24 de abril de 2015

GRIMRIOT: RENOVAÇÃO AOS OUVIDOS

Quinteto gaúcho mistura tendências variadas em seu primeiro álbum, Under Red Stars

Por João Messias Jr.

Under Red Stars
Divulgação
Alguns leitores (em especial os perdidos nos anos 80) ficarão com os pés atrás, mas a verdade é que a progressão da sonoridade de grupos como In Flames, Dark Tranquility e os primeiros álbuns do Linkin Park mostrou uma fusão interessante de canções que colocam peso, brutalidade e um charme acessível no mesmo monte,que as tornam especiais e marcantes.

A consequência são os grupos que surgem/surgiram mundo afora, como os gaúchos do Grimriot, que fazem bonito no debut, Under Red Stars, lançado em 2014. O quinteto formado por Guilherme Acauan (voz), Brunno Tripovichi (guitarra), Keith Eberhardt (guitarra), Lucas "White" Schwartz (baixo) e Rafael Kniest (bateria) apostam na soma de peso + melodia + charme pop, o que ao mesmo tempo acerta na qualidade das composições, renova os nossos ouvidos, em meio a tantos que querem ser trues, progressivos ou adoradores, sejam eles do capeta ou de Jesus.

O sopro de algo novo aparece logo na primeira faixa, The Last Chance, que inicia o álbum de forma mais introspectiva, em especial no refrão. Já a seguinte, Revolt, tem um pique mais contagiante. Só que Believe Me possui potencial de hit, graças ao refrão quase pop e solos que nos remetem aos grandes nomes do hard/heavy mundial.

Enquanto Scars e By Myself são voltadas para a introspecção, o peso é elemento presente em Break the Rules. Mas as faixas que marcam são as que possuem elementos mais quebrados, como Pressure, que suas linhas mais densas lembra o grupo de Chester Bennington e Mike Shinoda. 

O metal tradicional aparece em Bring It On, que conta com a participação de Tiago Masseti (Daydream XI), numa combinação interessante entre novo e antigo. 

As saideiras More Than Just a Man e Mind Your Own surpreendem por jogar no mesmo balaio pop e metal, mostrando que Under Red Stars tem tudo para agradar fãs não necessariamente voltados a música pesada. Pessoas que dizem curtir um rock "normal" tem tudo para se render ao som dos gaúchos, mais uma vez evidenciando que quando a música é boa e verdadeira, possui o poder de transceder barreiras.

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