21 de janeiro de 2008

INTERVIEW - GOATLOVE

Após sua saída do SUNSETH MIDNIGHT, o vocalista Roger Lombardi parte para esse novo projeto chamado GOATLOVE, que promete para o fim do ano o lançamento de um promo-single com três músicas.
Com vocês Roger Lombardi:

NEW HORIZONS ZINE: Primeiramente, digam-nos quais os motivos de sua saída do SUNSETH MIDNIGHT e se o GOATLOVE já estava sendo idealizado quando você ainda estava na banda?
Roger Lombardi:
Bom, resolvi sair da banda porque queria seguir um caminho diferente. Queria um outro tipo de sonoridade e optei por sair e montar outro projeto. O GOATLOVE só foi pensado a partir do momento em que decidi deixar o Sunseth Midnight.

NHZ: Ainda falando no GOATLOVE, quem são os músicos que farão parte da banda?
Roger:
Ainda estou procurando outros músicos. No momento, tenho algumas pessoas em mente, mas nada concreto. O Ricardo Batalha, também ex-Sunseth Midnight, disse que, se não fosse pelo problema que ele tem na mão, entraria na hora, pois já toca comigo desde o início e curtiu todos os sons. Pena que não foi possível, pois adoraria continuar tocando com ele. Ainda mais no estilo do Goatlove, que ele também sempre quis fazer. Quem se interessar pode mandar material para
roger@goatloveweb.com

NHZ: Musicalmente e liricamente, quais as diferenças em relação a sua antiga banda?
Roger:
Musicalmente eu procurava um som mais direto, mais rock'n'roll e o Sunseth Midnight preferiu continuar com o que já estavam fazendo. No GOATLOVE resolvi colocar todas as minhas influências de gothic, hard rock e punk. Liricamente ainda é cedo para dizer, pois ainda estou trabalhando nas letras. Geralmente, não tenho um assunto pré-definido. Escrevo sobre o que sinto vontade na hora ou se penso que a música pede uma letra que siga determinado caminho.

NHZ: Fale do promo-single que lançarão e se já pensam num álbum completo.
Roger:
O promo-single é apenas para "apresentar" o projeto ao público. Resolvi gravar 3 músicas que achei que representavam bem o estilo de sonoridade que o GOATLOVE seguirá. Irei disponibilizá-lo gratuitamente na Internet, com capa, encarte e letras. Espero que tudo esteja pronto até o fim do ano. A idéia é começar a gravar o álbum no começo do ano que vem. Já tenho aproximadamente 15 músicas prontas e resta apenas escolher as que entrarão no álbum.

NHZ: Com a internet, as chances de uma banda crescer rapidamente são muito grandes, mas concorda que a velha lição de casa ainda é importante como fazer shows, dar entrevistas a publicações menores e divulgação em todas as mídias ainda são o melhor caminho?
Roger:
Além de ser muito importante, primordial até, acredito que é onde está toda a graça de se ter uma banda. A Internet deve funcionar apenas como um dos muitos veículos que uma banda precisa usar para divulgar seu trabalho. Se você ignorar o resto, dificilmente chegará mais longe. O mundo da música mudou e não adianta tapar os olhos, mas eu sempre quis fazer música, antes mesmo da chegada da internet, então qual a razão de ficar preso apenas a isso?

NHZ: Visto que você já é um veterano na cena GOTHIC nacional, acredita que finalmente “DESCOBRIRAM” o estilo no Brasil como a excelente repercussão de bandas como SUNSETH MIDNIGHT, LAUDANY, MAELSTRÖM e a coletânea on-line RETRATOS SUBTERRÂNEOS?
Roger:
Não me considero um veterano, ainda não cheguei nem aos trinta(risos)... Tenho ainda muito o que provar e sei que posso contribuir bastante para o estilo. O Brasil cresceu muito não apenas na chamada cena "gothic" ou "dark", mas em praticamente todas as vertentes do rock. Sempre gostei de Gothic, mas desde que comecei tocando baixo e cantando no Midnight, pude perceber mais de perto esta evolução e a qualidade de bandas como Sunseth Midnight, Laudany, Maelström, Plastique Noir, Ravenland, entre outras, com certeza nos torna um dos países mais produtivos em se tratando deste estilo. A coletânea Retratos Subterrâneos ilustra bem isso, com artistas de qualidade internacional.

NHZ: Nessa questão, perguntarei sobre algumas bandas que marcaram o GOTHIC no Mainstream e queria sua opinião sobre elas: THE CURE, SISTERS OF MERCY, THE CULT, TYPE O’ NEGATIVE e LACRIMOSA.
Roger:
Vamos lá:
THE CURE: Excelente banda com ótimas músicas. O "Pornography" é um clássico absoluto e um de meus discos de cabeçeira.
THE SISTERS OF MERCY: Uma de minhas maiores influências. Gosto de praticamente tudo o que fizeram, além de terem sido uma das primeiras em juntar uma sonoridade mais "rocker" com uma bateria eletrônica. Andrew Eldritch é um gênio!
THE CULT: GODS! Junto com o Sisters Of Mercy e Depeche Mode, uma de minhas maiores influências. Banda perfeita e que mostrou que um grupo não precisa fazer a mesma coisa a vida inteira.
TYPE O NEGATIVE: Algumas boas músicas, mas não faz muito o meu gosto. Criaram uma forte identidade musical e visual e merecem estar onde chegaram, mas nunca foram uma de minhas preferidas.
LACRIMOSA: Gosto do álbum "Elodia", mas não tenho acompanhado o que andam fazendo. De qualquer forma, não me influenciaram muito. Tilo Wolff é um excelente músico, mas não faz muito o meu gênero.

NHZ: Roger, muito obrigado pela matéria, queria que deixasse um recado para os leitores desse zine.
Roger:
Gostaria de agradecer pela oportunidade em divulgar o GOATLOVE no seu zine, além de um "muito obrigado" a todos que me apóiam. Espero que apreciem o GOATLOVE, pois estou fazendo de coração. Quero encontrá-los em breve nos palcos e estou trabalhando para isso. Não deixem de checar as novidades em:
http://www.goatloveweb.com/
www.myspace.com/goatloveweb





Roger Lombardi



ENTREVISTA: JOÃO MESSIAS
FOTO: DIVULGAÇÃO

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