Grupos gaúchos apresentam trabalhos que podem ser considerados clássicos do thrash metal
Por João Messias Jr.
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Nations of Few Divulgação |
Assim como as bandas paulistas, cariocas, nordestinas, os grupos do Rio Grande do Sul possuem peculiaridades em sua música, que as tornam únicas e inconfundíveis, independente do estilo apresentado. No caso do thrash, o qual vou falar um pouco hoje, a rispidez é a mais marcante e escolhi dois trabalhos para comentar, sendo um lançamento e um relançamento: Nations of Few, do Carniça e Smile, do Leviaethan.
Nations of Few do Carniça apresenta algo curioso e interessante: apesar de manter uma conexão com o álbum anterior "Temples Fall..." mostra aos nossos ouvidos e pescoços como é possível ter novidades sem usar modismos e tendências.
Outro aspecto que chama a atenção são os vocais de Mauriano Lustosa (também responsável pelo baixo), pois são agressivos e crus, lembrando mestres do estilo como Tom Angelripper (Sodom), Peter Steele (quando fazia parte do Carnívore) e Nuno Hellknight (ex-Zoltar). As músicas mais legais do trabalho são a faixa-título, "Diablo Politician", com alguns trechos em português bem sacados, a versão inspirada para "I Wanna Be Somebody" (WASP), "Prayers Before the Death",que conta com a participação de Claudio David, (Overdose) e o interlúdio "Nowhere", que farão os fãs de Alex Skolnick (Testament) delirarem.
Outro aspecto que chama a atenção são os vocais de Mauriano Lustosa (também responsável pelo baixo), pois são agressivos e crus, lembrando mestres do estilo como Tom Angelripper (Sodom), Peter Steele (quando fazia parte do Carnívore) e Nuno Hellknight (ex-Zoltar). As músicas mais legais do trabalho são a faixa-título, "Diablo Politician", com alguns trechos em português bem sacados, a versão inspirada para "I Wanna Be Somebody" (WASP), "Prayers Before the Death",que conta com a participação de Claudio David, (Overdose) e o interlúdio "Nowhere", que farão os fãs de Alex Skolnick (Testament) delirarem.
A capa também é muito interessante, pois passa a imagem das "ações" que os governantes dos quatro cantos do planeta planejam para a nação!
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Smile Divulgação |
Lançado em 1990, Smile é o primeiro álbum "full" do quarteto gaúcho Leviaethan, que desta época tem na ativa apenas Flávio Soares (baixo e vocal), fazia uma thrashera que era áspera e crua, mas com um bom trabalho instrumental, que aliados ao vocal ardido de Flávio (que dá um ar mais hardcore/crossover) concebeu ótimas canções como "The Last Supper", "AIDS", "Pilgrimage to Insanity", a trabalhada "Spanish Blood" e a vinheta "Pimponetta", essa uma tradicional canção infantil convertida para clássico do metal.
Recentemente, tive a felicidade de assistir os caras ao vivo, e o material novo apresentado não foge de sua proposta musical, está apenas mais refinado e melhor executado, ou seja, melhor!
Não existe resenha deste disco se não falar nada da capa, pois essa arte é uma das mais inspiradas de todos os tempos, com esse "traquina" apontando uma arma com o singela inscrição "Smile", cuja tradução diz sorria, foi bem sacada!
Para você não parou no tempo e pensa que a única banda thrash que o Brasil produziu foi o Sepultura, procure conhecer esses dois trabalhos, que merecem ser apreciados ao lado de um bom churrasco ou até um chimarrão!
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