Cariocas apostam no resgate dos primórdios do doom metal carregado e arrastado
Por João Messias Jr.
Dead Inside Divulgação |
Uma das grandes sacadas dos cariocas da Dark Slumber foi ter desenvolvido uma música pesada e arrastada, mas que abre espaço para melodias e momentos quase virtuosos. Essa é uma forma simples de falar da música praticada pelo quarteto formado por Guilherme Corbo (guitarra e voz), Sandro Leite (guitarra), Heyder Fonseca (baixo) e Jorge Zamluti (bateria), que juntos lançaram em 2015 o álbum Dead Inside.
Praticantes do que chamam hoje de dark metal, que nada mais é do que uma das facetas do doom metal, onde as guitarras não são velozes e sobressaem os vocais guturais. Impressão realçada logo pela capa, feita por Marcel Briani. E claro, as canções possuem climas densos, carregados, mas que graças a melodias bem empregadas, faz com que o álbum não se torne cansativo.
O que logo ouvimos na belíssima faixa de abertura, Reverbering Emptiness, um belo contraste de melodias soturnas com vocais guturais. As seguintes, Sorrowful Winter Breeze e Vomiting Upon the Cross são mais rápidas, mas sem fugir da proposta.
A faixa que dá nome ao álbum prima pela variedade. Ora com momentos mais cadenciados, reforçados por boas levadas de baixo e climas lentos e mais rápidos. Já Dark Slumber soa bem instigante, graças aos riffs hipnotizantes.
Enquanto Lucifer esbarra no death metal, All the Lights Fade Away é dona de melodias que beiram o thrash americano, mas ganham climas, reforçados por belos solos e resgata o clima doom da primeira faixa.
Claro que algumas coisas devem ser melhoradas, mas os caras estão no caminho certo. Ao começar pelo fato de colocarem apenas sete faixas no trabalho, o que foi bem pensado. Vamos aguardar novos trampos da banda, que tem tudo para ser um dos grandes nomes deste segmento musical!
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