6 de fevereiro de 2015

ACCEPT: ALERTA LIGADO

Apesar de manter a qualidade iniciada desde seu retorno as atividades, em 2010, uma interrogação fica no ar com o fim da atual formação

Por João Messias Jr.

Blind Rage
Divulgação
A primeira impressão que temos ao ouvir “Blind Rage”, novo álbum dos germânicos do Accept é que time que se ganha não se mexe (ou mexia), pois o conteúdo lírico/musical encontrado não se difere muito em relação ao que encontramos desde o retorno do grupo em 2010 com “Blood of the Nations”.

Isso faz que o leitor/ouvinte entre em duas linhas de pensamento: a primeira é que não há novidades no som do quinteto formado na época por Mark Tornillo (voz), Wolf Hoffmann (guitarra), Herman Frank (guitarra), Peter Baltes (baixo) e Stefan Schwarzmann (bateria). A outra, mais lógica diz: para que mudar o que está tão bom? Algo que devemos concordar, ainda mais se for fã de um heavy metal tradicional direto, pesado e sem firulas.

A bolachinha abre com Stampede, também primeiro vídeo do trabalho, que mostra a linha tradicional do grupo descrita linhas acima, com um refrão cheio de energia e vitalidade, assim como Trail of Tears. Mas “Blind Rage” não fica restrito a esse tipo de som e a audição aponta outros contornos, como as grudentas e com os dois pés no hard Dying Breed e  Dark Side of My Heart, que contam com uma bela atuação de Tornillo, cuja versatilidade, foge (um pouco) das comparações com Udo.

Já Wanna be Free possui aquela veia oitentista e tem tudo para ser um dos novos clássicos desta nova encarnação do grupo, assim como Bloodbath Mastermind, que é perfeita para bater cabeça. Só que ainda não acabou, pois as faixas From the Ashes We Rise e The Curse, mostram momentos épicos e melódicos que conquistarão fãs e (principalmente) não fãs do grupo alemão. Impressão realçada graças ao trabalho de produção de Andy Sneap, que deixou tudo com uma timbragem moderna e com isso as canções não soam como café requentado.

A versão nacional do CD vem com o DVD “Live in Chile”, que com um pouco mais de uma hora apresenta músicas da nova fase mesclada a clássicos como Restless and Wild e Balls to the Wall, numa ótima apresentação do grupo.

Lembram do “ou mexia” das primeiras linhas? Pois bem, o grupo hoje não conta mais comHerman Frank e Stefan Schwarzmann, que hoje estão no The German Panzer. Ficamos no aguardo de que os substitutos e não me na química do grupo, que até aqui vai muito bem, obrigado!
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