Mix de black metal e heavy tradicional é a grande sacada da banda pernambucana
Por João Messias Jr.
Engraçado como são as coisas, vivemos uma época de quem ouve estilo X, não pode escutar denominada linha musical Y e com isso vivemos uma cena musical no rock com infinitas segregações e com isso, muitas correntes radicais.
Até aí, tudo bem, mas se partirmos de que o rock é um estilo que se formou por ramificações como o blues, jazz, soul e o gospel, perceberíamos que essas divisões são uma bobeira sem fundamento, pois são das misturas que se saem coisas novas.
Tudo isso foi dito para citar a banda pernambucana Elizabethan Walpurga, que somente após 23 anos de luta, soltou seu debut, o álbum Walpurgis Night. É clichê dizer, mas a espera valeu a pena, pois o quinteto formado por Leonardo Alcântara (vocal), Breno Lira (guitarra), Erick Lira (guitarra), Renato Matos (baixo) e Arthur Felipe Lira (bateria) passeia com maestria pelo black metal e o heavy tradicional.
Fusão que aparece de forma marcante em Vampyre. Dona de solos empolgantes vocais desesperados, comandadas por um ritmo cadenciado e muita melodia. Características que aparecem também em Clamitat Vox Sanguinis essa com um "agravante", um show das dupla de seis cordas.
O resultado é tão empolgante que nos faz pensar que os caras jogaram o melhor logo para o início. E como é bom se enganar com isso. Os caras não só deixaram a peteca cair como mostraram mais uma bela sacada em The Elizabethan Dark Moon. Dona de um refrão lento que contrasta com passagens mais ríspidas e um clima folk que evidencia a criatividade dos caras.
Walpurgisnacht com seus sete minutos além de ser a saideira do álbum mostra uma espécie de síntese do que é o disquinho, que não apenas passou o recado com maestria, como surpreendeu.
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