Dando início as matérias especiais, fiz algumas pequenas entrevistas, com pessoas que fazem muito pela cena através de seus trabalhos com Assessoria, Site, Revista, enfim, amigos que colaboram produzindo conteúdo.
E para começar os primeiros entrevistados são Costábile Jr (The Ultimate Press) e Khali (Scypher Magazine):
Costábile Salzano Jr – Assessor de Imprensa - The Ultimate Press e The Ultimate Music
http://www.theultimatemusic.com/
"Muitas oportunidades interessantes estão aparecendo e os leques estão se abrindo rapidamente. Honestamente, não pensei que meu horizonte iria se expandir tão rápido, mas isso é sinal de que o trabalho este sendo feito corretamente."
New Horizons Zine: Como você conheceu o Rock/Metal e quando percebeu que o som não era apenas uma distração e sim algo que te acompanharia dia a dia?
Costábile: Minha história dentro Heavy Metal começou de uma forma bastante curiosa. Desde criança, eu sempre gostei de músicas mais pesadas, agitadas até que um dia eu escutei uma música do Metallica na rádio, mais precisamente Dyers Eve, e aquilo me fascinou. Na mesma época, conheci o Sepultura por causa de uma matéria, que se não me engano foi exibida na Rede Globo. Mas, depois de um tempo e não me lembro o motivo, o Metal saiu um pouco de cena na minha vida. Porém, depois que sai da escola particular e me transferi para uma pública, conheci um amigo que era super fã de Metallica e ele definitivamente me colocou nos eixos. A partir de então, não sai mais.
Já em relação ao jornalismo especializado, tudo começou quando eu ingressei na universidade. Desde criança, eu queria ser jornalista esportivo, tenho paixão por futebol, mas eu estava tão ligado ao Heavy Metal, que acabei me aventurando por esta área e não sai mais. Comecei a escrever para alguns sites, mas a minha primeira matéria publicada foi na Rock Brigade, há 10 anos atrás, justamente com uma reportagem especial falando sobre o cenário da Baixada Santista.
Depois de um tempo, comecei a trabalhar como produtor do Ação & Reação, programa de variedades com audiência absurdamente alta da emissora Santa Cecília, e comecei a me relacionar com assessores de imprensa de prefeituras, políticos, artistas famosos, etc. Até que um dia me deu um estalo e eu quis desenvolver este trabalho em prol das bandas de Heavy Metal. E eu teria que começar por alguma que fosse de Santos. Comecei a pesquisar, conversar com amigos, até que eu descobri a Shadowside. Naquela época, a banda estava dando os seus primeiros passos e eu resolvi apostar. Enviei um e-mail apresentando a minha proposta, eles me responderam querendo marcar uma reunião, conversamos e desde então, faço parte da "Família Shadowside". São quase 10 anos trabalhando na divulgação deles. Felizmente, esta minha função tem ajudado muito no crescimento do grupo em todos os patamares e aberto portas para que eu possa cuidar da divulgação de novas bandas e diversos shows internacionais.
NHZ: Quando e por que surgiu a vontade de criar um veículo para divulgar o estilo?
Costábile: Confesso que pensei que seria assessor de imprensa exclusivo da Shadowside pro resto da vida (risos). Eu amo o trabalho que faço com eles, por isso pensava desta maneira. Porém, após todos esses anos divulgando as atividades da Shadowside e acompanhando a banda na estrada, acredito que a minha determinação acabou despertando o interesse de outras bandas e produtores de show.
Por isso, criei a The Ultimate Press, para fazer o mesmo trabalho que faço com a Shadowside, mas com outro nome. Em menos de um ano, a assessoria cresceu e agora é a The Ultimate Music - Assessoria de Imprensa, Management & Consultancy.
Hoje, tenho ao meu lado a Dani Nolden, vocalista da Shadowside. Ela tem uma visão de mercado excepcional, conhece todos atalhos e tem experiência suficiente para prestar consultoria para bandas novas ou que já tenham uma bela bagagem nas costas. Na verdade, o trabalho de um completa o do outro.
Muitas oportunidades interessantes estão aparecendo e os leques estão se abrindo rapidamente. Honestamente, não pensei que meu horizonte iria se expandir tão rápido, mas isso é sinal de que o trabalho este sendo feito corretamente.
NHZ: Para encerrar, cite cinco álbuns do estilo que mudaram sua vida!
Costábile: Só cinco? É muita injustiça (risos). Foram vários os discos que tiveram influencia na minha vida.
Metallica - Metallica (Black Album) [Na verdade, são todos os discos inclusive Load, Reload e umas quatro músicas do St.Anger]
Slayer - Reign in Blood
Katatonia - The Great Cold Distance
Paradise Lost - Draconian Times
Moonspell - Wolfheart
Megadeth - Countdown to Extinction
Testament - The Formation of Damnation
Sentenced - The Cold White Light
Amorphis - Tuonela
In Flames - The Jester Race
Cradle of Filth - Cruelty and the Beast
Dimmu Borgir - Enthrone Darkness Triumphant
Soilwork - Natural Born Chaos
Dark Tranquillity - Damage Done
Behemoth - Evangelion
Dream Theater - Awake
AC/DC - Back in Black
Sepultura - Roots
Theatre of Tragedy - Aegis
Dissection - Reinkaos
Gorgoroth - Incipit Satan
Khali – Editor Chefe Scypher Magazine:
http://www.scypher.com.br/
"A SCYPHER Magazine surgiu para disponibilizar ao público um “centro” de informações de qualidade, com matérias aprofundadas não apenas sobre música (embora esta seja o foco principal), mas também sobre cultura em geral e assuntos pertinentes à realidade dos brasileiros. "
New Horizons Zine: Como você conheceu o Rock/Metal e quando percebeu que o som não era apenas uma distração e sim algo que te acompanharia dia a dia?
Khali: Conheci o estilo quando ainda era adolescente – talvez pré-adolescente seja melhor colocado. Eu tinha 11 anos na época em que conheci Linkin Park, e a mudança já começou por aí: se antes a música não era parte dominante da minha vida, com o tempo ela passou a se tornar algo imprescindível no cotidiano. A partir daí fui conhecendo bandas novas, antigas, melhores, piores, e hoje eu diria que não há vida sem música! (risos)
New Horizons Zine: Quando e por que surgiu a vontade de criar um veículo para divulgar o estilo?
Khali: Digamos que no Brasil, o rock/metal, quando não atrai milhares de adolescentes histéricos (mais atraídos pela discutível beleza dos componentes do que pela qualidade da banda em si), é considerado um estilo “paralelo”. Eu mesmo cansei de ouvir pessoas falando que rock é “só barulho”, não transmite nada aos jovens, e um ou dois minutos depois essas mesmas pessoas estavam lá ouvindo suas músicas sertanejas falando das dores “de corno” e traições – ou mesmo seus funks enaltecendo a criminalidade.
Até aí tudo bem: cada um tem seu gosto e o direito de criticar ou ouvir o que quiser. O problema começa no momento em que a mídia “principal” no Brasil só dá ouvidos à grande massa – a “enorme” maioria das bandas de rock que podem ser consideradas de qualidade, e que estão no mainstream hoje, são aquelas que surgiram na época de ouro do estilo no Brasil. Ou seja: século passado, quando o rock era moda.
Existem muitos veículos hoje que abrem espaço para o rock “underground”. Alguns são bem-sucedidos, porque combinam público e qualidade. Outros têm público, mas não tem qualidade – outros têm qualidade, mas, por algum motivo, não atraem um grande público. A SCYPHER Magazine surgiu para disponibilizar ao público um “centro” de informações de qualidade, com matérias aprofundadas não apenas sobre música (embora esta seja o foco principal), mas também sobre cultura em geral e assuntos pertinentes à realidade dos brasileiros. Tudo isso em um formato diferente dos que já existem: mais chamativo, organizado, inovador, de forma a atrair a atenção não apenas de quem “já está no ramo”, mas também daqueles que acham que rock é “só barulho”. Queremos mudar este pensamento e acredito que este objetivo está sendo alcançado pouco a pouco, visto que a quantidade de acessos ao portal só aumenta a cada edição.
NHZ: Para encerrar, cite cinco álbuns do estilo que mudaram sua vida!
Khali:
1. Linkin Park – Hybrid Theory
Embora eu já tivesse ouvido outras bandas de rock anteriormente, Linkin Park foi a primeira que realmente fez a diferença para mim. Através dela, passei a dar mais atenção à música. E ficar mais atento aos grupos de rock. Infelizmente, a banda seguiu por um caminho que eu não gosto, e eu parei de acompanhá-los depois do Meteora.
2. Nightwish – Century Child
Foi o primeiro “estrondo” musical na minha vida, e tornou Nightwish a principal banda da minha juventude. Até hoje acompanho tanto o Nightwish quanto a Tarja – a separação dos dois foi uma tremenda infelicidade para nós, fãs, mas ambos seguem competentes no que fazem.
3. Evanescence – Fallen
Certamente um dos melhores lançamentos da primeira década. Conheci o álbum alguns meses antes de ele “estourar” mundialmente, e ele me apresentou a um estilo de rock mais “popular”. Antes de Evanescence eu evitava aquelas bandas adoradas por todo mundo, por receio de ficar no meio daquele gosto comum.
4. L’arc~en~ciel – Awake
Mesmo antes de começar a ouvir rock/metal, eu já ouvia música japonesa – iniciando pelos “anime songs”, passei a pesquisar e conhecer muitos artistas do outro lado do mundo. Mas este álbum foi marcante: através dele, conheci aquela que considero até hoje minha banda preferida. Foi a minha rendição definitiva à música japonesa e me abriu as portas para o J-Rock!
5. Shadowside – Dare to Dream
Depois de tantas bandas me abrindo as portas para tantas variações do rock, faltava uma banda brasileira para me fazer “olhar com outros olhos” para o cenário nacional.
Confesso que, apesar de fazer parte de um projeto que abre bastante espaço às bandas nacionais, nunca me considerei um fã da produção brasileira – seja mainstream ou underground. As únicas bandas que eu ouvia e gostava eram Titãs e Mindflow... Não pela qualidade das outras bandas em si ser inferior, mas a produção não me parecia tão “sólida”, não encaixava no meu gosto.
Aí caiu essa obra-prima do céu! Considero “Dare to Dream” a melhor obra brasileira que já ouvi, e ela não só me mostrou que o Brasil tem SIM capacidade de fazer frente aos grandes grupos internacionais, mas também colocou Shadowside entre minhas bandas preferidas.