente conosco. Já o show no Chile rolou no lançamento de Traces of the Trade e foi uma experiência fantástica, vivenciamos uma parada muito foda, show lotado, pessoal gritando o nome da banda, pedindo autógrafo, etc. É algo que não normalmente não se espera tocando Death Metal ...

NHZ: Para angariar recursos para a gravação e materialização de Traces of The Trade voes foram atrás do financiamento do ministério da cultura. Como foi esse processo e se enfrentaram algum preconceito para a aquisição deste benefício?
KroW: Esse programa é uma lei, que é a “Lei Municipal de Incentivo à Cultura”. Entramos em um edital público, nos inscrevemos e cumprimos todos os processos burocráticos necessários. Dessa forma fomos contemplados. Não sofremos nenhum tipo de preconceito, pois tivemos uma postura profissional durante todo o tempo. Por mais que ainda tenha uma resistência grande ao metal extremo, atualmente eu não vejo tanto preconceito com bandas pesadas como já foi em outros tempos, apesar de que ainda existe bastante, mas vejo as coisas de maneira mais otimista hoje em dia.

NHZ: E falando no processo do álbum, que tem como tema a escravidão. O que os motivaram a escrever  e se consideram o assunto atual nos dias de hoje?
KroW: Se pensarmos no quanto o processo de acumulação capitalista, principalmente  a partir da década de 70, se baseia no endividamento da população, esse assunto é mais do que atual, fora a escravidão que ocorre de fato ainda em algumas regiões do país. O que realmente nos motivou a escrever sobre isso, foi o fato de buscarmos uma identidade para a banda, de acordo com tudo o que vivemos em nossa região, ao analisarmos a influência da formação de nossa sociedade através desse prisma do escravismo, migração de populações e de toda a violência praticada por essas terras.     
        
NHZ: O trabalho foi gravado em Goiás, no Rock Lab, com Luiz Maldonalle. Por que gravarem em outro estado ao invés de sua terra natal?
KroW: A escolha do estúdio se dá por alguns fatores. Dentre eles podemos destacar o fato de que temos uma grande afinidade não só musical, como pessoal com os produtores de Goiânia e diante da proposta musical do disco, chegamos à conclusão de que seria o estúdio o qual atenderia melhor aquilo que almejávamos.

Capa Traces of The Trade
Divulgação
NHZ: Não poderia deixar de comentar do álbum físico, que vêm num digipack caprichado e com um dos melhores trabalhos gráficos dos últimos tempos, cuja arte da capa foi feita por Costin Chioreanu (Twilight 13 Media). Como chegaram até ele e como foi passar este conceito para ele “materializá-lo”?
KroW: O Costin já é um amigo, ficamos muito próximos já que ele é o designer da Axa Valaha que é nosso selo e agência na Europa. A gente trocou muita idéia e material desde a tour do Before the Ashes, e o Costin entrou muito no clima, na proposta e na atmosfera do disco. Até que ele veio com essa arte, que na verdade é um quadro enorme pintado à mão, tínhamos esse lance na mente e quando ele chegou com isso ficamos impressionados com o resultado. Tudo rolou naturalmente, trabalhamos em grupo e a coisa funcionou.

NHZ: Ainda falando do projeto gráfico, temos uma frase que podemos dizer que é uma espécie de Prefácio, que são palavras do Cientista Social Cristhian Adèwalé, onde faz uma associação do tema á cidade da banda, Uberlândia. Esse texto foi feito exclusivamente para o disco ou fora extraído de algum livro?
KroW: Sim, esse texto foi feito exclusivamente para o disco. O Cristhian é um dos maiores cientistas sociais que eu conheço e ele sempre se interessou pelo trabalho do KROW. Somos amigos, e já trabalhamos juntos. As ideias foram fluindo e achei que ninguém melhor do que ele para escrever um prefácio para o álbum. Além do mais ele escreve muito bem e participou de todo o processo, discutimos as letras, mostrei pra ele todas as músicas ainda em fase de pré-produção, e assim ele ficou a par de tudo e escreveu esse prefácio pra gente. Na verdade ficou bem maior do que isso, mas tivemos que adequar à arte,  tamanho da embalagem e por aí vai.

NHZ: Musicalmente o som de vocês está mais forte e ao mesmo tempo refinado, o que mostra o poder da atual formação. O que eles trouxeram de novo ao som do Krow?
KroW: Muita coisa rolou com a banda. Sinceramente a gente não estava satisfeito com algumas coisas, os maiores críticos do KroW somos nós mesmos. A nova formação, então, trouxe um novo gás e alinhamos a proposta musical de maneira intensa, a química está forte entre todos, as influências de cada um estão no disco, e somado a isso, a maturidade que adquirimos com o tempo. Nada melhor do que a estrada para somar à uma banda o que ela precisa para crescer.

NHZ: Um dos grandes destaques do disco é a faixa Retaliated, que conta com a participação de Álvaro Lillo (Watain), com vozes agonizantes, chegando a lembrar um escravo sendo castigado. Por que o escolheram para a participação e se já tinham essa linha de voz para a composição?
KroW: O Alvaro também é um grande amigo, já fizemos uma tour com a outra banda dele, o Undercroft. Estávamos afim de ter uma participação desse porte no disco, ainda mais de um cara tão próximo. Pouco tempo antes de entrar em estúdio acabamos por decidir que Retaliated seria a música. Enquanto estávamos gravando enviei o som pra ele, que retornou com toda essa linha vocal que agradou muito, mixamos e ficou assim. Essa é uma das minhas faixas preferidas nesse álbum.

NHZ: Outro destaque nesta faixa é o seu refrão que está num dialeto africano. Como chegaram nele e viram que era uma boa para o conceito do disco?
KroW: Esse refrão surgiu em uma dessas nossas conversas com o Cristhian, ele aplicou um livro muito interessante e eu e o Humberto entramos de cabeça nisso. De acordo com a letra da música, o Humberto selecionou algumas passagens e essa foi a que mais se encaixou. 

NHZ: Como a escravidão é um tema nacional, o que os gringos acharam do conteúdo lírico de Traces of The Trade?
KroW: Até agora a repercussão tem sido a melhor possível, as pessoas se interessam muito pela história do Brasil de maneira geral. E não somente a história brasileira, pois esse tema engloba todo o comércio transatlântico, realmente os comentários têm superado as expectativas.

NHZ: O primeiro trabalho foi lançado no exterior pelo selo Axa Valaha. Pretendem manter a parceria para lançar Traces na Europa?
KroW: Sim, com certeza, a parceria está mantida. A Axa esse ano ainda deve lançar alguns materiais da banda em outro formato e teremos outros selos que irão distribuir o disco e expandir o alcance de Traces of the Trade.

NHZ: Para encerrar, em alguns discos das bandas de Uberlândia, vejo a inscrição do Triângulo Satânico Mineiro. O que ele vem a ser?
KroW: O lance do Triângulo Satânico veio de muita zoeira e a coisa se concretizou. Direto a gente viajava junto, KroW, Uganga, Attero, Scourge, e por aí vai. E em todo lugar que a gente chegava rolava loucura demais, bebedeira, etc. Todas as bandas tinham um som muito porrada, até que se não me engano o Rodolfo da One Voice de Goiânia falou que galera do Triângulo era um lance Satânico, e citou esse nome. O Felipe CDC do DF falou num zine que aqui era o maléfico triângulo, e pegou, a gente zoava muito com isso, sempre foi bem massa. Existem vários nomes que identificam o som de bandas com uma região, e essa é a maneira que passamos a utilizar para dizer que o KroW é daqui.

NHZ: Muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores dessa publicação.
KroW: A gente é que agradece pelo espaço e gostaria de deixar aqui os links da banda para que os leitores possam acompanhar , entrar em contato e adquirir nosso material  – www.facebook.com/krowmetalzone (em like store tem todo o material da banda a venda) - TWITTER @krowmetalzone , esse ano ainda vamos fazer muitos shows e rodar bastante, espero ver vocês por aí! Hailz !!!

10 de agosto de 2012

INSTINCTED: SÁBIA MISTURA

Qunteto mescla Metal e Música Eletrônica harmonizando os dois estilos

Por João Messias THE ROCKER

Capa do EP Is All That I Am
Imagem extraída do site
Todas as vezes que ouvimos que essa ou aquela banda mescla Metal com ritmos eletrônicos, o primeiro impulso é NÃO escutar. Só que em contrapartida existe aquela frase que diz mais ou menos isso: "O primeiro pensamento devemos jogar fora" e cabe perfeitamente aqui.  

O quinteto formado por Rogerio Fergam (Voz/Samplers), Fábio Carito (Baixo e Voz), Rafael Sousa (Guitarra e Voz), Marcelo Bernat (Guitarra e Voz) e Roberto Santos (Bateria e Voz) fazem a mistura de forma consciente e harmônica, fugindo do lance da agressividade gratuita e do som de danceteria.

O EP chamado ... Is All That I Am é composto de 5 faixas que priorizam a energia e o equilíbrio, que na primeira audição se destacam os vocais de Rogerio Fergan, que prefere usar a sua voz natural, o que enaltece suas qualidades, e tem todo o suporte de um instrumental coeso, pesado e forte.
As melhores músicas são a energética Redden The Abyss Between Us e Nameless God que possui belas camadas de vocais. 

Junto com o UnblackPulse, uma das bandas "novas" mais legais que ouvi neste ano!

7 de agosto de 2012

HARD AND HEAVY: PARA FIGURAR ENTRE OS GRANDES


Novo portal é formado por pessoas experientes na cena e possui proposta diferenciada

Por João Messias THE ROCKER

O Hard And Heavy é o novo portal de conteúdo destinado ao público Rock/Metal!

Mesmo sendo um veículo destinado a este público, o site aposta em diferenciais como entrevistas com bandas que ainda não são grandes por aqui, além de contar com pessoas experientes na cena, como seus mentores: Luciano Piantonni e Silvia Curado.

Nesta entrevista com um de seus fundadores, Luciano Piantonni nos conta da idéia de montar o portal, planos e muito mais!

Confiram:

Hard And Heavy (Logo)
Divulgação
NEW HORIZONS ZINE: Luciano, como surgiu à idéia de montar o portal Hard And Heavy e qual a sua proposta?
Luciano Piantonni: Escrevo desde 1996. Comecei com zines em Santo André, depois fui para sites, jornais e em 2006 eu estava colaborando na Roadie Crew. Fiquei entre os anos de 2006 e 2007. Em seguida fui para a Rock Brigade, onde escrevo desde então. Lá sou redator e muitas vezes, fotógrafo. Sempre tive a ideia de montar um site, mas sempre tinha algo pra atrapalhar (na questão de falta de tempo). Aí, no fim do ano passado, eu e a Silvia (Curado, a outra editora do Hard And Heavy) decidimos criar o site. Legal que tudo foi bem dividido nas idéias: até mesmo o logo foi pensado a dois! A proposta é divulgar a cena, sem, se prender a rótulos e estilos. Apesar do nome, o site vai abordar do Rock ao mais extremo Metal, passando por Punk, Hardcore, Metalcore, e daí por diante!

NHZ: O portal tem em seu cast pessoas respeitadas e reconhecidas da cena como Henry Ho e o designer João Duarte. Como foi a escolha dos membros para compor o Hard and Heavy?
Luciano: Foi natural, são pessoas que conheci por meio do meu trabalho. Além de escrever e fazer fotos para os veículos quais já citei, tenho uma assessoria de imprensa, então foi fácil achar esses caras. 

NHZ: O Hard and Heavy tem trazido matérias de bandas que são grandes lá fora, mas que ainda possuem pouca visibilidade no Brasil como o Huntress. Qual o critério para a escolha das entrevistas?
Luciano: Estou sempre antenado com as coisas que rolam lá fora, sem essa de ficar preso a estilos e tal. E o grande barato é você poder apresentar uma puta banda como o Huntress para as pessoas!
E não costumo pensar sobre essa ou aquela que será entrevistada. Vai do momento e da oportunidade. A Jill (Janus, vocalista do Huntress) já mantém contato comigo há um tempo, então foi algo fácil. Graças aos meus trabalhos, é fácil conseguir isso.

NHZ: Apesar do pouco tempo no ar, como está à repercussão do portal e o que podemos esperar para o futuro?
Luciano: Tem sido bem legal! As pessoas têm enviado mensagens, e-mails, elogiando e comentando. Espero que o site cresça mais e mais, afinal, é o que eu gosto de fazer!

Mike Muir e Luciano Piantonni
Foto: Divulgação
NHZ: Acompanho o seu trabalho desde o tempo que assinava como Luciano Alemão, quando escrevia para alguns pequenos jornais no ABC numa época que não tinha internet e essa era uma das alternativas para buscar por novidades. Quais as maiores lembranças que tem daquele tempo?
Luciano: Poxa, João, que legal! Valeu! Então, quando comecei a ter matérias em mídia impressa, dava aquele frio na barriga. Depois que fui para as revistas, e os outros jornais, a coisa foi tomando uma dimensão maior, e hoje só trabalho com isso. Talvez eu possa dizer que de bom, tinha aquela coisa de não ter muita cobrança. Hoje a responsa é maior! (risos)

NHZ: Hoje entre outros trabalhos você escreve para a revista Rock Brigade, que depois de um tempo de incerteza, está reencontrando seu caminho. Como foi começar a trabalhar na revista logo no começo da crise e qual a sensação de estar ajudando à mesma a reerguer?
Luciano: Eu acompanho a Rock Brigade desde 1986, quando a revista começou a sair nas bancas, deixando de ser fanzine. Sempre comprei a revista, e depois de tantos anos fazer parte dela, era como um sonho. Fico feliz que a mesma esteja voltando a ter força! 

NHZ: Obrigado pela entrevista! Deixe uma mensagem aos leitores dessa publicação?
Luciano: Obrigado a você pelo espaço e esse trabalho que você desenvolve! Então, que todos continuem apoiando os sites, revistas, zines, shows, porque se for depender de uma mídia maior, esquece, eles não estão nem aí pra nós! Valeu!

3 de agosto de 2012

MANU LITTIÈRY: FEITO DE CORAÇÃO


Debut album Menina do Espelho foge do ponto comum dos trabalhos do estilo lançados recentemente

Por João Messias THE ROCKER

A Menina do Espelho, primeiro álbum da cantora Manu Littièry consegue fugir do padrão de trabalhos lançados recentemente. Para isso, Manu não criou formulas e invenções mirabolantes, apenas boas músicas que ora transitam entre rock, metal e baladas.

Para a concepção do álbum, Manu Littièry contou com um time de músicos competentes: o guitarrista Alessandro Alves “Fuminho”, o baixista Arthur Dias e o baterista Ricardo César e para o “recheio” da sonoridade contou com um dos maiores produtores do país: Thiago Bianchi, vocalista da banda Shaman.

Algumas muito especiais como a pesada Insônia, a sentimental Mandy e o hit do álbum: É Assim que É, que une fãs de música de diversos segmentos.

Nesta entrevista, a vocalista nos conta das músicas, conceito, planos para o futuro e muito mais!

Confiram:

Manu Littièry
Foto: Divulgação
NEW HORIZONS ZINE: Você demorou cerca de três anos para compor o material de A Menina do Espelho. Como foram os primeiros esboços? Você já tinha todo o conceito do álbum na mente?
Manu Littièry: Não. Muito pelo contrário. Nunca tive um conceito pronto. A primeira música que fiz foi “As Coisas Que Eu Vivi”. Fiz a letra, e dei para o meu guitarrista, Fuminho, que compõe comigo.

Ele construiu a melodia em cima da minha letra. Nasceu o primeiro esboço. Depois começamos a nos encontrar pra compor e funcionamos melhor trabalhando juntos.

Foi assim que as músicas começaram a tomar vida.

NHZ: E depois desses esboços, qual à sensação de ver todas aquelas linhas transformadas em CD, capa e encarte?
Manu: É incrível! Não dá para descrever. O processo inteiro foi maravilhoso. É maravilhoso ver o resultado, de muito trabalho em equipe, finalizado.

NHZ: Analisando o trabalho, se percebe uma preocupação muito grande com a família, o que é refletido nas letras do álbum. Para você, qual a importância da família para o indivíduo, independente de seu estilo ou carreira?
Manu: Família é a base de tudo. Eu não seria nada sem a minha família.

NHZ: Vamos falar um pouco das músicas, Insônia, uma das mais pesadas e que conta com a participação da cantora Débora Reis, que também participa em outras faixas do álbum. Como surgiu a idéia dos duetos para o trabalho?
Manu: Eu trabalhei com a Debi no Uruguai, numa peça chamada “Mulheres à Beira de um Ataque de nervos”. Nós ficamos no mesmo quarto durante a viagem e nos tornamos muito amigas. Ela é uma grande cantora, trabalha com a Rita Lee há anos e foi a pessoa que mais me incentivou a compor as minhas músicas.

Eu estava muito triste um dia, porque não tinha passado num teste para um Musical. Ela me disse “Para com isso, você precisa fazer suas músicas, esquece essa vida de Musical. Vai fazer o que você sabe fazer e não depender dos outros para conseguir cantar”!

Comecei a levar minhas composições a sério, uma semana depois. Então pra mim, sempre foi óbvio que a Debi tinha que fazer parte de alguma faixa.

Capa do álbum A Menina do Espelho
Divulgação
NHZ: Mandy também é especial, por se tratar de uma homenagem a uma pessoa próxima. Com foi fazer essa canção e qual o gosto de ter “musicado” seus sentimentos e emoções?
Manu: A Mandy era minha prima querida. Ela virou um anjinho aos 18 anos e eu sofri demais. Sempre quis escrever uma música para ela e não conseguia.

Foi muito difícil, ainda é!

Mas fiquei feliz com o resultado, gosto dessa música. E musicar meus sentimentos é uma das coisas que mais gosto de fazer na vida.

NHZ: A música que eu mais gostei foi É Assim que É, pela melodia fácil, que foge do esquema de “disco de rock”, e poderia até ser direcionada para o público infantil. Já pensou nesta possibilidade?
Manu: Nunca pensei na possibilidade de ter uma música que agrade o público infantil. Mas acho que seria bem legal.

Existem coisas que não são mutáveis, você tem que aceitar. Porque é assim que é. Eu demorei para aprender isso.

Se essa frase fizer algum sentido para as crianças, ficaria muito feliz.

NHZ: A gravação do trabalho privilegiou a sua voz. Quais álbuns que te inspiraram a ter essa  produção, assinada por Thiago Bianchi?
Manu: Muito obrigada! Nenhum álbum me inspirou.

O Fuminho, é a minha alma gêmea da música. É quase impossível ele me entregar uma melodia que eu não goste. E trabalhamos muito bem juntos. 

Acho que nossas inspirações vieram dos artistas e discos que gostamos como Iron Maiden e Dream Theater.

NHZ: Como estão os shows para promover A Menina do Espelho?
Manu: Quero fazer mais shows. Quero fazer muuuitos shows! Fizemos dois shows antes do lançamento depois fizemos um show de lançamento e no mês passado fizemos outro para ajudar um projeto de proteção aos animais.

No momento estamos pensando numa turnê.

Débora Reis e Manu Littiery
Foto: Divulgação
NHZ: O álbum foi lançado no ano passado pela Voice Music. Passado esse tempo, como avalia sua repercussão e o que tem achado do trabalho do selo?
Manu: Antes do CD ser lançado, nós trabalhos muito com divulgação na internet.

E tivemos um retorno incrível. Não dá pra ter ideia da proporção que a internet toma. Ficamos em primeiro lugar no MySpace por quase duas semanas.

O disco está indo bem. Estou muito feliz com o resultado.

NHZ: Já tem planos para um novo trabalho?
Manu: Sim. Queremos gravar dois vídeo clips ainda esse ano. E ano que vem pretendemos começar a trabalhar num novo álbum.

NHZ: Para encerrar, você montou um perfil nas redes sociais contra a violência com os animais. O que pensa sobre aqueles que abusam deles, que confiam cegamente em nós e se enxerga uma solução para isso.
Manu: Eu sempre me identifiquei muito com essa causa. Sempre disse a mim mesma que se algum dia eu tivesse algum recurso para poder ajudar, eu ajudaria. O que faço ainda é muito pequeno, mas já é um começo.

As pessoas que maltratam os animais tem muito pouco conhecimento sobre a vida, na minha opinião. E realmente acredito que um ser humano que entende que o animal é um ser que merece respeito, automaticamente aprende a se respeitar e a respeitar o próximo. Isso está ligado a miséria cultural e social do nosso país.

É disso que as pessoas precisam, entendimento para expandir a consciência.

NHZ: Obrigado pela entrevista! Deixe uma mensagem aos leitores desta publicação.
Manu: Eu que agradeço! Escutem ROCK!!! Faz bem para a alma!

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...