Evento que teve como
headliner o ícone nacional Vulcano, também contou com os grupos Angry,
Necromesis, Spiritual Hate e Midnightmare
Texto e fotos: João Messias Jr.
O
anúncio de que o lendário grupo santista Vulcano faria uma apresentação no ABC
foi motivo de nostalgia e emoção para este que escreve estas e as próximas
linhas a seguir. Primeiro, por se tratar de um dos maiores nomes do metal nacional
e que após muitos altos e baixos, vive seu melhor momento na carreira,
inclusive se apresentando pelo velho mundo algumas vezes. Outro motivo (descoberto no show) foi ver que os caras, que não são mais garotos, se divertem a valer se apresentando!
O espetáculo, realizado no último domingo (20), no Princípios Bar, em São Bernardo, além dos caiçaras contou com quatro
nomes de respeito daqui: Angry, Necromesis, Spiritual Hate e Midnightmare.
Escolas distintas num
único som
Midnightmare João Messias Jr. |
Sabe o que mais? Essa miscelânea produz um death/thrash de responsa, com ótimos riffs e músicas empolgantes como Chaos, In the Name of God e Death is the Only Salvation. Essa última é dona de andamentos cadenciados e muitas quebrdas. A apresentação ainda contou com uma boa versão para Witching Hour (Venom). Chega a ser triste ver que os caras (ainda) não possuem um CD para imortalizarem a sua música.
Resgatando tradições
Spiritual Hate João Messias Jr. |
Com cristos decapitados, pendurados de ponta cabeça e corpse paint, Magnus Hellhound (voz e guitarra), Fabiano Blackmortem (guitarra), Lord Emperor Blaphemous (baixo) e Thamuz (bateria) mandaram um death/black violento e voraz, com vocais que se alternam entre guturais e vomitados. Tudo muito coeso, com destaque para Hates Burn in my Eyes e Excomunion, que além de encerrar o show, foi responsável pela primeira roda da noite.
Fortalecidos
Necromesis João Messias Jr. |
A
cada apresentação, o hoje quarteto mostra segurança e que pode ir muito mais
longe, pois cresceram musicalmente e em performance. Principalmente Daniel, que
se movimenta por todos os cantos, além de vociferar como um urso, o que gera um
contraponto interessante com os urros e berros de Mayara.
A técnica é uma das marcas registradas da banda, que hoje soa mais brutal e progressiva, fato que foi comprovado com o novo som, The Life is Dead, que sintetiza bem o atual momento do grupo. Outros destaques foram Unlives As Undeads e Demonic Source, que encerrou a curta apresentação dos caras (e da moça), que já estão prontos para conquistarem novos territórios.
A técnica é uma das marcas registradas da banda, que hoje soa mais brutal e progressiva, fato que foi comprovado com o novo som, The Life is Dead, que sintetiza bem o atual momento do grupo. Outros destaques foram Unlives As Undeads e Demonic Source, que encerrou a curta apresentação dos caras (e da moça), que já estão prontos para conquistarem novos territórios.
Um pouco de thrash
Angry João Messias Jr. |
A banda fez um set balanceado entre canções do EP, como Agony, Coldness of the Soul e outras que farão parte do próximo trabalho, a sair ainda esse ano como Future Chaos (faixa-título, que ganhará videoclipe).
O encerramento com Last Day, cujos andamentos nos remetem aos mestres do estilo como Death Angel e Testament (alguém aí pensou em The Legacy?). Mais um baita show de um grupo que eu ainda não conhecia.
Quero envelhecer como
esses caras
Vulcano João Messias Jr. |
O quarteto, com seu som baseado em Venom, Black Sabbath e Motorhead, mostrou que “panela veia faz comida boa”, e saciou os presentes com clássicos de toda sua carreira, como The Man the Key the Beast, faixa-título do mais recente trabalho, Dominios of Death, The Signals e Prisioner from Beyond.
Esses
sons serviram para constatar que, com todo respeito ao Angel (antiga voz do
grupo), Louzada hoje tem mais a cara da banda e não faz feio cantando hinos do
passado como Fallen Angel e Bloody Vengeance. Zhema sempre com uma postura
discreta mandando riffs poderosos por meio de suas Gibsons e o batera Arthur é
um espetáculo a parte, pois não fica restrito a espancar as peles de seu kit. Toca em pé,
brada com a galera, faz malabares com a lata de cerveja, enfim, mostrou o que é tocar com prazer.
Vulcano João Messias Jr. |
Após
o show pensei no seguinte: quando ficar mais velho, quero envelhecer que nem esses
caras, indo a shows, curtindo o lance de verdade, sem politicagens e padrões de
conduta.
Mais
um baita evento organizado pelo Tiago Claro (Seventh Seal), que dá a
oportunidade ao povo do ABC a oportunidade de conferir grandes nomes do metal
nacional. Só que, vamos nos conscientizar, por que estilo não se restringe aos
festivais como Monsters of Rock. A base é a cena underground, não se esqueçam!
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