27 de outubro de 2009

SHADOWSIDE É ATRAÇAO DO COMBO: FALA + JOGA DA PLAY TV‏

Shadowside é atração esta noite na PlayTV!
Dando sequência a longa maratona de entrevistas para divulgação do novo álbum Dare to Dream, os integrantes da banda brasileira Shadowside invadiram o estúdio da PlayTV para um bate-papo descontraído com a apresentadora Bianca Jhordão durante o programa Combo: Fala + Joga, que vai ao ar, nesta terça-feira, dia 27 de outubro, às 22h, pela PlayTV.
No programa, além de entrar no mundo dos games, a vocalista Dani Nolden e o guitarrista Raphael Mattos falaram do processo de produção, composição e a receptividade de seu mais recente trabalho, as longas turnês internacionais, projetos, carreira e muitas curiosidades.
Confira a divertida participação da Shadowside no Combo: Fala + Joga sintonizando a PlayTv canal 86 na SKY em rede nacional ou via streaming pelo
www.playtv.com.br.
Reprises: Quarta-feira (28/10) às 06h30, 12h ou 17h.
Sobre a PlayTV A PlayTV é um canal especializado em música e games, cuja programação é transmitida 24 hora. Além disso, pode ser vista gratuitamente, por streaming, pelo site
www.playtv.com.br. Com conceito criativo e uma linguagem jovem, o conteúdo aborda o mundo dos jogos eletrônicos com as novidades do mercado, a cena da música nacional e internacional com todos os lançamentos dos videoclipes, além dos bastidores das maiores produções do cinema mundial.

Foto: Divulgação

17 de outubro de 2009

EDITORIAL...

EU CONTINUO DE PÉ...

Pegando uma carona no título de um disco da banda Resgate, venho apresentar a quarta edição do NEW HORIZONS ZINE, onde procuro trazer o que de melhor vem ocorrendo nesse tal de rock and roll, e para variar procurei trazer uma variação de estilos para as entrevistas, onde contamos com os góticos do Errana, os cariocas do Madre, que mandam um rock and roll muito bem elaborado, os santistas do Shadowside, que lançaram um excelente álbum, Dare to Dream e os paraibanos do Rest In Disgrace, que prometem muito com o seu Death Metal hiper técnico!
Curiosamente, a exceção do RID, as outras bandas possuem mulheres em sua formação... algo não planejado(risos)!!!!
Além das entrevistas, temos as seções Separate Ways com Helloween e Masterplan, Underground Meets Mainstream com Antestor e Michael W. Smith, além das “clássicas” Old And New Songs/Images, com um “crossover” de estilos, além de news, textos e muito mais!
Além do conteúdo, a capa e contracapa colorida foram mantidas, assim como o layout dos textos sempre estarem “limpos” para facilitarem a leitura das matérias!
Bom, é isso!
Aguardo suas cartas e e-mails!

João Messias THE ROCKER

Thanks To: Á Deus e Nossa Senhora, minha esposa Kátia, meus irmãos Fernando e André, papai e mamãe (que saudades), e aos velhos e novos amigos que aportam dia a dia!
Obrigado por acreditarem no New Horizons!

Contatos: Rua Professoar Antônio Seixas Leite Ribeiro - Acesso 24 - Bloco 166 - Apto 23 - Jardim Alvorada - Santo André/SP - CEP: 09180-110
Orkut: NEW HORIZONS ZINE

INFLUÊNCIAS SONORAS DESSA EDIÇÃO:

Chakal: Old Man His Own Jackal/Death Is A Lonely Business
Shadowside : Dare To Dream
Hangar: Infallible
Oficina G3 – Depois da Guerra
Libra: Até Que A Morte Não Separe
Remove Silence: Fade
Madre: Madre
Ravenland: And A Crow Brings Me Back
Kreator : Endorama

NEWS...

  • O Ultra Portal mudou de nome, agora se chama Rede Ultra , mas todo o seu conteúdo continua como no antigo site, inclusive a coluna THE ROCKER, que este mês comemorou seu segundo aniversário!
    Não deixem de conferir o novo site, que está mais moderno!
    http://www.redeultra.com.br/
  • Outro portal que mudou o seu nome foi o da Revista LunAttica, que passou a se chamar Scypher Magazine. Conheçam este site que assim como a Rede Ultra, pois faz um grande trabalho não apenas com o rock, mas com diversos segmentos musicais e culturais!
    http://www.scypher.com.br/
  • Uma nova opção de web radio que merece ser visitada é a Radio Shock Box, que diariamente trás o melhor do Heavy Metal nacional e internacional, desde bandas Hard/Aor como bandas de Thrash/Death Metal.
    http://www.radioshockbox.com.br/
  • A banda cristã Combate Vertical lançou este ano seu primeiro trabalho chamado Imagem de Deus que trás um rock energético, que vai do gospel ao Prog Metal, com músicas coesas e um ótimo trabalho dos músicos!
    http://www.combatevertical.com.br/
  • Alguém aí se lembra da cantora de Black Metal Lullaby? Pois é, a moça tinha um grande nome na cena Underground na década de 90, tendo concedido entrevistas para muitas publicações nacionais e internacionais, além de ter aparecido em alguns programas de TV. Pois é, Lullaby ainda está na ativa, e está na procura de músicos para apresentações ao vivo. Segue o site para contatos:
    http://www.lullabylullaby.com/
  • Outro grande batalhados dos anos 90, Claudio Tibérius, que ficou conhecido por seus trabalhos com as bandas cristãs Berith e Death Poems, lançou seu próprio site, onde conta sua biografia, e a história do Christian Metal Force, muito conhecido pelos bangers “da antiga”, onde eu cheguei a assistir muitos shows!
    http://www.claudiotiberius.com.br/

    NEWS EXTRAÍDAS DOS SITES DAS BANDAS/ARTISTAS CITADOS ACIMA!

INTERVIEW: MADRE

Grata surpresa este quarteto carioca!
Donos de um rock and roll energético com muitas influências dos anos 60 e 70 mesclados á nuances de outros estilos, mostram que estão no caminho certo, e que não será nenhuma surpresa se uma gravadora “major” acreditar no trabalho da banda!
Confiram entrevista feita com o baixista Rafael Monteiro e a vocalista Beatriz Teixeira!

NEW HORIZONS ZINE: Amigos, primeiramente saibam que é um grande desafio foi fazer esta entrevista, pois vocês são a primeira banda que entrevisto que toca um estilo diferente do que ouço atualmente, e para começar a nossa conversa, peço que apresente a banda e diga o por que do nome Madre.
Rafael Monteiro:
Bem, Vamos começar apresentando a banda.Temos na bateria Filipe Bonan, no baixo Rafael Monteiro, na guitarra Pedro Friedrich e no vocal Beatriz Teixeira. O nome Madre não tem um motivo em si, gostamos da sonoridade da palavra e se encaixou bem com a nossa idéia de simplicidade, é uma palavra curta e que remete à latinidade. Um outro ponto bacana do nome é que trabalhamos com um vocal feminino. Não escolhemos esse nome comercialmente nem conceitualmente.

NHZ: Ouvindo o CD demo de vocês, vi muitas qualidades, e achei até um desperdício de talento vocês estarem ainda no circuito independente, pois o rock and roll de vocês pode juntar na mesma roda bangers e e pessoas que curtem qualquer tipo de som, como foi chegar no resultados que ouvimos no disquinho?
Beatriz Teixeira:
Obrigada pelos elogios (risos).O resultado foi natural, as composições e letra são do Rafael e são ótimas e o arranjo é um trabalho em conjunto. Em todas as músicas pode-se encontrar o ponto forte da cada um de nós, as nossas influências pessoais, independentes das bandas em comum, como a preferência da Beatriz por um vocal mais blues, Pedro com a pitada progressiva, a brasilidade que o Rafael curte, e Filipe com sua pegada pesada.

NHZ: Ainda falando no som da banda, que é fortemente influenciado por bandas dos anos 60 e70, época em que somente os melhores gravavam, além de haver uma grande preocupação com o conjunto da obra, ou seja, as músicas, a produção, a capa, etc. Qual a opinião de vocês sobre a forma superficial das pessoas ouvirem música hoje?
Rafael:
Houve um desculturalização da música, não apenas no Brasil. As pessoas em massa não se preocupam em ouvir boas músicas, elas querem zoar, se divertir, de certa forma a música serve para isso, mas não apenas, ou não da forma como tem sido comercializado, com letras e melodias, arranjos e harmonias inexistentes. Acredito que com o tempo a própria sociedade mudará mais uma vez de conceito, o rock nem sempre foi visto como arte, estamos passando por mais uma transição cultural. O nosso trabalho continuará tendo o foco na qualidade sonora e visual, o que fazemos é arte e não comércio.

NHZ: E provando que vocês são preocupados com o todo, a capa do CD foi feita pelo baixista da banda, Rafael Monteiro, queria que ele nos contasse quais as inspirações para chegar na capa do trabalho.
Rafael:
A idéia de relacionar o nome Madre com o mito de que Rômulo e Remo teriam sido amamentados por uma loba veio do designer gráfico Marcos Alexandre, que cuidou do projeto gráfico do cd. Adorei a idéia, pois esse mito é muito rico em significados e causa um forte impacto visual, principalmente aos olhos mais conservadores.

NHZ: Comparando os tempos novamente, hoje temos muito mais formas de divulgar nossos trabalhos, seja através de sites, blogs, myspace, orkut, etc. O que vocês acham dessas parafernálias tecnológicas e se essas ferramentas são funcionais para a divulgação.
Rafael:
Nós achamos maravilhoso!! (risos) Divulgação nacional/ internacional e gratuita, facilita muito!! Com certeza tem beneficiado muitas bandas hoje em dia, no que prejudica de um lado, que é na comercialização dos cds e dvds, facilita com o acesso de qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo...

NHZ: Como eu já havia falado com o Bento Araújo(Poeira Zine) hoje temos um grande interesse no Classic Rock e levantando a bandeira temos grandes representantes como a banda PEDRA, a já citada Poeira Zine, e a revista Roadie Crew, que inclusive lançou uma edição especial, só com entrevistas “das antigas”, e aqui na minha cidade(Santo André) todos os meses tem a feira do vinil. Esse interesse é só passageiro ou vocês acham que veio para ficar?
Rafael:
Na verdade sempre existiu, ele tem aumentado por uma necessidade de muitos jovens que não querem consumir o que o mercado de massa comercializa. Esse interesse é como os de quem gosta de música clássica, blues, jazz, samba, choro, é um perfil de público e não modismo.
A indústria fonográfica está passando por fortes mudanças e por conta disso podemos ver uma reformulação de valores. Alguns músicos estão olhando para trás, revisando o que foi feito e retomando uma liberdade artística que havia se perdido pelo caminho.

NHZ: Como está a cena para shows aí no Rio de Janeiro?
Rafael:
Difícil, ainda mais por não ser uma banda da cidade do Rio. Local existe, o equipamento é o da banda, o nosso transporte não sai barato e fica complicado pagar para tocar, mas estamos sempre tentando.

NHZ: Essa é para a vocalista Beatriz Teixeira: como é a vida na estrada com três marmanjos?
Beatriz:
Por vezes complicada (risos). Eles não me ajudam com a roupa e nem com a maquiagem, normalmente quando me arrumo para os shows dizem que estou sempre linda, e nem passei o baton! (risos). Por outro lado, não ouço reclamações da unha quebrada ou do cabelo que está feio (risos), mas gosto de estar com eles, são divertidos e me apóiam muito! Eu cuido deles e eles cuidam de mim, como uma família.

NHZ: Nessa pergunta, citarei algumas bandas que de certa forma revolucionaram o rock ou nos fizeram voltar a ouvir nossos discos empoeirados e queria a opinião de vocês sobre elas: THE BLACK CROWES, BARÃO VERMELHO, THE STROKES, THE HELLACOPTERS e SECOS E MOLHADOS.
Rafael - The Black Crowes:
Grande banda dos anos 90.O mais legal é que continuam fazendo um ótimo trabalho ainda hoje. Warpaint (álbum mais recente dos caras) é lindo.
Barão Vermelho: Os trabalhos com o Cazuza são os que mais nos identificamos. Fizeram blues em português da melhor qualidade como “Down em Mim” e “Blues do Iniciante”.
The Strokes: Mais pose do que som (risos).
The Hellacopters: Vi o Hellacopters abrindo para o Deep Purple na turnê do Bananas. Achei que a banda manda muito bem ao vivo. Rock básico e divertido.
Secos e Molhados: Uma das Melhores bandas de todos os tempos. Som super original, letras maravilhosas e Ney é um cantor fantástico.

NHZ: Antes de encerrar, comente-nos sobre a aparição da banda em alguns programas de TV. O que eles trouxeram de divulgação para a banda e como surgiu a oportunidade.
Rafael:
Tocamos em programas de TV da região serrana do Rio e no dia 4 de maio no Atitude.com da TV Brasil, que passa em várias cidades. Os programas foram super positivos, projetaram a nossa imagem e idéias e isso também é importante para o público saber quem faz a música e o que pensa. As oportunidades surgiram com a banda correndo atrás mesmo, enviando material para as emissoras, divulgando cada vez mais.

NHZ: Muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine.
Rafael:
Foi um prazer responder à entrevista! E o mais importante é que o trabalho independente precisa e agradece muito a vocês! Paz, amor e muito rock’n’roll!!!
www.myspace.com/bandamadre

MADRE – IDEM
INDEPENDENTE – NAC


Ai se todo desafio fosse prazeroso como ouvir este EP deste quarteto carioca...o mundo seria mais fácil e gostoso de viver!
Quando digo desafio, se trata de um estilo que não estou muito habituado a ouvir, mas os caras ( e a mina) facilitaram a minha vida destilando um rock and roll que soa ao mesmo tempo vigoroso, dançante e viajante, devido as suas influências diversas de blues, MPB, rock nacional dos anos 80, classic rock, enfim, beberam nas melhores fontes!
A tarefa árdua aqui é destacar as faixas, mas ouvindo com calma e procurando usar a razão (como se fosse fácil) destaco o hit Infância Perdida, que conta com um show da vocalista Beatriz Teixeira, mas Encruzilhada nos faz sentir saudade dos anos 80, só que o trabalho todo vale a pena ser conhecido!
Cruzo os meus dedos no aguardo de um CD “cheio”, pois o quarteto já faz por merecê-lo!

ENTREVISTA E RESENHA: THE ROCKER
FOTO: DIVULGAÇÃO

OLD AND NEW IMAGES...

QUEENSRYCHE – OPERATION LIVERCRIME
EMI – NAC (9,0)


Com o estrondoso sucesso do álbum Operation: Mindcrime(que chegou a receber uma segunda parte anos mais tarde), a banda gravou um VHS tocando o álbum na íntegra, que felizmente em 2001 recebeu sua versão em DVD.
Gravado em 1991, com a banda em seu auge, Operation:Livecrime nos trás mais que músicos estáticos reproduzindo perfeitamente as canções, e sim uma banda fiel ás músicas e transmitindo muita energia á multidão ali presente, principalmente o vocalista Geoff Tate e os guitarristas Michael Wilton e Chris de Garmo!
Outro atrativo do show são os efeitos especiais que aparecem nos telões, narrando as cenas dos personagens da trama: Dr. X, Nikky e Sister Mary, coisa que quase 20 anos depois ainda consegue surpreender.
Só que como disse anteriormente, a performance da banda é avassaladora e músicas como Revolution Calling, Suíte Sister Mary, Breaking The Silence e principalmente I don’t believe in love e o encerramento com Eyes of the Stranger nos ganham por completo, pois se o trabalho em estúdio beira a perfeição, a sua versão ao vivo é muito melhor, pois a energia que este quinteto emana, é no mímimo sobrenatural!
Nos extras, uma entrevista com o vocalista Geoff Tate, feita em 2001, onde ele relata sobre as suas influências e discografia.
Você que acha que o prog metal vive apenas de Dream Theater e Symphony X, conheçam o som deste hoje quarteto de Seattle!

STRYPER – GREATEST HITS – LIVE IN PUERTO RICO
AZUL MUSIC – NAC (9,0)

Após mais de uma década separados, Michael Sweet(G/V), Oz Fox(G), Tim Gaines(B) e Robert Sweet(D) decidem após muita conversa e reflexão trazer o Stryper de volta, e nesta época fora lançada a coletânea Seven, e para promovê-lo a banda fez uma tour mundial, que passou pelo Brasil, e para comemorar a volta, o quarteto(acompanhado de um tecladista) fazem um mega show em Porto Rico(um dos países onde a banda possui mais fãs) e lançam um excelente DVD!
Gente, que show, que nem parece que a banda ficou tanto tempo separada, pois o entrosamento e energia são incríveis, principalmente do vocalista Michael Sweet, que deixou de lado sua postura sexista dos tempos de Live In Japan, para se tornar um verdadeiro frontman, cativando-nos a cada música como em Free. Honestly, Calling On You, Reach Out, To Hell With The Devil , Soldiers Under Command, e claro a distribuíção de bíblias e a pregação de Michael Sweet, que dá par aver numa boa sem soar piegas ou maçante!
Talvez muitos chiarão pela falta de hinos como Two Time Woman, Lady e I Believe In You ou pelo visual de alguns dos integrantes da banda (Michael e Tim), onde figuram com roupas “normais”, mas que provam que não é necessário ter visual para fazer um show com atitude e feeling!
Depois deste trabalho, a banda lançou o excelente Reborn, com Tracie Ferrie no lugar de Tim Gaines, e recentemente lançou Murder By Pride, que conta com a arte da capa feita por um artista brasileiro, e como curiosidade, a primeira parte da tour será feita pelo baixista original...e quem sabe temos a gravação de um novo trabalho, já que se vão cinco anos que eles gravaram este show!

IN FLAMES – USED AND ABUSED: IN LIVE WE TRUST
LASER COMPANY – NAC (8,5)


Há mais ou menos uma década atrás ,e lembro de ter ouvido os álbuns Colony e Clayman na casa de um amigo, e nesta época já era possível notar novos elementos na música da banda, como uma maior variação nos vocais de Anders Frieden e um maior groove nas guitarras de Bjorn Gelotte e Jesper Stormblad, e com o lançamento dos CD’S Reroute To Remain e Soundtrack To Your Escape esses elementos se tornaram ainda mais latentes, causando a repulsa de alguns antigos fãs e o ganho de muitos novos, provando que é possível atualizar sua música sem perder a “pegada” de antigamente!
O pacote com dois DVD’S e dois CD’S(o áudio dos shows) é um deleite para os apreciadores do conjunto da obra, pois tudo vem embalado num box com um encarte com muitas fotos e informações, bem profissional mesmo!
Embora a primeira impressão assuste um pouco ao vermos a banda usando “uniformes de posto de gasolina” e o vocalista com uma postura de Jonathan Davis (Korn), a banda arrebenta ao vivo, como quem pode perceber quando os suecos vieram ao Brasil no início deste ano!
São dois shows: o primeiro mostra a banda numa enorme casa de shows (na época estavam abrindo os shows do Judas Priest), e com uma produção absurda e uma banda que detona, principalmente Anders, mostrando se um verdadeiro frontman, e o segundo show, numa casa de shows bem menor para cerca de 250 pessoas, algo inimaginável, mas que nem por isso não deixa deser um grande espetáculo, mais uma vez quebrando a regra que não são os locais que fazem uma banda brilhar, além de clipes e um documentário feito pelo site de fãs da banda.
Enfim, como disse no início desta resenha, os caras souberam se atualizar sem abandonar as suas origens.
Ótimo!!!


GOTTHARD – MADE IN SWITZERLAND
LASER COMPANY – NAC (9,0)


Quando a banda passa por um grande momento, deve aproveitar para filmar esta boa fase, e os suíços o fizeram, e este feito se torna um item mais que obrigatório para os fãs de Hard Rock!
Gravado numa enorme casa de shows em sua terra natal, a Suíça, o quinteto acompanhado do tecladista Nicolo Fragile mostra que a banda é muito melhor ao vivo, transbordando energia, principalmente o vocalista Steve Lee, que corre de um lado para o outro, se comunica com a platéia, toca bateria numa parte do show, enfim, uma figuraça!
Mas nem só de Steve Lee vive o Gotthard, pois a banda faz execuções magníficas de várias fases de sua carreira, privilegiando o bem sucedido Lipeservice, como na abertura com All We Are, Dream On, Said And Done e o mega hit Anytime Anywhere, claro sem esquecer das antigas Heaven, Let It Be(linda), Homerun e os covers para Hush(Deep Purple) e Immigrant Song(Led Zeppelin).
Além do show, temos os clipes para Anytime Anywhrere, Dream On e Lift U Up (esse hilário), a banda comentando a produção dos vídeos, e um CD com o áudio do show, ou seja, imperdível!
Talvez esse tenha sido o auge da banda, que recentemente lançou um novo álbum, vamos ver se a boa fase continua, espero que sim!

RESENHAS: THE ROCKER

16 de outubro de 2009

INTERVIEW: SHADOWSIDE

"VITORIOSOS"
Acreditar em seus sonhos e ideais são a maior forma de realização do ser humano, seja ele na política, esporte, música, enfim, não importa o caminho, e sim a tentativa!
Esse quarteto santista é um grande exemplo disto, pois em oito anos de carreira já abriram shows para bandas do porte do Primal Fear e Helloween, já fizeram muitos shows no exterior (a banda tem um grande nome nos EUA), e com certeza conseguirão muito mais, se depender de seu novo trabalho, o excelente Dare To Dream, que já figura entre os mais vendidos lançamentos de metal do país!
Confiram entrevista feita com a vocalista Dani Nolden!


NEW HORIZONS ZINE: Olá Dani! Vamos iniciar a nossa entrevista falando do título do novo álbum DARE TO DREAM, cuja tradução seria ATREVEREM-SE A SONHAR, cujo significado tem tudo a ver com nossas vidas, em especial ao rockers, seja ele fanzineiro, blogueiro, músico, roadie, produtor que um dia sonham em viver o que realmente gostam de fazer. Eu por exemplo, tenho mais de 30 anos e jamais deixei de acreditar que um dia estarei escrevendo para uma grande revista ou jornal. Como foi chegar neste título, e por mais percalços que haja em nossas vidas, é possível realizar grande parte dos nossos sonhos?
Dani Nolden:
Eu acredito, sim. Por mais difícil que seja, eu acredito fortemente que sempre vale a pena tentar. Se você sabe que é capaz, não há um bom motivo para ficar parado. Alguns sonhos parecem impossíveis de serem realizados, mas é exatamente como quando você precisa caminhar uma grande distância. Se você não der o primeiro passo, você nunca vai chegar lá. Tudo que aconteceu na minha carreira até hoje um dia foi um sonho e ele sempre me pareceu muito distante. Quando comecei a cantar, imaginei como seria gravar e lançar um disco, depois que lançamos, pensei que gostaria muito de dividir o palco com grandes bandas, mas tudo isso me parecia impossível. Turnês internacionais então... todas essas coisas não estavam ao meu alcance e hoje todas elas aconteceram. Claro que existem coisas muito mais complicadas que “simples” sucesso na carreira, mas se você não tentar, nada vai acontecer. Se você quer mudar de vida, apenas suas atitudes vão fazer com que os ventos passem a soprar em uma direção diferente.


NHZ: Antes de voltar a falar no novo álbum, farei algumas perguntas do passado da banda e do debut THEATRE OF SHADOWS, por onde começarei, o álbum foi distribuído pela Universal Music aqui no Brasil, tendo vendido cerca de 2000 cópias, um grande feito para uma banda que lançara seu primeiro álbum na época. Qual foi a experiência de ter trabalhado para uma “major”?
Dani:
Isso nos ensinou muitas coisas e abriu várias portas, ao mesmo tempo que atrapalhou em outros pontos. Essas 2000 cópias são os números da época, hoje já são maiores e são números apenas brasileiros. Para uma banda nova em um mercado como o nosso, onde várias grandes bandas vendem entre 500 e 2000 cópias, esse resultado está de ótimo tamanho e eu, sinceramente, não esperava tanto. As portas se abriram porque a Universal Music é um nome muito importante, então o saldo foi positivo. Acredito que muitas pessoas que normalmente não prestariam atenção a um álbum de estreia decidiram ver do que se tratava, afinal uma banda nova em uma gravadora desse porte não é algo comum. O que atrapalhou um pouco foi a dificuldade em fazer o CD chegar aos lojistas independentes e especializados em Heavy Metal. Essas gravadoras impõem uma quantidade mínima de CDs ao lojista e poucos vão arriscar comprar uma quantidade grande de uma banda que eles ainda não sabem se vai vender bem. Isso funciona muito bem para o Metallica, mas é terrível para uma banda que ainda está construindo sua base de fãs. Portanto, dessa vez preferimos trabalhar com a LCM, com distribuição da Radar Records, que tem tanto alcance quanto a major, mas tem uma forma de trabalho mais compatível conosco.

NHZ: Vocês já possuem 08 anos de estrada, e neste tempo já conquistaram muitos feitos como tocarem em muitos cantos do Brasil e exterior, ter dois trabalhos lançados e abrir para muitas bandas de renome como Nightwish, Primal Fear e Shaman, mas duas experiências valem ser citadas: a abertura para o Helloween e a “quase” para o Iron Maiden. Contem-nos o valor destas experiências e as lições tiradas com cada uma delas.
Dani:
Exceto os problemas com a chuva e montagem de palco que transformaram a abertura para o Iron Maiden em uma “quase” abertura, nós nunca tivemos experiências ruins com as duas bandas. Tivemos a chance de fazer três shows com o Helloween, mais que a metade da turnê brasileira deles e foi muito divertido, ao mesmo tempo em que tivemos que aguentar a pressão de sermos diretamente comparados com os alemães por um público que os adora, então ficamos muito contentes de termos conquistado vários fãs novos nesses shows. Eles são uma banda excelente e isso nem precisa ser comentado, mas eles também sempre foram muito respeitosos e nos deram todas as condições para que fizéssemos nosso show, o que nem sempre acontece quando você é a banda de abertura, acredito que todos já puderam presenciar eventos em que as bandas eram obrigadas a tocar sem estrutura alguma, sem passagem de som. Nem sempre isso é possível, afinal a banda principal precisa pensar no seu show, uma vez que o público pagou para vê-los, de preferência com um som perfeito. Mas quando você vê a equipe da banda principal te dando satisfação de quanto tempo mais eles vão levar passando o som ou te falando que você pode atrasar a entrada no palco em meia hora para que o público entre e veja sua banda, você vê que está lidando com pessoas que respeitam seu trabalho e entendem como é difícil conseguir colocar a cabeça para fora d'água nesse caminho. Essa não foi uma lição em si porque sempre fomos contra tratar mal qualquer banda que divida o palco conosco, mas com certeza será um lembrete eterno de como se deve tratar um companheiro de trabalho, independente de há quanto tempo ele está fazendo isso ou quanto sucesso ele conquistou. Com o Iron Maiden, as coisas aconteceram de forma muito rápida, mas a experiência valeu da mesma forma. Só o fato de termos sido escolhidos pelo próprio empresário do Maiden como a banda de abertura, já nos serviu como uma honra e um elogio. Por não podermos tocar, tivemos que lidar com os problemas nos dias que se seguiram da melhor forma possível, seguindo em frente sem nos deixar abater.

NHZ: Já que falamos em shows, vocês vêm fazendo o caminho inverso da maioria das bandas nacionais, que tentam atingir a Europa, e vocês já tem uma legião de fãs nos Estados Unidos, inclusive tendo tocado alguns grandes festivais, como o Indianapolis Metal Fest, e hoje vocês são o segundo maior nome brasileiro na terra do Tio Sam, perdendo apenas para o Sepultura. Explique-me como esta conquista de território fora planejada.
Dani:
Bem, eu posso contar como ela NÃO foi planejada (risos). Nós também pensamos que o caminho natural seria Europa e nem imaginávamos que conseguiríamos qualquer atenção nos Estados Unidos, pois sempre nos falaram que Metal lá estava morto. Porém, passamos a conquistar vários fãs norte-americanos através de sites como o MySpace, que resultou no lançamento do Theatre of Shadows por lá e, consequentemente, em uma turnê, que teve uma repercussão tão boa que saímos de lá já com convites para outros shows. O Indianapolis Metal Fest foi um festival muito importante para nós, especialmente porque ele nos permitiu observar como crescemos em um intervalo de um ano: em 2007, éramos uma das bandas de abertura; em 2008, tocamos como um dos headliners ao lado de Kittie e Divine Heresy. Agora já estamos prestes a embarcar para a quinta turnê pelos Estados Unidos, que até o momento tem 25 apresentações em um mês e possivelmente serão agendadas mais datas. Nós simplesmente aproveitamos as portas que se abriram e acabamos chamando atenção na Europa devido a nossa atividade na América do Norte. Este ano estivemos pela segunda na vez na Espanha, dessa vez fazendo dois shows ao lado do Metalium. Imaginamos que o público estaria lá por causa deles, por isso me surpreendi vendo os espanhóis com camisetas do Shadowside e cantando músicas do Dare to Dream, que tinha apenas alguns dias de lançamento. Novamente a internet foi muito útil para nós e provavelmente foi o que permitiu as turnês e sucesso nos shows.

NHZ: Ainda falando em shows, é fato que a Europa e os Estados Unidos possuem cenas mais estruturadas e com grandes festivais rolando anualmente, como o Wacken Open Air e o citado Indianapolis Metal Fest. Já no Brasil, apesar de grandes iniciativas, como o Philips Monsters of Rock e o Live And Louder não conseguimos manter um festival deste porte, este ano temos a promessa da edição nacional do Wacken, mas tudo indica que passaremos mais um ano “em branco”. Mesmo com o público rocker sendo muito fiel e comprando merchandisng original, o que falta para termos um festival duradouro?
Dani:
É muito complicado organizar esse tipo de festival no Brasil. O custo é muito alto, são poucas as bandas que podem levar 20, 30 mil pessoas por noite. Você tem esse tipo de público com Iron Maiden, Ozzy, mas as pessoas que vão vê-los, vão de qualquer forma. É mais barato trazer apenas essas bandas que fazer um festival inteiro. Para organizar um festival, você precisa da disponibilidade de bons headliners, além de preencher o resto do tempo com bandas boas e relevantes, tanto brasileiras quanto estrangeiras. Estive no Sweden Rock Fest este ano e o headliner em uma das noites era o In Flames. Outras bandas eram Kamelot e Motörhead. Sem dúvida um dia excelente. O público presente deve ter sido em torno de 20-30 mil pessoas. O que aconteceria aqui no Brasil com esse mesmo cast? Baseado no público que essas bandas levam em seus shows, adicionando alguns que iriam pela quantidade de bandas... entre 10 a 15 mil pessoas, se nenhum bom evento próximo estivesse ocorrendo, se tudo desse certo... muitos “ses” envolvidos no meio. É arriscado para os promotores. O ingresso para eles também é muito mais barato do que para nós. Não é caro para um promotor europeu contratar uma banda norte-americana, mas qualquer banda estrangeira para um promotor brasileiro eleva o custo do evento a um valor absurdo, o que acaba refletindo no valor dos ingressos. Infelizmente, acredito que esse tipo de coisa só poderia voltar a acontecer no Brasil com um patrocinador forte, mas todos nós sabemos qual é a imagem que o Rock tem no nosso país.

NHZ: Voltando a Dare to Dream, que está para ser lançado, quais as expectativas da banda em relação a shows e promoção? Quem lançará o trabalho no Brasil e exterior?
Dani:
Concentramos todo o trabalho em apenas uma gravadora dessa vez, que é a LCM em parceria com a distribuição da Radar Records. Até o momento, eles têm feito um trabalho excelente, já que apenas a pré-venda superou as vendas iniciais do Theatre of Shadows e o disco continua a vender muito bem, especialmente nos shows. Como falei antes, já estivemos na Espanha este ano, depois voltamos para o Brasil e nos apresentamos como uma das bandas principais do Araraquara Rock e abrimos para o Sepultura em Santos. Agora voltamos para os Estados Unidos em Setembro para 25 shows, até o momento. Depois os planos são fazermos alguns shows pelo Brasil até o final de 2009 e seguir para mais uma série de shows pela Costa Oeste norte-americana, depois mais um giro pela Espanha e talvez Portugal ou outros países. Ficaremos bem ocupados durante os próximos 6 ou 8 meses, queremos aproveitar esse bom momento e tocar em todos os lugares que pudermos!

NHZ: No que ouvi do álbum no MySpace da banda(esta entrevista foi feita antes do lançamento de Dare To Dream), o trabalho mantém a trilha deixada pelo anterior, mas de certa forma ele soa mais “marcante e atual”, que além do aprimoramento musical de toda a banda, isso se deve a produção e masterização, feitas por Dave Schiffmann e Howie Weinberg, respectivamente. Como foi a escolha destes profissionais para Dare to Dream?
Dani:
Howie trabalhou com artistas como Aerosmith, Iron Maiden, Rush, Pantera, entre vários outros. Então, quando Dave o sugeriu para masterizar o álbum, é claro que nós concordamos na hora. Ele é um profissional excelente. Dave trabalhou com bandas como Avenged Sevenfold, System of a Down, Audioslave, então foi muito interessante tê-lo na produção do Dare to Dream, uma vez que ele conhece Heavy Metal, mas não é um produtor típico do estilo. Ele não estava preocupado com o que soa Metal ou não, ele estava apenas preocupado com o que soa bem ou não. Como nós somos uma banda de Metal e crescemos escutando o estilo, tudo que nós tocamos acaba soando Metal, mas fugimos de clichês. Desde o começo, Dave entendeu o que era Shadowside e percebeu qual era nossa personalidade musical. Ele soube como extrair o máximo da nossa criatividade e performance, sem precisar escrever as músicas por nós. Ele apenas nos indicava o caminho, dizendo o que estava faltando, mas nunca nos dizia o que fazer. Ele foi como um conselheiro, um treinador de futebol. Dessa forma tudo que está no CD continuou tendo sido criado por nós. Nós o escolhemos porque quando conversamos com ele, percebemos que ele seria o cara certo para nós. O currículo dele falou muito alto, mas nada disso adiantaria se ele não se identificasse com o que fazemos. Nós gostamos dele e ele também gostou de nós, o que fez com que a experiência fosse ainda mais especial, já que ele está em um ponto da carreira que pode escolher com quem ele quer trabalhar.

NHZ: Dani , por você ser muito bonita, acaba sendo o centro da atenção da banda. Já aconteceu de algum fã ser mais atirado com você?
Dani:
Não pessoalmente, mas na internet parece que o pessoal perde a vergonha (risos). Eu nunca tive problemas com fãs, procuro tratá-los da melhor forma possível, afinal a vida que eu escolhi viver só é possível por causa deles. Basta ter paciência, mesmo com aqueles entusiasmados demais. Desde que não seja ofensivo, elogios e assédio não me incomodam. Alguns são até legais de ouvir, especialmente naqueles dias em que você está de TPM ou mal-humorada... as mulheres vão me entender (risos). Mas eu acredito que todo vocalista acaba sendo o centro da banda, sendo homem, mulher, bonito, feio... Todo mundo é cantor, nem que seja de chuveiro. Além disso, o vocalista é a pessoa que está ali no meio, é aquele que nunca tem um momento pra se esconder, somos nós que temos que falar o tempo todo no show (risos). O vocalista é o primeiro a ser endeusado, mas também o primeiro a receber as críticas. Qualquer pessoa que quer cantar em uma banda precisa ter equilíbrio, tanto para não se deixar abater quando as coisas não vão bem, afinal ele será responsabilizado por tudo que der de errado, como também não achar que está acima de tudo e de todos quando as coisas vão bem. Músicos precisam ter os pés no chão e é muito fácil perder noção da realidade.

NHZ: Você iria participar de um projeto de um guitarrista estrangeiro, como anda este projeto e se há uma previsão para o lançamento.
Dani:
Eu decidi sair porque as coisas estavam indo bem com o Shadowside e eu não teria o tempo necessário para continuar com o projeto. Eu adorava aquela banda, era um thrash moderno muito legal, mas meu bebê é o Shadowside. Estou 100% focada e determinada em continuar o trabalho que desenvolvemos os fãs que conquistamos até hoje merecem que eu coloque toda minha energia aqui. Talvez algum dia eu volte a fazer projetos, mas agora não é o momento.

NHZ: Dani, muito obrigado pela entrevista! Deixem uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine!
Dani:
Muito obrigada pelo apoio do New Horizons, espero que todos curtam o Dare to Dream! Quem não curtir, vá aos shows do mesmo jeito porque vamos fazer você bangear tanto que você vai acabar mudando de ideia (risos). Nos vemos em breve em algum show!
www.shadowside.ws
www.myspace.com/shadowsideband


Dare To Dream
Radar– Nac (9,5)

Incrível a capacidade desta banda de mesclar influências “antigas” como o Hard/Heavy do final dos anos 80 com o peso do Thrash e criarem uma música que soa fresca e jovial!
Dare To Dream assim como suas influências trás aquele Heavy/Hard pesadão que faz o uso bem inteligente dos teclados, que soam como “atmosferas”, que dão um toque a mais de qualidade no disco.
Antes de falarmos das músicas do disco, é de se parabenizar o trabalho do guitarrista Raphael Mattos, pois sua “pegada" é bem diferente das que seus colegas de profissão andam usando por aí, pois se utiliza de muitos “licks” e seu instrumento em muitas partes nos dá a impressão que irá “cantar a qualquer momento”, nos fazendo lembrar de duas coisas: bons instrumentistas são aqueles que mesclam técnica e feeling e como músicos como David Chastain são importantes para a música!
Mas voltando as canções de Dare To Dream, elas soam bem homogêneas, mas para mim as melhores são Baby In The Dark, Hideaway(a melhor), as hards Ready Or Not e Dare To Dream e a balada Time To Say Goodbye, que conta com uma bela interpretação da vocalista Dani Nolden, mas o disco inteiro é muito bom, pode ouvir sem medo!
Mais um trabalho de destaque do metal nacional e eu espero que a banda consiga ainda mais, pois são pessoas que trabalham sério e tem vontade de vencer, e pessoas assim merecem todo nosso apoio!

FOTO: DIVULGAÇÃO
ENTREVISTA E RESENHA: “THE ROCKER”

MY HONOUR: KARMA

Que o baixista Felipe Andreoli e o vocalista Thiago Bianchi são muito conhecidos por seus trabalhos no Angra e no Shaman não se discutem, ainda mais por ambos terem ajudado(e muito) na reestruturação destas bandas. Mas antes desta oportunidade chegar até eles, ambos faziam(e ainda fazem) parte de uma banda que foi muito importante para a popularização do Prog Metal no país, numa época em que o Metal Melódico já estava começando a estagnar, salvo os lançamentos das bandas consagradas!
Esta banda chama-se Karma, e possuem dois registros dignos de nota, os álbuns Inside The Eyes e Leave Now, confiram as resenhas de ambos!

Inside The Eyes (2000): Lançado pela Encore Records, este é considerado o primeiro lançamento em formato digipack de uma banda independente (fato que iria se repetir com o disco posterior), e de certa forma a banda inova também no som, pois vem com um trabalho pesadíssimo e com uma boa produção!
A abertura é poderosa com a faixa In The Name of God, com seu ritmo denso e mórbido (e muito pesado), assim como Slandering, Vega, a belíssima The Snow of Sunset(com um show de Thiago e Felipe) e claro, The Speech, onde Thiago faz um dueto com o consagrado André Matos.
Outros grandes destaque são o guitarrista Chico Dehira(que integrou a banda de Paul Di Anno que gravou o álbum Nomad), por compor bons riffs e solos a serviço da música e o tecladista Fabrizio Di Sarno, mandando muito bem nas teclas, fazendo ótimos duetos com o guitarrista!
O único senão do disco são alguns exageros vocais cometidos em algumas músicas, mas levando-se em conta que se trata do primeiro registro, a banda se saiu muito bem no teste do debut!

Leave Now (2007): Esse disco foi algo no mínimo “difícil” para ser lançado, pois a banda enfrentava trocas de formação, problemas de saúde do vocalista, roubo do estúdio, mas creio que todos estes empecilhos acabaram deixando a banda mais forte e com isso lançaram um trabalho muito melhor que o debut.
Procurando dar uma cara nova no som e tentar fugir do comum, a banda “joga” diversos ritmos diferentes no trabalho, deixando-o autêntico, bem dosado e sem exageros!
Uma dessas fusões é percebida logo na faixa Life, onde aparece uns vocais rap no meio da porradaria(cortesia de Mano Bill), as percussões orientais em Buddha, um coral de crianças em Friend, mas os destaques são as faixas “normais” como You, It’s Easier, Crawl(com backings do êx-baixista Tito Falaschi) e a pop Older, uma baladinha água com açúcar que é simplesmente o maior destaque do disco, pois a canção gruda na mente e te cativa de um jeito que...só ouvindo!!!!
Passada a euforia dos lançamentos, Thiago foi para o Shaman, e a banda está digamos em “Stand By”, e infelizmente o guitarrista Chico Dehira deixou a banda, muitos dizem que Eduardo Ardanuy (Dr. Sin/Tork) está com o grupo, mas vamos aguardar notícias concretas e que não demorem sete anos para lançarem outro trabalho!

RESENHAS : THE ROCKER

OLD AND NEW SONGS...

Kreator - Endorama
Dynamo – Nac (9,0)


A cada audição eu tenho cada vez mais a certeza que Mille e seus asseclas foram mal interpretados com alguns álbuns lançados na década de 90, em especial este Endorama, que este ano completou uma década de seu lançamento!
Se por um lado a banda desagradou aos mais puristas acrescentando diversos novos elementos no seu som, por outro ganhou a admiração de muitos que não curtiam tanto assim seus trabalhos, eu, por exemplo, não sou fã de todos os álbuns do quarteto, e esse que está sendo comentado é o meu favorito!
Endorama é uma progressão do anterior Outcast, só que acrescido de nuances góticas, vocais limpos e um clima soturno, onde a banda se saiu muito bem, tendo em mãos um disco pesado, variado e “não veloz”, onde os vocais de Mille e as guitarras a cargo do frontman e de Tommy Veterlli(êx-Coroner), onde os destaques absolutos são a abertura de Golden Age, a faixa título, que conta com a participação do vocalista Tilo Wolff(Lacrimosa), Pandemonium, Everlasting Flame, enfim TODAS as faixas de um clássico do metal, que com certeza hoje possui muitos admiradores!
Obrigatório aos fãs de música pesada e soturna!


Gotthard - Domino Effect
Laser Company - Nac (8,5)

Novos Rumos!
Podemos dizer que com o álbum Lipeservice e o DVD Made In Switzerland a banda encerrou uma fase, e neste trabalho fez algumas mudanças em sua sonoridade, que sempre agradará algumas pessoas e desagradará outras!
Este álbum embora mantenha a sonoridade Hard/Aor do grupo, vem com uma cara moderna, devido a produção, onde o disquinho começa muito bem com a pesada Máster of Illusion, as tradicionais Gone Too Far, The Oscar Góes To..., e a balada The Call, que possui um vídeo clip bem legal, e chovendo no molhado é elogiar a performance da banda no álbum, principalmente o vocalista Steve Lee, uma das melhores vozes surgidos nos últimos anos!
Por outro lado há músicas que podem dividir alguns como a faixa título e Come Alive, que assustarão os fãs de farofa por sua levada digamos assim “dançante”, mas neste caso chute o preconceito, pois até o rock é feito para se dançar!
Definitivamente não é o melhor trabalho da banda, mas sua atitude de renovar o seu som é pra lá de louvável, pois não tem coisa mais chata (salvo raras exceções) de estar ouvindo o mesmo álbum diversas vezes!


Tork - Tork
Independente - Nac (9,5)


Uma bela estréia!
Tendo em suas fileiras músicos que faziam (e fazem parte) de bandas e artistas como Dr. Sin, Maurício Manieri, Sérgio Reis, Rodox, Anjos da Noite, entre outros, esse quarteto nos surpreende com um som moderno e com atitude!
Pelo background dos músicos, poderíamos esperar um disco de Hard Rock, mas o que temos aqui é um bom rock, mesclado á muito swing e groove, com alguns trejeitos do hard, que se fosse lançado por uma grande gravadora teria suas músicas executadas em todas as rádios no país.
Algo que chama a atenção é a interpretação do vocalista/guitarrista Marco Bavini, que com uma atuação brilhante nos faz acompanhar as letras do trabalho, como se nos estivesse contando estórias do nosso cotidiano (lendo as letras vocês verão que muitos se identificarão com elas), onde os destaques são Sem Pressa, Uma Voz(cujo refrão dá para imaginar sendo cantado ao vivo em uníssono), mas o que vale a aquisição do trabalho é Coração de Dragão, que vai numa linha que agradará fãs de grupos como O Rappa e P.O.D., e soando autêntico!
Além da música em si o CD vem com uma parte multimídia, onde há um vídeo para Seu Caminho, a história dos músicos, entre outras coisas, muito interessante!
Espero que a banda não fique apenas no debut, e que venham mais discos neste nível!


Pride And Glory - Pride And Glory
ST2 – Nac (8,5)


Após deixar a banda de Ozzy, o guitarrista Zakk Wylde, montou esse power-trio com os igualmente competentes James Lomenzo (B, êx-White Lion e atual Megadeth) e o baterista Brian Tichy (Foreigner), onde podemos dizer que os caras mandam um rock para lá de louco e competente!
Louco porque muitas músicas temos a sensação que surgiram de inusitadas jam sessions regadas a muita cerveja e sonzera das antigas, como Beatles, Cream, Almann Brothers e Black Sabbath(fase Ozzy claro), só que como temos ótimos músicos, acabamos tendo um álbum recheado de ótimas canções como Shine On, Harvester Of Pain, Sweet Jesus (esta que mostraria uma das facetas do vocalista no formato acústico), assim como Machine Gun Man, que te “ganha” pelo refrão, mas Cry Me A River é o som que te faz querer adquirir o trabalho, que só não é perfeito por causa da desnecessária Hate Your Guts, que encerra o trabalho!
A versão nacional traz um EP de bônus, que tem como destaques as versões pra lá de lisérgicas para The Wizard (Black Sabbath) e Come Together (Beatles)!
Assim como o seu disco solo, Book of Shadows, é um item que todos os fãs do guitarrista (e de Hard Rock) deveriam ter em sua coleção!


Deathstars – Night Electric Night
Laser Company - Nac (8,0)


Neste seu terceiro trabalho, o quinteto nórdico lança o seu disco definitivo, pois com certeza este trabalho que marcará a direção que a banda seguirá daqui em diante, e dependendo da escolha, com certeza os fãs acompanharão a banda!
Digo isso, pois embora o peso e o clima soturno estejam lá, há uma veia pop que ronda o trabalho, principalmente no que se diz a riffs e refrãos, mas que pelo menos em minha opinião somente acrescentaram ao som dos caras, que continuam mandando bem e fazendo ótimas músicas, como a faixa título e Death Dies Hard.
O que atrapalha um pouco a audição deste trabalho são os bônus que acompanham a versão nacional, pois são versões alternativas do track list regular, nos dando a impressão de estar ouvindo o disco novamente!
Um bom trabalho, que eu espero que através dele a banda venha fazer uma série de shows por nosso país, pois deve ser muito interessante um show do Deathstars, desde a sua música até os figurinos que os caras usam!

Ravenland – And A Crows Brings Me Back
Free Mind – Nac (9,0)


Esse mês de setembro foi para lá de especial para mim, pois além de ficar mais velho, tive a oportunidade de assistir a shows internacionais, ir a Expo Music, e comprar esse álbum, que para mim ao lado do debut do Remove Silence, era um dos álbuns mais aguardados destes anos...e valeu a espera!
A banda que já possui uma década de vida, somente agora conseguiu lançar o seu primeiro trabalho, que é cheio de personalidade, que ao mesmo tempo que é um prato cheio para os fãs de Gothic Metal/Rock, consegue impor particularidades no estilo, soando original e cativante!
Começando pelos vocais de Dewindson Wolfheart e da bela Camilla Raven (também violino), que se completam nas canções, o baixo gorduroso de João Cruz, os solos Hard Rock de Albanês Gonçalves e a impecável condução da bateria feita pelo mestre Ricardo Confessori (Angra, Korzus, Shaman), que além de gravar o instrumento, produziu o debut!
Vale também comentar a parte multimídia do álbum, que contém o vídeo de The End Of Light, fotos, a história do castelo que foi gravado o vídeo, agradecimentos, entre outras coisas mais!
E as canções? Surpreendentemente lineares, com um balanço perfeito das vozes e instrumentos, com músicas sublimes como Velvet Dreams, The Crow(ambas com a participação do êx guitarrista do Theatre of Tragedy Tommy Lindal), Soulmoon, essa velha conhecida dos fãs da banda, a fúnebre Tragic Romance, a já citada The End Of Light, o poema Nas Asas do Corvo e She Will Bleed Again, pode soar repetitivo, mas o trabalho como um todo é gostoso de ouvir sem ter que ficar programando músicas!
O Ravenland pode ter demorado em lançar o seu debut, mas com certeza os frutos virão rapidamente!


Platina – Platina
Baratos Afins – Nac (8,0)


Relançado há algum tempo (eu fiquei procurando este vinil um tempão), esse EP mostra como era a realidade da cena rock nacional há mais de 20 anos atrás, que ainda estava se estruturando em relação á estúdios, técnicas de gravação, instrumentos, enfim, tudo ainda era bem cru, porém todos os envolvidos neste processo tinham uma garra e vontade de fazer a coisa acontecer, que não há como não ficar eufórico ouvindo trabalhos como este!
Tendo na sua formação o guitarrista Daril Parisi, o vocalista Sérgio Seaman, e cozinha com os irmãos Andria(vocalista em algumas faixas) e Ivan Busic (que mais tarde formariam o Dr. Sin), o som deste quarteto bebia na fonte do Hard Rock de bandas como Van Halen e Kiss, com um bom domínio dos instrumentos e vocais corretos, onde os de Andria(que já mostrava grande domínio de sua voz) se saem melhores pela proposta mais festeira da banda, e aproveitando essas poucas linhas, vale lembrar que este trabalho teve grande repercussão nas rádios rock de São Paulo, como a saudosa 97 FM.
Infelizmente a banda acabou pouco tempo depois do lançamento deste trabalho, mas muito se cogitou de uma volta da banda (e porque não lançarem um novo trabalho), o que seria ótimo para as pessoas conhecerem um pouco das origens do nosso underground!

RESENHAS: THE ROCKER

SEPARATE WAYS...

Todos sabem que o álbum The Dark Ride do Helloween cujo conceito obscuro não se restringia apenas as letras do quinteto, e sim no ambiente interno da banda, que como conseqüência teve uma ruptura, culminando com a saída de Roland Grapow e Uli Kusch, que resolvem montar um novo grupo chamado Masterplan e o Helloween seguiu em frente com novos integrantes. Confiram resenhas dos trabalhos que os membros das duas bandas fizeram após The Dark Ride!

Helloween – Rabbit Don’t Come Easy
Century Media – Nac (8,0)

Após o traumático The Dark Ride, a banda resolve fazer um trabalho voltado as suas antigas características, o que para muitos fora um sinal de covardia, mas para outros , foi como se a banda estivesse reencontrando o seu caminho!
Para esta nova fase, a banda recrutou para os postos de guitarrista e baterista Sascha Gerstner (ex-Freedom Call) e Mark Cross (ex-Metallium) respectivamente. Mas por problemas de saúde Mark é obrigado a deixar a banda e para as músicas restantes Mikkey Dee(Motorhead) apaga o incêndio e completa o play, só para depois chegar Stefan Scwarzmann (ex-Accept e Krokus) para o posto (e ele nem ficou muito tempo).
Apesar de não ser o melhor trabalho da fase Andi Deris, foi a partir deste trabalho que a banda consolidou o seu estilo, deixando um pouco o lado mais Hard/Melódico, partindo para uma pegada mais Power Metal, como pode ser conferida nas faixas Just A Little Sign e Liar, esta com um show de Mikkey Dee, além de um a boa versão para Sheer Heart Attack do Queen!
Um bom trabalho, que serviu para levantar a banda e prosseguir fazendo ótimos trabalhos!

Masterplan – Masterplan
Laser Company – Nac (8,5)

Agora o outro lado da estória...
... Uli e Roland não perderam tempo e recrutaram um time de respeito para sua nova banda, contando com Jan S. Eckert no baixo, Axel Maclentott nos teclados e o fantástico Jorn Lande nos vocais, lançaram um trabalho que muito pouco tem a ver com sua antiga banda!
O Masterplan investe numa pegada mais progressiva com muito peso, que aposta na coesão do conjunto, que desta forma deixa o caminho livre para Jorn aplicar variadas linhas vocais, bem agressivas, que ao mesmo tempo lembram os mestres Dio e David Coverdale, aliás dá para sentir influências de bandas como o Rainbow ao decorrer do trabalho, o que dá um toque diferente no álbum!
Masterplan é repleto de clássicos como a abertura de Spirit Never Die, Enlighten Me, Crystal Night, Bleeding Eyes e Crawling From Hell, mas o disco valeu uma audição completa!
Após o debut, lançáramos álbuns Aeronautics e MK II (já contando nos vocais o também ótimo Mike Di Meo – The Lizards e Riot), mas que já deixou a banda para a volta de Jorn vamos ver o que Rolan Grapow e sua trupe nos mostram desta vez!!!!!

RESENHAS: THE ROCKER

INTERVIEW: ERRANA

"CONQUISTADORES"

Vindos de Americana, interior de São Paulo, essa é uma das bandas que mais despontam como candidatas ao topo do Underground!
Tendo como porta-voz a linda vocalista Winny Pazi, que contou ao New Horizons Zine sobre os planos futuros da banda, seus projetos, a abertura para o show dos alemães do Xandria, entre outras coisas!
Confiram a entrevista!

NEW HORIZONS ZINE: Winny, vamos começar a entrevista voltando um pouquinho no tempo, quando você apareceu na revista Rock Brigade, na seção Rock Girl. Como surgiu o contato e como foi a divulgação na época?
Winny Pazi:
Essa foi uma ótima pergunta, porque muita gente quer saber sobre isso e muita gente nem sabe sobre (risos).
Bom, aconteceu por acaso, eu estava passeando pelo Expomusic em 2007, e passei pelo estande da Rock Brigade, quando o Charley (Gima) que na época fazia essa seção me abordou com o convite, fiquei meia receosa no inicio (risos), mas topei porque vi que a proposta era realmente séria.
Pouco tempo depois, fiz as fotos, cerca de 90 fotos, e destas foram escolhidas apenas 4 que saíram na edição de dezembro de 2007.
Depois disso recebi uns 1500 e-mails de pessoas que compraram a revista e entraram em contato comigo pra elogiar as fotos, perguntar sobre a Errana e sobre o fato de eu ser professora, isso impressionou muita gente, uns diziam que eu era muito jovem, outros que eu era muito bonita e outras não entendiam como uma professora podia ser líder de banda de metal... (risos).
Com muitos (as) mantenho contato até hoje.

NHZ: Normalmente bandas que possuem mulheres em sua formação sempre tendem a chamar a atenção para elas. Como os homens da banda lidam com esta situação?
Winny:
Bom, nos nunca tivemos problemas em relação a isso. A Errana tem excelentes músicos e todos desempenham o seu papel magnificamente bem, ou seja, todos tem o seu espaço dentro da banda.
Em relação ao publico, é claro que como todo vocalista, seja homem ou mulher, eu sou sempre mais assediada pelos fãs, mas nunca rolou qualquer ciúmes ou problemas em relação a isso.

NHZ: Vocês são de Americana, interior de São Paulo, conte-nos como é a cena para o rock/metal, casas de shows, lojas, bandas, etc.
Winny:
Americana, para mim, é uma cidade dormitório, você só dorme aqui, quer diversão vá pra Campinas, ou vá pra Limeira, Piracicaba, que são cidades da nossa região.
Nós temos aqui bandas de muita qualidade como Desdominus (Death/Black Metal), Archane Aeon (Death/Prog metal) e Adramma (Death/thrash metal). Ou seja, temos ótimos músicos, ótimas bandas, mas pouco apoio.
Aqui nos temos também uma loja de artigos especializados em rock e um lugar que rola sempre as mesmas bandas covers todo fim de semana (então nem conto como sendo uma casa de shows). Mais uma vez, pouco apoio.

NHZ: Vocês se preocupam muito com a divulgação na Internet, visto o myspace da banda que é bem visitado e vocês também tem se destacado no palco MP3, estando sempre entre as mais votadas/ouvidas. Assim como eu perguntei para o pessoal do Madre, essas ferramentas são funcionais para divulgar uma banda?
Winny:
Acho que é mais que isso. Internet é hoje fundamental para a divulgação de uma banda tanto no Brasil quanto em outros paises.

NHZ: O som de vocês é um gothic metal com vocais femininos, estilo que para mim é muito mais do que musical, pois há o aspecto visual, que é muito importante. Qual a preocupação da banda com esse aspecto e quem é o responsável por cuidar disso?
Winny:
Eu cuido de tudo em relação a Errana. Acho que visual é sim muitíssimo importante, mas não mais importante do que presença de palco e interação com o público.

NHZ: A banda possui dois Ep’s e se preparam para lançar seu primeiro álbum cheio. Vocês têm alguma previsão de lançamento e o que ele trará de diferente em relação aos trabalhos anteriores?
Winny:
Sim, determinamos o termino das gravações para julho. Sobre a data de lançamento, isso vai depender de muitos fatores, entre eles do selo com a qual vamos fechar. Recebemos várias propostas de selos internacionais e estamos analisando ainda, então não tenho nenhuma data certa para o lançamento.
Em relação as novas composições, só posso adiantar que estão mais pesadas, porém não menos elaboradas e criativas, estamos com dois músicos novos o André Cardoso (que entrou no lugar de William Franchi nos teclados) e Thiago Aranha (no lugar de Rodrigo Eduardo no baixo) e ambos estão muito empolgados e determinados, o que é ótimo pra banda, acho que com certeza a Errana vai surpreender novamente.

NHZ: Você é uma workaholic, pois além da banda você é professora, e também é dançarina. Como é conciliar todas as atividades e definir uma prioridade?
Winny:
Ainda tem mais um milhão de coisas que faço, por exemplo, desenho roupas pra minha grife, a “The Violet Massacre”, escrevo contos e poesias pra praticar minha escrita e estou escrevendo um livro que fala sobre loucura, inferno e amor, claro.
Pra conciliar tudo, eu tenho uma agenda bem organizada, e claro tenho as minhas prioridades. A Errana é uma delas, porém vale ressaltar que sou apaixonada por todas essas atividades nas quais estou envolvida, o que torna a minha vida uma correria, mas uma correria satisfatória e agradável.

NHZ: Ainda falando em dança, que por incrível que pareça, as danças do oriente e o rock possuem muitas similaridades, pois além de possuírem verdadeiros fãs, essa mistura gera música de muita qualidade, como os israelenses do Orphaned Land fazem. Como estes dois mundos se cruzaram na sua vida?
Winny:
Gosto de citar também bandas como Dead Can Dance (tenho uma coreografia de dança do ventre, que uso a musica “Into the Labirith” como tema) e Miranda Sex Garden.
Agora respondendo a pergunta, a arte sempre esteve muito presente em minha vida, desde criança. Fiz teatro muitos anos, além de participar de alguns corais, estudei outras danças como o Jazz e o Flamenco, estudei alguns instrumentos como bateria, violão clássico, contra baixo e violino- apesar de ate hoje só tocar de verdade a bateria (risos), enfim, tudo que envolvia a arte, lá estava eu no meio. Já o rock, esse me veio de berço. Meus pais gostavam muito, principalmente de rock nacional, alias, até hoje gostam, minha mãe não perde um show aqui na região (risos). Cresci interpretando musicas da Rita Lee, Kid Abelha e Rolling Stones.
Então era inevitável que todos esses mundos viessem a se cruzar um dia.

NHZ: Nesta pergunta citarei algumas mulheres de destaque na música e na dança e queria sua opinião sobre elas: Cristina Scabbia, Liv Kristine, e Sharon Kihara.
Winny: Cristina Scabbia - É uma das cantoras que eu mais admiro e respeito. Ele é muito talentosa, além de linda e muito sexy também (risos).
Liv Kristine é uma das minhas musas, sua voz é doce. Foi a primeira vocalista do estilo que eu ouvi (isso na época do Theatre of Tragedy). Fico muito feliz que a Leave´s Eyes esteja dando certo, ela merece.
Sharon Kihara dança muito, mas no estilo tribal (que é inclusive, o meu favorito) prefiro a Rachel Brice, ela é a minha maior inspiração na dança.

NHZ: Antes de encerrar, comente-nos sobre o show que a banda fará com os alemães do Xandria(show já ocorrido). Como surgiu a oportunidade e quais as expectativas para este evento?
Winny:
Nossa, estamos muito empolgados e ansiosos para este show. Quando eu soube que o Xandria tocaria no Brasil fiquei muito feliz, iria ao show de qualquer forma, pois sou fã da banda. Ai fiquei sabendo através de um fã da Errana que estava tendo votação no orkut, pra banda que abriria o show do Xandria aqui no Brasil. Quando fui ver quais as bandas que estavam concorrendo, até me assustei, lá estávamos nos como uma das bandas mais votadas!!!
Através desta votação, o organizador do evento entrou em contato conosco e fez a proposta, lógico, topamos!
Estou muito feliz mesmo, eu já iria ao show de qualquer forma, mas nunca havia me imaginado dividindo o palco com o Xandria. É realmente emocionante!

NHZ: Winny, muito obrigado pela entrevista! O espaço é seu!
Winny:
Obrigada pelo espaço e pelo apoio João.
Gostaria de agradecer aos nossos fãs, amigos e colaboradores por tudo que tem feito por nos. Obrigada pelo carinho de vocês e por estarem sempre conosco!
www.myspace.com/bandaerrana

ENTREVISTA: THE ROCKER
FOTO: DIVULGAÇÃO

UNDERGROUND MEETS MAINSTREAM...

Como falei na edição anterior, muitas pessoas que começam a ouvir rock, primeiramente começam a ouvir bandas mainstream ou as que estão voltadas para a grande mídia, e na cena gospel ou White Metal não é diferente, muitos ouvem aqueles artistas que aparecem nos programas de clipes para depois conhecerem as bandas mais brutais e extremas!
Para essa edição escolhi o “Pop Maneiro” de I’ll Lead Your Home do platinado Michael W. Smith e The Forsaken dos noruegueses do Antestor!
Michael W. Smith – I’ll Lead Your Home
Bompastor – Nac (7,5)
Inicialmente conhecido por ser músico de apoio da belíssima cantora Amy Grant, o tecladista/vocalista logo partiu para uma bem sucedida carreira solo, que inclusive já proporcionou ao músico visitas ao nosso país para grandes shows!
Sendo considerado por alguns o Bryan Adams do gospel, neste trabalho de 1993, o moço ataca com um pop que flerta com o louvor e um pouquinho com o rock, que como em todas as receitas, soa muito bem quando flertado com o segundo, como a faixa Someday, que te faz cantarolar o refrão, mas que em outros casos, soa demasiadamente pasteurizado e sem energia, mesmo para quem não é fã de rock, salvo exceções como a faixa título, que chega a emocionar!
Apesar da falta de algumas guitarrinhas, não apenas este, mas todos os trabalhos deste artista valem ser conferidos, pois ao lado da já citada Amy Grant, foram os artistas que ajudaram a levar a música cristã (dentro do pop) aos lares seculares!

Antestor – The Forsaken
Silent Music Records – Nac (8,5)

Se não prestarmos atenção nas letras, poderíamos jurar se tratar de uma banda “from hell”, já que todos os músicos usam corpse paint, e são da Noruega(berço do estilo), mas essa afirmação está em partes correta, pois, apesar de serem da Noruega e fazerem Black Metal , suas letras são voltadas ao cristianismo (afinal são uma banda cristã), e que vem conquistando muitos fãs(inclusive não cristãos), pois sua música é dotada de personalidade!
The Forsaken nos apresenta um black metal que mescla as escolas antigas e contemporâneas do estilo, ou seja bebem na fonte de Emperor, Dimmu Borgir e Old Man’s Child, onde tudo soa muito bem feito e com direito a algumas ousadias, como a música Via Dolorosa, que é cantada em latim.
Uma curiosidade é que o baterista que gravou este álbum é nada mais nada menos que Hellhammer(atual Dimmu Borgir e que já gravou para bandas como Mayhem e Jorn).
Sei que muitos não concordam com esse tipo de música feito por bandas cristãs, mas creio que independente de escreverem para Deus ou o diabo, o importante é fazerem boas músicas, e num mundo tão grande, têm espaço para todos os segmentos, independente de seu credo!
Não posso deixar de parabenizar o excelente trabalho feito por Karim Serri (Silent Music) por estar lançando no Brasil estes excelentes trabalhos, que além do Antestor, lançou por aqui trabalhos do Holy Soldier, Virgin Black, Tourniquet, entre outros!

RESENHAS: THE ROCKER

INTERVIEW: REST IN DISGRACE

"EMERGENTES E GLOBALIZADOS"

É fato que com os avanços tecnológicos, as coisas ficaram muito mais fáceis para as bandas, desde as técnicas de gravação, divulgação, sites específicos, enfim, mil e uma formas!
Com esse duo paraibano não fora diferente, pois ás vésperas de lançaram seu primeiro EP, os batalhadores Márcio Quirino(foto ao lado) e Thommas Winter (foto abaixo) nos contam as boas da banda, sobre o primeiro trabalho e como a globalização os ajudou nas gravações deste trabalho!
Confiram!

NEW HORIZONS ZINE: Olá Márcio! É um grande prazer estar lhe entrevistando novamente, agora com o Rest In Disgrace. Vou iniciar a nossa entrevista perguntando o porquê de formar outra banda e qual a concepção sobre este nome para a mesma...
Márcio Quirino:
Olá, João. É um prazer poder lhe reencontrar e discutir mais uma vez sobre música com alguém que a conhece de perto, sobretudo quando se trata de Metal.
Bom, há pouco mais de dois anos atrás, quando formei o Rest In Disgrace, eu sentia (como ainda sinto agora) a necessidade de dar mais vazão, em minhas composições, a algumas influências mais tradicionais (sobretudo do Heavy Metal); algo que não fosse tão agressivo e rápido como as bandas da Flórida que tanto me agradam, mas que tivesse ainda um “punch” Death Metal clássico; enfim algo que soasse em geral como o Carcass na época do “Heartwork”, que, ao menos no meu entender, reúne nitidamente elementos de ícones como Iron Maiden, Metallica, etc.
Já o nome da banda, “Rest In Disgrace”, é algo que, além de preencher alguns de meus requisitos básicos (soar bem e fluente, ser um nome composto, evocar imagens interessantes e intrigantes...), se refere ao plano conceitual que traçei para a banda, inicialmente: budismo, mitologia hindu, filosofia (sobretudo pessimista)... Isso para destoar propositalmente da estética “hail satan, fuck the government” e, principalmente, porque tenho uma íntima identificação com essas coisas.
NHZ: A banda é formada por você e pelo guitarrista Thommas Winter, e segundo o seu “release”, vocês tem a intenção de manter a banda como projeto de estúdio. Mas visitando o Myspace da banda recentemente, vi que vocês adicionaram o experiente vocalista Rafael Basso. Isso significa que a banda pode vir a fazer shows e seguir um ciclo “normal”?
Thommas Winter:
Opa “JM”, Blz? A intenção da Banda não é de se manter como projeto de estúdio, mas está apenas momentaneamente nessa condição devido à falta de músicos competentes pro serviço e pessoas certas que casem bem comigo e com Márcio, com as influências sonoras e ideológicas da banda que descreveremos no decorrer da entrevista. Rafael é colega nosso das antigas: eu, inclusive, já toquei com ele em minha primeira banda, Hadom (toquei também no Befamal, Overcast, Dissidium e Thyresis), que não chegou a gravar demo pois dissolveu-se antes disso. Tivemos (nós, o RID) vários contratempos de várias formas, modelos e marcas, ahahahah, e por isso contatamos Rafael pra dar um help, pois já o conhecemos (ele foi bem prático, rápido e ágil). O resultado final vocês ouvirão no lançamento do EP.
Márcio: Na verdade já estamos, de certa forma, nesse ciclo “normal” (ensaios, shows, etc.). Apenas temos a idéia da configuração mais adequada para a banda, em todos os aspectos, e devido a certas circunstâncias, como Thommas apontou, esta configuração não é imediatamente viável, infelizmente. Então temos trabalhado com músicos convidados ao vivo. O release faz mais referência a isso, portanto, já que em estúdio (com as possibilidades trazidas pela internet) podemos trabalhar tranquilamente com os membros que achamos mais apropriados, tecnica e musicalmente, ao Rest In Disgrace, independentemente da distância. E é aí que Rafael (amigo e competente) entra em cena (Rafael se encontra atualmente em Gotemburgo – Suécia, onde mora e de onde terminou as gravações de vocais para o EP “As Beauty Springs From Mud...”).


NHZ: Uma das coisas legais na banda é a sua temática, que explora temas do budismo, hinduismo e filosofia. Visto que você é filósofo, como foi conciliar estes temas na música do Rest in Disgrace?
Márcio:
Ótima pergunta! O budismo é algo com que me identifico, não devido a convicções filosóficas, pela minha formação etc., mas espontaneamente, pelo meu modo de ser e ver as coisas. Já a mitologia e a sabedoria dos antigos hindus são belíssimas, além de revelarem verdades intimistas, que traduzem muito bem o tom resignado e pessimista que busco explorar nas letras e nas músicas do Rest In Disgrace. Logo, não foi nada mais que um processo muito natural.

NHZ: Além das letras, a música “Ascendance”, disponível no Myspace da banda, nos trás um Death Metal baseado na escola de Gotemburgo, ou seja, inspirado em bandas como Carcass, In Flames, Dark Tranquility, entre outras, mas com os vocais inspirados no mestre John Tardy (Obituary). Sei que apenas uma composição não é o suficiente para julgar o som de uma banda, mas essa faixa representa o Rest In Disgrace hoje?
Thommas:
Não tem tanta semelhança com o Death Sueco. Tem alguma, mas Ascendance, particularmente, lembra mais o Iron Maiden, com tudo de Death Metal no meio e pegadas Thrash bem “tight as a ratt’s ass” (“apertadas como cu de rato”, (risos)). Os vocais nessa faixa tem timbres mais médio-graves e médios, nos quais pedimos pra Rafael se focar mais, por acharmos que casam melhor com o som do RID. Eu não sou contra (aliás, de modo algum) a rotulagem. Sou a favor. Nesse sentido, na minha opinião, o som do RID seria definido como o nosso próprio estilo e mais fortes influências de Samael antigo (Blood Ritual / Ceremony Of Opposites), Carcass (época do Heartwork), Iron Maiden (principal influencia de Márcio, entre outras), e pitadas, como você falou, de Death Metal Sueco. Mas não acho que seja predominante. Poderia citar Dismember, At The Gates, etc.

NHZ: Bom, assim como o Dissidium, o RID está preparando o seu primeiro trabalho. Este já possui previsão de lançamento? Algo que me chama muito a atenção em lançamentos de música extrema são as suas capas, como a do álbum Slave to Misery (Sadus). Visto que vocês usam um lirismo diferenciado, o que podemos esperar (além do som, é claro)?
Márcio:
O lançamento está previsto para este segundo semestre (talvez em dois momentos: um virtual, outro com uma tiragem física significativa).
Quanto à arte, de fato a idéia é manter o mesmo lirismo e o tom mais sentimental das letras. Estamos (ao menos por enquanto e a respeito disto) na contramão da concepção de que “não se julga um livro pela capa”: queremos que o ouvinte possa “entender” o EP já ao olhar para a capa, e que finalmente confirme o que pensou/sentiu ao ouvi-lo!
Thommas: Bem, quanto à data do lançamento, já era pra ela ter chegado. Mas, devido aos já citados contratempos, isso não aconteceu. Pretendemos estar com a parte de mixagem e masterização pronta em fins de Agosto. E ai vamos ver a parte da arte gráfica. A capa, vai ficar a cargo do mesmo cara que fez a capa do Dissidium, Adi França (daqui mesmo de João Pessoa – PB). Altamente talentoso. Mão afiada pro desenho. Recomendável. Todas as temáticas usadas nas letras do RID e nossas próprias idéias, mescladas a elas, aparecerão na “artwork”.

NHZ: O Nordeste brasileiro é dono de grandes bandas como as veteranas Obskure, Insanity, Slavery, Ungodly, Medicine Death... e também mostra uma safra de excelentes “novas” bandas como o Hostile Inc, Soturnos, o Dissidium, e inclusive de alguns anos para cá está sendo “rota obrigatória” para as bandas internacionais, e grandes festivais como o Abril Pro Rock e o Forcaos. Na opinião de vocês, com a internet e o “vanguardismo” de algumas pessoas da cena, a região terá a mesma estrutura de São Paulo algum dia?
Thommas:
Tanto nessa área que você citou (musical), quanto nas outras, enquanto a “cultura” for a mesma, não vai haver mudança.
Márcio: Não creio. Talvez essa cena se pluralize e/ou intensifique, talvez seja mais exposta para outros focos nacionais e internacionais (o RID é bom exemplo disso, acho!), mas há certas limitações para o que algumas regiões podem oferecer afinal. E a tendência deve, ao menos por enquanto, se manter a do “êxodo” para os grandes centros ou mesmo para fora do país (o que, aliás, só significa que o que se produz aqui é digno de apreciação, como você bem observou).

NHZ: Nesta pergunta citarei alguns baixistas que fizeram a cena extrema ser vista com outros olhos, e queria sua opinião sobre eles: Shane Embury (Napalm Death), Jeff Walker (Carcass), Alex Webster (Cannibal Corpse), Joel Moncorvo (Ungodly) e Alex Camargo (Krisiun)!
Márcio:
O “velho” Shane Napalm (como é conhecido) é digno de respeito pelo seu trabalho à frente de uma banda pesada e clássica como o ND por tantos anos, pela liderança e articulação que desempenhou desde que se juntou ao grupo (isso também é importante numa banda, além da técnica, simplesmente... algo que ele realmente não tem muito, (risos)). Diria o mesmo sobre Jeff Walker, que inclusive já tive o prazer de ver bem de perto, ao vivo! Ele é um “frontman” e isso já exige outras qualidades como carisma, concentração dobrada, boa memória e coordenação, etc. O Ungodly não é uma banda que eu conheça e ouça suficientemente para analisar o baixista na mesma perspectiva dos outros dois, mas não duvido que seja um bom instrumentista. Digo o mesmo sobre o “frontman” do Krisiun, com quem já dividi o palco. Agora, quando se fala de A. Webster, a coisa toma outro direcionamento... é um baixista excepcional, acima da média, sobretudo por tocar um estilo que exige técnicas apuradas, desenvolvidas numa velocidade e precisão assombrosas! Além disso é um líder e compositor, qualidades que desde sempre admiro (fã incondicional que sou de Steve Harris – Iron Maiden).

NHZ: Márcio e Thommas, muito obrigado pela entrevista! Deixe uma mensagem aos leitores do New Horizons Zine!
Márcio:
Eu agradeço a você e aos leitores do New Horizons pela entrevista e espero que visitem nossa página no Myspace ,no Orkut, na Last FM e adquiram o EP “As Beauty Springs From Mud...”, que será lançado em breve. Obrigado!
Thommas: Aguardem que nossa música é feita com o “core” (núcleo) e o “edge” (limite) dos “feelings” (sentimentos). NAMASTÉ.
www.myspace.com/restindisgrace
http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?rl=fpp&uid=11945726352787588695
http://www.lastfm.com.br/music/Rest+In+Disgrace

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