Maior nome do metal
nacional realiza show em comemoração aos vinte anos do lançamento do álbum Chaos A.D.
Texto e fotos: João Messias Jr.
Só
para recordar
Paulo Jr. João Messias Jr. |
Todos
ficaram curiosos em saber qual seria o próximo passo da banda, visto que
declararam que estavam fazendo algo diferente, utilizando percussões de samba e
afinações mais baixas. Quando Chaos A.D. foi lançado, apesar da estranheza
inicial (inclusive deste que escreve essas linhas), foi um sucesso mundial, que
culminou por shows por todo o planeta, alavancado por hits como Refuse/Resist,
Terrritory, Slave New World e Kaiowas.
Conexão
passado/presente
Banda executando Kaiowas João Messias Jr. |
Para
comemorar a boa fase, a banda fez um espetáculo interessante, que rolou nos dias 24, 25 e
26 deste mês, no SESC Belenzinho. Interssante pois fizeram um show comemorativo aos 20 anos de
Chaos A.D., além de apresentarem ao público músicas do novo e recém lançado disco
The Meditator Beteween the Head and Hands Must be the Hear, cujo título é
inspirado no filme Metrópolis, de 1927.
O
show – Parte 1
Derrick Green João Messias Jr. |
Já
se passavam das 21h30 quando a intro Chaos B.C. ecoava no recinto. Mesclando os
ritmos brasileiros com peso e algo experimental, esse foi o fundo para que Derrick,
Andreas, Paulo e Eloy adentrassem ao palco e extremamente saudados pelos
presentes.
Com
essa recepção, não restou outra alternativa, a não ser saciar o público numa
viagem ao tempo. Propaganda e Slave New World deram início ao massacre. A
segunda, em especial foi responsável pela primeira roda da noite. Nesse momento o público
bradava o nome da banda em alto e bom tom.
Antes
de The Hunt, cover do New Model Army, Andreas aproveitou para agradecer aos
presentes por estarem lá e que sem eles não haveria Sepultura. Kaiowas foi
outro ápice desta primeira parte, pois foi executada de forma elétrica. Nesse formato a canção ficou mais forte e orgânica. Polícia
colocou fogo nas coisas novamente, vale dizer que em sua maior parte ela é
cantada por Andreas e Paulo.
João
Gordo
João Gordo João Messias Jr. |
Para
terminar a primeira parte do show, a banda mandou os hinos Territory e
Refuse/Resist, que extasiou todos os bangers que estavam espremidos no espaço.
O quarteto possui muita energia em suas apresentações e é visível que estão
fazendo o que realmente querem, sem pressões por uma possível reunião da
formação clássica. Assim, pode-se dizer que com toda a certeza Derrick e Eloy são o combustível ideal para que
Andreas e Paulo continuem firme com o legado da banda.
O Show - Parte 2
Eloy Casagrande João Messias Jr. |
Bem,
que o disco certamente vai decepcionar aqueles que esperam por uma volta aos
tempos de Arise. Embora bem pesadas, carregam experimentalismos, o que pode
agradar fãs de boa música, a não ser que esses sejam fãs dos Cavalera e desprezam
tudo que foi lançado após Roots.
Infelizmente
o espetáculo chegou ao final com Ratamahatta e Roots Bloody Roots (com direito a encore), que assim
como todas as músicas, foram recebidas com aplausos e sobre berros com o nome da
banda.
Andreas Kisser João Messias Jr. |
As pessoas tem o direito de criticar e não gostarem do Sepultura hoje, mas esse não gostar deve ter fundamento.
Então headbangers, ouçam o disco, vão o show e formem suas opiniões. Não se baseiem em
declarações de antigos membros, muito menos em preconceitos em relação aos
novos integrantes, pois independente da banda ter lançado o melhor disco da
carreira ou não, uma coisa é certa: Se o Brasil é reconhecido hoje pela qualidade de suas bandas, deve isso ao
Sepultura.
Que venham as críticas!
Que venham as críticas!
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