28 de fevereiro de 2014

GENOCÍDIO: VIVENDO SUA MELHOR FASE MUSICAL

Quarteto paulista promoveu pocket show de lançamento de seu mais recente trabalho, In Love with Hatred, que contou com participações especiais e gravação de vídeo clipe

Texto e fotos: João Messias Jr.

Genocídio
João Messias Jr.
Após se reunirem e lançarem o DVD Probations Live em 2006, o Genocídio não parou e tampouco se acomodou musicalmente e criativamente. Acostumados com percalços em sua carreira, os remanescentes Murillo (guitarra e voz) e Wanderley Perna (baixo) desde esse retorno lançaram dois trabalhos: The Clan e o recém-lançado In Love with Hatred, que tem tudo para levar a banda a lugares jamais imaginados, graças ao equilíbrio perfeito de melodias, climas soturnos e agressividade. 

Para aqueles que não conhecem o som do quarteto, eles começaram inspirados em grupos como Venom, Bathory e Hellhammer. Mas, com o passar dos anos, foram agregando novas influências/referências no gothic rock (antes de virar moda) e no doom.

Genocídio
João Messias Jr.
Para promover o novo trabalho, a banda organizou um pocket show gratuito no Espaço Som para 100 pessoas (ou felizardos) que confirmassem presença via facebook e o que foi visto neste último sábado foi casa cheia e muitos fãs do grupo, que desde o final dos anos 80 brinda os fãs de metal com música boa. 

Esta apresentação teve o último trabalho executado na íntegra, participações de Manu Henriques (Uganga, ex-Sarcófago) e Vitor Rodrigues (Voodoopriest), além da gravação do clipe de Come to the Sabbath (Mercyful Fate).

Inicialmente previsto para ás 16h, a apresentação teve início quase uma hora depois, mas isso não foi problema. Após a intro Birth of Chaos, Murillo, Perna e os “novatos” Rafael Orsi (guitarra e backing vocals) e João Gobo (bateria) mandaram as agressivas Kill Brazil (primeiro single) e Reverse. Mas é a faixa-título, cheia de climas góticos e uma ambiência doom é que mostram a verdadeira faceta da banda.

Algo inusitado e participações especiais

Genocídio
João Messias Jr.
Chegou o momento da primeira participação do dia. Manu Henriques,  subiu ao palco e juntos levaram I Deny, ou melhor, tentaram. 

Devido a um problema de energia a música teve de ser reiniciada e nessa hora dos problemas houve quem disse “Juntar Genocídio e Sarcófago no palco daria nisso”. 

Problemas sanados, a canção faz um contraste interessante das vozes e o clima que curiosamente nos remete a Nightmare e Midnight Queen (Sarcófago).

O clima melancólico permaneceu em Till Death do Us Part, mas por pouco tempo, já que a porradaria retornou em Inner Aflictive Scare. Unseen Death, com Vitor Rodrigues ao palco, possui uma outra vibe, com muito mais peso, instrumental encorpado e podemos defini-la como um holocausto sonoro.

Gravação e gran finale

Genocidio e Vitor Rodrigues
João Messias Jr.
Come to the Sabbath foi um momento interessante do show, pois a canção foi gravada para um lançamento em vídeo e nem precisa dizer que todo mundo bangeou para ficar bonito na foto. Passion and Pride é uma canção muito especial, pois fala dos mais de 25 anos da banda, desde as coisas boas e ruins que aconteceram com o Genocício.

Infelizmente White Room Red, cuja versão de estúdio contou com a Sphaera Rock Orchestra era o sinal que a festa estava chegando ao fim. Apesar de  alguns problemas com os samplers, que fizeram ela ser reiniciada algumas vezes, podemos dizer que essa é uma das melhores canções da história da banda, graças ao clima melancólico e soturno e pelas passagens melódicas, para deixar todo fã de música pesada orgulhoso.

Uma apresentação para ficar na mente por muitos anos e agora é torcer para que esse trabalho eleve ainda mais o nome da banda, que sempre fez por merecer, mas por alguns motivos imponderáveis nunca esteviveram no topo da música pesada nacional.

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