Por João Messias Jr.
Antes de falar do álbum da banda de hoje, preciso retificar uma
coisa: na resenha dos também maranhenses do JackDevil, citei apenas os caras e
o Moto Clube sobre algumas coisas boas desse estado. Descobri esses dias que há
mais um “ponto positivo” a ser mencionado: Gallo Azhuu.
Sim, apesar do nome um tanto
exótico, o quarteto formado por Patugaza (voz e guitarra), Moaci Junior
(guitarra), André Grolli (baixo) e Denis Carlos (bateria) faz uma mistura de
rock, blues e psicodelia que se torna viciante e irresistível a cada audição.
Apesar da gravação suja e pesada,
os caras mostram grande preocupação com os arranjos, principalmente as
guitarras, que fazem bases e solos de tirar o fôlego, como em Um Filho em Você, onde ao perceber, estamos fazendo um saudável “air guitar”. Outros exemplos
ficam para Praia, Amor e Vamos Combinar, onde o grude é tão grande, que quando
menos se vê, acontece o fenômeno de cantarolar as letras.
Além das guitarras pesadas
emanando o blues, a psicodelia é outro
ingrediente presente aqui, como a própria capa entrega. Essa aura pode ser ouvida em Homem Árvore e Hippie Rico,
cheia de passagens longas, que nos remetem as jam sessions. Ainda falando de Hippie Rico, ela conta com
vocais discursados, que acaba a deixando mais especial.
No meio desse resgate aos grupos
dos anos 60/70, junto com grupos como Balls, Blues Riders, Baranga, Carro
Bomba, Pedra, entre tantos outros, o “Galo” é mais uma banda que merece ser
apreciada.
Caso um dia você resolva ir ao
Maranhão, procure assistir a um show desses caras. Se a grana estiver curta,
conheça o som, pois vale à pena.
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