Trabalhos de banda
polonesa unem a melancolia gótica com nuances pop
Por João Messias Jr.
No meio de tantos lançamentos que
envolvem bandas com vocais femininos, o Unsun acabou passando batido por aqui.
Ouvindo seus trabalhos, se percebe que mereciam uma escutada mais caprichada,
ainda mais por saber que o quarteto possui em sua formação músicos que passaram
pelo Vader, caso do guitarrista Mauser.
Junto com o guitarrista, a banda
tinha em sua formação o baterista Vaaver, o baterista
Henrich e a vocalista Anna “Aya”
Stefanowicz, que com sua voz de fada, diferencia o Unsun das outras bandas do
gênero, pois foge do esquema lírico e usa a voz de forma natural.
O primeiro trabalho, lançado em
2008 , chamado “The End of Life”, começa muito bem, com a faixa “Whispers”, que
possui muita energia, assim como Blind by Hatred, Lost Innocence On the Edge.
Só que o trabalho possui momentos mais melancólicos como Bring Me to Heaven e
Face the Truth, que esbarra no pop em muitos momentos e talvez por isso seja
tão legal. Além das músicas, as vocalizações de Aya são cheias de emoção sem
apelar para sussurros e pseudo guturais e Mauser surpreende pelo senso melódico
utlizado nas canções. O único pecado do trabalho foi a produção que não se encontra
a altura das músicas, pois embora não comprometa a audição, ficou muito direta,
passando a impressão de que faltou algo.
Clinic for Dolls Divulgação |
Em 2010, a banda lança “Clinic
For Dolls”, que é um salto de qualidade em relação ao debut, pois a produção
“cheia e encorpada” possibilitou que os músicos explorassem seu talento, como o
baterista Vaaver, que em muitos faz do seu instrumento um saco de pancadas,
como na faixa título. Não é a toa que o cara foi parar no Destruction.
A cara pop aqui continua presente
e unida ao talento do quarteto, possibilitou a criação de quatro clássicos: Time, Home,
Mockers e A Single Touch, que fazem de Aya o maior destaque do trabalho. Embora
eu tenha destacado essas canções, graças a produção agradável, o trabalho
merece ser ouvido por inteiro, diversas e repetidas vezes.
Hoje a banda conta com outra
formação, com o baixista Patryk Malinowski, o baterista Woytek Blaszkowski, além dos
remanescentes Mauser e Aya.
Ficamos na torcida para que em
breve retornem com um novo trabalho e quem sabe, uma visita ao nosso país para
algumas apresentações.
Vale lembrar que tanto “The End
of Life”, como “Clinic for Dolls” foram lançados por aqui pela Shinigami
Records.
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