Disco de retorno contém a mesma energia dos primeiros trabalhos
Por João Messias Jr.

Como o Lobotomia. Do ABC paulista, os caras tem na bagagem discos clássicos como Lobotomia (1986) e Nada é Como Parece (1988) e após algumas idas e vindas além de uma nova formação soltam um novo registro em quase uma década. Chamado Desastre, chama a atenção logo de cara pelo acabamento em digipack e pelo capricho da capa e encarte.
Sim, a boa impressão permanece nas músicas, que receberam uma boa produção. Contando na época com Edu Vudoo (voz), Guilherme Goto (guitarra), Gabriel Kaspar (baixo) e Grego (bateria e único membro original), mantém a empolgante linha musical que passeia entre o Metal, Hardcore e Crossover, mas com aquele algo a mais que deixa todo os fãs de música pesada satisfeitos.
Em especial as linhas de guitarra, que segue a linha dos primeiros tempos do Hardcore (DRI/Agnostic Front) com a malícia dos tempos atuais. Fusão que nos faz balançar a cabeça de forma imediata que somada as canções, faz o grupo ter em mãos músicas fortes como Desastre Nuclear e Engrenagem da Maldade, que tem um puta refrão e uma letra consciente e reflexiva.
Não se engane com o início lento de Terra Sagrada, que vira uma tijolada que tem riffs levada vocal insanas.
Voodoo Império do Terror manda o disquinho lá nas alturas enquanto Quem Vai Ganhar? coroa esse belo trampo de retorno dos caras, que mantiveram a essência dos primeiros dias, sem ter medo de atualizar sua música.
Nenhum comentário:
Postar um comentário