Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção
Por João Messias Jr.
As primeiras impressões sobre o material do Corrosiva são as melhores possíveis. Em tempos de internet, onde bandas cada vez menos se preocupam com a apresentação do material físico, o quarteto formado por Matheus Alves (vocal), Guilherme Stammjohann (guitarra), Rodrigo Oricolli (baixo) e Jaime Barbi (bateria) fez algo simples, porém chamativo: a mídia vem embalada num envelope que possui todas as informações, num acabamento bonito de se ver. Começaram bem.
Mas e o som? Ao observar a capa e o título das músicas, julgamos estar diante de uma banda punk/hardcore oitentista ou algo na linha do Tosco/Worst. Embora tenha elementos do metal/hardcore, o que tenos aqui é livre de rótulos, em especial a linha de voz, que embora tenha momentos de agressividade e rispidez, na maioria do momento é discursada, seguindo uma narrativa.
Passada a fase de estranhamento, estamos diante de um grupo que pode conquistar a galera mais voltada ao metal e ao punk, pois a música é pesada, visceral e com um conteúdo lírico que critica o governo e todas as formas de corrupção, como podemos ouvir em Marchando ao Inferno, que conta com um solo bem interessante aliás e um pique HCno seu final.
Bem Que Te Avisei é mais visceral, enquanto Corpo Em Chamas se destaca pelos riffs. Já Rumo ao Desespero tem uma levada feita para os palcos e Sistema Maldito é mais pesada em relação aos outros sons.
Não agradará a todos, mas dentro da proposta que se propõe, o Corrosiva faz sua parte.
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