Quinteto gaúcho mistura tendências variadas em seu primeiro álbum, Under Red Stars
Por João Messias Jr.
Under Red Stars Divulgação |
Alguns leitores (em especial os perdidos nos anos 80) ficarão com os pés atrás, mas a verdade é que a progressão da sonoridade de grupos como In Flames, Dark Tranquility e os primeiros álbuns do Linkin Park mostrou uma fusão interessante de canções que colocam peso, brutalidade e um charme acessível no mesmo monte,que as tornam especiais e marcantes.
A consequência são os grupos que surgem/surgiram mundo afora, como os gaúchos do Grimriot, que fazem bonito no debut, Under Red Stars, lançado em 2014. O quinteto formado por Guilherme Acauan (voz), Brunno Tripovichi (guitarra), Keith Eberhardt (guitarra), Lucas "White" Schwartz (baixo) e Rafael Kniest (bateria) apostam na soma de peso + melodia + charme pop, o que ao mesmo tempo acerta na qualidade das composições, renova os nossos ouvidos, em meio a tantos que querem ser trues, progressivos ou adoradores, sejam eles do capeta ou de Jesus.
O sopro de algo novo aparece logo na primeira faixa, The Last Chance, que inicia o álbum de forma mais introspectiva, em especial no refrão. Já a seguinte, Revolt, tem um pique mais contagiante. Só que Believe Me possui potencial de hit, graças ao refrão quase pop e solos que nos remetem aos grandes nomes do hard/heavy mundial.
Enquanto Scars e By Myself são voltadas para a introspecção, o peso é elemento presente em Break the Rules. Mas as faixas que marcam são as que possuem elementos mais quebrados, como Pressure, que suas linhas mais densas lembra o grupo de Chester Bennington e Mike Shinoda.
O metal tradicional aparece em Bring It On, que conta com a participação de Tiago Masseti (Daydream XI), numa combinação interessante entre novo e antigo.
As saideiras More Than Just a Man e Mind Your Own surpreendem por jogar no mesmo balaio pop e metal, mostrando que Under Red Stars tem tudo para agradar fãs não necessariamente voltados a música pesada. Pessoas que dizem curtir um rock "normal" tem tudo para se render ao som dos gaúchos, mais uma vez evidenciando que quando a música é boa e verdadeira, possui o poder de transceder barreiras.
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