Diversidade é o que manda no primeiro trabalho solo da cantora da Madame Saatan
Por João Messias Jr.

Ao ouvir o disquinho, o que chamou a atenção além da produção sóbria, foi a diversidade de estilos. O rock está lá sim, mas não temos nada relacionado ao metal. O que foi ponto pra vocalista, pois pra que fazer um disco solo na mesma linha da sua banda de origem? A faixa que nomeia o trabalho (e também primeiro clipe) é contagiante. Já Oyá apresenta uma levada mais dançante e uma linha vocal obscura. O rock aparece novamente em Fucking Lovers, que tem uma letra sensacional. Lupita começa mais densa e ganha um ótimo refrão. A seguinte, Magnólia é um dos pontos altos do trabalho. Uma batida mais setentista, é embalada por um clima dançante e ao mesmo tempo melancólico. Mistura de sensações que faz a tecla 'repeat' trabalhar bastante.
O álbum chega ao fim com a introspectiva Ano Novo e a tribal de densa Faca, que coroam com chave de ouro este belo trabalho. Cuja sacada foi além de possuir ótimas músicas, foi combinar o clima da produção com o encarte, que embora simples, usa muito bem as cores branco e preto, além de uma capa chamativa.
Não vai agradar os fãs de um estilo mais visceral, porém fará a alegria daqueles que não tem preconceito com fusões musicais improváveis. Que neste caso aqui a mistureba gerou algo genial!
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