Além dos gaúchos, evento contou com as bandas Anonymous Hate, Eutanos, Vital Remains e Malevolent Creation
Texto e fotos: João Messias Jr.
Krisiun |
O último sábado (15) foi um dia
que os fãs de metal não tiveram do que reclamar, pois em cada canto da região
da capital haviam espetáculos destinados aos fãs do estilo, seja ele fã de
metal moderno, rock pesado e metal extremo.
Este último pode ter recebido um
dos “casts” mais poderosos que já vieram por esses lados. Imagina ter numa
mesma noite as lendas do metal extremo Krisiun, Malevolent Creation e Vital Remains, acompanhadas dos
equatorianos do Eutanos e os brazucas
do Anonymous Hate no já tradicional Carioca Club, que recebeu um excelente
público
Quem não viu, perdeu
Eutanos |
Infelizmente, graças ao nosso
transporte público, cheguei às 16h30 e acabei perdendo a apresentação do
Anonymous Hate, uma pena.
A segunda banda da noite foi o Eutanos, que faz um
som interessante, que lembra muito aqueles grupos oitentistas, com uma mistura
de Speed/Death/Black/Thrash/Heavy muito bem trabalhado (pegar formação), com
destaque para o vocalista James Peterson, com um vocal agudo e fino, que varia em
momentos agonizantes e esgoelados.
A única pisada na bola foi a do público, que
estava todo do lado de fora do Carioca Club e apenas algumas testemunhas
presenciaram o som dos equatorianos.
Possessão Demoníaca
Vital Remains |
Tem coisas que sabemos que são clichês,
mas que funcionam muito bem num show, como a abertura da apresentação do
quinteto Vital Remains. Todos de costas ao som de uma intro. Podemos dizer que
apartir daí eles ganharam o público.
Tendo como personagem principal a figura
do vocalista Brian Werner, que parecia o demônio da Tazmania correndo de um
lado para outro, com uma voz assustadora, que ao lado dos seus asseclas fizeram
um set forte, agressivo e extremo, com destaque Where is Your God Now? e Hammer
Down the Nails, dedicada a Chuck Schuldiner.
Outros destaques da apresentação
deles foi o desempenho dos guitarristas Tony Lazaro e o brasileiro Bill Hudson
(Circle II Circle/Cellador), e o baixista Gator Collier, que também se mostrou
um excelente vocalista.
De volta aos anos 90
Malevolent Creation |
Adeptos do Death Metal
Tradicional, o Malevolent Creation mostrou como é possível ser brutal, extremo,
agressivo e cativante “apenas” com gutural, guitarra, baixo e bateria.
Phil Fasciana pode ser
considerado com as devidas proporções uma espécie de Tony Iommi do Death Metal,
por não inventar malabarismos e criar riffs mórbidos e cadenciados e claro, o
vocalista Bret Hoffmann, que possui uma voz monstruosa. Tudo isso “temperado”
por sutis doses Thrash.
Além da apresentação impecável,
dois fatores chamaram a atenção: a voz “normal” de Bret, que lembra daqueles
fazendeiros americanos e Phil Fasciana estar fumando no palco segundos antes de
começar a apresentação.
O número 1 do metal extremo
Krisiun |
Os gaúchos do Krisiun há algum
tempo são considerados o principal nome do metal extremo mundial. Eu acompanho
os caras ao vivo desde o final dos anos 90 e seguramente posso dizer que a
evolução do trio formado pelos irmãos Max, Alex e Moyses Kolesne é assustadora,
principalmente após o álbum Bloodshed, onde sabiamente, encontraram o equilíbrio
entre riffs cadenciados e o peso do metal extremo.
Antes de falar das músicas, vale citar como um power trio consegue fazer um som "cheio", com detalhes e sem buracos, algo que poucas bandas neste formato conseguem executar com maestria.
A apresentação dos gaúchos
mesclou sons de toda a trajetória, que teve como grandes momentos Combustion
Inferno, Vicious Wrath, Black Force Domain e na versão para In League of Satan
(Venom) foi um dos grandes momentos do set, pois contou com o pessoal das
bandas Eutanos, Malevolent Creation e Vital Remains, com Brian Werner dando
mosh e tudo mais.
Apocalyptic Victory encerrou a
apresentação do trio, que deixou todos os presentes que lotaram o Carioca
saciados.
Que 2013 seja brindado com shows
tão bons quanto esse!
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