12 de março de 2013

UNSUN: DIVERSIFICADO E MELANCÓLICO


Trabalhos de banda polonesa unem a melancolia gótica com nuances pop

Por João Messias Jr.

The End of Life
Divulgação
No meio de tantos lançamentos que envolvem bandas com vocais femininos, o Unsun acabou passando batido por aqui. Ouvindo seus trabalhos, se percebe que mereciam uma escutada mais caprichada, ainda mais por saber que o quarteto possui em sua formação músicos que passaram pelo Vader, caso do guitarrista Mauser.

Junto com o guitarrista, a banda tinha em sua formação o baterista Vaaver, o baterista Henrich  e a vocalista Anna “Aya” Stefanowicz, que com sua voz de fada, diferencia o Unsun das outras bandas do gênero, pois foge do esquema lírico e usa a voz de forma natural.

O primeiro trabalho, lançado em 2008 , chamado “The End of Life”, começa muito bem, com a faixa “Whispers”, que possui muita energia, assim como Blind by Hatred, Lost Innocence On the Edge. Só que o trabalho possui momentos mais melancólicos como Bring Me to Heaven e Face the Truth, que esbarra no pop em muitos momentos e talvez por isso seja tão legal. Além das músicas, as vocalizações de Aya são cheias de emoção sem apelar para sussurros e pseudo guturais e Mauser surpreende pelo senso melódico utlizado nas canções. O único pecado do trabalho foi a produção que não se encontra a altura das músicas, pois embora não comprometa a audição, ficou muito direta, passando a impressão de que faltou algo.

Clinic for Dolls
Divulgação
Em 2010, a banda lança “Clinic For Dolls”, que é um salto de qualidade em relação ao debut, pois a produção “cheia e encorpada” possibilitou que os músicos explorassem seu talento, como o baterista Vaaver, que em muitos faz do seu instrumento um saco de pancadas, como na faixa título. Não é a toa que o cara foi parar no Destruction.

A cara pop aqui continua presente e unida ao talento do quarteto, possibilitou a criação de quatro clássicos: Time, Home, Mockers e A Single Touch, que fazem de Aya o maior destaque do trabalho. Embora eu tenha destacado essas canções, graças a produção agradável, o trabalho merece ser ouvido por inteiro, diversas e repetidas vezes.

Hoje a banda conta com outra formação, com o baixista Patryk Malinowski, o baterista Woytek Blaszkowski, além  dos remanescentes Mauser e Aya.

Ficamos na torcida para que em breve retornem com um novo trabalho e quem sabe, uma visita ao nosso país para algumas apresentações.

Vale lembrar que tanto “The End of Life”, como “Clinic for Dolls” foram lançados por aqui pela Shinigami Records.


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