18 de maio de 2015

POP JAVALI: "NUNCA TIVEMOS PRESSA DE ALCANÇAR UM SUCESSO RÁPIDO E EFÊMERO"


Pop Javali
Divulgação
Com duas décadas de estrada, o trio de hard rock Pop Javali colhe atualmente os frutos de bons serviços prestados a música. Boa parte desse feito vem graças ao segundo lançamento do grupo, The Game of Fate, que rendeu apresentações com grandes nomes da música nacional e internacional como Uriah Heep e Dr. Sin.

Neste papo feito com o baixista/vocalista Marcelo Frizzo e o guitarrista Jaeder Menossi (completa o trio o baterista Loks Rasmussen), os músicos falam do atual momento vivido pela banda, os shows recentes ao lado do Dr. Sin, além dos próximos passos, como um novo disco de inéditas e a primeira tour europeia.


Com vocês, Pop Javali:

Por João Messias Jr.

NEW HORIZONS ZINE: A banda retornou de uma turnê pelo Paraná ao lado do Dr. Sin. Como surgiu a ideia de fazerem esses shows em conjunto e o que acharam do resultado?
Jaeder Menossi: A ideia surgiu da grande amizade que fizemos durante a gravação do nosso CD “The Game of Fate” que o Andria e o Ivan Busic produziram. O resultado foi magnífico, tanto que novas turnês em conjunto devam ocorrer ainda esse ano.

Marcelo Frizzo: Extraordinária essa experiência! Todo mundo sai ganhando, o público, as casas de shows e as duas bandas!  Viajar e tocar ao lado desses músicos fantásticos, que são grandes amigos nossos, é sempre muito divertido. E o alto astral que temos juntos reflete nos shows que rolam num clima excelente! Bom pra todos!

NHZ: Interessante que assim como a banda dos irmãos Busic, vocês são um trio e estão com uma formação sólida. Falando nisso, como é a convivência de vocês após mais de duas décadas tocando juntos?
Jaeder: A convivência continua sendo ótima, somos pessoas simples e bem parecidas, isso facilita muito.

Marcelo: Somos uma família. Nós temos uma convivência muito boa, no trabalho e na parte pessoal também. Por sermos tão amigos é que a banda se mantém firme há mais de 20 anos. Momentos de dificuldades são encarados em conjunto por todos, aliviando o peso total, de forma que a gente se mantém inteiro mesmo em situações menos favoráveis.

Pop Javali
Divulgação
NHZ: Voltando a falar de shows, as apresentações realizadas  na capital paulista em 2014, como a abertura para o Uriah Heep mostram o bom momento vivido pelo grupo, graças a excelente repercussão de “The Game of Fate”. Toda essa fase positiva foi algo planejado que vocês olham e dizem: "Tudo conforme o cronograma" ou as coisas foram rolando?Jaeder: Acho que as coisas aconteceram em conjunto; o resultado final do CD, a produção em si e as músicas terem atingido o nível almejado foi um fator que nos trouxe muita confiança. Também tivemos muitas apresentações no primeiro semestre de 2014, o que foi ótimo para aprimorarmos nossas performances e entrosamento.  

Marcelo: Eu creio que estamos iniciando uma fase de “colher o que plantamos” durante mais de 20 anos. Nunca tivemos pressa de alcançar um sucesso rápido e efêmero. A Pop Javali foi criada pra ser uma banda duradoura, não uma “aventura”. Sempre tivemos pés no chão. Eu entendo que nada acontece na véspera. Ainda estamos começando, mas já subimos os primeiros degraus. Ainda temos uma escadaria enorme pra subir, e vamos continuar da mesma forma: um degrau de cada vez.

NHZ: No nosso último papo, fazia pouco tempo que “The Game of Fate” havia sido lançado. Passado quase um ano dessa conversa, o que a galera tem falado do Pop Javali por aí?
Jaeder: As resenhas tem sido ótimas, mas o mais bacana é poder perceber nos shows a participação e interação do público. Este é o principal parâmetro e, sem dúvida, o mais importante.

Marcelo: A repercussão de público e crítica foi realmente acima do esperado! E ainda tem muita gente que está conhecendo só agora. E sempre tem agradado, o que nos deixa muito satisfeitos e honrados. A dedicação e empenho que colocamos neste álbum reflete nessa reação positiva das pessoas.

NHZ: “The Game Of Fate”, inclusive está sendo vendido em plataformas digitais como Spotify e iTunes. Apesar da maioria da galera do rock/metal ser fã do produto físico, vocês vêem esses canais como o futuro da música?
Jaeder: Creio que essas plataformas ajudam muito pois proporcionam outras formas das pessoas no mundo todo terem acesso ao nosso trabalho.

Marcelo: Não podemos ser “peixe fora d’água”.  As plataformas digitais são uma realidade assim como a própria internet. Não dá pra ficar alheio a isso.  Eu também, pessoalmente, prefiro um vinil, com uma capa grande, de preferência dupla, com encartes de letras e fotos! Puxa, isso era demais! (risos). Mas existe o lado bom da mídia digital, que é a divulgação sem fronteiras do trabalho. O Pop Javali hoje é conhecido em países que nem sequer imaginávamos que seriam nossos fãs quando a gente começou. Indonésia, Filipinas, são países onde há um grande número de apreciadores do nosso trabalho, graças às plataformas digitais.

No Reason to be Lonely
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NHZ: Ainda falando sobre o disco, a capa lembra a de Joe's Rhapsody, da extinta banda Destra. Vocês conhecem a arte? 
Jaeder: Sinceramente não conhecia, mas depois da sua pergunta, fui pesquisar e realmente achei as capas realmente parecidas.

Marcelo: Também não conhecia. Acabei de ver agora na internet porque a pergunta despertou a curiosidade. (risos) Sempre tem algo que se compara a alguma coisa, em se falando de música. O que é que ainda não foi feito (risos)?

NHZ: Vocês praticam uma música que transita entre o hard, pop e AOR. E isso me fez refletir que felizmente tempos hoje no Brasil bandas que além de representarem bem essa vertentes, como Desert Dance, Sioux 66 e Marenna, possuem trabalhos com excelente produção. Pensam que a hora do estilo no país finalmente chegou?
Jaeder: Acredito que estamos vivendo um momento muito criativo na cena nacional, existem muitas bandas brasileiras desenvolvendo ótimos trabalhos, isso acaba trazendo uma maior credibilidade, e, espero, maiores oportunidades e espaços.

Marcelo: Acho difícil dizer que nesse país algum estilo de música que não seja comercial, ou “bati
dão pra massa”, alcance sucesso. No entanto, continuamos na luta! Quem sabe o cenário melhore.

NHZ: A banda parte para seu primeiro giro pela Europa no segundo semestre. Quais as expectativas para essa tour e como pintou a oportunidade?
Jaeder: As expectativas são ótimas, já temos quatro datas confirmadas e a ideia é poder fecharmos mais quatro ou cinco shows. É a oportunidade de adquirirmos mais bagagem e solidificar ainda mais nossa carreira. A oportunidade surgiu através do trabalho diferenciado da Som do Darma, que assumiu a direção artística do Pop Javali a partir do início de 2015.

Marcelo: É uma excelente oportunidade e a expectativa é a melhor possível.  Estaremos apresentando nosso trabalho numa vitrine promissora. Essa sempre foi uma meta da banda desde o início: uma carreira internacional. As dificuldades são enormes, mas a oportunidade pintou principalmente através de pessoas conheceram o nosso trabalho e se interessaram em apoiar e viabilizar essa tour. So, let’s do it!

The Game of Fate
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NHZ: Para encerrar, existem planos imediatos para um novo trabalho?
Jaeder: Sim, na verdade já temos material novo suficiente para um disco duplo. (risos) Estamos nos programando para entrar novamente em estúdio em 2016, mas estaremos registrando o áudio dos nossos shows na Europa para lançarmos um CD ao vivo ainda antes do novo material de estúdio.

Marcelo: Ainda estamos divulgando “The Game Of Fate” pelo país. Em breve estaremos em outros centros levando nosso trabalho. E ainda tem a turnê européia em outubro. Mesmo assim, estamos nos dedicando muito em estúdio na pré-produção do novo CD, o qual deve ser gravado na virada do ano e lançado em 2016. Músicas novas vêm aí!

NHZ: Muito obrigado pela entrevista. O espaço é de vocês.
Jaeder: Nos é quem agradecemos pela oportunidade de falar aos seus seletos leitores. E gostaria de agradecer também a estes veículos tão importantes por ajudarem a fomentar a boa música e trazer perspectivas e horizontes para bandas como a nossa. Um grande abraço a todos!

Marcelo: Meu brother João Messias Jr., muitíssimo obrigado pelo espaço e pela consideração. Desejo o melhor para você e suas mídias e que siga firme e forte! Grande abraço!

Um comentário:

Antonio Amaral disse...

eu tenho acompanhado o trabalho da banda e na minha opinião é uma banda de grande porte musical e não fica atras de nenhuma banda gringa!
POP JAVALI é internacional tem muita gente curtindo o som deles la fora!
parabéns meus amigos POP JAVALI!

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