Apesar de manter a qualidade iniciada desde seu retorno as atividades,
em 2010, uma interrogação fica no ar com o fim da atual formação
Por João Messias Jr.
Blind Rage Divulgação |
A primeira impressão que temos ao
ouvir “Blind Rage”, novo álbum dos germânicos do Accept é que time que se ganha
não se mexe (ou mexia), pois o conteúdo lírico/musical encontrado não se difere
muito em relação ao que encontramos desde o retorno do grupo em 2010 com “Blood
of the Nations”.
Isso faz que o leitor/ouvinte entre em duas linhas de pensamento: a primeira é que não há novidades no som do
quinteto formado na época por Mark Tornillo (voz), Wolf Hoffmann (guitarra),
Herman Frank (guitarra), Peter Baltes (baixo) e Stefan Schwarzmann (bateria). A
outra, mais lógica diz: para que mudar o que está tão bom? Algo que devemos concordar, ainda mais se for fã de um heavy metal tradicional direto, pesado e sem firulas.
A bolachinha abre com Stampede,
também primeiro vídeo do trabalho, que mostra a linha tradicional do grupo
descrita linhas acima, com um refrão cheio de energia e vitalidade, assim como
Trail of Tears. Mas “Blind Rage” não fica restrito a esse tipo de som e a audição aponta outros contornos, como as grudentas e com os dois pés
no hard Dying Breed e Dark Side of My Heart, que contam com uma bela atuação de Tornillo, cuja versatilidade, foge (um pouco) das comparações com Udo.
Já Wanna be Free possui aquela veia
oitentista e tem tudo para ser um dos novos clássicos desta nova encarnação do
grupo, assim como Bloodbath Mastermind, que é perfeita para bater cabeça. Só
que ainda não acabou, pois as faixas From the Ashes We Rise e The Curse,
mostram momentos épicos e melódicos que conquistarão fãs e (principalmente) não fãs do grupo
alemão. Impressão realçada graças ao trabalho de produção de Andy Sneap, que
deixou tudo com uma timbragem moderna e com isso as canções não soam como café
requentado.
A versão nacional do CD vem com o
DVD “Live in Chile”, que com um pouco mais de uma hora apresenta músicas da
nova fase mesclada a clássicos como Restless and Wild e Balls to the Wall, numa
ótima apresentação do grupo.
Lembram do “ou mexia” das
primeiras linhas? Pois bem, o grupo hoje não conta mais comHerman Frank e Stefan Schwarzmann, que hoje estão no The German Panzer. Ficamos no aguardo de que os substitutos e não me na química do grupo, que até aqui vai muito
bem, obrigado!
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