Novo trabalho do sexteto paulistano mantém a essência ao estilo que os consagrou
Por João Messias Jr.
Quem viveu a década de 1990/2000 vai se lembrar com carinho do
Portrait, quedurante esse período, ao lado de grupos como Kavla, Wizards, Eterna e Karma, representavam com competência o cenário do prog/melódico/sinfônico. O tempo passou e o sexteto hoje formado por Rinaldo Zupelli (guitarra). Emerson Barcos (baixo), Ricardo Cassal (vocal), Marcelo Rocha (bateria), Théo Lima (guitarra) e Alexandre Lofiego (teclado) sumia e aparecia no cenário com a mesma intensidade, até que no fim de 2019, apareceu com novidades.
A primeira fica por conta de uma pequena alteração no nome original, agora ela se chama Portrait One, e a segunda (e mais legal), fica por conta de terem lançado um novo álbum de estúdio, batizado Time.
Colocando o disquinho pra rolar, Great Maker é o perfeito cartão de visitas do trabalho, mostrando diversas referências do metal melódico, funciona como uma deixa para a seguinte, I Believe, dona de uma linha vocal cativante (alguém pensou Michael Kiske?), uma quedinha pro hard e bumbos velozes.
Prision aposta num refrão certeiro, Deja-vu e Liberty (Mirrors of Dreams) são mais progressivas, enquanto Thorns in My Way e Voices são os grandes momento do trabalho. A primeira por mostrar peso e interessantes mudanças de andamento e a segunda pelo virtuosismo bem dosado e vozes inspiradas no Queen.
Mask encerra com um astral lá na estratosfera e coroa esse retorno triunfal da bandas, que tem tudo para (re) conquistar os fãs de um dos períodos de ouro do metal mundial. Que além das músicas, possui uma excelente produção e uma capa que salta aos olhos!