Festival reuniu as bandas Kyhary, Against Tolerance,
Screams of Hate, Command6 e Trayce
Texto
e fotos: João Messias Jr.
Primeiras
Impressões e convidados ilustres
Marcelo Carvalho (Trayce) |
Com a enxurrada de shows internacionais
e nacionais (Gloria, Creed, Arch Enemy e Black Label Society), a primeira
edição do Live Metal Fest, organizado pelo vocalista da banda Screams of Hate, Clayton Bartalo, tinha o risco de ter poucos headbangers loucos para
conhecer mais sobre as bandas nacionais.
Mas, contrariando todos os prognósticos
e expectativas, o Inferno Club, localizado na baixa Augusta, recebeu um bom
público, que com toda a certeza, saiu satisfeito pela qualidade de todas as bandas
que se apresentaram no festival.
Além das bandas, a primeira edição do
Live Metal Fest teve dois convidados ilustres: Rodrigo Branco (KISS FM) na
discotecagem, que teve apenas sons de primeira como Benediction, Fight,
Pantera e as brazucas Dr. Sin e Monster. O outro foi Vitor Rodrigues
(Voodoopriest), que atacou de Mestre de Cerimônias apresentando as bandas que subiam ao palco.
As apresentações contaram com as bandas
Kyhary, Against Tolerance, Screams of Hate, Command6 e Trayce, que apresentava
o vocalista Marcelo Carvalho.
Kyahry:
Tudo que tem Jackson vai bem
Luciano Bleker (Kyhary) |
A primeira banda da noite foi o quarteto
Kyhary, que mandou uma thrashera, que mescla as escolas dos anos 80 e 90
(Forbidden e Machine Head).
Com riffs gordos e um som redondinho, o quarteto mesclou
sons do seu primeiro CD, como Bomb Man, a inédita Não Me Controlo e uma versão
para Refuse Resist (Sepultura), que contou com Clayton (Screams of Hate)
dividindo as vozes com Luciano Bleker.
E como os guitarristas “vestem”
guitarras Jackson, tudo saiu conforme o planejado!
Against
Tolerance – Experimentações Extremas
Hugo e Vitor (Against Tolerance) |
Se havia um grupo que eu não esperava
muita coisa era o Against Tolerance. O trio formado por Vitor Horvath
(guitarra/voz), Hugo Bispo (baixo/vocal) e Biel Astolfi (bateria/vocal) fazem
um som pesado, mas com algumas experimentações (alguns de seus membros eram do Undefined), com destaque para as
interessantes camadas de vozes que produzem.
A apresentação teve como pontos altos as
músicas Try Again,Fail Again, Fail Better; Dies Irae e as versões para As Daylight Dies
(Killswitch Engage) e Redemption Song (Bob Marley), que tirando a introdução
doom e umas quebradas, virou um som visceral que deixaria o rei do reggae
orgulhoso.
Screams
of Hate: Mesclando escolas
Clayton Bartalo (Screams of Hate) |
O som do quinteto faz uma mescla
interessante de várias vertentes do metal: passeia pelo Death dos anos
90 (Benediction/Gorefest) até tendências mais atuais como Fear Factory e Messhuggah,
que para quem conhece sabe o que esperar: groove e peso.
Outra curiosidade da banda é que nas
partes mais viscerais, o vocalista Clayton usa uma espécie de megafone, que proporciona mais brutalidade ao som. Tudo movido a instrumentistas que seguram muito bem nas cordas e
bumbos.
Os destaques da apresentação foram às
músicas Narcotic e Your Soul Will Pain, do EP Corrupted, além de uma versão
para Arise (Sepultura).
O Screams of Hate foi a primeira banda
que o público fazer inaugurar as rodas da noite!
Command6:
Possuídos
Attílio Negri (Command6) |
Uma piração extrema! Assim se pode definir o
som do quinteto. Usando e abusando de influências como Slayer, Pantera e
Machine Head, tem como destaque o vocalista Wash, que tem uma postura de palco
insandecida, lembrando o mestre Vitor Rodrigues, além de uma garganta privilegiada.
A banda produz interessantes camadas de vozes, que ao vivo tem o auxílio de
Johnny Hass (baixo) e Bruno Luiz (guitarra), e assim, executam algo insano e ao mesmo tempo bem trabalhado.
Da apresentação o ponto alto foi a
execução de So Cold, do mais recente trabalho, Black Flag, que deixou o público
a beira da insanidade, visto as rodas que permearam por toda a apresentação.
Trayce:
O cara é do ramo
Alex Gizzi (Trayce) |
O Trayce foi uma banda que
passou por alguns maus bocados nesses tempos. Primeiro, teve a mudança de nome (antigamente chamava
Ace 4 Trays), logo as vésperas do lançamento de Bittersweet. Depois, ocorreu a saída do
vocalista Diego Prado. Não desanimaram, foram pra luta e recrutaram Marcelo Carvalho,
ex-Hateful, que ficou conhecido por ter participado do programa do Raul Gil.
A desconfiança pelo fato do vocalista ter participado deste tipo de programa foi logo água abaixo, pois
o moço provou que é do ramo e segura muito bem a bronca. Com um gogó que manda bem nos
graves e os berros, conduziu o massacre por meio dos sons Price to
Pay, Let it Burn, Land of Hatred, Made of Stone e Roll the Dice, que antes de
sua execução, teve problemas no baixo, que teve de ser trocado.
Aí a solidariedade
entrou em cena com Hugo do Against Tolerance emprestando o instrumento para que
o show terminasse.
Grande apresentação, que apesar dos problemas
de retorno do vocal e o já citado caso do baixo, me deixou curioso para ouvir o
frontman cantar sons como Edge of the World e New Home.
Saldo
Positivo
O festival teve saldo positivo, com o
término no horário, privilegiando aqueles que dependem do transporte público.
Outro destaque foi o público, que mostrou sua força ao prestigiar todas as bandas, que cada qual no seu estilo, não devem nada para as gringas e que se tiverem a atenção merecida, tem tudo para atingirem o patamar de grupos como Krisiun, Korzus e Torture Squad.
Ficamos no aguardo da próxima edição,
que rola em fevereiro do próximo ano!
4 comentários:
fest foda com shows muito foda, não ficou devendo nada pra nenhum show gringo!!!!! parabéns à organização!!!!!
Queremos mais esse tipo de Festival, no Brasil todo!!
ANIMAL!!! no aguardo do proximo!
Iaeh bangers!! Aqui é o Marcelo Carvalho novo vocalista do TRAYCE. Queria agradecer aqui também pela recepção maravilhosa da galera, pois encarar uma banda que já vem de uma essência formada não é fácil. Mas tudo tem soado muito positivo pra banda e pra quem já acompanhava, ou está conhecendo o novo TRAYCE. E muito obrigado pelas palavras nessa matéria. Grande Abraço a todos #UniãoUnderground
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