Trio goiano apresenta receita voraz de como fazer death metal certeiro e extremo
Por João Messias Jr.
Demons of Hate Divulgação |
Pode parecer redundante, mas ao lado das cenas europeia e americana, a brasileira não apenas evoluiu, como pode ser considerada como um dos pilares da cena extrema. Bandas como Krisiun, Rebaelliun e Mental Horror são alguns exemplos de como o death metal "a brasileira" cravou seu lugar no topo da música extrema.
E se dependermos do Armum, essa escrita será mantida por muito tempo. Moys Henrique (guitarra), Camila Andrade (baixo/vocal) e Gesiel Coelho (bateria) fazem bonito no debut Demons of Hate (2019). Apostando num death metal que apresenta uma linha pesada, técnica e cadenciada, que faz vir num primeiro momento a banda dos irmãos Kolesne, talvez por fazer sons que "grudam" na cabeça, sem partir pro lance da velocidade. O que NÃO significa que os caras copiam e colam, pelo contrário, eles fazem um som na mesma vibe.
E após as audições, acabamos nos rendendo ao som do trio, que dá uma aula de técnica, bom gosto e refinamento. Após uma intro climática, a pancadaria corre solta em Blasphemy Storm e Eternal Decay, faixas que mostram as principais características da banda: extremidade e virtuosidade, evidenciando o dominio dos músicos em seus instrumentos.
Outras características aparecem no decorrer do álbum, como o clima mórbido presente en Evil Massacre e a porradaria come solta em Torture the Bastard, enquanto Death Comes mostra o nível técnico elevado dos caras.
O projeto gráfico também faz jus ao conteúdo sonoro. Material físico embalado em digipack, encarte completo com todas as infos necessárias, além da bela produção sonora, feito pela banda e pelo produtor Lucas de Castro.
Sem mais delongas, se for a sua praia, delicie-se! Parabéns Brasil, Parabéns Goiânia, Parabéns Armum!
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