Por João Messias Jr.
Fotos: Caike Scheffer
O ano de 2017 é um ano mágico para este que
escreve essas linhas. Além de marcar os dez anos do blog, são comemorados os
vinte e cinco anos de estrada no rock, além de ser o ano que completo quarenta
anos. Porém, a realização de um sonho marcará a minha vida não apenas por
alguns dias e meses, porém por toda a vida.
Depois de anos com o desejo incubado, em 2016
resolvi que iria me tatuar e como esse tipo de arte é para toda a vida, teria
de ser algo que sempre que mirasse o olhar, teria de me orgulhar. Decidi que
seria sobre algo que amo, o rock e seria uma capa de álbum, afinal, antes
desses tempos digitais, o que fisgava o futuro fã eram as capas dos vinis.
Voltando no tempo, só um pouco
Nessa época fiquei entre três capas, que
terão suas homenagens na pele em outros momentos. A escolhida foi a do álbum
Foundation, da banda Hatematter, cujo som e capa me conectaram de imediato. A
mescla de metal tradicional, death metal melódico e o clima melancólico de
bandas como Nevermore foi a deixa para que a banda ganhasse um fã e a minha
pele sua primeira tatuagem, cujos traços tiveram início no dia do músico, 22 de
novembro.
Batendo na trave até que o dia chegou
O mais engraçado é que apesar de ter
entrevistado a banda e resenhado o Foundation, nunca havia visto a banda ao
vivo, às vezes que tentei sempre esbarravam no quase, até que no dia 29 de
abril esse encontro finalmente aconteceu.
Engraçado que, nesse dia, a casa teria dois
eventos, um fest voltado a música cristã e o show do grupo seria a atração
seguinte. Um detalhe merece menção: faziam mais de duas décadas que eu não ia a
casa, ainda mais numa jornada dupla, mas a oportunidade seria única, afinal,
estava de férias e depois disso, shows seria algo complicado de ir aos sábados.
Depois de conferir o primeiro evento, eis me frente
a frente com a banda que prestei homenagem. Contando hoje com Luiz Artur
(vocal), André Buck (guitarra), Lucas Emídio (bateria), e os fundadores André Martins (baixo) e Gustavo Polidori (guitarra), a banda subiu ao palco e fez um set especial
de uma hora, que além das músicas de seus dois trabalhos de estúdio, Doctrines
e Foundation, cujos pontos altos foram Left Hand of God e Ovethrow.
Como se tratou de uma apresentação mais longa que a habitual, o show teve alguns covers e participações especiais, cujo maior destaque foi para Pinball Map (In
Flames), que teve a participação de Victor Cutrale (Furia Inc.).
Uma apresentação profissional sem deixar de lado aquele clima descontraído, o que deu um clima intimista a apresentação, o que deu mais brilho a noite, que para este que escreve essas linhas, foi perfeita!
Uma apresentação profissional sem deixar de lado aquele clima descontraído, o que deu um clima intimista a apresentação, o que deu mais brilho a noite, que para este que escreve essas linhas, foi perfeita!
Pós show
O evento ainda contou com as bandas Amon
Amarth Brazilian Tribute (formada por membros da Hatematter) e Eye of the King
(King Diamond Tribute) que fez apresentações de alto nível, mas que me
desculpem os tributos, a Hatematter detonou em cena. Em mais uma evidência de
que temos uma cena forte, que conta com excelentes bandas e músicos, que fazem
trabalhos bem produzidos e que só precisam que o público os valorize e os
respeitem como devem ser respeitados.
Pois para falar a verdade, é muito fácil comprar um ingresso do Iron Maiden e se portar como se tivesse numa micareta ao invés de prestigiar uma banda emergente do cenário. Isso tem de mudar já!
Pois para falar a verdade, é muito fácil comprar um ingresso do Iron Maiden e se portar como se tivesse numa micareta ao invés de prestigiar uma banda emergente do cenário. Isso tem de mudar já!
E afinal, quantas vezes você teve a oportunidade de mostrar aos criadores a criação que você fez na pele?
Veja outras fotos da apresentação em:
Um comentário:
Que satisfação ver um texto desse!
Muito Obrigado pelo apoio ao Hatematter e pelo que o "zine",e todo o trabalho que vcs fazem, representa para a cena do Metal Nacional!
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