Músicas gostosas de ouvir aliadas a uma excelente produção marcam o último álbum do grupo católico
Por João Messias Jr.
Criada pelo baterista/vocalista Danilo Lopes (ex-Eterna), a banda Ceremonya teve um legado de quatro CDs (um não lançado), que desde o começo de sua proposta era mesclar o rock pesado com o louvor presente nas igrejas católicas carismáticas, cujo ápice aconteceu no último disco de estúdio do quinteto, A Vida Num Segundo, lançado em 2017.
Vale avisar que, apesar de alguns momentos mais pesados, a vibe aqui é outra, com um apelo mais atual e introspectivo, que agradam de cara aos fãs de som bom, pois junto com Danilo, temos músicos de alto quilate, como Nei Medeiros (teclado), Gustavo Dübber (guitarra), Eduardo Zanchi (guitarra) e Regis Costa (baixo), que aliados a produção de primeira feita pelos magos Marcello Pompeu (também arranjos) e Heros Trench (Korzus), nos brindaram com um álbum de primeira.
O disquinho começa com pogo, movido pela certeza Maluco. Dona de um ritmo cheio de groove e movida a um refrão grudento, começa bem a coisa. As seguintes, Espera, Glória e Escolho não chorar são mais voltadas ao louvor e passam o recado muito bem, em especial a última, grudenta e comovente.
Se sentiu falta do peso, ele aparece de novo em Construindo em Deus, Tudo Que Vivo e em Revolução da Compaixão, essa que proporciona aqueles momentos de erguer os punhos pro alto, bem legal mesmo.
Meu Final te Entreguei e a faixa título são mais introspectivas e funcionam bem em meio ao peso e calmaria.
Semelhanças, com sua melancolia, proporciona uma sensação de liberdade, além de passar uma espécie de missão cumprida que o grupo teve durante toda a sua existência, que ousou em unir a galera do rock e da música católica renovada. E de certa forma, conseguiram, até encerrarem as atividades no fim de 2017.
Com um belo legado, com muitos shows e três álbuns oficiais de respeito. Diga-se, aliás.
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