Quinteto cearense soa agressivo, seguro e coeso em novo trabalho, Trans Mysterium
Por João Messias Jr.
Não tem jeito, passam-se os anos e determinados estilos recebem novas referências e nuances musicais. A conseqüência disso é que eles acabam ficando anos luz de suas raízes. Quantas ramificações temos do heavy metal, hard rock?
E como todos sabem, não é de hoje que essa variação chegou ao black metal, que em seus primeiros tempos se caracterizava pela rispidez de nomes como Bathory e Venom. Décadas depois, vemos grupos que embora usem a
mesma temática, flertam com estilos como o ambient e o eletrônico, como o Mortiis, The Kovenant, entre muitos outros
Porém, é louvável quando deparamos com trabalhos como o Trans Mysterium, dos cearenses
do Maleficarum. Formado por Lord Maleficarum (vocal), Incredolus (guitarra),
Count Cemeluchus (guitarra), Nebulam (baixo) e Lucifugi (bateria), o grupo bebe
na veia das bandas acima, mas com um tempero
brazuca a lá Sarcófago/Vulcano. Inclusive este último é homenageado com
uma boa versão para Guerreiros de Satã.
A
exceção da intro Ajagunã, o disquinho apresenta músicas ríspidas, que mesclam
momentos cadenciados e partes para bater cabeça, como Aqueronte e
Ragnarok. Outro belo momento é a agressiva Cruzada, que soa como um canto de
evocação as crenças do grupo, que de forma direta passa a mensagem sem soar chato ou panfletário por sua causa.
Junto as canções que agradará aos fãs das vertentes mais agressivas do metal, o álbum recebeu um acabamento especial em digipack, o que o torna mais atraente e atiçará mais a vontade de tê-lo em sua coleção.
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