Mesmo sem incluir novidades no som, Sistema Sangria mostra uma música que surpreende em vários aspectos
Por João Messias Jr.
Sistema Sangria Divulgação |
Quando se fala da mistura de hardcore, metal e crust vem na cabeça bandas como Ratos de Porão, Extreme Noise Terror e Napalm Death. Embora grupos citados (em especial o primeiro) apareçam como referência, o Sistema Sangria mostra em seu álbum que tem muito mais a mostrar neste álbum que ganha o nome do grupo, que recebe a versão em CD após ter saído em LP.
Músicas que saltam aos ouvidos como Corpo Fechado, Malucifer (com uma trecho de uma famosa frase do político Paulo Maluf), a visceral Ramelão, Vá em Frente, Barak e Maicon do Sertão evidenciam que Antonio (voz), Fabio (guitarra), Nader (baixo) e Igor (bateria) são mais do que competentes na proposta musical adotada. Pois são bons músicos e mostram que mesmo fazendo um som direto, incluem detalhes nas canções que as tornam especiais.
A escolha do processo de gravação foi outro ponto positivo do trabalho. A opção por Marcello Pompeu e Heros Trench no Mr. Som (Oficina G3, Baranga, Carro Bomba, Hicsos) deixou tudo claro, pesado e definido, o que facilita na audição e avaliação, pois não é porque fazem um som derivado do hardcore que deve ser tosco e malfeito.
A "embalagem" mantém a linearidade com a proposta musical. Um encarte dobrável que vira um poster foi uma boa escolha, pois apesar de muitos dizerem o contrário, ainda existe muita gente que aprecia ter o trampo físico, acompanhar as letras, que estão presentes e tudo de forma nítida.
Antes de "apagar a luz", peço que não desliguem após o último som, pois há belas homenagens/tributos para alguns ícones do hardcore/metal!
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