14 de abril de 2016

NÃO É COMO PARECE SER...

Mesmo sem incluir novidades no som, Sistema Sangria mostra uma música que surpreende em vários aspectos

Por João Messias Jr.

Sistema Sangria
Divulgação
Quando se fala da mistura de hardcore, metal e crust vem na cabeça bandas como Ratos de Porão, Extreme Noise Terror e Napalm Death. Embora grupos citados (em especial o primeiro) apareçam como referência, o Sistema Sangria mostra em seu álbum que tem muito mais a mostrar neste álbum que ganha o nome do grupo, que recebe a versão em CD após ter saído em LP.

Músicas que saltam aos ouvidos como Corpo Fechado, Malucifer (com uma trecho de uma famosa frase do político Paulo Maluf), a visceral Ramelão, Vá em Frente, Barak e Maicon do Sertão evidenciam que Antonio (voz), Fabio (guitarra), Nader (baixo) e Igor (bateria) são mais do que competentes na proposta musical adotada. Pois são bons músicos e mostram que mesmo fazendo um som direto, incluem detalhes nas canções que as tornam especiais.

A escolha do processo de gravação foi outro ponto positivo do trabalho. A opção por Marcello Pompeu e Heros Trench no Mr. Som (Oficina G3, Baranga, Carro Bomba, Hicsos)  deixou tudo claro, pesado e definido, o que facilita na audição e avaliação, pois não é porque fazem um som derivado do hardcore que deve ser tosco e malfeito.

A "embalagem" mantém a linearidade com a proposta musical. Um encarte dobrável que vira um poster foi uma boa escolha, pois apesar de muitos dizerem o contrário, ainda existe muita gente que aprecia ter o trampo físico, acompanhar as letras, que estão presentes e tudo de forma nítida.

Antes de "apagar a luz", peço que não desliguem após o último som, pois há belas homenagens/tributos para alguns ícones do hardcore/metal!

Nenhum comentário:

PASSANDO A MENSAGEM

Com influências diversas, quarteto catarinense explora em suas letras a insatisfação contra o governo e corrupção Por João Messias Jr. As pr...