Por João Messias Jr.
Entramos naquela velha questão: ouvir bandas tradicionais ou inovadoras? Como fã assumido de thrash e hard rock (ambos da escola americana), confesso que fico na zona de conforto nesse lance de buscar por novidades. Mas, o lance de colaborar na Revista Roadie Crew, me fez sair da zona de conforto e ampliar o conhecimento musical.
Não vou precisar a edição, mas ao ler uma entrevista com a banda polonesa Batushka, me fez querer conhecer mais o som dos caras. E para minha grata surpresa, mais uma vez minha intuição estava certa. A resenha de hoje, o álbum Litourgiya, é o retrato disso.
Lançado em 2015, o trabalho apresenta uma mescla interessante e até então impensável de black metal com referências da música sacra, com cantos gregorianos e muitas melodias. Mas apesar dessas características, não espere por nada celestial, pois o que temos é uma música agressiva, que é repleta de intensidade e que cativa, fazendo de Litourgiya, um álbum único, que merece ser ouvido por completo. Por diversas vezes. Os pontos altos ficam por conta de Ектения IV: Милость e Ектения V: Святый вход.
Claro, que como uma espécie de "tradição" ao estilo, já foram impedidos de se apresentarem em alguns países como a Rússia, além das recentes mudanças de formação do grupo, que geraram polêmica e confusão aos fãs,
Assim como Nexus Polaris (Covenant), Puritanical Euphoric Misantropia (Dimmu Borgir) e The Satanist (Behemoth), o Batushka crava seu lugar no quesito black metal de vanguarda.
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