Sonoridade do quarteto paulista remete a época de ouro do metal
Por João Messias Jr.
O que direi agora já foi dito em inúmeras publicações e até em alguns outros textos aqui, mas se mostra extremamente funcional: muitas vezes vale ouvir(e ver) bandas que não apresentam nada de novo do que inovações chatas e egocêntricas. Sensação que temos quando temos na agulha os trabalhos da banda Selvageria.
Com quinze anos de estrada, o grupo já trilhou o caminho das demos e splits, tendo também dois álbuns que serão comentados nas próximas linhas, Começando pelo debut de 2009.
Bem produzido e com uma arte que bate com a proposta sonora e embalado no formato digipak, musicalmente Gustavo (vocal), César Capi (guitarra), Andrei (baixo) e Danilo (bateria) bebem no que era ouro na década de 1980: thrash e speed metal. Fusão que fará a alegria dos fãs dos estilos citados, em especial pelas vozes, que são agressivas e recheadas de agudos e ecos.
Dono de músicas uniformes entre si, os destaques ficam por conta de Águias Assassinas (ótimos riffs), a veloz Hino do Mal e a trabalhadas Cinzas da Inquisição e Garra do Cão.
Em 2017, já com Tomas no baixo, a banda soltou o segundo álbum, que como o nome sugere, é um verdadeiro Ataque Selvagem. Com uma produção melhor, é possível sacar a evolução dos caras sem abrir mão das raízes, o que é de aplaudir. Impressão que temos logo de cara com a faixa que nomeia o grupo, daquelas de erguer os punhos durante a audição.
Mas não fica só nisso, Gladiador, Legião Invencível e Ataque Selvagem são outros destaques dessa banda que mesmo fazendo uma espécie de tributo aos anos 80, soa atual e mortífera.
Com estilos como o prog e death metal soando cada vez mais chatos e repetitivos, que tal conhecer uma banda feita para bangear?
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